Jornal britânico chama candidata de 'dama de ferro' com firme crença no poder de um Estato ativo
"Dama de ferro", tecnocrata severa, com firme crença no poder de um Estado ativo. É dessa forma que o jornal britânico Financial Times descreve a candidata Dilma Rousseff (PT), que deve "vencer facilmente" as eleições presidenciais no Brasil - com uma referência ao título que marcou a vida política da conservadora e liberal Margaret Thatcher. A proximidade da disputa aumenta a cobertura da imprensa internacional sobre o Brasil e o FT volta a dedicar hoje uma página ao País, depois do amplo destaque dado ontem.
O jornal afirma que Dilma prometeu "mais do mesmo" para arrancar na disputa, enquanto o adversário José Serra (PSDB) não conseguiu avançar com a sua aparente "versão mais eficiente" da política social do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de descrever os avanços observados no País nos últimos anos, o FT diz que os maiores desafios a serem enfrentados por Dilma virão da área social e econômica, como a desigualdade, a violência e o déficit em conta corrente.
"A complacência também é o calcanhar de Aquiles da economia brasileira", diz a publicação. Para o FT, o País quer poder global, mas para dar o próximo passo terá de se mover para um novo estágio econômico: oferecer não mais, e sim um melhor serviço público.
A violência que ainda atinge as favelas torna o Brasil um lugar mais mortal do que o México, argumenta o jornal. A publicação avalia que é parcialmente um mito a percepção de que o País é um lugar de esperança e mobilidade social, como aparenta a história pessoal de Lula, que saiu da pobreza para a Presidência da República. Apesar do recente sucesso, o Brasil continua sendo o 11º país mais desigual do mundo, diz o jornal. IG
Nenhum comentário:
Postar um comentário