SOB SUSPEITA
Procurador pede ao STF investigação de deputados Eliseu Padilha e José Otávio Germano
Antonio Fernando de Souza enviou parecer ao STF recomendando abertura de investigação dos deputados federais gaúchos Eliseu Padilha (foto), do PMDB e José Otávio Germano, do PP. Pedido inicial de investigação partiu de procurador que investiga irregularidades no município de Canoas (RS), administrado pelo PSDB.
Marco Aurélio Weissheimer
PORTO ALEGRE - O Procurador-Geral da República, Antonio Fernando de Souza, enviou nesta quarta-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer recomendando a abertura de investigação dos deputados federais gaúchos Eliseu Padilha (PMDB) e José Otávio Germano (PP). O parecer foi encaminhado ao ministro Marco Aurélio Mello, que agora deve decidir se determina a abertura das investigações.
O caso depende da aprovação do STF, pois os parlamentares têm foro privilegiado.No parecer, o procurador apresenta supostas provas que comprometeriam os deputados e solicita um conjunto de diligências para a abertura do processo. O pedido inicial de investigação de Eliseu Padilha e José Otávio Germano foi feito pelo Procurador da República, Adriano dos Santos Raldi, que atua em Canoas, município da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Esse pedido baseou-se em investigações sobre irregularidades envolvendo a prefeitura deste município, administrado pelo tucano Marcos Ronchetti.Além de Padilha e Germano, Raldi pediu que sejam investigados o presidente da Assembléia Legislativa do RS, Alceu Moreira (PMDB), o secretário estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Marco Alba (PMDB), do secretário geral de Canoas, Francisco Fraga (PTB), e do prefeito de Sapucaia do Sul, Marcelo Machado (PMDB).Ex-secretário de Segurança Pública do RS (governo Rigotto), José Otávio Germano também foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por “evidente e clara participação” no esquema de corrupção no Detran.Padilha já é investigado pelo escândalo dos precatóriosO deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) já é investigado no inquérito nº 2097, que tramita em segredo de justiça no Supremo Tribunal Federal (STF).
A Procuradoria da República apura denúncias divulgadas em 2001 que ficaram conhecidas como o “escândalo dos precatórios”, um esquema de recebimento de propina por parte de lobistas e funcionários públicos para agilizar o pagamento de títulos devidos pelo Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER), órgão subordinado ao Ministério dos Transportes. O esquema teria gerado pagamentos irregulares de R$ 112,9 milhões.Ministro dos Transportes à época (durante o governo Fernando Henrique Cardoso), Padilha passou a ser investigado e foi acusado pelo ex-procurador geral do DNER, Pedro Eloi Soares. Suspeito de envolvimento no esquema, Soares foi demitido e acusou Padilha de ter conhecimento dos acordos extra-judiciais e participação no esquema, pressionando a procuradoria para que desse pareceres jurídicos favoráveis.
Em depoimento à Procuradoria da República, Soares estimou em cerca de 50 o número de acordos feitos entre 1996 e 1998, sendo “a maior parte com padrinhos políticos”.Em 2006, Padilha e o atual presidente da Assembléia Legislativa gaúcha, deputado Alceu Moreira (PMDB), foram condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral do RS pela prática de conduta vedada a agentes públicos durante a campanha eleitoral. Os dois políticos instalaram um posto de vacinação contra a poliomielite em seu comitê de campanha no município de Imbé/RS. A aplicação das vacinas era acompanhada da distribuição de propaganda eleitoral.
Fonte: Agência Carta Maior.
Comentários.
Resta saber se o pedido de investigação vai cair nas mãos de Gilmar Mendes.
Se cair, Eliseu Quadrilha, digo, Padilha, FHC irão soltar fogos de artifício, pois não vai dar em nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário