Para presidente, FMI e Bird são "condomínio de europeus e americanos"
BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a crise econômica internacional é resultado dos "equívocos do neoliberalismo", que levaram "a economia global à beira do abismo". Durante o almoço oferecido ontem à presidente das Filipinas, Gloria Macapagal-Arroyo, Lula defendeu uma posição "firme e coerente" dos países emergentes no enfrentamento da crise. E criticou novamente a composição do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird), dizendo que esses organismos se transformaram em "condomínio de europeus e norte-americanos".
- A crise atual resulta de um ciclo de quase três décadas de equívocos cometidos em nome do neoliberalismo. Foram as teses do Estado mínimo, as privatizações desenfreadas de empresas públicas e a crítica à forte presença reguladora do Estado que conduziram a economia global à beira do abismo - disse Lula.
Apesar dos efeitos negativos na economia mundial, o presidente afirmou que a crise abre oportunidade à construção de uma nova ordem e governança internacionais. Segundo Lula, que participará da reunião do G-8 (grupo das sete maiores economias do mundo mais a Rússia), no próximo dia 8 de julho, em Átila (Itália), as nações em desenvolvimento têm de ocupar maior espaço nas decisões, porque "o mundo não pode ser regido por um clube de sete ou oito países ricos, sem levar em conta mais da metade da humanidade".
- As organizações políticas e econômicas multilaterais não podem mais prescindir do peso e da legitimidade conferida pelos países em desenvolvimento. É impensável que o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial continuem sendo um condomínio de europeus e norte-americanos - disse.
Lula defendeu também a reforma da ONU:
- As Nações Unidas também carecem de reforma para oferecer respostas eficazes aos desafios cada vez mais complexos do cenário internacional.
Lula destacou a atuação aliada do Brasil e das Filipinas nas negociações da OMC e do G-20 em favor de um resultado equilibrado da Rodada de Doha.
- Nosso desejo comum é de acabar com as anomalias que caracterizam o comércio agrícola - disse Lula.
Fonte:PIG
Um comentário:
"O FMI e BIRD são condomínio de europeus e americanos"? Ora, será que esse iletrado não sabe que, na sociedade por cotas do FMI, o Brasil tem apenas 1,4% das cotas, enquanto a União Européia tem 32,1%e, os EUA, 17,1%? Conta outra, "estadista", vai!
Ele, o "estadista" que se ajoelhou diante da cruz do neoliberalismo, beijou-a, babou em cima dela, e não a tirou, desde então, do peito, quer nos fazer acreditar, agora, que a abomina? Conta outra, "estadista", vai!
O quê? Vai culpar agora, pela recessão em que enfiou o nosso país, aqueles mesmos que fizeram a onda de prosperidade econômica em que o seu pífio desgoverno surfou durante sete anos? Conta outra, "estadista", vai!
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