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Arruda quer despachar todo mundo para o Ceilambódromo, mais conhecido pelos brasilienses como “lamódromo”, tal é a invasão de barro e lama na passarela do samba. Aliás, sob este aspecto, até que a transferência faz sentido. Para se ter uma idéia da dramática situação dos sambistas, nas imediações do desfile, chegam a ser instalados lavapés semelhantes a cochos, para permitir a limpeza de pés e sapatos de quem se arrisca na brincadeira. Resumindo: deprimente. De novo, faz sentido, se considerarmos a situação política local.
É que o principal mote dos foliões mais irreverentes, os dos blocos brasilienses, será, é claro, o escândalo que arrastou metade do governo de Arruda e quase toma o mandato do democrata. Não vão faltar panetones e referências aos vídeos, com deputados escondendo dinheiro na meia, e outras bandalheiras.
Mas vai haver reação dos foliões. O presidente da Liga dos Blocos Tradicionais, Jean de Souza Costa, afirmou que não foi avisado oficialmente da determinação do governador e vai manter o desfile dos blocos em Brasília, no Plano Piloto, onde acontece há mais de trinta anos.
É como dizia aquele samba antigo: “batuque na cozinha, sinhá não quer…”
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