quinta-feira, 22 de abril de 2010

Serra diz que MST não tem apreço à democracia

É isso aí. Serra pode mais. Os movimentos sociais que se cuidem.

O pré-candidato à presidência da República, José Serra (PSDB), afirmou nesta quarta-feira em São Paulo que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vive de dinheiro governamental e não tem apreço à democracia. A declaração foi dada durante uma entrevista ao jornalista Carlos Nascimento, no programa SBT Brasil.


"Quem decide é o poder judiciário. Invasão ilegal, se o judiciário mandar sair, tem de ser cumprida. O MST vive de dinheiro governamental. Eu acho que a reforma agrária para o MST hoje é um pretexto. Trata-se de um movimento político, com finalidades políticas. Tem lá suas ideias a respeito da democracia representativa, que eles não têm muito apreço. Eu quero a reforma agrária para valer, com gente produzindo melhor, cada vez mais e com terra".

Na quarta-feira passada (14/4), em entrevista no Congresso, o líder do MST João Pedro Stédile disse que a vitória do tucano José Serra nas eleições presidenciais seria "o pior dos mundos" para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

"É claro que nós percebemos que a candidatura Serra seria a retomada do neoliberalismo no Brasil, seria a retomada das privatizações, seria a retomada do que foi o governo Fernando Henrique [Cardoso, 1995-2002]. Então, um governo Serra, para nós, seria o pior dos mundos", disse. "Eu acredito que na nossa base ninguém vai votar no Serra", completou o coordenador nacional do movimento.

Apesar do ataque ao tucano, o MST já avisou ao PT que não apoiará formalmente nenhuma candidatura no primeiro turno das eleições.

Na entrevista ao programa do SBT, Serra se disse ainda contrário à reeleição. "Eu prefiro um mandato de cinco anos. A reeleição não deu muito certo. O Juscelino tinha como lema 50 anos em cinco", disse.

No próximo domingo (25/4) a União Nacional dos Estudantes (UNE) define a posição da entidade em relação às eleições 2010.

Terra

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