A resposta é simples:por que o MP, a PF e o Poder Judiciário não investigam tucanos.
247 - A relatora da prestação de contas da campanha
do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ministra Maria Thereza de Assis Moura,
solicitou do tucano explicações sobre 15 supostas irregularidades
detectadas nos documentos entregues à corte.
Entre elas está o fato de Aecio ter repassado para o PSDB uma doação
de R$ 2 milhões da Odebrecht, mas não ter registrado a transferência na
prestação de contas.
"O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB
registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2
milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da
transferência na prestação de contas", afirma o relatório técnico da
Justiça Eleitoral. A Odebrecht é uma das empreiteiras investigadas na
Operação Lava Jato e seu presidente, Marcelo Odebrecht, está preso desde
17 julho.
Segundo dados divulgados pelo Estado de S. Paulo, além da Odebrecht, o
TSE aponta também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e
o montante efetivamente doado pela construtora Construbase. O candidato
tucano recebeu R$ 1,75 milhão, mas declarou R$ 500 mil.
A ministra Maria Thereza de Assis Moura quer saber também por que a
campanha tucana declarou R$ 3,9 milhões em doações estimáveis apenas na
prestação de contas retificadora.
Das 15 irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três
foram consideradas infrações graves. Elas dizem respeito a doações
recebidas antes das prestações de contas parciais e que só foram
registradas nas prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões.
O PSDB informou por meio de nota que já esclareceu ao TSE todas as
dúvidas e ratificou os erros apontados pelo tribunal. Segundo o partido,
todos as doações foram registradas com os devidos recibos eleitorais,
inclusive as da Odebrecht e Construbase, e as falhas detectadas são
erros meramente contábeis.
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