O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, visitou o Brasil nesta quarta-feira, 28, onde foi recebido pelo presidente Lula. A visita foi altamente valorizada pelo venezuelano antes da partida, quando inaugurou seu Twitter: “Vou ao Brasil. E muito contente por trabalhar pela Venezuela. Venceremos!”. O resultado da visita foi bem avaliado pelos dois presidentes.
O presidente brasileiro, Lula, recebeu seu colega em almoço no Palácio do Itamaraty, sede da chancelaria brasileira. Bem humorado, Lula brincou antes do encontro com os jornalistas, mostrando-se otimista com o jogo do seu time de coração, o Corinthians, contra o Flamengo pelas oitavas de final da Taça Libertadores das Américas.
“Meu coração está com Dilma”
Hugo Chávez, que também se mostrava bastante descontraído, não quis falar da sucessão presidencial no Brasil, mas disse: “Meu coração está com Dilma”. Este é o oitavo encontro entre os dois presidentes, que mantêm uma agenda de reuniões trimestrais desde 2007. Dois outros encontros estão previstos entre os dois presidentes antes do encerramento do mandato de Lula.
Avança a cooperação bilateral
Durante a tarde realizou-se reunião com a participação de ministros dos dois países, que resultaram na assinatura de nada menos que 22 acordos de cooperação bilateral. Os dois presidentes avançaram também em entendimentos sobre a integração regional, tendo em vista a realização da próxima cúpula extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), na próxima terça-feira, 4 de maio, na Argentina.
Os 22 novos acordos fortalecem a cooperação bilateral nas áreas energética, de habitação, cultura, turismo, agricultura, alimentação, entre outras.
O Brasil se comprometeu a fornecer à Venezuela 10 mil toneladas de óleo de soja e milho. Ampliou-se o convênio para a construção de casas no bairro de Santo Agostinho do Sul, em Caracas, por parte da construtora Odebrecht, do Brasil.
No âmbito energético, a Venezuela enviará ao Brasil mais de 750 mil barris de petróleo, enquanto o Brasil dirigirá um programa de trabalho para a criação de um centro de pesquisas na Venezuela voltado para o intercâmbio de conhecimento técnico no setor elétrico.
Na área social os dois países decidiram criar uma rede de assistência à mulher migrante na região de fronteira.
O presidente Lula considerou muito positivamente o encontro, declarando que a Venezuela se transformou num sócio estratégico para o Brasil, pois o fortalecimento comercial da relação bilateral impulsionou o desenvolvimento industrial, econômico e social em ambos os países.
Nesse sentido, assinalou que “muitas pessoas ainda não se deram conta da fortaleza que existe nas relações entre a Venezuela e o Brasil”.
Dimensão histórica e estratégica
Lula mostrou a dimensão histórica que essas relações adquiriram: “É uma demonstração de que evoluímos em 8 anos o que não tínhamos evoluído em 200 anos”. Mostrando compreensão elevada sobre a integração, o papel e a unidade entre os dois países, Lula enfatizou: “Evoluímos porque compreendemos que embora falemos dois idiomas distintos, ainda que tenhamos nossos países separados por faixas de fronteiras, o povo venezuelano e o povo brasileiro estão unidos e fazem parte de um só país, a América do Sul”.
Referindo-se ao futuro próximo, quando se encerrar seu mandato, Lula disse que a relação entre a Venezuela e o Brasil “é irreversível”, porque a Venezuela “é um país de suma importância, um país estratégico, com enormes quantidades de matéria prima, com reservas incríveis de petróleo e gás e por sua relação com a América do Sul”.
Luta para conformar um mundo novo
O presidente venezuelano também enfatizou o papel estratégico da integração continental. “A União sul-americana é vital para conformar um mundo novo, um mundo pluripolar”.
Chávez agradeceu ao presidente brasileiro seu empenho no fortalecimento das relações bilaterais e ratificou a importância que também o seu governo atribui a estas. Para ele a assinatura dos 22 acordos durante o encontro de trabalho realizado nesta quarta-feira em Brasília “fortalece o eixo Caracas-Brasília como aliados estratégicos”.
Para o secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil, Ricardo Abreu, Chávez visita o Brasil num momento de fortalecimento político e ideológico da Revolução Bolivariana. Olhando do ponto de vista da integração continental, o dirigente do PCdoB também considera que os convênios assinados hoje entre a Venezuela e o Brasil reforçam não só as relações bilaterais como o processo de integração como um todo.
Enquanto isso, no império...
Enquanto isso, uma das mais importantes autoridades militares dos Estados Unidos fazia mais uma provocação em nome do imperialismo norte-americano contra a Venezuela, a unidade dos povos latino-americanos e a força da corrente progressista em crescimento na América Latina: “O governo da Venezuela ainda mantém ligações com a guerrilha colombiana das Farc”, afirmou nesta quarta-feira o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, general Douglas Fraser. É no comando sul que se abriga a famigerada e agressiva Quarta Frota da Marinha de Guerra da superpotência imperialista, inimiga da integração da América Latina, do progresso dos povos e da paz na região.
Da Redação Vermelho, com agências
O presidente brasileiro, Lula, recebeu seu colega em almoço no Palácio do Itamaraty, sede da chancelaria brasileira. Bem humorado, Lula brincou antes do encontro com os jornalistas, mostrando-se otimista com o jogo do seu time de coração, o Corinthians, contra o Flamengo pelas oitavas de final da Taça Libertadores das Américas.
“Meu coração está com Dilma”
Hugo Chávez, que também se mostrava bastante descontraído, não quis falar da sucessão presidencial no Brasil, mas disse: “Meu coração está com Dilma”. Este é o oitavo encontro entre os dois presidentes, que mantêm uma agenda de reuniões trimestrais desde 2007. Dois outros encontros estão previstos entre os dois presidentes antes do encerramento do mandato de Lula.
Avança a cooperação bilateral
Durante a tarde realizou-se reunião com a participação de ministros dos dois países, que resultaram na assinatura de nada menos que 22 acordos de cooperação bilateral. Os dois presidentes avançaram também em entendimentos sobre a integração regional, tendo em vista a realização da próxima cúpula extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), na próxima terça-feira, 4 de maio, na Argentina.
Os 22 novos acordos fortalecem a cooperação bilateral nas áreas energética, de habitação, cultura, turismo, agricultura, alimentação, entre outras.
O Brasil se comprometeu a fornecer à Venezuela 10 mil toneladas de óleo de soja e milho. Ampliou-se o convênio para a construção de casas no bairro de Santo Agostinho do Sul, em Caracas, por parte da construtora Odebrecht, do Brasil.
No âmbito energético, a Venezuela enviará ao Brasil mais de 750 mil barris de petróleo, enquanto o Brasil dirigirá um programa de trabalho para a criação de um centro de pesquisas na Venezuela voltado para o intercâmbio de conhecimento técnico no setor elétrico.
Na área social os dois países decidiram criar uma rede de assistência à mulher migrante na região de fronteira.
O presidente Lula considerou muito positivamente o encontro, declarando que a Venezuela se transformou num sócio estratégico para o Brasil, pois o fortalecimento comercial da relação bilateral impulsionou o desenvolvimento industrial, econômico e social em ambos os países.
Nesse sentido, assinalou que “muitas pessoas ainda não se deram conta da fortaleza que existe nas relações entre a Venezuela e o Brasil”.
Dimensão histórica e estratégica
Lula mostrou a dimensão histórica que essas relações adquiriram: “É uma demonstração de que evoluímos em 8 anos o que não tínhamos evoluído em 200 anos”. Mostrando compreensão elevada sobre a integração, o papel e a unidade entre os dois países, Lula enfatizou: “Evoluímos porque compreendemos que embora falemos dois idiomas distintos, ainda que tenhamos nossos países separados por faixas de fronteiras, o povo venezuelano e o povo brasileiro estão unidos e fazem parte de um só país, a América do Sul”.
Referindo-se ao futuro próximo, quando se encerrar seu mandato, Lula disse que a relação entre a Venezuela e o Brasil “é irreversível”, porque a Venezuela “é um país de suma importância, um país estratégico, com enormes quantidades de matéria prima, com reservas incríveis de petróleo e gás e por sua relação com a América do Sul”.
Luta para conformar um mundo novo
O presidente venezuelano também enfatizou o papel estratégico da integração continental. “A União sul-americana é vital para conformar um mundo novo, um mundo pluripolar”.
Chávez agradeceu ao presidente brasileiro seu empenho no fortalecimento das relações bilaterais e ratificou a importância que também o seu governo atribui a estas. Para ele a assinatura dos 22 acordos durante o encontro de trabalho realizado nesta quarta-feira em Brasília “fortalece o eixo Caracas-Brasília como aliados estratégicos”.
Para o secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil, Ricardo Abreu, Chávez visita o Brasil num momento de fortalecimento político e ideológico da Revolução Bolivariana. Olhando do ponto de vista da integração continental, o dirigente do PCdoB também considera que os convênios assinados hoje entre a Venezuela e o Brasil reforçam não só as relações bilaterais como o processo de integração como um todo.
Enquanto isso, no império...
Enquanto isso, uma das mais importantes autoridades militares dos Estados Unidos fazia mais uma provocação em nome do imperialismo norte-americano contra a Venezuela, a unidade dos povos latino-americanos e a força da corrente progressista em crescimento na América Latina: “O governo da Venezuela ainda mantém ligações com a guerrilha colombiana das Farc”, afirmou nesta quarta-feira o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, general Douglas Fraser. É no comando sul que se abriga a famigerada e agressiva Quarta Frota da Marinha de Guerra da superpotência imperialista, inimiga da integração da América Latina, do progresso dos povos e da paz na região.
Da Redação Vermelho, com agências
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