terça-feira, 14 de junho de 2011

94% dos pisos salariais tiveram aumento real em 2010



O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta segunda-feira (14) o estudo Balanço dos Pisos. Ele indica que 94% dos pisos salariais tiveram aumento acima da inflação em 2010.

O estudo utilizou o Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS) das 660 negociações de pisos salariais analisadas pelo Dieese e tomou por referência de inflação o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador comumente usado nas negociações de acordos coletivos. Em 2% das negociações, os aumentos empataram com a evolução dos preços e, em 4%, os pisos salariais foram corrigidos em percentuais inferiores ao INPC, acumulado desde a última data-base, o que significa queda do valor real.

Luta de classes

O bom resultado das negociações tem a ver com o comportamento da economia brasileira em 2010 -- quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5% --, ao aumento do salário mínimo e ao crescimento do emprego formal. Mas o fator principal foi a luta das categorias, incluindo paralisações e outras formas de manifestação.

O maior reajuste salarial do ano traduziu um ganho real de 34,3% acima do INPC e o menor teve perda real de 8,6%. Ambos ocorreram no setor industrial. No setor rural, cujos lucros subiram de forma extraordinária graças à inflação dos alimentos, todos os pisos analisados tiveram aumento real.

Baixos salários

A maior parte das negociações de pisos acompanhadas pelo Dieese se concentrou nas menores faixas salariais, com valor de até R$ 550. Metade não passava dos R$ 600, o que reflete o baixo custo da força de trabalho no Brasil. Os pisos superiores a R$ 1.000 representaram apenas 6% do total analisado. O menor valor de piso salarial registrado em 2010 foi de R$ 510, equivalente ao salário mínimo vigente no período, e o maior chegou a R$ 2,6 mil. O valor médio do piso foi R$ 669,16 no ano passado, superior a 2009, quando o valor médio do piso foi R$ 611,89.

Dos 660 pisos analisados, 639 envolviam funções cujo exercício não requer nível universitário. Para profissional com nível superior, o piso salarial médio foi R$ 1.356,08. Para os trabalhadores que não tinham faculdade, o piso médio foi R$ 646,58.

De acordo com o Dieese, no ano passado, o salário mínimo necessário para cobrir as despesas dos trabalhadores deveria ser R$ 2.110,26, valor 4,14 vezes superior ao mínimo do período (R$ 510).

A conquista de aumentos reais têm estimulado o mercado interno brasileiro e é um dos fatores que estimulam a economia, favorecendo o crescimento da economia nacional, reduzindo a possibilidade de queda da demanda e crise de superprodução e amenizando os efeitos negativos dos juros altos e dos cortes orçamentários promovidos pelo governo.

Da redação com Agência Brasil

2 comentários:

Zé disse...

Terror, dei uma volta no detrito de maré baixa e quase tive um colapso de tanto rir.

no Blog do Setti o delírio está impressionante. Depois do bilhetinho do Maloffi pro FHC , a direitalha alucinada já está dizendo que Dilma quer mudar de partido, que Dilma está renegando Lula, que Dilma quer ir pro PSDB.

Meu Deus, a pangarelada pirou de vez.Estão delirando de tanta vontade voltar ao poder.

Vai faltar hospício pra tanto pangaré alucinado. Dá até pena de ver os coitados dos comentaristas fantasiando um sonho impossível.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

VERA disse...

Os funcionários públicos de SP estão entre os 6% que há anos NÃO recebem NADA!!!!