Jorge Hage considera leviano e irresponsável índice de corrupção da Transparência Internacional
O estudo divulgado ontem pela Transparência Internacional que mede a percepção da população diante da corrupção em 180 países de todos os continentes foi criticado com veemência pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage. “Esses índices de percepção da Transparência Internacional merecem, para nós, tanta credibilidade quanto os índices de risco daqueles bancos de investimento – como o Lehman Brothers e o Merryl Lynch – que acabam de ir à falência. Ou seja, ninguém aqui leva mais isso a sério”, afirmou em nota.
“Eu, de minha parte, considero simplesmente leviano e irresponsável esse tipo de ranqueamento que essa gente faz. Veja você que nem mesmo a sucursal brasileira da Transparência aceitou continuar se comprometendo com ela: lembram que a Transparência Brasil desligou-se da Internacional no ano passado?”, critica Hage.
De acordo com o ministro, a Transparência Internacional (TI) não conhece nada do Brasil, “nunca vem aqui, ignora completamente o que aqui se faz e fica dando palpite a distância, sem fazer nenhuma pesquisa real sobre corrupção nem sobre o combate à corrupção”. “O que eles dizem medir, e nem isso medem, pois o que fazem é uma salada de cálculos incoerentes a partir de medições de terceiros, de outras instituições, cada uma com seus próprios e diferentes critérios, são apenas percepções sobre corrupção”, argumenta.
Além disso, para o ministro, a “suposta medição” mistura “num só balaio” os diferentes poderes (Judiciário, Legislativo e Executivo, e as três esferas da Federação - governo federal, 26 estados e 5.560 municípios). “Ora, é óbvio ululante que a percepção sobre a corrupção aumenta quando se ouve falar mais do assunto. E, no Brasil, foi nos últimos anos que mais se falou no assunto, exatamente porque o combate à corrupção passou a ser uma meta e uma prioridade de governo. Por isso foram fortalecidas a Polícia Federal, a CGU, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), e foi dada inédita liberdade de atuação ao Ministério Público; por isso se organizou a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA); por isso foram criadas Varas Especializadas na Justiça Federal", afirma.
Segundo Hage, o sistema de corregedorias da União já excluiu do serviço público mais de 1.800 agentes públicos. O ministro afirma também que foram criados instrumentos para dar transparência cada vez maior aos gastos públicos, como o Portal da Transparência, “premiado várias vezes e elogiado no mundo inteiro, a começar pela ONU e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)”. “Aliás, o UNODC trabalha em cooperação conosco e vem qualificando a experiência da CGU brasileira como referência internacional. Ainda ontem, recebi a visita do Diretor Adjunto do UNODC, Sr. Bernard Frahi, que veio de Viena para conhecer o nosso trabalho”, comentou.
Ainda em nota, Hage comenta que em recente reunião do Conselho Econômico e Social da ONU, em Nova York, ele destacou as iniciativas brasileiras nessa área e levantou a questão sobre o efeito perverso dessas pesquisas. “Na ocasião, disse eu – e todos concordaram – que esse tipo de pesquisa de percepção só se presta para uma coisa: desencorajar os países a dar início a programas de transparência, investigação e combate à corrupção, porque certamente ficam com receio de pagar o preço político de serem acusados de aumento da corrupção. Alguns podem preferir deixar o problema abafado, e não rasgar o tumor. Tal qual o Brasil fez por muito tempo”, acredita.
Por fim, o ministro diz que o “que conforta é que o povo também não se deixa enganar por muito tempo com esses índices da TI”. O ministro argumenta que há algumas semanas foi feita uma pesquisa, no Brasil, pelo Vox Populi, que mostrou que 75% dos entrevistados reconhecem que o que tem aumentado no Brasil não é a corrupção, mas sim o combate a ela”, conclui Hage.
Crítica com precedentes
O ministro já havia recriminado estimativas de corrupção sobre o Brasil realizadas por consultorias internacionais. Em entrevista exlusiva ao Contas Abertas, em agosto deste ano, Jorge Hage classificou de “irresponsável” números sobre o controle da corrupção no país que, segundo ele, de forma alguma medem o combate à corrupção e são “jogados”, sem qualquer pudor, na mídia. “A CGU não conhece nenhuma base científica que sustente e respalde esses cálculos. Enquanto não houver comprovação das estimativas, os números são apenas chutes. Nós não trabalhamos com chutes”, atestou.
Leandro Kleber
Do Contas Abertas
“Eu, de minha parte, considero simplesmente leviano e irresponsável esse tipo de ranqueamento que essa gente faz. Veja você que nem mesmo a sucursal brasileira da Transparência aceitou continuar se comprometendo com ela: lembram que a Transparência Brasil desligou-se da Internacional no ano passado?”, critica Hage.
De acordo com o ministro, a Transparência Internacional (TI) não conhece nada do Brasil, “nunca vem aqui, ignora completamente o que aqui se faz e fica dando palpite a distância, sem fazer nenhuma pesquisa real sobre corrupção nem sobre o combate à corrupção”. “O que eles dizem medir, e nem isso medem, pois o que fazem é uma salada de cálculos incoerentes a partir de medições de terceiros, de outras instituições, cada uma com seus próprios e diferentes critérios, são apenas percepções sobre corrupção”, argumenta.
Além disso, para o ministro, a “suposta medição” mistura “num só balaio” os diferentes poderes (Judiciário, Legislativo e Executivo, e as três esferas da Federação - governo federal, 26 estados e 5.560 municípios). “Ora, é óbvio ululante que a percepção sobre a corrupção aumenta quando se ouve falar mais do assunto. E, no Brasil, foi nos últimos anos que mais se falou no assunto, exatamente porque o combate à corrupção passou a ser uma meta e uma prioridade de governo. Por isso foram fortalecidas a Polícia Federal, a CGU, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), e foi dada inédita liberdade de atuação ao Ministério Público; por isso se organizou a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA); por isso foram criadas Varas Especializadas na Justiça Federal", afirma.
Segundo Hage, o sistema de corregedorias da União já excluiu do serviço público mais de 1.800 agentes públicos. O ministro afirma também que foram criados instrumentos para dar transparência cada vez maior aos gastos públicos, como o Portal da Transparência, “premiado várias vezes e elogiado no mundo inteiro, a começar pela ONU e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)”. “Aliás, o UNODC trabalha em cooperação conosco e vem qualificando a experiência da CGU brasileira como referência internacional. Ainda ontem, recebi a visita do Diretor Adjunto do UNODC, Sr. Bernard Frahi, que veio de Viena para conhecer o nosso trabalho”, comentou.
Ainda em nota, Hage comenta que em recente reunião do Conselho Econômico e Social da ONU, em Nova York, ele destacou as iniciativas brasileiras nessa área e levantou a questão sobre o efeito perverso dessas pesquisas. “Na ocasião, disse eu – e todos concordaram – que esse tipo de pesquisa de percepção só se presta para uma coisa: desencorajar os países a dar início a programas de transparência, investigação e combate à corrupção, porque certamente ficam com receio de pagar o preço político de serem acusados de aumento da corrupção. Alguns podem preferir deixar o problema abafado, e não rasgar o tumor. Tal qual o Brasil fez por muito tempo”, acredita.
Por fim, o ministro diz que o “que conforta é que o povo também não se deixa enganar por muito tempo com esses índices da TI”. O ministro argumenta que há algumas semanas foi feita uma pesquisa, no Brasil, pelo Vox Populi, que mostrou que 75% dos entrevistados reconhecem que o que tem aumentado no Brasil não é a corrupção, mas sim o combate a ela”, conclui Hage.
Crítica com precedentes
O ministro já havia recriminado estimativas de corrupção sobre o Brasil realizadas por consultorias internacionais. Em entrevista exlusiva ao Contas Abertas, em agosto deste ano, Jorge Hage classificou de “irresponsável” números sobre o controle da corrupção no país que, segundo ele, de forma alguma medem o combate à corrupção e são “jogados”, sem qualquer pudor, na mídia. “A CGU não conhece nenhuma base científica que sustente e respalde esses cálculos. Enquanto não houver comprovação das estimativas, os números são apenas chutes. Nós não trabalhamos com chutes”, atestou.
Leandro Kleber
Do Contas Abertas
Comentários.
Esse pessoal da Transparência, que não é nada transparente, tem de entender que já se foi o tempo que a corrupção era jogada pra baixo do tapete.
O governo Lula tem uma Polícia Federal livre de pressão do Poder Executivo.
O governo Lula nomeou um Procurador Geral da República independente, que não engaveta nada.
O governo lula tem uma CGU implacável com corrupto.
Um comentário:
Perdão pessoal.
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