sexta-feira, 15 de abril de 2016

Alexandre de Moraes, o chefe da polícia

Engraçado é que Alexandre de Morais escreveu um livro sobre os direitos humanos.Quem te viu, quem te vê.

Dentre todos os personagens públicos que surgiram nos últimos anos, em uma quadra particularmente execrável, o mais perigoso atende pelo nome de Alexandre de Moraes e pelo título de Secretário de Segurança do governo de São Paulo.

Moraes é uma daqueles figuras públicas oportunistas, que atendem às demandas do momento, sejam quais forem elas.

Antes de se tornar político, firmou reputação como jurista. No segundo governo Alckmin, o espaço da porralouquice foi ocupado pelo então Secretário de Segurança Saulo de Castro. Moraes se ateve ao segundo plano, como Secretário de Justiça. 

Pulou do barco do PSDB e se bandeou para a prefeitura de Gilberto Kassab. Este, atento ao fetiche paulista por doutores, abriu espaço para Moraes tentar se lançar como gestor. Não colou.

De volta ao PSDB, Moraes assumiu a Secretaria de Segurança de um governador que trata a questão social como caso de polícia. Imediatamente se adequou ao figurino e se transformou na vocação mais explícita de Felinto Muller ou Coriolano de Goes de que tenho lembrança em período democrático.


Sob seu comando, a Polícia Militar dobrou a dose de violência. Explodiram as estatísticas de denúncias de violências. Uma explicação benevolente atribuiu ao fato das pessoas, hoje em dia, terem mais canais para denúncias. Só que caíram drasticamente as punições aos PMs.

Não tem sofisma que contorne essa realidade: ao aumento de denúncias correspondeu a queda das punições.

Hoje em dia, em cada bala nas costas ou na cabeça dos rapazes de periferia, há a assinatura inconteste de Alexandre Moraes.

Mais que isso, assim que começaram as manifestações em favor da democracia, Moraes transformou a PM e a Polícia Civil em polícias políticas. Intimidou manifestantes contra o impeachment na mesma proporção com que facilitava as manifestações a favor do impeachment.

Quando a Fiel decidiu defender Lula, montou uma operação de invasão da sua sede pela PM, atrás de um pau que supostamente teria sido utilizado em um episódio de agressão. Hoje, mais uma invasão da sede da Fiel pela Polícia Civil. Quando os artistas se reuniram na Oficina, trancou as ruas para dificultar o acesso.

Nos últimos anos, o Brasil foi alvo de todas as desmoralizações políticas possíveis para uma nação que se presumia de democracia consolidada.
Deus que nos proteja da sétima praga do Egito: Moraes ascendendo a qualquer cargo federal.

Um comentário:

francisco disse...

Olá Pernambucano Arretado. Vamos renovar a lista de blogs amigos! Blog da Marta Suplicy é de lascar. Não vai ter Golpe!