domingo, 24 de novembro de 2013

Barbosa coloca juiz tucano para executar penas dos réus do mensalão










Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, confirmou as pressões denunciadas ontem pelo jornal Estado de S. Paulo e mandou tirar das mãos do juiz Ademar Vasconcelos, titular da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, o caso que envolve os presos da Ação Penal 470. Para o seu lugar, ele indicou o juiz substituto Bruno Ribeiro, que é filho do ex-deputado distrital Raimundo Ribeiro e dirigente do PSDB do Distrito Federal (leia aqui).
Barbosa avaliava que Vasconcelos estava sendo "benevolente" demais com os presos e já deu a ordem para o juiz Bruno André Silva Ribeiro endurecer o jogo. Ordem que será cumprida, inclusive no caso de José Genoino, que teve alta do Instituto do Coração nesta manhã e está em prisão domiciliar, na casa da filha. Genoino não poderá sair de casa nem receber jornalistas – neste fim de semana, a revista Istoé publicou uma capa com uma entrevista de Genoino, em que ele promete manter até o fim sua luta política, nem que pague com a própria vida.
Juristas ligados à esquerda, como Celso Bandeira de Mello e Dalmo Dallari, assinaram um manifesto contra atos arbitrários de Joaquim Barbosa. Claudio Lembo, do campo conservador, afirmou que já há razões objetivas para um pedido de impeachment do ministro.

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