quinta-feira, 4 de setembro de 2008

ISSO QUE É GRAVE

Ministros batem boca em sessão plenária do STF
Laryssa BorgesDireto de Brasília

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou satisfações do também ministro Joaquim Barbosa, que, em entrevista, havia afirmado que a Operação Anaconda, da Polícia Federal, conseguiu a condenação de algumas pessoas apenas graças a uma briga interna entre ele e Marco Aurélio. A operação, deflagrada em outubro de 2003, investigava uma quadrilha formada por policiais e integrantes do Poder Judiciário, entre eles o juiz federal João Carlos da Rocha Mattos.

Na sessão plenária de hoje, Marco Aurélio interrompeu o julgamento para tirar satisfações de Barbosa e afirmou que, ao contrário do que o colega do Supremo acreditava, ele também era defensor da Constituição Federal. Na época da operação, Barbosa chegou a insinuar que Marco Aurélio teria fraudado a distribuição de processos do caso para evitar que ele fosse obrigado a tomar uma decisão sobre o esquema de corrupção. Na mesma época o magistrado disse que as condenações só ocorreram porque ele próprio interveio no caso.

"O senhor vai me permitir uma observação, já que eu me avancei um pouco. Não para agredi-lo, longe de mim, mas eu esperava que Vossa Excelência consertasse algo que saiu em uma entrevista", provocou Marco Aurélio. "Vossa Excelência se cuida aqui no Supremo Tribunal Federal. E eu vou repetir o que já disse: enquanto eu tiver assento nesta Casa, com a toga sobre os ombros, ninguém virá me emudecer", completou o ministro.

"Vossa Excelência não precisa me ensinar, eu sei muito bem o que é o Supremo Tribunal Federal. Ninguém me emudecerá também, ministro Marco Aurélio, ninguém", rebateu Joaquim Barbosa.

Nos debates Marco Aurélio ainda insinuou que Barbosa teria algum tipo de "complexo", o que, segundo seu entendimento, não deveria ter. "Vossa Excelência mesmo apontou algo que, sob a minha ótica, surgiu praticamente como complexo, o que Vossa Excelência não deve ter", disse o ministro.

Primeiro negro a integrar a Suprema Corte, Joaquim Barbosa conseguiu, nos bastidores do STF, a fama de "encrenqueiro" ao se desentender também com os ministros Eros Grau e Gilmar Mendes. Segundo relatos, Barbosa teria chamado Grau de "velho caquético".

Com Gilmar Mendes, Barbosa insinuara que o ministro estava dando um "jeitinho" para solucionar determinado processo, o que foi de pronto contestado: "Vossa excelência não pode pensar que pode dar lição de moral aqui".
Redação Terra .
Coentários.
Belo exemplo o Supremo Tribunal Federal dá à Nação.
Ese STF parece mais uma rinha de galo.
Isso que é grave.

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