Ex-secretário diz que Arruda elaborou planilha de distribuição de propina a aliados
Folha Online, em Brasília
Em depoimento prestado ao Ministério Público Federal, Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, sustentou que o governador José Roberto Arruda (sem partido) foi o responsável pela elaboração da planilha que estabelecia a distribuição do suposto esquema de pagamento de propina para parlamentares aliados. O ex-secretário, que é o delator do esquema, não apresentou provas materiais.
Durval deixou a situação de Arruda ainda mais delicada ao afirmar que o esquema de corrupção também envolvia o Instituto Fraterna, que é comandado pela primeira-dama, Flávia Péres Arruda. A entidade receberia 10% do dinheiro arrecadado no esquema por ordem de Arruda. Não há referência a participação de Flávia.
As denúncias foram publicadas neste domingo pelo portal "iG" com base no depoimento que Durval prestou no início do mês, em São Paulo, no prédio da Procuradoria Regional da República da 3ª Região, em uma sala de reuniões cedida aos membros da Procuradoria-Geral da República. Reportagem da Folha, revelou o depoimento e mostrou que ele foi retirado de Brasília por questão de segurança.
No depoimento, Durval disse que recebeu de Arruda, em 2007, uma planilha com a relação de todas as empresas do setor de informática que mantinham convênios com o GDF (Governo do Distrito Federal). No encontro, segundo Durval, Arruda disse que o material serviria para ele "operar o esquema de arrecadação de propina".
Na declaração aos procuradores, Durval aponta que: "Arruda incumbiu o declarante [Durval] de recuperar a arrecadação de propina não recebida até aquela data, incidente aos pagamentos feitos ao GDF desde janeiro de 2007 até a data da reunião".
Ao negar-se a buscar propinas atrasadas, por não ser o responsável naquele período, Durval contou ao MP que Arruda teria o indagado: "então e vou ficar no prejuízo?".
Em relação ao envolvimento do instituto presidido pela primeira-dama, o ex-secretário afirma que desde julho aproximadamente o Fraterna "teve as despesas pagas com o dinheiro arrecadado junto às empresas de informática".
Segundo Durval, "governador Arruda determinou, por intermédio de Omézio Pontes [ assessor de imprensa], que autorizasse o pagamento com a parte correspondente a 10% da propina".
Na sexta-feira, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Fernando Gonçalves, relatório do inquérito da Caixa de Pandora, determinou uma análise dos contratos feitos pelo DF com empresas do setor de informática entre 2007 e 2009, gestão de Arruda. O ministro ainda pediu a tomada de novos depoimentos e ações de busca e apreensão.
Gonçalves ainda não analisou o pedido do Ministério Público Federal de quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados na operação da PF.
Em depoimento prestado ao Ministério Público Federal, Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, sustentou que o governador José Roberto Arruda (sem partido) foi o responsável pela elaboração da planilha que estabelecia a distribuição do suposto esquema de pagamento de propina para parlamentares aliados. O ex-secretário, que é o delator do esquema, não apresentou provas materiais.
Durval deixou a situação de Arruda ainda mais delicada ao afirmar que o esquema de corrupção também envolvia o Instituto Fraterna, que é comandado pela primeira-dama, Flávia Péres Arruda. A entidade receberia 10% do dinheiro arrecadado no esquema por ordem de Arruda. Não há referência a participação de Flávia.
As denúncias foram publicadas neste domingo pelo portal "iG" com base no depoimento que Durval prestou no início do mês, em São Paulo, no prédio da Procuradoria Regional da República da 3ª Região, em uma sala de reuniões cedida aos membros da Procuradoria-Geral da República. Reportagem da Folha, revelou o depoimento e mostrou que ele foi retirado de Brasília por questão de segurança.
No depoimento, Durval disse que recebeu de Arruda, em 2007, uma planilha com a relação de todas as empresas do setor de informática que mantinham convênios com o GDF (Governo do Distrito Federal). No encontro, segundo Durval, Arruda disse que o material serviria para ele "operar o esquema de arrecadação de propina".
Na declaração aos procuradores, Durval aponta que: "Arruda incumbiu o declarante [Durval] de recuperar a arrecadação de propina não recebida até aquela data, incidente aos pagamentos feitos ao GDF desde janeiro de 2007 até a data da reunião".
Ao negar-se a buscar propinas atrasadas, por não ser o responsável naquele período, Durval contou ao MP que Arruda teria o indagado: "então e vou ficar no prejuízo?".
Em relação ao envolvimento do instituto presidido pela primeira-dama, o ex-secretário afirma que desde julho aproximadamente o Fraterna "teve as despesas pagas com o dinheiro arrecadado junto às empresas de informática".
Segundo Durval, "governador Arruda determinou, por intermédio de Omézio Pontes [ assessor de imprensa], que autorizasse o pagamento com a parte correspondente a 10% da propina".
Na sexta-feira, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Fernando Gonçalves, relatório do inquérito da Caixa de Pandora, determinou uma análise dos contratos feitos pelo DF com empresas do setor de informática entre 2007 e 2009, gestão de Arruda. O ministro ainda pediu a tomada de novos depoimentos e ações de busca e apreensão.
Gonçalves ainda não analisou o pedido do Ministério Público Federal de quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados na operação da PF.
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