Por Giovanni Sandes
Na coluna Pinga-fogo do Jornal do Commercio desta sexta-feira (13).
O prato cheio do Palácio
Entre um medalhão de lagosta e um
bacalhau a Gomes de Sá, chega uma hora que é bom parar de falar do
indigesto gasto com a Arena da Copa. Ou mesmo dessa especulação
inusitada sobre uma possível chapa com a viúva Renata Campos na vice de
Lula. Uma semana após anunciar um corte de R$ 320 milhões nos gastos
públicos do Estado e dois dias após evitar uma greve da PM no Carnaval, a
equipe de Paulo Câmara (PSB) foi tratar de um assunto bem mais leve: o
novo buffet do gabinete do governador. É garantia de prato cheio.
Serão várias opções. A maioria dos
jantares e almoços virá precedida de um minicoquetel para abrir o
apetite, com miniquiche de lagosta, salmão com cerejas, bolinhas de
melão com parma e tortinhas de peru, entre inúmeros quitutes. E os
pratos principais? Claro, parecem todos deliciosos. Vai uma salada de
medalhões de lagostins? Um pato ao cravo canela?
Uma refeição pode ser à francesa,
inglesa ou americana, inclusive vale buffet oriental, com temakis
diversos, sushis e o famoso saquê, bebida alcoólica tradicional no
Japão, que no Palácio será quente ou gelada. É muita coisa. Tudo depende
da combinação. O pacote é para 40 eventos, de refeições para 100
convidados a coquetéis especiais para 600 pessoas.
Pelo lance principal, um ano de buffet
sairá a R$ 1,075 milhão lembrando que o contrato de 2011 foi esticado
até hoje. Mas no novo ainda não há canetada. É que ninguém é de ferro. A
folia já está aí. E a escolha será finalizada após o Carnaval.
Quem cuida do cardápio
O contrato do buffet atual, com a
Arcádia Recepções, foi fechado em 2011 por R$ 880 mil ao ano. Após
aditivos ainda está em vigor. Mas naquele caso a licitação ocorreu
diretamente pelo gabinete do governador. Desta vez quem cuida do
cardápio é a Secretaria de Administração, sob o comando do secretário
Milton Coelho (PSB).
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