quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano-Novo, presidente Lula!

Lula chega a Salvador para folga de fim de ano

Agencia Estado


SALVADOR - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou às 11h40 (horário de Brasília) na Base Naval de Aratu, na Praia de Inema, em Salvador, onde passa o feriado de fim de ano. Segundo militares que trabalham no local, a expectativa é de que ele fique no local até o dia 6. Lula desembarcou na Base Aérea da capital baiana às 11h15 e partiu, de helicóptero, à base naval. Diferentemente do que ocorreu no ano passado, quando o presidente passou alguns dias de descanso no local pouco depois da virada do ano - que ele passou em Fernando de Noronha -, não houve aglomeração de pessoas no píer da Praia de São Tomé de Paripe, que fica ao lado da Praia de Inema, à espera do presidente.

É a sexta visita de Lula à Bahia nos últimos 12 meses e a quarta vez consecutiva que o presidente aproveita a privacidade do lugar para descansar durante a folga de virada de ano. O reduto, conhecido por oferecer belezas naturais e privacidade aos ocupantes - o ponto onde Lula costuma ficar está a cerca de um quilômetro do local mais próximo onde civis têm acesso -, também foi usado como ponto de férias do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Informações não oficialmente confirmadas dão conta de que Lula deve passar a virada do ano no Palácio de Ondina, residência oficial do governador baiano, Jaques Wagner.

Penetone para os sabujos do PIG

Nunca ouvi falar da figura que escreveu esta merda de artigo.Mas, provavelmente, deve ser algum gigolô da gangue demotucana.Só isso justifica o fato desse canalhão escrever tanta bosta.

Feliz Ano-Novo, sujeito safado.Aceite este panetone, de coração.

BOVESPA SOBE 120,9% E LIDERA RANKING GLOBAL


O Estado de S. Paulo - 31/12/2009

Resultado em dólares foi reforçado pela variação cambial, com a maior desvalorização da história do real, uma queda de mais de 25%


A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve os maiores ganhos entre as principais bolsas do mundo em 2009. Até terça-feira, o índice MSCI Brasil avançava 120,9%, ante 118,8% do MSCI Indonésia, segundo dados do banco americano Morgan Stanley. Se comparado com índices de países como os Estados Unidos e o Japão, a diferença é imensa. Nos pregões americanos, a valorização era de 25,4% e nos japoneses, de 6,7%.

Essa série de termômetros do mercado acionário global foi criado pela MSCI Inc., divisão do Morgan Stanley. É a medida mais usada pelos investidores para comparar as bolsas porque adota referências semelhantes e elimina a influência das moedas locais.

A valorização do real frente ao dólar contribuiu de forma significativa para colocar a Bovespa no topo do ranking mundial. Ontem, último pregão de negociação do ano no mercado brasileiro, o dólar fechou cotado a R$ 1,743, com uma queda acumulada no ano de 25,35%.

Foi a maior desvalorização nominal da história da moeda americana frente ao real, segundo a empresa de informações financeiras Economática. Em 2003, marco do primeiro recuo do dólar frente a moeda brasileira, a queda fora de 18,23%.

Depois de iniciar 2009 abaixo dos 40.244 pontos, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) chegou a 68.588 no último pregão do ano - alta de 82,66%. Foi de longe a melhor aplicação financeira, seguida dos fundos de renda fixa, cuja rentabilidade média foi de apenas 8,12% no ano.

Com isso, o Ibovespa se aproximou do pico de 73.516 pontos atingido em maio de 2008, antes do acirramento da crise global que derrubou as bolsas ao redor do mundo.

A recuperação das bolsas veio com a volta do apetite dos investidores estrangeiros, desencadeada pelas políticas de diversos governos de combate à crise, que elevaram a quantidade de dinheiro em circulação no mundo e reduziram de forma significativa as taxas de juros domésticas.

O excesso de dinheiro levou a uma recuperação em vários países, mas o movimento foi mais forte em mercados emergentes, mais protegidos da crise, e que também tradicionalmente oscilam mais. O Brasil é um caso exemplar: tanto a alta da bolsa em 2009 como a queda do dólar foram das maiores alcançadas no mundo, segundo o administrador de recursos Fabio Colombo.

A redução de 5 pontos porcentuais na taxa básica de juros (Selic) ao longo do ano (de 13,75% para os atuais 8,75% ao ano) foi destaque na economia brasileira. O País foi pouco afetado pela crise, devido à força do seu mercado doméstico, que foi vitaminada por medidas anticíclicas do governo federal, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros, materiais de construção e eletrodomésticos.

EXPECTATIVA PARA 2010

O clima nos mercados é de otimismo, mas especialistas observam que a bolsa tem pouca chance de repetir no ano que vem o bom resultado de 2009. "As chances são maiores de ser um ano ruim, justamente porque subiu demais em 2009", afirma Colombo. Ele ressalta que "todos as notícias boas, como o pré-sal e o crescimento do País de 5%, já estão incorporadas nas expectativas".

O economista Homero Azevedo Guizzo, da LCA Consultores, diz que "boa parte do bom desempenho da bolsa em 2009 foi correção de exageros da crise". Para Guizzo, o Ibovespa dificilmente deve superar os 80 mil pontos, como alguns analistas projetam. "O desempenho será modesto, até porque o ano será particularmente volátil". Ele cita que, em meados de 2010, o BC deve retomar a alta dos juros. "Isso traz especulações e repercutindo no mercado de ações".

O assessor de investimento da Corretora Souza Barros, Luiz Roberto Monteiro, observa que o País vai depender muito do cenário externo em 2010. "E vamos ter que tomar cuidado com a contas do governo. O consumidor também terá que ser mais cuidadoso depois de ter se endividado em 2009".

Arruda gasta 700 mil para comemorar o DEMensalão

Arruda gasta em show R$ 700 mil

O Estado de S. Paulo - 31/12/2009


Mergulhado numa crise política sem precedentes no Distrito Federal, o governador José Roberto Arruda (sem partido) abriu os cofres para contratar artistas de peso, como a dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, para o show da virada de ano, visando diminuir o desgaste sofrido com a revelação do "mensalão do DEM". Além do gasto de R$ 620 mil com músicos, o governo terá despesa de R$ 80 mil com fogos.

Zezé di Camargo e Luciano vão receber R$ 300 mil pela apresentação na Esplanada dos Ministérios antes da meia-noite. Mais R$ 260 mil serão pagos à banda Aviões do Forró, além de R$ 20 mil para a sambista brasiliense Dhi Ribeiro e R$ 40 mil à dupla sertaneja Pedro Paulo e Matheus. A bateria da escola de samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro, vai animar o público na madrugada. A escola recebeu R$ 3 milhões do governo Arruda para homenagear os 50 anos de Brasília no carnaval carioca de 2010.

Alvo da Operação Caixa de Pandora, Arruda é apontado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como "cabeça" do esquema de corrupção no DF. O governador desistiu de passar o réveillon no Rio, como fez no ano passado, e fica em Brasília. Seu vice, Paulo Octávio (DEM), preferiu sair de Brasília e foi passar o Ano Novo em São Paulo. O vice também é suspeito de envolvimento no esquema do "mensalão do DEM".

Segundo Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e delator das fraudes ao Ministério Público, o governador e o vice participavam da arrecadação de propina.

DEPUTADO DA MEIA

O deputado distrital Leonardo Prudente confirmou que vai reassumir a presidência da Câmara Legislativa em 11 de janeiro, na volta do recesso. Prudente havia se afastado do cargo após a revelação do vídeo em que coloca nas meias dinheiro recebido das mãos de Durval Barbosa. Pressionado, ele pediu desfiliação do DEM.

O Brasil termina o ano em condição muito favorável



Como na física, num sistema de forças no qual o seu conjunto converge para uma tendência resultante ascendente e de maior potência, assim tem sido o governo do presidente Luiz InácioLula da Silva neste final de ano. Os vários fatores e circunstancias resultam numa condição
muito positiva para o desempenho do seu governo.

Por Renato Rabelo


A liderança de Lula adquire um papel histórico proeminente, pela dimensão do prestígio alcançado no plano nacional e internacional. O Brasil se destaca como potência proeminente nas Conferências internacionais, nas parcerias estratégicas, na integração regional. O papel de Lula é jornais europeus, o espanhol El País e o diário francês Le Monde. Albert Fishlow, renomado professor, escolhe a China como o ¨país do ano¨, mas afirma que o Brasil ¨chegou bem perto¨ deste título.

O governo Lula, apesar da sua dualidade original, conseguiu esboçar e iniciar um novo projeto nacional de desenvolvimento, que permitiu um crescimento mais acelerado desde 2007, superando rapidamente a grande crise capitalista 2008-2009 que atingiu todo o mundo. Mesmo o Banco Central já prevê um crescimento de quase 6% para 2010. A descoberta de petróleo na extensa área do Pré-sal, resultante do nível tecnológico alcançado pela maior estatal brasileira, as conquistas para a realização dos maiores eventos desportivos mundiais no Brasil, denotando o prestigio internacional atingido pelo país, abrem novas perspectivas de volumosos investimentos, além dos ¨PACs¨ e incrementos sociais, podendo sustentar um desenvolvimento acelerado, contínuo e por longo tempo. Para atingir esse elevado nível de desenvolvimento temos insistido na necessidade de redirecionar a política macroeconômica no sentido expansivo, permitindo taxas de investimento imediatas de 21% do PIB, podendo alcançar 28% ou mais.

A tendência é que o nível de emprego e renda se eleve, o salário mínimo mantenha ganhos reais sucessivamente e os planos de construção de milhões de moradias populares se concretizem. Apesar de passos importantes, ainda os desafios sociais mais significativos estão na saúde e educação, que requerem maiores investimentos e maior qualificação universal. E para uma mais justa distribuição de renda é impostergável uma reforma tributaria progressiva, que onere as altas rendas e desonere os produtos do consumo básico e de massa.

No terreno político a marca principal são os êxitos do governo e a ofensiva em todos os planos políticos liderada por Lula. As sucessivas pesquisas de opinião demonstram essa afirmativa. A oposição está desarvorada, sem discurso, sem projeto alternativo, sem encontrar uma forma unitária de candidatura presidencial. A oposição se vê impelida, diante do prestigio do governo atual, a afirmar com a maior cara de pau, que Lula é uma ¨continuidade¨ do último governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, que foi um governo de crise, déficits, apagão, desemprego, subordinação ao FMI e alinhamento aos EUA.

No contexto da política externa, de forma simples em recente entrevista, o Ministro Celso Amorim sintetizou a nossa orientação externa: ¨incomoda o Brasil agir sem pedir licença¨. Numa questão estratégica ao sistema de poder mundial, o presidente Lula deu apoio público ao programa nuclear iraniano e reafirmou sua posição critica em relação ao monopólio nuclear. Ou como afirma o Ministro Amorim, ¨se as potências atômicas não estão dispostas a se desarmar, não têm moral ara cobrar dos outros¨.

Na recente Conferência Mundial de Copenhague o Brasil ocupou uma posição de vanguarda, chegando a propor metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, sem paralelo, da ordem de 36% a 39% até 2020, agindo na redução drástica do desmatamento na região amazônica e na dos cerrados. Mas, a questão central, por trás de toda essa discussão sobre o clima, está em saber: quais as fontes de energia para o desenvolvimento? E o Brasil é quem tem asenergéticas limpas (hidroelétricas) e projetos mais desenvolvidos de matrizes de energia renovável (biomassa).

Mas o aspecto mais importante dessa Conferencia de Copenhague, não ressaltado pela grande mídia, que, ao contrario, procurou diversionar, está no embate travado, em última instância, entre o imperialismo norte-americano e países ricos de um lado e, de outro, os demais países do mundo, refletindo aí um quadro de um mundo em transição, na luta que se agudiza contra a hegemonia unipolar e a ascensão de novos pólos dinâmicos de poder como os Brics, que são expressão desse jogo de poder mundial na atualidade. Em Copenhague surgiu o grupo de países
denominado Basic (Brasil, Índia, China e África do Sul), com a África do Sul substituindo a Rússia, ocupando o Brasil um papel de liderança nessa aliança especifica que visa definir as formas de energia para o desenvolvimento sustentável nos países ¨emergentes¨. Essa aliança foi fundamental para enfrentar os Estados Unidos, derrotando-o no seu propósito de isolar a China e impor arrogantemente meios de controle sobre os países “periféricos¨.

Por fim, o panorama na America Latina demonstra o desenvolvimento do curso ascendente democrático e antiimperialista com a reeleição de Evo Morales na Bolívia e a eleição de José (Pepe) Mujica, no Uruguai. Isso tudo, apesar da contra-tendência hegemonista, imperialista, para fazer ente a essa tendência por soberania dos países latino-americanos, como a reativação de IV Frota Naval dos Estados Unidos e a instalação de bases militares desta potência na Colômbia. Portal Vermelho.

Berzoini diz que propaganda de Serra de fim de ano é escândalosa


Volto a repetir:José Serra é o político mais safado, mais bandido, mais cafajeste, mais canalha, mais enganador, mais cínico, mais mentiroso da face da Terra.Pior, esse escroque faz esta propaganda vergonhosa(gastou R$ 50 milhões só no mês de Setembro) e, na maior cara de pau, vive dizendo que não faz campanha eleitoral antecipada.Mas essa malandragem de Serra não surtirá nenhum efeito em 201o.O povo já decidiu que quer a continuidade do governo Lula e essa continuidade se chama Dilma Rousseff. Ninguém mais vai aceitar a corriola corrupta do PSDB-DEMO governando o Brasil. O povo não quer ver o Brail ser entregue por esses vendilhões.


Em entrevista ao site Terra Magazine, o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini diz que "nunca antes na história do Estado de São Paulo" houve tanta propaganda política como na atual administração de José Serra. Segundo ele, a publicidade é escandalosa e demonstra desespero político. Confira a entrevista:



Terra Magazine - A definição da candidatura do governador José Serra apenas em março seria melhor para a ministra Dilma Rousseff na disputa da eleição presidencial?

Ricardo Berzoini - É irrelevante. Mais cedo ou mais tarde, isso vai se definir. Na verdade, a parcela da população mais ligada à política já sabe quem são os candidatos do PT e do PSDB. Mesmo sem a confirmação, já têm esta percepção. A minha convicção é que 70% da população só vai se integrar ao processo eleitoral apenas na campanha. Portanto se a definição de algum candidato é janeiro, fevereiro ou março, para nossa visão do processo, é
irrelevante.

Mas, enquanto isso, já candidata, a ministra Dilma não vem tendo mais visibilidade e se aproximando do governador Serra nas pesquisas?

A ministra está com agenda de ministra, e não uma agenda partidária. Até o final de março, ela se dedica prioritariamente, até em função da agenda, ao governo, ela tem pouco tempo para atividade partidária. O que vai ocorrer eventualmente é que um maior número de pessoas fica sabendo que ela é a candidata do PT.

O governador Serra atribuiu à sua própria administração a geração de 800 mil empregos diretos e indiretos em 2009. Como fica a disputa pela paternidade desses números, entre PT e PSDB?

É uma tentativa desesperada de ficar sócio do sucesso do projeto do PT. A geração de emprego vem da política de estímulo à economia. Só para fazer uma comparação: no ano em que o governo federal, de uma maneira extremamente responsável, ampliou a oferta de crédito, o governo de São Paulo abriu mão do seu principal fomentador de empréstimo, que foi a Nossa Caixa. Então, na política, é legítima a tentativa do Serra, mas não resiste à menor análise do que é decisivo, no Brasil, para gerar emprego. Certamente a ação do governo federal é a parte mais forte da geração de emprego em todo o Brasil.

Como o senhor avalia a sequência de propagandas do governo de São Paulo na televisão, no dia de Natal?

Eu acho escandalosa, é outra demonstração de desespero político. Nunca antes na história do Estado de São Paulo, teve tanta propaganda política. É Sabesp, é obra, é propaganda institucional...

O presidente Lula declarou, nesta terça-feira, que o PT perdia eleições porque não fazia alianças, "era metido a besta". O senhor concorda?

Na verdade, o PT, durante um período da sua vida, foi muito resistente a alianças de centro. Isso era característica quando Lula era presidente do PT. Depois, com o tempo, o partido passou a fazer novas alianças e, mais para a frente, chegamos à conclusão de que um partido como o PT, que tem relações políticas em todo o País, não pode ficar restrito às alianças com partidos de esquerda. Tem que fazer aliança também ao centro. E até mesmo à centro-direita, dependendo da situação. Aliança é parte essencial de uma eleição municipal, estadual ou nacional. Você faz uma aliança momentânea, com base num projeto político, e apresenta nas eleições de uma maneira transparente. Isso não é contraditório. Em 2002, a aliança com o PL, do (vice-presidente) José Alencar, teve um papel importante até para demonstrar esta disposição do PT de apresentar um programa para o País que não era só do PT. Era um programa que representava um projeto político que hoje, sete anos depois, é bem-avaliado pela população. Então, o presidente tem razão. Não sei se é porque era metido a besta ou tinha uma visão diferente do processo, mas antigamente o PT acreditava que, para não se expor a determinados riscos, deveria fazer aliança só com partidos de esquerda ou
nem fazer alianças.

Mas segmentos do PT ainda demonstram, na mídia, insatisfação com exageros nas aberturas permitidas a alguns aliados. Reclamam, por exemplo, do PMDB...

Esse debate já foi superado ao longo dos debates internos do PT. A maioria defende a aliança com partidos de centro e que possamos ampliar essas alianças. A nossa definição para 2010, até agora, inclui todos os partidos da base aliada do governo federal. É possível construir um programa de governo que combine a esquerda, a centro-esquerda, o centro e até a centro-direita, quando há um objetivo claro e não somente objetivos eleitorais. Se o programa de governo for bem executado, o país reconhece a legitimidade da aliança.

Terra Magazine

Ótimas notícias antes da virada:"FT" prevê Brasil campeão da Copa e Dilma presidente do Brasil



A previsão da vitória de Dilma tirou a alegria dos demotucanos, justamente hoje, na virada do ano. Haja gardenal, ampictril, clonozapan, diazepan, frontal, rivotril.

Um painel de jornalistas do diário britânico "Financial Times" escolhido para fazer previsões sobre 2010 vê o Brasil como favorito para vencer a Copa do Mundo de futebol, na África do Sul, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, favorita nas eleições presidenciais brasileiras.

Diante da pergunta "Como será a vida após Lula?", o correspondente do diário no Brasil, Jonathan Wheatley, observa que, apesar do perfil parecido dos dois principais candidatos à Presidência, José Serra e Dilma Rousseff, de tecnocratas com pouco carisma, a escolha terá um grande impacto sobre o futuro do país.

"Muitos acreditam que o país está num caminho seguro para se tornar a quinta economia do mundo até 2020. Mas o Brasil ainda precisa de reformas voltadas para o mercado nos setores tributário, de pensões e na educação. A escolha do próximo presidente importa bastante", diz Weathley.

Para o correspondente, Serra e Dilma são diferentes. "Serra acredita em um governo eficiente. Rousseff, aparentemente, acredita em um governo forte", diz seu texto.

"Minha previsão é de que Rousseff vencerá - e de que o ciclo de crescimento do Brasil vai perder gás em três ou quatro anos", conclui o jornalista.

Copa do Mundo


Em outro item, o diário questiona: "Quem ganhará a Copa do Mundo de futebol na África do Sul?"
O colunista de esportes do jornal Simon Kuper diz que "há um padrão no resultado das Copas do Mundo, razão pela qual o mais provável ganhador da próxima será o Brasil".

"Quando a Copa do Mundo não é na Europa, o Brasil normalmente ganha", observa o colunista.

Apesar disso, ele aponta ainda a Espanha como "a segunda superpotência" atual do futebol, ao lado do Brasil. "A vitória da Espanha na Euro 2008 não foi acidente", diz Kuper.

Correndo por fora na luta pelo título, o colunista aponta a seleção dos Estados Unidos, que se aproximou dos dez primeiros do ranking da Fifa após vencer a Espanha na semifinal da Copa das Confederações, em junho, e "assustar" o Brasil na final.

Entre as demais previsões do diário para 2010 estão a de que será o ano mais quente da história, que os mercados de ações continuarão boas opções de investimentos no ano que vem, ainda que com ganhos menores do que neste ano, e que os Republicanos recuperarão terreno na política americana com as eleições para o Congresso. Uol.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Os “panetones” do Correio Braziliense



Flagrado num dos vídeos da Polícia Federal embolsando grana ilícita, o governador José Roberto Arruda alegou que usaria na compra de panetones para as festas do final do ano. Em outro vídeo, o proprietário do jornal Tribuna de Brasília, Alcyr Collaço, enfia mãos de dinheiro nas cuecas. As cenas são chocantes. E como se comporta o principal jornal do Distrito Federal, o centenário Correio Braziliense? É como se nada de podre ocorresse no reino (ou inferno) dos demos.

Por Miro Borges


O professor Venício de Lima, atento observador da mídia, monitorou suas manchetes e concluiu: "O leitor dos jornais locais está enfrentando uma situação, no mínimo, curiosa: se quiser obter informações sobre o envolvimento do governador José Roberto Arruda e de seu vice, Paulo Octávio, no escândalo de corrupção revelado pela Polícia Federal nos últimos dias, terá que recorrer a jornais publicados em cidades localizadas a milhares de quilômetros de Brasília.

Arruda virou sujeito oculto

O jornalista Chico Sant’ana também fez ásperas críticas ao jornal. “Na cobertura do recente escândalo de corrupção no governo do Distrito Federal, apelidado pela imprensa de ‘mensalão do DEMO’, pelo qual o governador e pessoas bem próximas a ele são suspeitos de desviar R$60 milhões, o Correio Braziliense, principal diário da capital federal ‘com tiragem estimada em mais de 200 mil exemplares’ parece ter preferido seguir as normas das escolas fundamentais do que as rotinas jornalísticas. No escândalo da Caixa de Pandora, Arruda virou sujeito oculto.”

É bastante curiosa esta técnica de cobertura do Correio Braziliense que subtrai o sujeito da notícia, deixando-o oculto, e torna difuso o envolvimento dos suspeitos. Que paradigmas jornalísticos devem nortear tal técnica profissional, quando sabemos que o CB tem por hábito fazer denúncias bem explicitas contra o governo federal e o Congresso Nacional? A forte presença publicitária do GDF nas páginas do Correio teria algum efeito anestesiante?, ironiza. Ele cita ainda os boatos da rádio corredor” de que haveria um acordo entre a direção do jornal e o governador corrupto.

Compra de 7.562 assinaturas do CB

Os boatos, que confirmariam a doação de “panetones” para os donos do Correio Braziliense, não são infundados. Em junho passado, o próprio jornal noticiou um contrato com o demo Arruda para a aquisição de 7.562 exemplares do CB, “que serão distribuídos todos os dias, até o fim de 2009, a professores e alunos de 199 escolas urbanas e rurais da rede pública do Distrito Federal”. Na ocasião, o Sindicato dos Professores criticou duramente o “acordo”, feito sem licitação pública, lembrando que o jornal é um inimigo declarado dos movimentos sociais da região.

“Como podemos confiar na opinião do mesmo jornal que, no dia 8 de março deste ano, publicou como visão do Correio o mini-editorial com o indignante título de “crime de lesa-futuro”. Crime esse que nós, professores, cometeríamos se tomássemos a atitude “descabida” (sic) de entrar em greve para fazer valer nossos direitos.” A suspeita de maracutaias, que confirmariam a relação promíscua entre o jornal e o demo antes mesmo do escândalo dos panetones, já era evidente. O sindicato alertou: “Ainda não conseguimos ter acesso ao valor total do convênio, mas somente do Fundeb serão gastos mais de R$ 2,9 milhões para pagar ao CB.”

Urgência da CPI da mídia

Será que haveria outro vídeo em mãos da Polícia Federal mostrando algum executivo do Correio Braziliense enfiando dinheiro na cueca ou nas meias? Ele tambám poderia alegar que o dinheiro seria usado na compra de panetones para o final do ano. Com ou sem vídeo, a omissão do CB no caso do “mensalão do DEMO e o recente contrato de aquisição de assinaturas do jornal mostram que o “mensalão” da mídia é bem pior do que se imagina no país. Estes e outros episódios de promiscuidade justificariam, sem dúvida, a convocação urgente de uma CPI da mídia no Brasil. Vermelho.

Feliz Ano-Novo!




Amigos e amigas, a dor do parto é grande, mas tenho que partir.

Vou estar, daqui a pouco, viajando para a terra dos meus velhos pais, ela de 82 anos; ele 78 anos.Comunico também que no mês de janeiro vou entrar em férias, mas não fiquem preocupados, não vou deixar vocês, principalmente os homens, na mão(tempos bons que não voltam mais). Como sempre, hei de levar meu velho notebook, meu amigo e companheiro constante.Ah! as terroristas vão também, estão felizes da vida.Um FELIZ ANO-NOVO a todos e um excelente 2010, que será coroado com a vitória de Dilma.Beijos para as mulheres e abraços para os homens.

Para não esquecer:diga não ao tucano Serra

Os sapatos de William Bonner



Sidnei Liberal *


William Bonner, do Jornal Nacional, costuma dizer que todas as noites sua equipe tenta colocar um elefante dentro de uma caixa de sapatos. Sempre conseguem. Trata-se da configuração do jornal de maior audiência na TV brasileira. Significa que grande quantidade das notícias produzidas é jogada na lata do lixo e outras tantas somente são divulgadas após lapidar edição que envolve a escolha de enquadramentos, incidências e aparas.


Por ficarem de fora, não serão discutidas pelo público: o “lixo”, outros enquadramentos, outras incidências, outras maneiras de ver e de apresentar os temas.

É o que se denomina agendamento (agenda setting), teoria bastante conhecida em todo o mundo por qualquer estudante de comunicação, desde os anos 70, que revela como os meios de comunicação determinam a pauta (agenda) para a opinião pública. Ou seja, resolvem o que e de que forma – de que ângulo, de que ponto de vista, sob que aspecto ou profundidade – nós, indefesos leitores/ouvintes, devemos discutir a história de cada dia. Pois, para muitos, o que não deu no Jornal Nacional, a caixa de sapatos de Bonner, não aconteceu.

Tem-se no agendamento o instrumento de impor ao leitor/ouvinte uma carga de opiniões político-ideológicas ou culturais que interessam às instâncias de poder vinculadas aos donos do veículo de comunicação. Dito de outra forma, a linha ideológica nasce de modo “espontâneo”, das necessidades dos profissionais da comunicação de manter uma relação de boa convivência e conforto em seus postos de trabalho. Ou seja, a linha ideológica da notícia nasce não só do perfil intelectual e cultural do jornalista, de suas relações e afinidades ou do seu compromisso social, mas também e sobretudo do tipo de (in)dependência profissional com seu veículo empregador.

De qualquer forma, para a unanimidade dos estudiosos não há isenção na produção de qualquer matéria jornalística, mesmo a que não é rotulada como opinativa. E assim, o ouvinte/leitor recebe o “benefício” do agenda setting para não precisar pensar. Já na década de 20, dizia o Estadão: “Um verdadeiro jornal constitui para o público uma verdadeira bênção. Dispensa-o de formar opiniões e formular ideias. Dá-lhes já feitas e polidas, todos os dias, sem disfarces e sem enfeites, lisas, claras e puras” (Editorial do O Estado de São Paulo, de 14/01/1928).

Pode-se inferir então que um mergulho no “lixo” e nas aparas, e um exame por ângulos e critérios ideológicos diversos no noticiário jornalístico, certamente produziriam caixas de sapatos diferentes da de Bonner. Um mergulho e um exame que serão facultados a qualquer ouvinte/leitor quando o veículo de comunicação lhe oferecer os diversos ângulos e a totalidade dos fatos, para que exerça criticamente sua análise e sua escolha. Será, enfim, a oportunidade de poder formar sua opinião, sua versão dos fatos.

Para que isso aconteça, a sociedade precisa se dar conta de que existe um direito que a Constituição lhe garante: o Direito à Informação. Informação em sua integralidade, que permita acesso a uma leitura crítica, personalizada, liberta das amarras opinativas unidirecionais viciadas. Democraticamente aberta a múltiplas interpretações e juízos. Múltiplas caixas de sapatos...


Um novo olhar

Uma amostragem do que “não aconteceu” (o lixo e as aparas do Bonner) pode ser vista no noticiário dos últimos dias:

Na última quinta-feira (24/12), o prestigiado jornal francês Le Monde escolheu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "o homem do ano de 2009. Por seu sucesso à frente de um país tão complexo como o Brasil, por sua preocupação com o desenvolvimento econômico, com a luta contra as desigualdades e com a defesa do meio-ambiente”.

Poucos dias antes, Lula foi escolhido pelo jornal espanhol El País a primeira das cem personalidades mais importantes do mundo ibero-americano em 2009. Com direto a foto de capa inteira e perfil assinado pelo próprio primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero. "Homem que assombra o mundo", "completo e tenaz", “por quem sinto uma profunda admiração", escreveu o premiê espanhol.

Neste dia 29 de dezembro, o jornal britânico Financial Times escolheu o presidente brasileiro como uma das 50 personalidades que moldaram a última década, porque “é o líder mais popular da história do Brasil”. “Charme e habilidade política... baixa inflação... programas eficientes de transferência de rendas...", diz o jornal.

Há nestas notícias da imprensa internacional o reflexo de um novo dia, de um novo tempo de novos sonhos. Um novo olhar do mundo sobre o Brasil. No entanto, para o leitor/ouvinte dos nossos jornalões, simplesmente nada disso aconteceu.


Médico, membro da Direção do PCdoB – DF


Fonte:Portal Vermelho

Gilson Caroni: A direita e o suplício de Papai Noel



O ano se encerra com interessantes contrapontos. As várias distinções honoríficas, prestadas ao presidente brasileiro pela imprensa internacional, fizeram desmoronar, como castelos de areia, a enxurrada de ritos sumários com que, a cada edição diária, a mídia nativa tentou desconstruir as realizações do governo petista e o capital simbólico acumulado pelo campo democrático-popular.
O título de "Homem do Ano em 2009", concedido a Lula pelo Le Monde, o mais conceituado jornal da terra de Lévi-Strauss, representou " o suplício de Papai Noel" para um jornalismo que se esmerou, com textos de contornos cada vez mais nítidos, em servir como porta-voz das forças mais reacionárias da sociedade brasileira

Mas não nos iludamos. Entre a ingenuidade de alguns e a esperteza de outros, a orientação geral é descarregar cargas de fait divers sobre as premiações, ocultando seu real significado. Não se está enaltecendo a habilidade política de um homem, seu carisma ou simpatia. O que está sendo reconhecido é algo de magnitude bem mais ampla: a pedagogia de fatos que, por sua evidência, ensinou à Nação que só passando a limpo suas instituições econômicas, políticas e culturais não corremos o risco de perder a nossa hora e a nossa vez.

O que está sendo objeto de elogios é um governo que não está perdendo a oportunidade de fazer as mudanças sociais há muito reclamadas. Contrariando as transições por alto que tanto marcaram a nossa história, Lula personifica a ruptura com acumulação de farsas que chega, hoje, ao seu ponto de ruptura definitiva. O que conquistamos não foi o aplauso fácil de um país que se verga a antigas estruturas coloniais, mas o respeito de quem assume o papel de sujeito da própria história.

A opção pelo aprofundamento da democracia, pelo crescimento com distribuição de renda, pela economia baseada no consumo interno e na redução de renda per capita é o que marca a mudança de rumo desde as eleições de 2002. Some-se a isso a afirmação de uma política externa independente, com práticas assertivas na afirmação de alguns princípios de relações internacionais, apontando para a busca de uma ativa coordenação soberana com atores relevantes da cenário mundial, e veremos que as diferenças conceituais com o antigo bloco de poder neoliberal são expressivas demais para não contrariar interesses arraigados na subalternidade, na soberania rarefeita.

Encerrado um ano exitoso, o que cabe às lideranças partidárias e à militância? Não confundindo realidade com desejo, buscar uma política de alianças que assegure maioria para a vitória de Dilma Rousseff nas próximas eleições. Dessa vez, há partidos políticos e quadros suficientemente qualificados para manter um projeto que se distingue pela coerência e nitidez de sua vocação transformadora. Mas não será um embate fácil. A direita dispõe de considerável capilaridade e do apoio logístico da mídia corporativa.

Diante deste quadro, as esperanças não repousam apenas em arranjos regionais. Para além das máquinas partidárias- e de elaborações teórico-metodológicas que precisam ser desenvolvidas- a capacidade de mobilizar a juventude, fazer com que ela se alie ao mundo do trabalho e a todos os setores até então oprimidos é fundamental. Estão nas forças sadias, detentoras de mecanismos precisos de clivagem, as chances que temos de evitar a perda de uma oportunidade única que a história está oferecendo. É preciso dar continuidade ao “suplício do Papai Noel".

Um Feliz 2010 para o povo brasileiro.


Fonte:Portal Vermelho

Se depender de Arruda, brasiliense vai sambar na lama

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, alvejado pelo maior escândalo de corrupção em formato VHS da história do DF acaba de anunciar a liberação de R$ 1,5 milhão para a União das Escolas de Samba locais. Só que o governador não quer folia em Brasília. Mandou avisar à Liga dos Blocos que, de preferência, devem brincar o carnaval na cidade satélite de Ceilândia, a 30km da capital.

Arruda quer despachar todo mundo para o Ceilambódromo, mais conhecido pelos brasilienses como “lamódromo”, tal é a invasão de barro e lama na passarela do samba. Aliás, sob este aspecto, até que a transferência faz sentido. Para se ter uma idéia da dramática situação dos sambistas, nas imediações do desfile, chegam a ser instalados lavapés semelhantes a cochos, para permitir a limpeza de pés e sapatos de quem se arrisca na brincadeira. Resumindo: deprimente. De novo, faz sentido, se considerarmos a situação política local.

É que o principal mote dos foliões mais irreverentes, os dos blocos brasilienses, será, é claro, o escândalo que arrastou metade do governo de Arruda e quase toma o mandato do democrata. Não vão faltar panetones e referências aos vídeos, com deputados escondendo dinheiro na meia, e outras bandalheiras.

Mas vai haver reação dos foliões. O presidente da Liga dos Blocos Tradicionais, Jean de Souza Costa, afirmou que não foi avisado oficialmente da determinação do governador e vai manter o desfile dos blocos em Brasília, no Plano Piloto, onde acontece há mais de trinta anos.

É como dizia aquele samba antigo: “batuque na cozinha, sinhá não quer…”


Maria da Penha, uma mulher de fibra



Autoria: Tião Simpatia, cujo blog está entre os meus favoritos.Não deixe de acessá-lo.

De Lula para Serra:'Não se pode deixar de dar comida ao porco'


Em São Paulo, estado administrado pelo governador José Serra (PSDB), principal adversário para a sucessão em 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem que não se faça distinção de partidos políticos no momento de distribuir verbas públicas para os municípios. Sem citar o nome de Serra, Lula disse que o governo paulista não poderá deixar de investir em São Bernardo, cidade administrada pelo prefeito Luiz Marinho, do PT. Durante a inauguração de uma unidade de saúde em seu berço político, ele cobrou mais parcerias em São Bernardo: — Não fazemos distinção de que partido são o prefeito e o governador. A gente tem a obrigação de fazer sem olhar. Você não pode deixar de dar comida a um porco porque não gosta do dono do porco. Você precisa tratar com respeito — discursou, dizendo que já pediu a Serra para tratar Marinho com “carinho especial”.


Segundo o presidente, São Bernardo é uma prioridade porque se tornou “uma cidade atrasada”, que recebeu poucos recursos em seu 1ogoverno (2002-2006). Lula alegou que o ex-prefeito Willian Dib, hoje no PSDB, teria desprezado os repasses porque não gostava dele: — O prefeito não gostava do presidente. É bobagem. Não tem nada mais ignorante que isso. Prefeito não pode brigar com governador, governador não pode brigar com presidente, que não pode brigar com governador.

Dib afirmou, por assessores, que foi o governo federal quem suspendeu os repasses de verba. Disse que havia pedido dinheiro para uma unidade de saúde, mas não foi atendido.

Lula disse que tem repassado verbas para São Bernardo e pretende repassar mais. Segundo ele, o governo liberou R$ 30 milhões para um VLT (metrô de superfície) na cidade: — Agora, eu acho que isso daqui tem que ter a parceria do governo do estado.

De acordo com Lula, fazer obras em São Bernardo não é favor: — É devolver, pois trata-se de uma das cidades que mais pagou impostos e menos investimentos recebeu.

O governo do estado informou ter investido R$ 1,7 bilhão na cidade em áreas como saúde, educação, transporte e habitação.

O presidente aproveitou para dar mais um recado ao PT paulista. Ele citou Marinho como um exemplo para o PT na articulação de alianças no estado. Lula tem cobrado do partido a necessidade de se fazer alianças para 2010: — O PT era metido a besta e não fazia alianças.

Marinho foi mais hábil e conseguiu unir vários partidos que o ajudaram a se eleger.

Acompanhado da ministra interina da Saúde Márcia Bassit, o presidente inaugurou a primeira de nove UPAs (Unidade de Pronto Atendimentos) de São Bernardo. Foram investidos R$ 5,1 milhões, sendo R$ 2 milhões de aporte federal. As UPAs seguem o modelo do governo do Rio, que tem 23 unidades. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), presente à inauguração, foi elogiado pelo presidente.

Segundo Lula, a UPA é melhor porque permite que a população seja bem tratada: — Não vamos tratar o povo como gado.

Lula foi escolhido pelo jornal britânico “Financial Times” como uma das 50 personalidades que moldaram a última década. Segundo o diário, Lula entrou na lista porque “é o líder mais popular da história do Brasil”. “Charme e habilidade política sem dúvida contribuem (para sua popularidade), assim como a baixa inflação e programas de transferência de renda baratos, mas eficientes”. O Globo.

Da igualdade entre as nações


Coisas da Política - Mauro Santayana

Jornal do Brasil - 30/12/2009

O orgulho nacional é sentimento que se funda na consciência da igualdade entre os seres humanos. Quando partimos da ideia de que não somos superiores, assiste-nos a certeza de que tampouco somos inferiores. As vicissitudes históricas, assim como as limitações da natureza, podem fazer-nos conjunturalmente mais pobres ou mais ricos, mas não nos convertem em melhores ou piores.

A imprensa do mundo se tem dedicado aos êxitos conjunturais do Brasil com elogios que nos alegram. O presidente Lula é visto como a Personalidade do Ano pelo conceituado Le Monde, e outras publicações. Chefes de Estado a ele se referem com admiração, não só pelos resultados de sua política interna como também por sua capacidade de convencimento na diplomacia direta que vem exercendo, nestes meses de desafios internacionais.

Esse reconhecimento externo tem tido leituras divergentes em nosso país. Para muitos adversários do governo, trata-se de engodo. A oposição quer mostrar o presidente da República como um parvo, que se deixa dominar pela lisonja. É uma leitura, essa, sim, de néscios. O governo brasileiro tem, nestes anos e meses, afirmado, sem jactâncias, seu direito soberano de opinar nas questões internacionais que lhe dizem respeito, como as do aquecimento global, da paz no Oriente Médio, do comércio internacional e do equilíbrio geopolítico na América Latina. Quanto ao problema da preservação ecológica, nenhum outro país do mundo tem a autoridade de que dispomos para dizer o que pensamos. A História nos fez possuidores da maior biodiversidade tropical do planeta, que soubemos preservar com diplomacia, mas também com imensos sacrifícios humanos, e a cuja soberania não podemos renunciar.

Queremos parceiros no comércio internacional, com vantagens e concessões em rigorosa reciprocidade. Quanto à América Latina, não podemos aceitar a subgerência imperial que alguns nos pretendem impor. Não somos o “cachorro grande” do quarteirão, como certos ex-diplomatas se referem à posição econômica, geográfica e política do Brasil. Somos vizinho privilegiado, com fronteiras pacíficas com quase todos os países da América do Sul e não temos problemas com o resto do Hemisfério.

O embaixador Rubens Barbosa, que, ao se afastar compulsoriamente do Itamaraty, se dedica hoje a assessorar a Fiesp, assinou artigo sobre a Argentina em que trata do declínio do grande vizinho do Sul. Há, em seu texto – ainda que dissimulado em linguagem diplomática – referência à superioridade brasileira, o que não é bom para nós. Temos que entender as circunstâncias da Argentina que, a partir da queda de Hipólito Irigoyen, em 1930, vem passando por dificuldades institucionais, em situação pendular entre o peronismo e seus adversários, agravada com a tragédia dos governos militares, estimulados pelos norte-americanos.

Tanto como o nosso, o povo argentino tem direito à autoestima. Seu sistema educacional, reconhecidamente superior, sua cultura, seu desenvolvimento técnico e científico, são motivos de justo orgulho. Suas dificuldades são políticas, e serão resolvidas com a mobilização da cidadania. Rubens Barbosa diz que a Argentina pode escolher entre ser – diante do Brasil – o Canadá ou o México. É melhor que ela continue sendo a Argentina do Pacto ABC, a Argentina do Mercosul, a Argentina das mães da Praça de Maio, de Borges e Bioy Casares, de Cortazar e Carlos Gardel; a Argentina de San Martin, de Urquiza e de Mitre. E de Evita. O México é outra referência infeliz do embaixador. Seu povo é uma vítima histórica, de Cortez ao presidente Polk, e de Polk a Bush, com o Nafta. Sua tragédia é estar, como dizia Cárdenas, “tan lejos de Dios y tan cerca de Estados Unidos”.

O ministro Nelson Jobim prevê represálias contra o Brasil pelos países preteridos na compra de caças para a FAB. Temos o direito soberano de comprar o que nos interessa e onde nos interessa. Sua excelência, no entanto, disse que “corremos o risco de país grande”. Se ele nos adverte que devemos nos preparar contra isso, é porque tem razão. Mas convém observar que nossa grandeza está dentro das fronteiras nacionais e no convívio amistoso com os outros povos. É esse convívio, sereno, sem ser subalterno, firme, sem ser arrogante, que está sendo reconhecido no mundo inteiro. Dessa postura, que o Itamaraty expressa, não nos devemos afastar.

Kassabinho e 2012


Gilberto Kassab tem poucos motivos para brindar o ano novo. Não terá somente que se desdobrar para recuperar os índices de aprovação, que despencaram ao longo de 2009, mas reavaliar toda a sua estratégia política.


Por alguns meses, o DEM pensou em um voo mais ambicioso para o prefeito de São Paulo. Lançá-lo ao governo do Estado, por exemplo.


Kassab despontava como nova liderança dentro e fora do partido. Passara com louvor no teste das urnas em 2008. Por que perder o embalo? Além disso, há a desavença entre José Serra e o candidato tucano, Geraldo Alckmin. O governador não haveria de se opor à ideia de patrocinar dois nomes de sua base. No entanto, a administração Kassab derrapou feio em 2009 ao lidar com restrições orçamentárias. Não tomou decisões sensatas em muitas áreas cruciais, como varrição de ruas, merenda escolar e controle de enchentes. A Cidade Limpa virou a Cidade Descuidada.


Pior: Kassab mostrou-se indeciso. Cansou-se de anunciar "maldades" e depois recuar -um jogo sádico com o município, que comprometeu tanto a imagem do bom executivo como a do político afável. Quando enfim manteve a palavra, foi para aumentar o IPTU. Afe.


O eleitor, claro, reagiu. O boneco Kassabinho da campanha deve estar levando agulhadas de vodu. Em um ano, dobrou o número de paulistanos que acham ruim ou péssima a gestão -de 13% para 27%. Os que a consideram ótima ou boa caíram de 61% para 39%. A avaliação derreteu em todos os recortes: renda, sexo, idade e escolaridade. Sem o respaldo da cidade, Kassab torna-se "inelegível" em 2010.


Obriga o DEM, em vez de avançar no cenário estadual, a tentar proteger o municipal. Conseguirá um prefeito anêmico fazer o sucessor?


Os rivais pegaram a deixa. Perceberam que 2010 também servirá ao jogo de 2012. Não à toa, voltou-se a falar no PT nos nomes de Aloizio Mercadante e Fernando Haddad. FSP.

Para o consórcio PIG-DEMO-PSDB-PPS governo bom é o que distribui panetone

O SACO DE BONDADES DE LULA Papai Noel eleitoral em 2010

Autor(es): Flávia Foreque
Correio Braziliense - 30/12/2009

No ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentará eleger sua sucessora, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma série de benefícios do governo entrará em vigor. Além de ações já praticadas neste ano e prorrogadas até 2010, como as medidas de incentivo fiscal no combate à crise econômica, novos benefícios entram em cena a partir da semana que vem. É o caso do reajuste do seguro-desemprego de quase 10%. O benefício, concedido a trabalhadores demitidos sem justa causa, pode atingir 6,2 milhões de trabalhadores, estima o Ministério do Trabalho. Só essa medida provocará impacto de R$1,58 bilhão nos cofres públicos.

A mudança do valor segue outro reajuste concedido há uma semana: o do salário mínimo. A partir de janeiro, o valor passa a R$ 510, acima do previsto no texto do projeto original do orçamento de 2010 (R$ 507). O valor representa aumento real de 6%. O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, argumenta que a política do mínimo é praticada há sete anos. O governo se vangloria de ter elevado o piso a US$ 300.

No mesmo dia, o presidente assinou medida provisória que concede 6,14% de reajuste às aposentadorias acima do salário mínimo. A mudança entra em vigor em janeiro e foi resultado de longa negociação entre governo e aposentados, defensores de projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) que atrelava o reajuste das aposentadorias ao do mínimo. A proposta, argumentou o governo, poderia provocar um rombo nas contas da Previdência Social.

Para o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), a decisão do governo de conceder o benefício no final do mandato é prova do caráter eleitoreiro da medida. “Os aposentados, pela voz de um senador petista, passaram o governo inteiro reclamando. No último momento, esse benefício vai ser pago pelo presidente, só por um ano, e o resto da conta vai ficar com os próximos governos”, critica Agripino.

O senador também condena a intenção do governo de enviar ao Congresso um projeto para a Consolidação das Leis Sociais, nos moldes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O argumento do governo é de que a medida vai impedir mudanças futuras em programas de assistência à população mais pobre, como o Bolsa Família. Esse é um debate eleitoreiro, uma demonstração do interesse de discutir aquilo que foi feito e que vai ser continuado por qualquer governo, afirma Agripino.

Maior programa social do governo Lula, o Bolsa Família vai beneficiar, em 2010, mais 500 mil famílias em todo o país, chegando a 12,9 milhões de domicílios assistidos. O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, afirmou que o programa pode ser estendido aos moradores de rua. O governo considerou também auxiliar os beneficiários do programa na compra do butijão de gás. Segundo estudo do Ministérios de Minas e Energia, o desconto de 25% no preço do produto teria um custo de R$ 1 bilhão. O Tesouro não apoiou a medida.

Há três meses, o governo reajustou em 10% o benefício do Bolsa Família. O valor médio passou de R$86 para R$ 95. A oposição afirma que o reajuste é mais uma forma de fortalecer a área social no discurso de campanha da candidata do PT. “O Bolsa Família é um programa que insere pessoas no mercado de consumo, o que é bom para a economia. Antes do presidente Lula, a única coisa que o Brasil fazia para pagar suas contas era vender as estatais. Vamos entregar o país, se Deus quiser, para a ministra Dilma Rousseff em 2011, em uma situação confortável”, rebate o líder do PT na Câmara.

Em 2010, o Executivo pretende ainda aprovar no Congresso a proposta que cria o vale cultura. A proposta prevê benefício de R$ 50, destinado a eventos e bens culturais, para trabalhadores que ganhem até 5 salários mínimos. As empresas que aderirem ao vale cultura terão isenção fiscal, diz o texto.

Governo acelera na redução do IPI

Além de benefícios que entrarão em vigor somente em 2010, algumas medidas já aplicadas neste ano foram prorrogadas. As ações do governo para diminuir o impacto da crise econômica no Brasil, por exemplo, terão continuidade no ano eleitoral.

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros flex até mil cilindradras é uma delas. Inicialmente o imposto voltaria, em janeiro, ao nível de 7%. Mas os 3% de tributo foram prorrogados até março de 2010. Neste mês, o presidente afirmou que as reduções de IPI podem se tornar definitivas caso a economia brasileira apresente um cenário favorável. “Se o Estado crescer mais, muitas alíquotas podem ficar (como estão)”, disse.

A redução de tributos para a compra de caminhões novos, materiais de construção, eletrodomésticos da chamada linha branca e motocicletas também foi estendida – em alguns casos, até junho de 2010. Neste ano, o impacto da renúncia fiscal nos cofres públicos, segundo dados do Ministério da Fazenda, foi de R$25 bilhões. Para o ano que vem, deve atingir R$ 5,6 bilhões, nos cálculos da equipe econômica.

Na avaliação do economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria, o governo deveria, gradativamente, encerrar as medidas de incentivo fiscal, ao invés de prorrogá-las. “Os principais indicadores, como o PIB (Produto Interno Bruto) e a produção industrial, são de que a economia está em fase de recuperação”, justifica. “O correto seria terminar (a concessão de benefícios), porque se já estamos no ciclo positivo de crescimento, o momento é de cessar as medidas e deixar a economia agir por si só”, completa.

Salto reconhece, entretanto, que as medidas adotadas pela equipe econômica foram importantes para motivar a economia do Brasil. E é esse resultado na economia que pode fazer a diferença nas eleições, apontam especialistas. Para o cientista político Rafael Cortez, o peso de fatores econômicos na decisão do eleitor brasileiro é significativo. “Um exemplo clássico é a eleição do Fernando Henrique (PSDB) com o Plano Real”, afirma. Na visão de Cortez, entre os benefícios garantidos em 2010, o reajuste do salário mínimo é um dos fatores de maior impacto no voto do eleitor. “Em ano eleitoral é muito difícil conter gastos, porque politicamente fica-se muito suscetível à escolha do eleitorado. Não é uma exclusividade desse governo nem dessa eleição (benefícios em ano eleitoral). Não é nem exclusividade do caso brasileiro”, opina.

Colaborou Daniela Lima


A partir de janeiro de 2010, benefícios concedidos pelo governo federal a milhões de brasileiros entram em vigor. Oposição critica o caráter eleitoreiro das ações.


REAJUSTE DO SEGURO-DESEMPREGO

•Benefício concedido a cerca de 6,2 milhões de trabalhadores
•Impacto de R$1,58 bilhão nos cofres públicos

REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO


•46,1 milhões de pessoas têm rendimento cuja referência é o mínimo
•impacto de R$4,6 bilhões na Previdência Social

AUMENTO PARA APOSENTADOS


•8,3 milhões de aposentados e pensionistas ganham acima do salário mínimo
•Impacto de 14 bilhões na Previdência Social

AMPLIAÇÃO DA BOLSA FAMÍLIA


•R$13,1 bilhões para o maior programa social do governo Lula em 2010
•12,9 milhões de domicílios atendidos no próximo ano
•governo estudou ajuda de custo para os beneficiários na compra de butijão de gás, mas ao custo de R$1 bilhão, a medida não recebeu o apoio do Tesouro

VALE CULTURA


•Ainda em tramitação no Congresso, o projeto do governo prevê R$50 para trabalhadores que ganham até 5 salários mínimos, para gastos com eventos e bens culturais
•Benefício direto a 12 milhões de brasileiros, segundo estimativa do Ministério da Cultura

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

PSDB = UM PARTIDO DE MEIA DÚZIA DE HOMENS, BRANCOS E PAULISTAS


por Maurício Vieira de Andrade


O perigo que o PSDB representa para esse país é uma coisa para se pensar. Em um país com tanta diversidade e mistura cultural, racial, social temos na contra mão o PSDB. Um partido de meia dúzia de homens, brancos e paulistas. Essa frase parece simples, mas vamos expor melhor e entender o perigo que o PSDB representa.

Meia dúzia de homens- Já notaram que no PSDB não tem mulheres, tirando a Yeda (que está atolada até o pescoço em esquemas de corrupção) quem é a outra mulher que se pode dizer ser um grande expoente no PSDB? Não tem! Não há mulheres no PSDB! Meia dúzia - o PSDB não tem militância (não vale os jornalistas de Veja, Folha e Globo), não tem influência em movimento social algum. Portanto é um partido de meia dúzia de homens!

Brancos- Alguém, por favor, me cite um negro de expressão dentro do PSDB, ou mesmo amarelo, vermelho… mestiço…ninguém?!

Paulistas- Nordestinos no PSDB, só se forem como o Sérgio Guerra e o Tasso Jeressaiti, ou seja, típicos nordestinos (ironia mode on) brancos como bigato e de olhos claros.

Em pleno século XXI, nos país com a maior miscigenação racial, cultural e social do planeta… uns dos partidos que almeja o posto de Presidente da República é um partido sem mulheres, sem negros ou mestiços, sem nordestinos, nortistas e etc… Só falta o slogan de campanha ser Heil José Serra! Lula estava certo quando se referiu a elite de homens brancos e olhos azuis!

Quero Dilma presidente




Produdão:Daniel Pearl

Música: Tião Simpatia

Governo turbina políticas sociais



Jornal do Brasil - 29/12/2009

Repasse para Bolsa Família e merenda escolar é ampliado em R$ 2 bi

BRASÍLIA - O governo federal cumpriu este ano a promessa de não permitir que a crise econômica mundial afetasse o repasse de recursos para as políticas sociais. De acordo com dados divulgados segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, os beneficiários do Programa Bolsa Família receberam R$ 12,4 bilhões do governo federal entre janeiro e dezembro de 2009, 13,8% a mais do que em 2008. No ano passado, haviam sido investidos R$ 10,9 bilhões no programa.

Segundo o ministério, o reajuste de 10% nos valores do benefício a partir de setembro e a inclusão de mais 1,3 milhão de famílias no Bolsa Família durante o ano contribuíram para o crescimento do montante de verbas destinado para o principal programa social do governo. O ministério também repassou R$ 207,3 milhões para os municípios investirem nas ações locais do programa por meio do Índice de Gestão Descentralizada.

Segunda-feira, o governo deu sinais de que pretende manter no próximo ano a ampliação dos repasses para as políticas sociais. O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o governo decidiu aumentar de R$ 0,22 para R$ 0,30 o valor repassado por aluno aos municípios para a merenda e o transporte escolar em 2010. Haddad antecipou que o governo deve formalizar o reajuste quarta-feira. As estimativas inicias do governo são de que o reajuste signifique a necessidade de um aporte de R$ 1 bilhão a mais, em comparação com este ano, para a área.

Segundo Haddad, o custo da merenda escolar em 2009 para o governo federal foi de R$ 2,6 bilhões, enquanto o do transporte escolar foi de R$ 4,78 milhões. No modelo atual, o governo repassa aos municípios os recursos para a merenda escolar em toda a educação básica, enquanto no transporte escolar o benefício atinge o ensino rural do país e serve para o deslocamento dos alunos às escolas. Segundo o ministro, o aumento vai beneficiar 47 milhões de estudantes do ensino fundamental que contam com merenda escolar. Desse total, 6 milhões utilizam transporte pago pelo governo federal para frequentar as aulas.

A mudança nos valores, segundo Haddad, vai passar a valer já no início do período letivo de 2010. Segundo o ministro, até 2003, o governo federal repassava apenas R$ 0,09 centavos aos municípios para a merenda e o transporte escolar. Há seis anos o valor passou para R$ 0,22 centavos, chegando agora aos R$ 0,30.

O repasse já havia sido aumentado em 70% desde 2003 e, neste ano, também foi estendido aos alunos do ensino médio. Inicialmente, a ideia do governo era ampliar o repasse na merenda e no transporte escolar para R$ 0,35, mas a equipe econômica recomendou o reajuste menor para evitar maiores impactos aos cofres do governo.

Bolsa Família

Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à fome, Patrus Ananias, já havia prometido conceder o pagamento do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada – salário mínimo pago a pessoas com mais de 65 anos cuja renda per capita familiar seja inferior a 1/4 do salário mínimo – aos moradores de rua do país. O universo de novos beneficiários pode chegar a 60 mil, de acordo com os cálculos do governo.

A concessão dos benefícios ainda depende, no entanto, do esforço para o enquadramento dos moradores de rua nos pré-requisitos legais do Bolsa Família. O ministério estuda, por exemplo, promover mutirões para emissão de certidões de nascimento, um dos documentos exigidos pelo órgão para o pagamento do benefício.. Uma outra hipótese considerada seria permitir que os centros de assistência social sejam usados pela população de rua para comprovar residência.

Em geral, de acordo com o ministério, os valores transferidos a 12,3 milhões de famílias, que variam entre R$ 22 e R$ 200, são investidos em alimentação, material escolar, remédios e vestuário infantil. O programa exige a frequência escolar dos alunos beneficiários e o cumprimento da agenda de saúde, que envolve obrigações como a realização de exames e vacinações. (Com agências)

FGV:Pior recessão em 30 anos acabou no final do 1º trimestre



Folha de S. Paulo - 29/12/2009


A economia brasileira sofreu dois trimestres de recessão provocada pelos efeitos da crise econômica mundial, mas já deixou o pior quadro registrado em quase três décadas, afirmou estudo do Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos), da FGV (Fundação Getulio Vargas).
O grupo informou que "identificou a ocorrência de um vale no ciclo econômico brasileiro no primeiro trimestre de 2009. O vale marca o fim de um período de recessão e o início de um período de expansão econômica".


O Codace segue os moldes e a proposta de comitê similar dos EUA, o NBER (Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, na sigla em inglês), que afirmou que aquele país está em recessão desde o final de 2007.


Ao avaliar a economia brasileira, o Codace considerou, para determinar que o Brasil já deixou o período de recessão, dados como produção, vendas, emprego e renda.


A FGV informou ainda que a recessão já terminada foi marcada por intensa diminuição do nível de atividade dos dois trimestres (4º de 2008 e 1º de 2009). O PIB sofreu redução de 3,8% no dois períodos. "A diminuição média por trimestre, de 1,9%, foi a mais intensa entre todas as oito recessões datadas pelo Codace a partir de 1980."


Nas sete recessões anteriores, a redução trimestral média do PIB brasileiro havia sido de 0,8%.
Segundo o Codace, a desaceleração econômica foi acentuada no setor industrial, principalmente nos segmentos exportadores e nos voltados ao mercado interno de consumo mais dependente de crédito. O estudo aponta que o PIB industrial registrou recuo de 12,2% nos dois trimestres da recessão, equivalentes a recuos médios de 6,3%, resultado bem mais acentuado do que a redução média de 0,6% do PIB do setor de serviços.


Para o Codace, são indicadores do fim da recessão a recuperação de expansão por parte da indústria; o fato de o PIB do setor serviços ter caído só no quarto trimestre de 2008; a retomada do mercado de trabalho ainda no primeiro semestre de 2009; e o fato de os investimentos produtivos privados terem voltado a crescer.

Cultura e política

Jandira Feghali

O bêbado com chapéu coco/ fazia irreverências mil/pra noite do Brasil, meu Brasil/Que sonha com a volta do irmão do Henfil/Com tanta gente que partiu/ num rabo de foguete... (João Bosco e Aldir Blanc) .
O Brasil se emocionou com “O bêbado e a equilibrista”, que se tornou o hino da luta pela anistia, que completou 30 anos este ano. A ditadura liquidou as liberdades políticas e baixou uma sombra de terror, prisões, tortura, mortes, desaparecimentos e obrigou uma multidão de brasileiros a deixar o Brasil, “num rabo de foguete”.

A grande luta nos anos 70 foi a da anistia ampla, geral e irrestrita. Cresceu até tornar-se um irresistível movimento de massas. A cultura liderou a luta contra a censura e pela liberdade. Mobilizou artistas, intelectuais, estudantes, jornalistas, religiosos e políticos que levaram o regime à distensão “lenta, gradual e segura” sob Geisel e à anistia sob Figueiredo — vitória parcial, mas que removeu os últimos obstáculos à volta da democracia, com a campanha das “diretas já” nos anos 80.

O povo brasileiro lutou politicamente com resistência e resiliência próprias dos conscientes e senhores de seu destino.

Desde então vivemos momentos de exaltação, frustração e mobilizações como a dos caras-pintadas e a que resultou na eleição de Lula. Ao longo desse processo, a democracia avançou e se consolidou, apesar da má imagem de muitos políticos e da sensação de impunidade gerada por sucessivos escândalos.

A corrupção não é filha de democracia. Pelo contrário, nela fica exposta à luz e ao julgamento do povo que não está apático, como muitos apregoam, mas vigilante e consciente, como vimos há pouco em Brasília.

O povo não está adormecido, ele age e se organiza e a cultura tem um papel central. É preciso documentar o passado, impedir que os jovens que não viveram o arbítrio ignorem a História para não repeti-la, mesmo como farsa. É a cultura que consolida a educação do povo e forma cidadãos.

A luta pela cultura é essencial à democracia.

O papel e a responsabilidade dos intelectuais não podem ser adiados nem minorados. Nossa missão é trabalhar para que a cultura esteja ao alcance de todos; sem exclusões de qualquer natureza.

As lutas pela anistia e contra a censura devem nos guiar na direção de um país onde a expressão “do povo, pelo povo e para o povo” não seja apenas uma expressão vazia, mas pedra angular de uma república justa, forte, livre e próspera, uma verdadeira (e culta) “mãe gentil”.

JANDIRA FEGHALI é secretária de Cultura da Prefeitura do Rio.

Rio Grande de desilusão


Paulo Cezar da Rosa


Prezados leitores. O Daniel, meu editor neste espaço, pediu para fazer uma coluna de balanço do ano.

Confesso. Não consegui. Ou melhor: Na verdade, esta coluna é muito diferente de todas as que já escrevi neste espaço. Primeiro, porque não é uma coluna, é uma carta, quase um desabafo; segundo, porque não tenho muito o que dizer. Tenho, apenas, talvez, "à la Guimarães Rosa", algumas coisas a "desdizer".

Minha pauta na revista é tratar da cena política gaúcha. Acreditem: Não é uma tarefa fácil. Sou gaúcho, e ser gaúcho nos dias de hoje não é simples. Ser gaúcho vem se tornando todos os dias mais complicado. Analisar o cenário político é pior ainda. E, em 2010, tudo pode se tornar até mais difícil.

Todas as semanas no últimos meses tenho sido obrigado a refrear meu desejo de pedir ao Daniel para alterar minha pauta. Acordo sempre às segundas feiras desejando falar sobre o Brasil e o sucesso do governo Lula, sobre o Obama e o desafio de administrar a crise do império, sobre a América Latina e a afirmação de seu povo nos espaços públicos. Mas não. Tenho de tratar da cena gaúcha, e isso hoje é tratar da miséria da política, da pequenez, dos mais baixos instintos que quase sempre estão por detrás dos movimentos de hoje em dia no pampa.

Não. Não estou falando de ética ou de falta dela na política gaúcha. Este assunto, confesso, não é o que mais me preocupa. Penso, aliás, que o governo Lula conquistou avanços fantásticos neste terreno. "Nunca na história deste país" se viu tanto criminoso de colarinho branco tocando piano nas delegacias antes reservadas apenas aos bandidos pobres.

O problema é outro. Vivemos hoje num país que saiu da crise porque soube defender suas empresas, seu patrimônio, seu povo. Um país que aos poucos torna-se motivo de orgulho por todos lados. Ser brasileiro na Europa durante muito tempo foi sinônimo de ser trambiqueiro ou prostituta, no máximo jogador de futebol. Nos últimos anos, o país foi capaz de iniciar uma verdadeira revolução que hoje reposiciona o Brasil no mundo. O Rio Grande do Sul, não.

Também não estou falando de justiça social. Esse assunto hoje é domínio federal. E, justiça seja feita, "nunca antes na história desse país" se viu o povo sendo tão "justiçado" como está sendo agora. É Bolsa Família, Fome Zero, Minha Casa Minha Vida, salário mínimo que cresce, emprego que cresce, mais educação e até saúde. E isso, o Brasil está fazendo por todos, inclusive pelos gaúchos.

Estou falando é da falta de liderança, da incapacidade política dos gaúchos, da sua incompetência para tirar o Rio Grande da situação em que encontra. É lamentável, mas todos os indicadores são claros. O Rio Grande do Sul perdeu a onda do crescimento nacional. No Rio Grande do Sul, demos as costas a tudo o que de bom está sendo conquistado em nível nacional. Crescemos como rabo de cavalo. Para baixo, e para trás. E isso é culpa de todos os gaúchos que não conseguiram gestar nas últimas décadas lideranças capazes de enfrentar nossos problemas. Isso é culpa sua e é culpa minha. Acho que é por isso que não consegui fazer um balanço.

Quando Olívio Dutra foi governador, disseram que o problema era o PT. Tivemos quatro ano de PMDB e agora mais quatro de PSDB. Passamos quase oito anos sem o PT e o Estado só piorou. Alguns dizem agora que o problema todo é dos "serristas". O governo gaúcho, tendo a tucana Yeda Crusius à frente, está atolado na falta de ética. E esse seria o seu maior problema.... mas, acreditem, esse não é nosso maior problema.

A falta de ética na política gaúcha é apenas reflexo da mediocridade. Quando ladrões e achacadores se tornam "líderes" políticos, algo está muito mal. E o que está mal entre nós é a falta de liderança verdadeira, é a falta de política, a falta de grandeza.

Hoje, o Rio Grande do Sul está tão preso ao passado que, com tristeza e esperança, lembrei Drummond: "Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."

2010! Boas festas. Um grande 2010 para todos nós.


Zé Pedágio: É isso que você quer para governar o Brasil?



Fonte:Cloaca News

Esse é o cara:Lula é uma das 50 pessoas que moldaram a década, diz 'FT'


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi escolhido pelo jornal britânico Financial Times como uma das 50 personalidades que moldaram a última década.

Segundo o diário, Lula entrou na lista porque "é o líder mais popular da história do Brasil".

"Charme e habilidade política sem dúvida contribuem (para sua popularidade), assim como a baixa inflação e programas de transferência de renda baratos, mas eficientes", diz o jornal.

"Muitos, inclusive o FMI, esperam que o Brasil se torne a quinta maior economia do mundo até 2020, trazendo uma mudança duradoura na ordem mundial."

Vilões

Ainda no campo da política, o FT também destaca como as personalidades mais influentes da década o presidente do Irã, Mahmoud Ahamadinejad; o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; a chanceler alemã Angela Merkel; o ex-presidente e atual primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin; e o presidente da China, Hu Jintao.

O jornal selecionou também o que chamou de "alguns vilões" que acabaram por determinar o curso da história destes últimos dez anos, como o líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden, e o ex-presidente americano George W. Bush.

A lista do FT também inclui personalidades das áreas de negócios, economia e cultura. Muitas delas refletem o crescimento e o fortalecimento da internet e das novas tecnologias, como os empresários Jeff Bezos, da loja virtual Amazon; Meg Whitman, do eBay; Larry Page e Sergey Brin, do Google; Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams, do Twitter; Mark Zuckerberg, do Facebook; e Steve Jobs, da Apple.

Outras figuras foram eleitas pelo jornal britânico pelo mérito pessoal de terem se tornado ícones mundiais em suas áreas, como a escritora JK Rowling, autora dos livros do personagem Harry Potter; o jogador de golfe Tiger Woods; a apresentadora americana Oprah Winfrey; o diretor japonês de desenhos animados Hayao Miyazaki; o produtor de TV John De Mol, criador da fórmula do Big Brother; e os astros da música Beyoncé e Jay-Z.

"Listas como estas são subjetivas e, de certa maneira, arbitrárias, mas tentamos capturar indivíduos que tiveram um grande impacto no mundo ou em sua região - para o bem ou para o mal", explicou o jornal.

Graças à Serra, Juros ao consumidor em novembro atingem menor patamar em 15 anos


Folha Online, em Brasília

Os juros de empréstimos bancários para pessoa física são os menores desde julho de 1994, quando o Banco Central começou a série histórica. Em novembro, a taxa ficou em 43% ao ano, contra 44,2% em outubro. Para pessoa jurídica, os juros foram de 26%, os mais baixos desde fevereiro de 2008. Os dados foram divulgados nesta terça-feira.

A taxa média caiu para 34,9% a.a. (ao ano) em novembro, com reduções de 0,7 p.p. no mês --em outubro a taxa era de 35,6% ao ano, a maior desde julho-- e de 9,2 p.p. em 12 meses.

O estoque total de crédito alcançou R$ 1,389 trilhão, elevando-se 1,5% no mês e 14,9% em 12 meses. Como resultado, o saldo total dos empréstimos passou a representar 44,9% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 44,6% em outubro e 38,9% em novembro de 2008.

Os empréstimos realizados com recursos livres, com participação relativa de 68,1% no total do sistema financeiro, atingiram R$ 945,9 bilhões, com crescimentos de 1,4% no mês e de 9,7% em relação a novembro do ano anterior.

Os empréstimos destinados às famílias totalizaram R$ 464,8 bilhões, após acréscimos de 1,3% no mês e de 18,9% em 12 meses, com destaque para operações de crédito pessoal e de aquisição de veículos --que tiveram elevações mensais de 1,2% e de 1,8%, respectivamente. As operações com cartão de crédito com incidência de taxa de juros registraram aumento mensal de 4,2%, devido ao aumento das compras de fim de ano.

Já os créditos contratados com pessoas jurídicas registraram elevação mensal de 1,5% --com o desempenho dos empréstimos concedidos com recursos domésticos--, saldo de R$ 423,8 bilhões e expansão de 2,4%. Entre as modalidades destinadas às empresas, continuou acentuado o desempenho das operações de capital de giro, com acréscimos de 3,2% no mês e 28,4% em 12 meses.

Em sentido contrário, os financiamentos lastreados em moeda estrangeira apresentaram retração mensal de 4,5%.

Inadimplência e "spread"

O nível de inadimplência teve mudança sutil no mês, de 8,1% em novembro, ante 8,2% em outubro, para pessoa física. Para pessoa jurídica a variação também foi sutil, chegando a 3,9% em novembro, contra 4% no mês anterior.

Com as menores taxas de juros da história, o mês de novembro apresentou crescimento total de 1,3% nas operações de crédito.

O "spread" bancário --diferença entre o que os bancos pagam para captar o dinheiro e os juros cobrados de seus clientes-- também apresentou queda, registrando 32,2% em novembro, contra 33,5% em outubro para pessoa física. Para pessoa jurídica a queda foi de 17,1%, contra 17,7% em outubro.

Serra, o mentiroso contumaz


José Serra é, seguramente, o político mais safado, mais mentiroso da face da Terra.

José Serra afirmou, num programa de rádio que imita o do presidente Lula, que São Paulo gerou quase um milhão de empregos no ano de 2009.

Isso é uma mentira das grossas.

Ora, se o Brasil gerou pouco mais de um milhão de empregos, como pode o estado de São Paulo ter gerado 800 mil? Quer dizer que os demais estados da federação brasileira só conseguiram gerar 200 mil?Pelo jeito, a nossa Federação só é composto pelo estado de São Paulo, os demais estados só geram bandidos.

Mais:se SP gerou 800 mil empregos, isso foi fruto do trabalho de Lula, que reduziu o IPI na compra de carros novos, não perder de vista que São Paulo concentra o maior número de montadoras de carros do Brasil, reduziu o IPI na compra de TV, geladeira, fogões, computador, reduziu imposto na construção civil, que colocou o BNDES, o BB, a CEF à disposição do empresariado brasileiro.

Serra faltou dizer no balanço de seu desgoverno que, só no mês Dezembro, São Paulo gastou R$ 50 milhões de reais com publicidades, quase todas veiculadas nos programas da TV Globo, como o Mais Você, Roberto Carlos Especial.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Lula: 2010 será o grande ano da economia brasileira

BANCOS PÚBLICOS SUPERAM OS PRIVADOS EM LUCRO E TAMANHO



Desempenho do BNDES e aquisições do BB turbinam resultados de instituições estatais

Folha de S. Paulo - 28/12/2009

Determinação do governo de bancos públicos elevarem crédito ajuda a explicar crescimento; BC já vê reação das instituições privadas


Os bancos públicos federais superaram as instituições privadas nacionais em tamanho e em lucratividade, segundo dados dos balanços referentes ao terceiro trimestre deste ano organizados pelo Banco Central.

Esses resultados foram obtidos, principalmente, pelo bom desempenho do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que recebeu grande aporte de recursos da União para aumentar seus empréstimos durante o período mais agudo da crise.

Também contribuiu para isso a consolidação das aquisições realizadas pelo Banco do Brasil, que comprou a Nossa Caixa e metade do banco Votorantim.

Os ativos dessas duas instituições, somados aos da Caixa Econômica Federal, do Banco da Amazônia e do Banco do Nordeste, chegaram a R$ 1,39 trilhão no final de setembro. No final desse mesmo mês, instituições privadas de controle nacional listadas pelo BC possuíam R$ 1,34 trilhão.

Há três meses, os bancos nacionais privados ainda superavam as instituições públicas em ativos. Não entram nessa conta os bancos privados de controle estrangeiro que atuam no país, como Santander e HSBC, que possuem mais R$ 685 bilhões.

O levantamento também mostra que o lucro do BNDES ajudou as cinco instituições federais a registrar, juntas, um ganho maior que os bancos privados nacionais. Enquanto o lucro dos grupos estatais foi de R$ 5,3 bilhões nesses três meses, os agentes privados nacionais tiveram ganho de R$ 4,9 bilhões. No final do trimestre passado, antes dessa virada, esses bancos privados acumulavam lucro 75% acima do registrado pelos federais.

Política de governo

Uma das explicações para essas mudanças é o avanço dos bancos públicos no crédito nos últimos 12 meses. Depois de liderarem o mercado de empréstimos no país por cinco anos seguidos, os bancos privados nacionais e estrangeiros perderam espaço para as instituições estatais, cujo ativos e lucros cresceram com o aumento nos empréstimos. Esse avanço foi uma determinação do governo para evitar uma recessão maior na virada do ano. Houve até mesmo mudanças na presidência do BB, a maior instituição do país, diante da política do banco de acompanhar os bancos privados na redução do crédito e no aumento dos juros.

Desde junho de 2004, os bancos privados vinham puxando a alta do crédito no país e a sua carteira foi se distanciando das instituições públicas. Em setembro do ano passado, a diferença entre os dois segmentos chegou a 30%. A partir daí, no entanto, essa distância começou a encolher. Em setembro deste ano, o estoque de financiamentos dos dois segmentos estava praticamente empatado.

De acordo com o BC, já há sinais, nos últimos meses, de que os bancos privados estejam reagindo a esse movimento. Um dos fatores que podem facilitar essa retomada é o esgotamento da capacidade de empréstimos das instituições estatais, que estão correndo contra o tempo para se capitalizar.

Além disso, a expectativa é que, em 2010, a economia brasileira volte a apresentar níveis de crescimento próximos do verificado no período anterior à crise.

Para o economista João Augusto Salles, da Consultoria Lopes Filho, esse crescimento dos bancos públicos foi uma exceção verificada em um período de crise, mas que deve se reverter a partir da retomada da economia brasileira já a partir de 2010. "Isso foi uma anomalia do mercado em razão da crise. Os bancos públicos, por ordem do controlador, emprestaram sem muito critério e vão ter de rever suas políticas. Agora, é a vez dos bancos privados."

De acordo com o analista da área de bancos Luiz Miguel Santacreu, da Austin Rating, o setor público não pode financiar sozinho o crescimento da economia esperado para os próximos anos. "O Banco do Brasil e a Caixa queimaram bastante combustível. O setor privado tem mais gasolina no tanque e um potencial maior para crescer no crédito."

Lula é personalidade do ano também no Uruguai

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela população uruguaia a segunda "personalidade" internacional mais importante de 2009, de acordo com pesquisa feita pela empresa de consultoria Interconsult. Nas últimas semanas, jornais europeus como Le Monde (França) e El País (Espanha) também destacaram Lula como personalidade internacional.

Lula foi escolhido por 15% dos uruguaios, atrás apenas do presidente norte-americano, Barack Obama, lembrado por 53% dos entrevistados.

Os mandatários da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Cristina Kirchner, receberam 13% e 4% dos votos, respectivamente.

Depois deles, ainda foram mencionados por 3% dos entrevistados o técnico da seleção argentina de futebol, Diego Maradona, e o apresentador de televisão Marcelo Tinelli.

Em relação à "personalidade" do ano dentro no Uruguai, o mais votado foi o atual presidente do país, Tabaré Vázquez, com 40% das preferências.

O chefe de governo uruguaio foi seguido pelo seu sucessor, José Mujica, que assumirá a Presidência do país no dia 1º de março, e foi escolhido por 34%.

O vice-presidente eleito, Danilo Astori, ficou com 12% das preferências, enquanto os candidatos presidenciais derrotados por Mujica nas eleições deste ano, Luis Lacalle e Pedro Bordaberry, receberam 11% cada.

Para o diretor da Interconsult, Juan Carlos Doyenart, os resultados do levantamento indicam que os uruguaios têm "uma forte tendência de associar personalidade com um dirigente político".

Segundo ele, desde que a empresa começou a realizar esse tipo de pesquisa, em 1998, a grande personalidade eleita pela maioria dos uruguaios sempre foi o chefe de Estado do país.

Fonte: Ansa