A presidente Dilma Rousseff pactuou, nesta sexta-feira (14), o Plano Brasil sem Miséria com governadores do Sul do país. O projeto tem como objetivo retirar da miséria as 716 mil pessoas que vivem nessas condições nos três estados da região: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O programa faz parte da meta do governo de garantir, até 2014, cidadania plena aos 16 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza.
“A importância desse pacto é que ele significa o compromisso de cada um de nós de tomar todas as iniciativas para que o Brasil seja um país sem pobreza extrema. Isso em um horizonte muito ousado, que é até 2014”, esclareceu a presidente. Segundo a presidente, o programa faz parte “de um processo fundamental, que é valorizar nossa principal riqueza, a nossa população. Tirar 16 milhões da pobreza é um imperativo moral e é um imperativo econômico”, sublinhou.
Ela reforçou ainda o caráter não assistencialista dos projetos sociais do governo: “não queremos a tutela dos mais pobres. O Estado brasileiro não pode querer a tutela, tem que querer a cidadania. A tutela seria se fôssemos vincular os benefícios sociais a indivíduos (...) isso seria regredir diante da história. Mas o que estamos fazendo através do Bolsa Família, que é absolutamente impessoal, é reconhecer direitos inalienáveis da população brasileira”.
A mandatária relacionou as políticas implementadas durante o governo Lula, que elevaram 40 milhões de pessoas à classe média, como condições fundamentais para a superação da primeira etapa da crise econômica em 2008: “Não somos uma ilha e de certa forma somos atingidos pela crise devido à diminuição do consumo em todas as regiões do planeta, mas, como nossa principal força, principal raiz, está no mercado interno, nossa capacidade de resistência é muito elevada”, por isso, o “Brasil foi o último país a entrar e o primeiro a sair. Nessa segunda etapa, nós temos uma capacidade um pouco maior de bloqueio. Iremos resistir equilibrando nosso desenvolvimento.”
Dilma lembrou ainda, sob aplausos dos presentes, que o Brasil deu um grande passo quando voltou a crescer, após a crise da dívida soberana da década de 1980, e conseguiu, durante o governo Lula, pagar o FMI e, de devedor, passou a ser credor do fundo: “isso mostra uma grande virada rumo à soberania do nosso país. Mas, jamais aceitaremos, como participantes do FMI, que certos critérios que nos impuseram sejam também impostos a outros países. (...) Temos que ter a humildade da cooperação com outros países do mundo”.
Valendo-se de frases utilizadas nas manifestações ao redor do mundo contra o sistema financeiro, a presidente ressaltou: “’nós não vamos pagar pela crise’. Não vamos deixar que o Brasil pague por uma crise que não é dele” e concluiu: “tem uma frase que acho muito mobilizadora, que é ‘eu me importo com você’. (...) Essa frase sintetiza o pacto que estamos fazendo aqui: nós nos importamos com os 16 milhões de brasileiros que vivem na miséria e vamos juntos, superá-la”.
Da redação, Vermelho
Um comentário:
E, certamente, nossa CORAJOSA e COMPETENTE PRESIDENTA cumprirá sua promessa!!!
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