quinta-feira, 18 de junho de 2009

Porque me ufano de meu país: Lula, Direitos Humanos e BRIC


18 DE JUNHO DE 2009

por Paulo Vinícius*


A estupidez e a má fé da grande mídia são espetaculares, assim como sua certeza da nossa suposta imbecilidade. Inacreditável o alarde ante a opinião negativa da Humans Rights Watch sobre o discurso do presidente Lula em Genebra ante a Comssão de Direitos Humanos da ONU em 15 de junho.

Opinião é assim, cada qual com a sua e segundo seus interesses. Mas, porque esse espanto sobre a opinião de uma ONG com nome em inglês e opinião também, super isenta (ave Maria!), com vínculos sei lá quais com os EUA e Europa, como se isto fosse reprimenda ante o Brasil?!


Ó colonizada mídia a soldo do estrangeiro, foi-se o tempo em que nos guiávamos por seus dictats. O Brasil move-se sabiamente em prol de seus interesses nacionais e regionais e em busca de construir um mundo onde o multilateralismo e o diálogo prevaleçam, e não a força.

É também com base neste tipo de opinião de algumas "renomadas" ongs que se fez o genocídio ao povo iraquiano... é com este lastro ideológico às expensas do Departamento de Estado que se invadiu o Afeganistão. É com base nestas opiniões que se prepara o terreno da opinião pública para mais à frente virem as propostas de ''internacionalização'' da Amazônia. Daí advém o virulento e irracional pavor que visa a travar nosso desenvolvimento em matéria atômica. Como se um país como o nosso devesse deixar isto aos cuidados de quem disparou as bombas de Hiroshima e Nagazaki e ainda posam de mocinhos.


Quero ver a Humans Rights Watch promovendo uma campanha mundial pelo imediato fechamento de Guantánamo, a desoupação de Iraque e Afeganistão pelos EUA e pelo estabelecimento de um Estado palestino! Quero ver o Greenpeace mais agressivo na defesa do desarmamento nuclear estadunidense!

Ao contrário desta cobertura ''espetacular'' e do muxoxo com que o Jornal Nacional relata o descolamento do Brasil das posições das grandes potências em direitos humanos, o mesmo não ocorre quando reúnem-se os BRIC para avançar na institucionalidade de uma articulação inédita e poderosa. Ao contrário, as referências são ridículas, pessimistas, chegando ao cúmulo de se dizer que é primera vez que um artigo vira um bloco - porque o termo foi citado pela primeira vez num artigo -, como se isto fosse importante. É demais!

Lula e o Brasil fizeram dois gols de placa ao rejeitar corajosamente o intervencionismo sob a pecha de defesa de direitos humanos. Por isso a grita desta ONG, não é á toa. Para mim, as críticas do JN e da HRW são as melhores referências para o acerto do Brasil.


Ademais, a posição do Brasil é plenamente coerente com nossa histórica defesa da autodeterminação dos povos. Quando dizemos que a comissão não deve assumir postura de tribunal, mas fazer a necessária interlocução, buscar o diálogo como via central, só desagradamos aos que buscam manipular tais espaços da ONU para justificar uma agressividade belicosa e sedenta de sangue. Depois, quando há centenas de milhares de mortos, a tortura e a intervenção, quando grassa a fome o desespero, onde vão parar os direitos humanos? Aí, o silêncio impera... e os lucros avultam.

Por isso mesmo foi um no cravo e outro na ferradura. Rejeitar por um lado a manipulação e defender o diálogo e, em seguida, reunir Brasil, Rússia, Índia e China, buscando caminhos para unir esta parcela tão importante da humanidade, e discutindo inclusive alternativas ao combalido dólar estadunidense!!!!

São gestos contundentes no sentido do multilateralismo. São expressões da nossa nova condição no mundo. São afirmações dos talento, brilho e papel do Brasil no século 21. Não é a toa que esta mídia sabuja e lambe botas se doa. E não é à toa que devemos continuar este rumo em 2010, para nunca mais nosso chanceler tirar sapatos para uma humilhante revista em uma alfândega estadunidense.

Vejam a seguir na rádio da ONU o discurso de Lula na comissão de Direitos Humanos para não estarmos reféns ante tamanha estupidez destas rasas análises de jornalistas a soldo. Só a íntegra pode nos salvar.


*Paulo Vinícius, Cientista social e bancário.

2 comentários:

Anônimo disse...

Estava demorando para que o bonequinho de estimação da Oligarquia Financeira Internacional levasse um forte puxão de orelhas de alguma entidade ligada aos direitos humanos. Mas acabou acontecendo, e de modo bastante vexaminoso para nós.
O fato é que, sob o desgoverno comunopopulista do Cel. Lula da Silva, O Brasil se tornou um defensor contumaz de ditaduras, protoditaduras e governos que violam sistematicamente os direitos humanos, como Cuba, Venezuela, Coréia do Norte, República Democrática do Congo, Irã e assemelhados, ao mesmo tempo em que se converteu em valhacouto de terroristas internacionais.
Esse posicionamento profundamente equivocado do país no cenário externo não chega, no entanto, a surpreender, já que é inteiramente compatível com o que ocorre no cenário interno, em que São Lula tornou-se o padroeiro de mensaleiros, aloprados e políticos da estirpe de Renan, Barbalho, Jucá, Collor, Geddel, Severino e outros, sem nos esquecermos do seu indefectível aliado Sarney, para quem ele anda reivindicando um tratamento acima das leis.
Como se vê, o nosso "metamorfose ambulante", amparado pela popularidade fujimoriana cevada no "Bolsa-Votos" e no "Bolsa-Mídia", não faz nenhuma questão de ser coerente com a imagem que passa ao país dos trouxas, nem com aquilo que pregou a vida inteira para chegar, imerecidamente, à desgovernança.
É possível alguém se ufanar de um país que demonstra tanto menosprezo à etica e aos direitos humanos quanto o Brasil desse deplorável desgoverno Lula da Silva?

O TERROR DO NORDESTE disse...

Só na sua cabecinha fértil a mídia apoia o governo Lula. Fala sério, cara pálida!