247 – Rodrigo de Grandis,
que deveria investigar casos de corrupção, virou caça da corregedoria do
Conselho Nacional do Ministério Público. O órgão recebeu hoje informações
adicionais sobre o episódio que trata do engavetamento do caso Alstom e o
pedido de afastamento do procurador da República do Estado de São Paulo.
De Grandis alegou
"falha administrativa" por não atender a um pedido de procuradores
suíços sobre a investigação que envolve pagamento de propina da Alstom e outras
empresas a políticos do PSDB. Os deputados estaduais Luiz Claudio Marcolino
(PT-SP) e Antônio Mentor (PT-SP) também pedem investigação contra o promotor do
caso Silvio Marques, que também se tornou alvo de um processo disciplinar da
corregedoria.
Abaixo, reportagem da
Agência Brasil sobre o tema:
André Richter
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A corregedoria do
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu hoje (4) reclamação
disciplinar para apurar a conduta do promotor de Justiça de São Paulo Silvio
Marques, responsável pela investigação, na esfera estadual, do suposto
pagamento de propina pela empresa francesa Alstom e fraudes em licitação do
Metrô de São Paulo. O procedimento foi aberto pelo corregedor nacional do MP,
Alessandro Tramujas.
O corregedor recebeu hoje os
deputados estaduais Luiz Claudio Marcolino (PT-SP) e Antônio Mentor (PT-SP) que
apresentaram informações adicionais sobre o caso, pediram apuração sobre a
atuação dos promotores de São Paulo e o afastamento do procurador da República
Rodrigo de Grandis, responsável pela investigação do caso na esfera federal. Na
quarta-feira (30), o CMNP instaurou um procedimento preliminar para investigar
a conduta do procurador.
Reportagem publicada, no
último dia 26, pelo jornal Folha de S.Paulo, informa que o Ministério Público
suíço arquivou o processo contra investigados pelo fato de o Ministério Público
Federal (MPF) em São Paulo não ter atendido ao pedido de tomada de depoimento,
feito em 2011.
O MPF, em nota à imprensa
divulgada segunda-feira (28), diz que uma falha administrativa impediu a tomada
de depoimento de três envolvidos na denúncia de fraude e pagamento de propina
pela Alstom. Os depoimentos foram solicitados pelo Ministério Público da Suíça,
que também investiga o caso.
Na sexta-feira (1º), a
Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que renovou o acordo de
cooperação com o Ministério Público da Suíça para investigar o caso envolvendo
a Alstom. Com a decisão, os pedidos de investigação feitos pelo órgão suíço
serão atendidos nos próximos dias.
Edição: Carolina Pimentel
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