Apesar da inegável simpatia de Obama e dos democratas pela causa dos imigrantes indocumentados, nunca os Estados Unidos deportaram tanta gente como em seu governo. Esta semana, dona Janet Napolitano, a secretária de interior, aquela que parece tia do Wiliam Bonner, porque tem uma mecha branca no cabelo preto igualzinha à dele, informou que foram deportados nos dois últimos anos fiscais – setembro de 2008 a setembro de 2010 - 779.000 imigrantes ilegais, cifra recorde nas últimas décadas.
Pensando bem, é um bocado de gente. Nem nos anos Bush a Imigração foi tão efetiva nessa missão. Napolitano justificou esse número elevado de expulsões pela estratégia do governo Obama de assestar baterias contra os “indocumentados que cometeram algum tipo de crime e que representam riscos para nossa comunidade”.
Cá pra nós, com todo respeito ao trabalho da Secretária, a verdade é que ela está apenas vendendo o peixe dela, como fazem todos os políticos para mostrar serviço.
As pessoas estão sendo expulsas dos Estados Unidos com ou sem motivo. Como se sabe, indocumentados não podem tirar ou renovar carteira de motorista, mas como precisam trabalhar para sobreviver correm diariamente o risco de serem apanhados pelos patrulheiros quando estão dirigindo no trânsito. Quando pegos, são presos imediatamente e entregues às autoridades imigratórias. Esse deve ser o maior delito cometido pelos imigrantes “que representam riscos para a comunidade”.
Comunidade, aliás, que não precisa dos imigrantes para correr riscos. Seus próprios cidadãos estão aí cometendo assassinatos em massa com as armas que compram na loja da esquina. Sobre isso dona Napolitano não falou.
A verdade é que o problema dos indocumentados nos EUA é sério e vem sendo empurrado com a barriga pelos parlamentares há muito tempo. Obama prometeu na campanha que essa seria uma de suas prioridades, mas ele tem encontrado uma forte resistência de setores do Parlamento que não admitem uma reforma que simplesmente conceda uma anistia aos quase 12 milhões de seres humanos que vivem e trabalham na clandestinidade na terra do Tio Sam.
E já que citei acima o ex-presidente Bush, na semana que passou ele deve ter tido pesadelos em seu dolce far niente no Texas. Uma de suas filhas, que tem o nome da avó, Barbara, botou a boca no mundo para defender o casamento homossexual, coisa que o pai abominava quando estava na Casa Branca.
A menina, hoje com 29 anos e vivendo sozinha em Manhattan, gravou um vídeo para uma campanha publicitária em que manifesta sua opinião a favor do direito das pessoas escolherem o parceiro com o qual querem se unir. Diz ela na mensagem: “Eu sou Barbara Bush, uma novaiorquina, a favor da igualdade no casamento. Nova Iorque luta pela justiça e igualdade, e cada um deve ter o direito de casar com a pessoa que ama. Junte-se a nós”. ( Veja o vídeo ) Bush não deve estar nada feliz, porque, além da filha, até a mulher dele, Laura, já disse que tem pensado seriamente em mudar de lado e apoiar a opinião de Barbara.
Outra filha de republicano famoso que tem defendido publicamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mesmo contra a pregação do pai, é Meghan McCain, a filha do senador que disputou a presidência com Obama.
É...já não se fazem mais herdeiros republicanos como antigamente.
Pérola tucana
O governador tucano soltou essa pérola quando repórteres o indagaram sobre o caso de cinco mulheres com peso entre 90 e 114 quilos, que foram aprovadas em concurso para professoras da rede estadual de ensino de São Paulo, mas acabaram reprovadas no exame médico.
Um caso de discriminação explícita que terá que ser corrigido por quem de direito ou pela Justiça, se elas forem até lá buscar seus direitos.
Eliakim Araújo, Direto da Redação
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