Como diz a amiga Patrícia, quem diria, hein, senador!
Investigado pela Procuradoria-Geral da República em função das suspeitas de
envolvimento criminoso com o empresário de jogos Carlos Cachoeira, o senador
Demóstenes Torres (DEM-GO) disse ontem que “está morto” politicamente, mas que
não vai renunciar nem se licenciar do cargo.
A interlocutores que estiveram com o senador do DEM ontem em seu gabinete, o
senador alegou que houve um vazamento intencional das investigações, para
atingi-lo, desviando as atenções e poupando outros políticos. Ontem, o PSOL
protocolou no Conselho de Ética uma representação contra Demóstenes por quebra
de decoro parlamentar — o que pode acarretar na cassação de seu mandato.
Demóstenes ainda pode ser expulso de sua sigla.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao STF (Supremo
Tribunal Federal), nesta quarta-feira, a abertura de inquérito para investigar
Demóstenes. Demóstenes admite que recebeu de Cachoeira um telefone especial para
conversas entre os dois. A investigação policial gravou cerca de 300 diálogos
entre o senador e o empresário de jogos num período de oito meses.
O democrata também ganhou de Cachoeira um fogão e uma geladeira, presentes
que, segundo Demóstenes, foram dados por um amigo quando de seu casamento, ano
passado.
Com informações da Folha de São Paulo
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