segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O tucano prevaricador agora é caça


247 – Rodrigo de Grandis, que deveria investigar casos de corrupção, virou caça da corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público. O órgão recebeu hoje informações adicionais sobre o episódio que trata do engavetamento do caso Alstom e o pedido de afastamento do procurador da República do Estado de São Paulo.

De Grandis alegou "falha administrativa" por não atender a um pedido de procuradores suíços sobre a investigação que envolve pagamento de propina da Alstom e outras empresas a políticos do PSDB. Os deputados estaduais Luiz Claudio Marcolino (PT-SP) e Antônio Mentor (PT-SP) também pedem investigação contra o promotor do caso Silvio Marques, que também se tornou alvo de um processo disciplinar da corregedoria.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o tema:

André Richter
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu hoje (4) reclamação disciplinar para apurar a conduta do promotor de Justiça de São Paulo Silvio Marques, responsável pela investigação, na esfera estadual, do suposto pagamento de propina pela empresa francesa Alstom e fraudes em licitação do Metrô de São Paulo. O procedimento foi aberto pelo corregedor nacional do MP, Alessandro Tramujas.

O corregedor recebeu hoje os deputados estaduais Luiz Claudio Marcolino (PT-SP) e Antônio Mentor (PT-SP) que apresentaram informações adicionais sobre o caso, pediram apuração sobre a atuação dos promotores de São Paulo e o afastamento do procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pela investigação do caso na esfera federal. Na quarta-feira (30), o CMNP instaurou um procedimento preliminar para investigar a conduta do procurador.

Reportagem publicada, no último dia 26, pelo jornal Folha de S.Paulo, informa que o Ministério Público suíço arquivou o processo contra investigados pelo fato de o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo não ter atendido ao pedido de tomada de depoimento, feito em 2011.

O MPF, em nota à imprensa divulgada segunda-feira (28), diz que uma falha administrativa impediu a tomada de depoimento de três envolvidos na denúncia de fraude e pagamento de propina pela Alstom. Os depoimentos foram solicitados pelo Ministério Público da Suíça, que também investiga o caso.

Na sexta-feira (1º), a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que renovou o acordo de cooperação com o Ministério Público da Suíça para investigar o caso envolvendo a Alstom. Com a decisão, os pedidos de investigação feitos pelo órgão suíço serão atendidos nos próximos dias.


Edição: Carolina Pimentel

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