Folha Online, em Brasília
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), exonerou hoje o secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa e afastou outros quatro assessores diretos --dois secretários, um chefe de gabinete e um assessor de imprensa. As medidas foram tomadas depois da Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão nas casas e gabinetes de secretários, deputados distritais e empresários que mantêm contratos com o DF.
O objetivo da operação é investigar um suposto pagamento de propina para parlamentares da base de Arruda na Câmara Legislativa do Distrito Federal. A suspeita é que suposta mesada tenha sido repassada de empresários para Arruda, que distribuiria o dinheiro para os parlamentares da base aliada.
Em nota, a PF informa que "foram verificados, nas investigações, indícios de pagamento de recursos a altos servidores do GDF, por empresas que mantinham contrato com o governo distrital".
Durante a operação, batizada de Caixa de Pandora, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão em gabinetes de órgãos públicos, residências e empresas localizadas em Brasília (DF), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG).
Participaram da operação 150 agentes, que apreenderam computadores, mídias, documentos, além de quantias em diversas moedas --R$ 700 mil, US$ 30 mil e 5.000 euros.
De acordo com o STJ (Superior Tribunal de Justiça), as investigações foram reforçadas pela delação de Durval Barbosa, que foi secretário de Joaquim Roriz --antecessor de Arruda no governo do Distrito Federal. Em troca de redução de pena em condenações sofridas no governo Roriz, Barbosa concordou em realizar escutas para provar o suposto pagamento de propina para deputados do DF.
Em nota, o STJ informa que Barbosa "aceitou que fosse instalado em suas roupas equipamentos de escuta ambiental". Por conta disso, Barbosa entrou no programa de proteção de testemunhas da Polícia Federal.
Escutas
De acordo com despacho do ministro Fernando Gonçalves, que preside o inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a gravação de Barbosa mostraria Arruda oferecendo R$ 400 mil para a base aliada.
Em outro trecho, Arruda teria ofertado outros R$ 200 mil para o "mesmo destino" --a base aliada. A PF investiga o objetivo do suposto mensalinho pago por Arruda a aliados.
Com base nas gravações feitas por Barbosa, a PF realizou hoje buscas nas seguintes empresas: Infoeducacional, Vertax, Adler e Linknet.
Essas empresas, segundo o despacho do STJ, seriam responsáveis por levantar os R$ 600 mil que Arruda supostamente teria mandado oferecer à base aliada. As empresas repassariam o dinheiro ao GDF, que o encaminharia à base governista.
Afastamentos
Arruda afastou dos cargos José Luiz Valente (secretário de Educação), José Geraldo Maciel (secretário-chefe da Casa Civil), Fábio Simão (chefe de gabinete) e Omézio Pontes (assessor de imprensa do governo do DF).
O ministro do STJ também determinou a realização de buscas nas residências Domingos Lamoglia (membro do Tribunal de Contas do DF) e Gilberto Lucena (proprietário da Linknet).
Gonçalves afirma, no despacho, que Valente teria recebido R$ 60 mil da Infoeducacional, enquanto diz ter "fortes indícios" de que Lamoglia seria, em 2002, um dos operadores do esquema de repasse de verbas.
Já em relação a Lucena, o ministro do STJ afirma que o proprietário da Linknet pode ter encaminhado R$ 34 mil a Durval após ter seu "crédito" reconhecido pelo GDF "num montante de R$ 34 milhões".
Outro lado
O governo do Distrito Federal afirmou, por meio de sua assessoria, desconhecer o teor da investigação da Polícia Federal, que cumpriu nesta sexta-feira mandados de busca e apreensão na casa de secretários, assessores do governador e na Câmara Legislativa.
Segundo a assessoria, o governo quer colaborar com as investigações e só deve se pronunciar sobre o assunto após receber informações sobre a operação Caixa de Pandora, que corre sob segredo de Justiça.
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), exonerou hoje o secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa e afastou outros quatro assessores diretos --dois secretários, um chefe de gabinete e um assessor de imprensa. As medidas foram tomadas depois da Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão nas casas e gabinetes de secretários, deputados distritais e empresários que mantêm contratos com o DF.
O objetivo da operação é investigar um suposto pagamento de propina para parlamentares da base de Arruda na Câmara Legislativa do Distrito Federal. A suspeita é que suposta mesada tenha sido repassada de empresários para Arruda, que distribuiria o dinheiro para os parlamentares da base aliada.
Em nota, a PF informa que "foram verificados, nas investigações, indícios de pagamento de recursos a altos servidores do GDF, por empresas que mantinham contrato com o governo distrital".
Durante a operação, batizada de Caixa de Pandora, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão em gabinetes de órgãos públicos, residências e empresas localizadas em Brasília (DF), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG).
Participaram da operação 150 agentes, que apreenderam computadores, mídias, documentos, além de quantias em diversas moedas --R$ 700 mil, US$ 30 mil e 5.000 euros.
De acordo com o STJ (Superior Tribunal de Justiça), as investigações foram reforçadas pela delação de Durval Barbosa, que foi secretário de Joaquim Roriz --antecessor de Arruda no governo do Distrito Federal. Em troca de redução de pena em condenações sofridas no governo Roriz, Barbosa concordou em realizar escutas para provar o suposto pagamento de propina para deputados do DF.
Em nota, o STJ informa que Barbosa "aceitou que fosse instalado em suas roupas equipamentos de escuta ambiental". Por conta disso, Barbosa entrou no programa de proteção de testemunhas da Polícia Federal.
Escutas
De acordo com despacho do ministro Fernando Gonçalves, que preside o inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a gravação de Barbosa mostraria Arruda oferecendo R$ 400 mil para a base aliada.
Em outro trecho, Arruda teria ofertado outros R$ 200 mil para o "mesmo destino" --a base aliada. A PF investiga o objetivo do suposto mensalinho pago por Arruda a aliados.
Com base nas gravações feitas por Barbosa, a PF realizou hoje buscas nas seguintes empresas: Infoeducacional, Vertax, Adler e Linknet.
Essas empresas, segundo o despacho do STJ, seriam responsáveis por levantar os R$ 600 mil que Arruda supostamente teria mandado oferecer à base aliada. As empresas repassariam o dinheiro ao GDF, que o encaminharia à base governista.
Afastamentos
Arruda afastou dos cargos José Luiz Valente (secretário de Educação), José Geraldo Maciel (secretário-chefe da Casa Civil), Fábio Simão (chefe de gabinete) e Omézio Pontes (assessor de imprensa do governo do DF).
O ministro do STJ também determinou a realização de buscas nas residências Domingos Lamoglia (membro do Tribunal de Contas do DF) e Gilberto Lucena (proprietário da Linknet).
Gonçalves afirma, no despacho, que Valente teria recebido R$ 60 mil da Infoeducacional, enquanto diz ter "fortes indícios" de que Lamoglia seria, em 2002, um dos operadores do esquema de repasse de verbas.
Já em relação a Lucena, o ministro do STJ afirma que o proprietário da Linknet pode ter encaminhado R$ 34 mil a Durval após ter seu "crédito" reconhecido pelo GDF "num montante de R$ 34 milhões".
Outro lado
O governo do Distrito Federal afirmou, por meio de sua assessoria, desconhecer o teor da investigação da Polícia Federal, que cumpriu nesta sexta-feira mandados de busca e apreensão na casa de secretários, assessores do governador e na Câmara Legislativa.
Segundo a assessoria, o governo quer colaborar com as investigações e só deve se pronunciar sobre o assunto após receber informações sobre a operação Caixa de Pandora, que corre sob segredo de Justiça.
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