Jarbas e Eduardo Campos são dois cínicos safados

Há três políticos no Brasil que tenho profunda rejeição:José Serra, Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos.A rejeição a Serra vem de longas datas.A rejeição a Jarbas veio depois que ele se uniu ao DEM para derrotar Miguel Arraes. E a rejeição a Eduardo Campos nasceu agora, após ele romper a aliança com o PT para se aliar a Jarbas.Não sei como um político se alia a um sujeito que o chamou de ladrão.Pois é, na eleição de 2010, Jarbas disse que Eduardo era ladrão.Não voto nesses filhos da puta nem com uma arma apontada para a minha cabeça.

 

Muitos leitores aqui do Blog seguem estranhando a aliança entre os ex-adversários senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o governador Eduardo Campos (PSB).

Pois neste sábado, na inauguração do comitê de Jarbas Filho, candidato a vereador do Recife, ambos deram suas razões para o reecontro que está já faz história na campanha eleitoral de 2012.

Primeiro a falar, Jarbas justificou a “reviravolta” ao fato de ele e Eduardo concluírem, após a reaproximação iniciada em 2011, que hoje tem mais convergências do que divergências.

Disse que o entendimento culminaria com uma aliança em 2014, mas que a situação vista no Recife exigia uma mobilização urgente.

A urgência, explicou, decorria das deficiências da gestão do PT e das consequências negativas para a cidade do conflito interno vivido pelo partido.

Ele afirmou que o Recife não acompanha o crescimento viabilizado pela gestão de Eduardo, o que deixa os cidadãos em situação de humilhação.

“Temos compromisso com o Recife. O PT abusou da inteligência do recifense. Depois de 12 anos enfrenta ‘fadiga de material’”, declarou.

O senador disse ainda que a aliança foi feita respeitando as diferenças. Observou que Eduardo sabe da sua posição crítica em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), do qual o socialista é aliado.

Jarbas salientou que unidade não se deu em troca de vantagens, cargos ou espaço no governo, mas em nome da construção de um novo caminho para a cidade, representado pela candidatura de Geraldo Julio (PSB) a prefeito.

Também ressaltou que a aliança foi feita à luz do dia, sem subterfúgios. E que, na realidade, os dois têm as mesmas raízes da lutas pela redemocratização do país – uma referência à eleição de 1985, quando, aliado ao ex-governador Miguel Arraes, Jarbas foi eleito prefeito do Recife.

“Em Pernambuco, não pode mais existir essa coisa odienta, de troca de desaforos. Quero dizer que o espírito público falou mais alto do qualquer outra coisa”.

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Eduardo, por sua vez, reiterou que as circunstâncias que explicam a retomada da aliança vão além do momento em si. Tem a ver com o fato de ambos serem representantes de uma política que se iniciou antes deles e se estenderá para o futuro: “a luta pelos direitos do povo”.

Lembrou que esteve ao lado de Jarbas na luta da redemocratização, buscando alianças com quem foi vítima do arbítrio (da ditadura militar) e com os que se cansaram do arbítrio (aliados do militares).

Disse que ele e Jarbas chegaram inteiros até ali, mesmo tendo cometidos erros no calor de disputas passadas.

“Chegamos inteiros para para não negar o passado e ter a responsabilidade de reconhecer que precisamos construir uma política de paz para cuidar dos interesses do povo”.

Bom, os dois elencam seus motivos, interesses comuns e afinidades ideológicas para justificar o “grande encontro” desta campanha.

Falta agora convencer o eleitor, que anda ressabiado com a afinidade ressurgida entre os principais rivais de Pernambuco. Segundo eles o guia eleitoral de TV, que começa no dia 21, pode ajudar a explicar o que os une. Viva Santa Clara, padroeira da televisão!!

Blog de Josué Nogueira, do DP.