Davis Sena Filho
Já imagino o Otavinho Frias
a receber homenagens e medalha de honra ao mérito por seu trabalho em favor de
seu país yankee, a ser aplaudido por democratas e senadores no Congresso, além
de ver o presidente bisbilhoteiro Obama espertamente a lhe piscar
Os Estados Unidos são o
estado policialesco e o big brother do mundo. Toda a humanidade sabe disso,
inclusive a Folha de S. Paulo, aquele jornal tucano cujos proprietários
emprestavam seus carros para os torturadores da ditadura militar. “E daí?” —
alguém pode perguntar. Daí que o jornal do Otavinho sente profunda dor em sua
carne quando seu grande irmão é questionado ou pego com a mão na botija, a
fazer diatribes e a desrespeitar solenemente a comunidade internacional.
Contudo, a Folha do Otavinho
é capaz de dar um braço ou talvez os dois para tentar amenizar os crimes do
estado norte-americano. O jornal dos Frias é um dos porta-vozes dos interesses
dos EUA no Brasil, e assim se conduzirá até o fim dos tempos, mesmo ao preço de
se contrapor aos interesses do Brasil, país de tradição diplomática que
acredita no diálogo, na negociação e no respeito à autonomia dos países e dos
povos, coisa que, irrefragavelmente, não é e nunca foi o caso do país yankee.
Quando pessoas como Edward
Snowden, Julian Assange e Chelsea E. Manning expõem ao público os incontáveis
crimes dos Estados Unidos, e, consequentemente, deixam o Tio Sam despido, o
governo dos EUA fica em má situação perante a comunidade internacional,
principalmente no que diz respeito aos seus aliados históricos, que passam a
desconfiar, com mais ênfase, da potência internacional vista por muitos
inquilinos dessas bandas ocidentais como a guardiã da democracia, das
liberdades civis, dos direitos humanos, bem como a terra das oportunidades.
Todavia, acontece que existe
um problema: os Estados Unidos cometem crimes de forma recorrente e não os
assumem de fato, porque se negam a reconhecê-los e a pedir desculpas
oficialmente aos países, às empresas e aos cidadãos que foram ilegalmente
espionados, como se tivessem em um reality show, que tem por finalidade criar
uma gigantesca rede de dados para beneficiar os Estados Unidos, nas áreas de
segurança, industrial, bancária, comercial, científica e política.
Atividades absurdas, mas
reais; e defendidas apaixonadamente por muitos no Brasil, não fossem os
defensores dos Estados Unidos magnatas bilionários da estirpe de Otavinho
Frias, herdeiro de uma família que apoiou, pessoalmente e financeiramente, a
secessão brasileira também conhecida como Revolução Constitucionalista de 1932,
quando, pessoalmente, Otávio Frias, integrou as hostes da contra-revolução
burguesa contra o Governo realmente revolucionário e trabalhista do estadista
Getúlio Dornelles Vargas, o pai do Brasil moderno e que desagradou,
profundamente, a burguesia brasileira de ontem, bem como a de hoje.
A história da aventura
elitista de 1932 todo mundo sabe como acabou: os revolucionários de 1930
venceram a guerra e os golpistas de 1932 a perderam e, posteriormente, seus
líderes foram perdoados pelo gaúcho trabalhista Getúlio Vargas. Até hoje a
burguesia de São Paulo sente calafrios quando pensa em Getúlio. E sua aversão
ao grande chefe de estado brasileiro é tão grande que a cidade de São Paulo é a
única capital brasileira que não tem uma única rua com o nome do estadista.
Os burgueses paulistas, no
decorrer de décadas, choram seus caraminguás, pois todo ano realizam desfile em
homenagem à Revolução (burguesa) Constitucionalista, que desejava voltar aos
tempos da Política do Café com Leite e, se possível, açoitar escravos. Eles
comemoram a derrota em forma de desfile e o Brasil agradece... Penhoradamente.
Eis que o Governo
trabalhista de Dilma Rousseff reage à bisbilhotagem do Tio Sam — fofoqueiro de
marca maior — e reage firmemente ao suspender a viagem que faria aos Estados
Unidos, além de convocar o embaixador daquele país para dar satisfações, bem
como ter afirmado ao presidente Barack Obama que o Brasil repudia tais ações
perpetradas pela Agência de Segurança Nacional (NSA), órgão responsável por um
programa de espionagem de escala mundial, que vigia os países considerados
inimigos, também os aliados dos EUA e até mesmo incontável número de cidadãos
de diferentes nacionalidades.
O Brasil se resguarda,
protege seus interesses e formaliza com a poderosa Alemanha, da presidenta
Angela Merkel, resolução conjunta à ONU em defesa da privacidade, ou seja, da
autonomia e da independência das nações e dos povos. Dilma fez o que um
presidente compromissado com seu país deve fazer. México, Espanha, Alemanha e
França foram espionados, sistematicamente, pelo governo do poderoso país da
América do Norte, que depois da destruição das torres gêmeas de Manhattan
entrou em uma histeria de fundo esquizofrênico, no que concerne á segurança dos
EUA e que perdura até hoje.
Esse processo draconiano
resultou em desdobramentos à totalidade dos países que tiveram,
obrigatoriamente e necessariamente, de acompanhar a neurose norte-americana
causada pelos sucessivos conflitos bélicos provocados pelo país yankee.
Excetuando-se o conflito armado pela sua independência, os EUA estão há quase
170 anos em guerra contínua, a começar pela anexação do Texas e a tomada à
força dos estados da Califórnia e do Novo México, nos idos da década de 1940 do
século XIX.
Os Estados Unidos derrotaram
o México, que se viu obrigado a assinar documento em que “cederia” 40% de seu
território, além de indenização de US$ 15 milhões de dólares. Mais tarde, o
presidente mexicano, Porfírio Diaz, pronunciou a famosa frase: “Pobre México!
Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”. Moral da história: quem
brinca com escorpião por ele será picado; ou quem cutuca leão com vara curta
poderá ficar sem o braço.
Entretanto, o Brasil tem em
seus pagos a “elite” brasileira. Certamente uma das mais sovinas, gananciosas e
cruéis do mundo. Comporta-se como pária da comunidade internacional branca,
europeia — caucasiana. A burguesia com alma de vira-lata, porque se comporta
como subalterna à Corte, mesmo a ser milionária, pois em sua alma ainda perdura
o sentimento do ente colonizado.
Destrata o povo trabalhador
brasileiro; despreza o Brasil e o trai, sistematicamente e continuamente, pois
seu único sentimento patriótico e de brasilidade é quando a Seleção Brasileira
joga sob a vinheta da Rede Globo ou quando ouve a musiquinha que remonta ao
piloto de fórmula 1, Airton Senna, filho da “elite” e cuja irmã preside a ONG
Instituto Ayrton Senna, entidade ligada às questões relativas à educação. É
assim que a classe social dominante e de passado escravocrata deste País
funciona. Nada mais medíocre, colonizado e subserviente.
A presidenta trabalhista,
Dilma Rousseff, encara os fatos e demonstra sua contrariedade com o governo
zabumbeiro de Barack Obama, a exigir, corajosamente, explicações. Na contramão, a Folha de S. Paulo sai em
socorro dos interesses estadunidenses e publica uma matéria que tem por
finalidade confundir e manipular a verdade, pois o objetivo é resguardar a
moral do governo dos EUA, como se afirmasse: “Os nossos amigos yankees são
abelhudos e mexeriqueiros; espionam, vai lá... Mas todo mundo espiona também, inclusive
o Brasil, em 2003, quando agentes da Abin seguiram diplomatas estrangeiros”.
A Folha, mais uma vez,
pratica a desonestidade intelectual. O Otavinho e seus asseclas sabem muito bem
que os casos são diferentes. A espionagem estadunidense acontece em larga
escala e atingiu, por exemplo, o celular da mandatária alemã, Ângela Merkel.
Além disso, os EUA estão em guerra contínua há 170 anos, e, evidentemente,
países e pessoas colhem o que plantam. E podem acreditar: os Estados Unidos não
“plantam” brisas e, sim, ventos fortes e violentos. Por causa de suas guerras,
o mundo paga, e paga caro pela neurose da segurança.
A Folha de S, Paulo sabe
disso, pois não acredito que seu corpo editorial, as editorias, os colunistas e
os “especialistas” de prateleiras não saibam que a frase “Pau que bate em Chico
também bate em Francisco” não seja verdadeira, e que simboliza a verdade da
vida e da física, ao ensinar que “para toda ação há uma reação, em intensidade
igual ou maior”.
Contudo, a Folha se
“esquece” disso e abre uma nova perspectiva para os EUA se defenderem para
abrandar os crimes do governo imperialista daquele país. Afinal, o que
interessa é “ganhar” a opinião pública brasileira, que talvez passe a pensar
como os Frias e os outros magnatas bilionários de mídias, que, doa a quem doer,
os EUA são intocáveis e suas ações têm de ser consideradas “normais”, pois
vivemos em um mundo perigoso, cujos bandidos, geralmente povos e países
orientais, além dos africanos e socialistas de todo o planeta, querem destruir
o sonho americano, o modo de vida do ocidente branco/caucasiano, bem como seus
valores e princípios. E para isso é necessário espionar para depois, quiçá,
bombardear as cidades e as cabeças das pessoas.
Durma-se com um barulho
desse! A verdade é que a Folha de S. Paulo é subserviente, entreguista,
colonizada e defensora dos interesses do grande capital. Por causa desse seu
caráter abjeto, inverte os fatos, manipula a verdade e, consequentemente, chega
onde exatamente quer: confundir para dividir e assim defender as ações
criminosas dos EUA contra até mesmo seus aliados ocidentais. É como diz a
música do Cazuza: “Transformam o País inteiro num puteiro, pois assim se ganha
mais dinheiro”.
O Brasil deveria ter dado
asilo a Julian Assange, do WikiLeaks, já que Edward Snowden poderá receber
proteção do governo alemão, enquanto Chelsea E. Manning está preso nos EUA. Os
três têm em comum a disposição de mostrar para o mundo, com provas e
contraprovas, os crimes bárbaros do governo norte-americano.
Fatos e realidades que,
definitivamente, fez com que a imprensa brasileira de negócios privados se
calasse e passasse até a mostrar moderadamente as sandices e perversidades de
um estado yankee policialesco há muito tempo acostumado a agir na penumbra da
clandestinidade, a cometer todo tipo de ilegalidades, irregularidades e
atrocidades, que deixariam o diabo com inveja e revoltado por não ter
conseguido ainda fazer a mesma coisa em seu espaço também conhecido como
inferno.
A Folha de S. Paulo é o
sinônimo do jornalismo mequetrefe e rastaquera. Segundo o pasquim com verniz de
vanguarda, diplomatas dos Estados Unidos, da Rússia e do Irã foram monitorados
pela Agência Brasileira de inteligência (Abin). A Folha afirmou que teve acesso
a documentos que comprovam o monitoramento, que aconteceu em 2003, no Governo
trabalhista de Lula. O Governo Federal respondeu, por intermédio da GSI, que o
objetivo era conhecer os contatos desses agentes no Brasil. O comunicado
explica ainda que tais serviços de contrainteligência foram realizados há dez
anos, em defesa do interesse nacional.
O monitoramento da GSI foi
realizado dentro do território nacional e busca, sem sombra de dúvida, evitar
que o Brasil seja vítima de espionagem industrial, científica, militar,
política e comercial. O Brasil está em pleno crescimento e é a sexta maior
economia do mundo. Mas nada é comparável à espionagem em escala planetária dos
EUA, que têm inimigos poderosos nos quatro cantos do mundo. Muito diferente do
Brasil. Não há termos de comparação. Ponto.
A mobilização de Dilma
Rousseff e de Ângela Merkel na ONU é o exemplo concreto de que alguma
estratégia tem de ser colocada em prática para diminuir a intromissão
norte-americana nas questões nacionais dos países e de interesse de seus povos.
A Folha de S. Paulo fez o papel de porta-voz de seu país — os Estados Unidos.
Já imagino o Otavinho
Frias a receber homenagens e medalha de honra ao mérito por seu trabalho em
favor de seu país yankee, a ser aplaudido por democratas e senadores no
Congresso, além de ver o presidente bisbilhoteiro Barack Obama espertamente a
lhe piscar, aplaudi-lo, convidá-lo para fumar um charuto e depois saborear um
lauto jantar na Casa Branca. A Folha é isso.
Um comentário:
Creio que os norte-americanos não dão valor para mafiosos traidores como estes, só tem valor enquanto eles precisarem, depois descartam o lixo, pois sabem que esta raça não presta.
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