quinta-feira, 31 de maio de 2012
Show de hipocrisia
Hoje, durante os questionamentos que Sílvio Costa fez a Demóstenes na CPMI do Cachoeira, o senador Pedro Taques não gostou nadinha do comportamento de Sílvio Costa.Pedro Taques afirmou que não aceitava a forma como Costa estava se referindo ao senador cachoeira.Disse Pedro Taques:"odos aqui, enquanto parlamentares, devem obedecer à Constituição Federal, que afirma que o cidadão, seja lá quem for, merece respeito".Aí começou o bate-boca entre Sílvio Costa e Pedro Taques.A mesma turma, que só faltou beatificar Demóstenes quando saiu a denúncia da ligação dele com Cachoeira, saiu em socorro a Taques.Maria Amélia, Suplicy, Randolf, Álvaro Botox Dias, Jarbas Vasconcelos e afins só faltaram tirar o couro de Sílvio Costa.Todos, unanimamente, disseram: isso não é forma como o senhor deve tratar um politico do nível do senador Pedro Taques.Pedro O senador Taques apenas está pedindo para o senhor ser mais humano como o senador Demóstenes, o senador Demóstenes merece respeito, afinal, ele não é um criminoso qualquer.E por aí vai.Um festival de hipocrisia.Engraçado é que esses safados não agiam assim quando alguém do PT era ouvido numa CPI.Álvaro Botox Dias, por exemplo, chegou a chamar Dirceu de bandido.Ninguém socorreu Dirceu.Agora, só porque o acusado é um demo corrupto, esses demagogos querem dar uma de respeitadores dos direitos humanos.Uma ova! A verdade, é que essa turma é da laia de Demóstenes Cachoeira.
Vale a pena ler de novo:Nos rincões dos Mendes
Leandro Fortes, de Diamantino (MT) Revista Carta Capital
20/11/2008 18:10
Existe um lugar, nas entranhas do Centro-Oeste, onde a vetusta imagem do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, nada tem a ver com aquela que lhe é tão cara, de paladino dos valores republicanos, guardião do Estado de Direito, diligente defensor da democracia contra a permanente ameaça de um suposto – e providencial – “Estado policial”. Em Diamantino, a 208 quilômetros de Cuiabá, em Mato Grosso, o ministro é a parte mais visível de uma oligarquia nascida à sombra da ditadura militar (1964-1985), mas derrotada, nas eleições passadas, depois de mais de duas décadas de dominação política.O atual prefeito de Diamantino, o veterinário Francisco Ferreira Mendes Júnior, de 50 anos, é o irmão caçula de Gilmar Mendes. Por oito anos, ao longo de dois mandatos, Chico Mendes, como é conhecido desde menino, conseguiu manter-se na prefeitura, graças à influência política do irmão famoso. Nas campanhas de 2000 e 2004, Gilmar Mendes, primeiro como advogado-geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso e, depois, como ministro do STF, atuou ostensivamente para eleger o irmão. Para tal, levou a Diamantino ministros para inaugurar obras e lançar programas, além de circular pelos bairros da cidade, cercado de seguranças, a pedir votos para o irmão-candidato e, eventualmente, bater boca com a oposição.Em setembro do ano passado, o ministro Mendes foi novamente escalado pelo irmão Chico Mendes para garantir a continuidade da família na prefeitura de Diamantino. Depois de se ancorar no grupo político do governador Blairo Maggi, os Mendes também migraram do PPS para o PR, partido do vice-presidente José Alencar, e ingressaram na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – a quem, como se sabe, Mendes costuma, inclusive, chamar às falas, quando necessário. Maggi e os Mendes, então, fizeram um pacto político regional, cujo movimento mais ousado foi a assinatura, em 10 de setembro de 2007, do protocolo de intenções para a instalação do Grupo Bertin em Diamantino, às vésperas do ano eleitoral de 2008.Considerado um dos gigantes das áreas agroindustrial, de infra-estrutura e de energia, o Bertin acabou levado para Diamantino depois de instalado um poderoso lobby político capitaneado por Mendes, então vice-presidente do STF, com o apoio do governador Blairo Maggi, a quem coube a palavra final sobre a escolha do local para a construção do complexo formado por um abatedouro, uma usina de biodiesel e um curtume. O investimento previsto é de 230 milhões de reais e a perspectiva de criação de empregos chega a 3,6 mil vagas. Um golpe de mestre, calcularam os Mendes, para ajudar a eleger o vereador Juviano Lincoln, do PPS, candidato apoiado por Chico Mendes à sucessão municipal.No evento de assinatura do protocolo de intenções, Gilmar Mendes era só sorrisos ao lado do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a quem levou a Diamantino para prestigiar a gestão de Chico Mendes, uma demonstração de poder recorrente desde a primeira campanha do irmão, em 2000. Durante a cerimônia, empolgado com a presença do ministro e de dois diretores do Bertin, Blairo Maggi conseguiu, em uma só declaração, carimbar o ministro Mendes como lobista e desrespeitar toda a classe política mato-grossense. Assim falou Maggi: “Gilmar Mendes vale por todos os deputados e senadores de Mato Grosso”. Presente no evento estava o prefeito eleito de Diamantino, Erival Capistrano (PDT), então deputado estadual. “O constrangimento foi geral”, lembra Capistrano.Ainda na festa, animado com a atitude de Maggi, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) aproveitou para sacramentar a ação do presidente do STF. “O ministro Gilmar Mendes tem usado o seu prestígio para beneficiar Mato Grosso, apesar de não ser nem do Executivo nem do Legislativo”, esclareceu, definitivo. Ninguém, no entanto, explicou ao público e aos eleitores as circunstâncias da empresa que tão alegremente os Mendes haviam conseguido levar a Diamantino.O Grupo Bertin, merecedor de tanta dedicação do presidente do STF, foi condenado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em novembro de 2007, logo, dois meses depois da assinatura do protocolo, por formação de cartel com outros quatro frigoríficos. Em 2005, as empresas Bertin, Mataboi, Franco Fabril e Minerva foram acusadas pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça de combinar os preços da comercialização de gado bovino no País. Foi obrigado a pagar uma multa equivalente a 5% do faturamento bruto, algo em torno de 10 milhões de reais. No momento em que Gilmar Mendes e Blairo Maggi decidiram turbinar a campanha eleitoral de Diamantino com o anúncio da construção do complexo agroindustrial, o processo do Bertin estava na fase final.Ainda assim, quando a campanha eleitoral de Diamantino começou, em agosto passado, o empenho do ministro Mendes para levar o Bertin passou a figurar como ladainha na campanha do candidato da família, Juviano Lincoln. Em uma das peças de rádio, o empresário Eraí Maggi, primo do governador, ao compartilhar com Chico Mendes a satisfação pela vinda do abatedouro, manda ver: “Tenho falado pro Gilmar, seu irmão, sobre isso”. Em uma das fazendas de soja de Eraí Maggi, o Ministério do Trabalho libertou, neste ano, 41 pessoas mantidas em regime de escravidão.Tanto esforço mostrou-se em vão eleitoralmente. Em outubro passado, fustigado por denúncias de corrupção e desvio de dinheiro, o prefeito Chico Mendes foi derrotado pelo notário Erival Capistrano, cuja única experiência política, até hoje, foi a de deputado estadual pelo PDT, por 120 dias, quando assumiu o cargo após ter sido eleito como suplente. “Foi a vitória do tostão contra o milhão”, repete, como um mantra, Capistrano, a fim de ilustrar a maneira heróica como derrotou, por escassos 418 votos de diferença, o poder dos Mendes em Diamantino. De fato, não foi pouca coisa.Em Diamantino, a família Mendes se estabeleceu como dinastia política a partir do golpe de 1964, sobretudo nos anos 1970, época em que os militares definiram a região, estrategicamente, como porta de entrada para a Amazônia. O patriarca, Francisco Ferreira Mendes, passou a alternar mandatos na prefeitura com João Batista Almeida, sempre pela Arena, partido de sustentação da ditadura. Esse ciclo foi interrompido apenas em 1982, quando o advogado Darcy Capistrano, irmão de Erival, foi eleito, aos 24 anos, e manteve-se no cargo por dois mandatos, até 1988. A dobradinha Mendes-Batista Almeida só voltaria a funcionar em 1995, bem ao estilo dinástico da elite rural nacional, com a eleição, primeiro, de João Batista Almeida Filho. Depois, em 2000, de Francisco Ferreira Mendes Júnior, o Chico Mendes.Gilmar nasceu em Diamantino em 30 de dezembro de 1955. O lugar já vivia tempos de franca decadência. Outrora favorecida pelo comércio de diamantes, ouro e borracha por mais de dois séculos, a cidade natal do atual presidente do STF se transformou, a partir de meados do século XX, num município de economia errática, pobre e sem atrativos turísticos, dependente de favores dos governos federal e estadual. Esse ambiente de desolação social, cultural e, sobretudo, política favoreceu o crescimento de uma casta coronelista menor, se comparada aos grandes chefes políticos do Nordeste ou à aristocracia paulista do café, mas ciosa dos mesmos métodos de dominação.Antes do presidente do STF, a figura pública mais famosa do lugar, com direito a busto de bronze na praça central da cidade, para onde os diamantinenses costumam ir para fugir do calor sufocante do lugar, era o almirante João Batista das Neves. Ele foi assassinado durante a Revolta da Chibata, em 1910, por marinheiros revoltosos, motivados pelos maus-tratos que recebiam de oficiais da elite branca da Marinha, entre eles, o memorável cidadão diamantinense.Na primeira campanha eleitoral de Chico Mendes, em 2000, o então advogado-geral da União, Gilmar Mendes, conseguiu levar ministros do governo Fernando Henrique Cardoso para Diamantino, a fim de dar fôlego à campanha do irmão. Um deles, Eliseu Padilha, ministro dos Transportes, voltou à cidade, em agosto de 2001, ao lado de Mendes, para iniciar as obras de um trecho da BR-364. Presente ao ato, prestigiado como sempre, estava o irmão Chico Mendes. No mesmo mês, um dos principais assessores de Padilha, Marco Antônio Tozzati, acusado de fazer parte de uma quadrilha de fraudadores que atuava dentro do Ministério dos Transportes, juntou-se a Gilmar Mendes para fundar a Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino, a Uned.O ministro Mendes, revelou CartaCapital na edição 516 (leia o post Gilmar: às favas a ética), é acionista de outra escola, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que obteve contratos sem licitação com órgãos públicos e empréstimos camaradas de agências de fomento. Não é de hoje, portanto, que o ensino, os negócios e a influência política misturam-se oportunamente na vida do presidente do Supremo.No caso da Uned, o irmão-prefeito bem que deu uma mãozinha ao negócio do irmão. Em 1º de abril de 2002, Chico Mendes sancionou uma lei que autorizava a prefeitura de Diamantino a reverter o dinheiro recolhido pela Uned em diversos tributos, entre os quais o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e sobre alvarás, em descontos nas mensalidades de funcionários e “estudantes carentes”. Dessa forma, o prefeito, responsável constitucionalmente por incrementar o ensino infantil e fundamental, mostrou-se estranhamente interessado em colocar gente no ensino superior da faculdade do irmão-ministro do STF.Em novembro de 2003, o jornalista Márcio Mendes, do jornal O Divisor, de Diamantino, entrou com uma representação no Ministério Público Estadual de Mato Grosso, para obrigar o prefeito a demonstrar, publicamente, que funcionários e “estudantes carentes” foram beneficiados com a bolsa de estudos da Uned, baseada na renúncia fiscal – aliás, proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal – autorizada pela Câmara de Vereadores. Jamais obteve resposta. O processo nunca foi adiante, como, de praxe, a maioria das ações contra Chico Mendes. Atualmente, Gilmar Mendes está afastado da direção da Uned. É representado pela irmã, Maria Conceição Mendes França, integrante do conselho diretor e diretora-administrativa e financeira da instituição.O futuro prefeito, Erival Capistrano, estranha que nenhum processo contra Chico Mendes tenha saído da estaca zero e atribui o fato à influência do presidente do STF. Segundo Capistrano, foram impetradas ao menos 30 ações contra o irmão do ministro, mas quase nada consegue chegar às instâncias iniciais sem ser, irremediavelmente, arquivado. Em 2002, a Procuradoria do TCE mato-grossense detectou 38 irregularidades nas contas da prefeitura de Diamantino, entre elas a criação de 613 cargos de confiança. A cidade tem 19 mil habitantes. O Ministério Público descobriu, ainda, que Chico Mendes havia contratado quatro parentes, inclusive a mulher, Jaqueline Aparecida, para o cargo de secretária de Promoção Social, Esporte e Lazer.No mesmo ano de 2002, o vereador Juviano Lincoln (ele mesmo, o candidato da família) fez aprovar uma lei municipal, sancionada por Chico Mendes, para dar o nome de “Ministro Gilmar Ferreira Mendes” à avenida do aeródromo de Diamantino. Dois cidadãos diamantinenses, o advogado Lauro Pinto de Sá Barreto e o jornalista Lúcio Barboza dos Santos, levaram o caso ao Senado Federal. À época, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não aceitou a denúncia. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a acusação contra a avenida Ministro Gilmar Mendes também não deu resultados e foi arquivada, no ano passado.A lentidão da polícia e da Justiça na região, inclusive em casos criminais, acaba tendo o efeito de abrir caminho a várias suspeitas e deixar qualquer um na posição de ser acusado – ou de ver o assunto explorado politicamente.Em 14 de setembro de 2000, na reta final da campanha eleitoral, a estudante Andréa Paula Pedroso Wonsoski foi à delegacia da cidade para fazer um boletim de ocorrência. Ao delegado Aldo Silva da Costa, Andréa contou, assustada, ter sido repreendida pelo então candidato do PPS, Chico Mendes, sob a acusação de tê-lo traído ao supostamente denunciar uma troca de cestas básicas por votos, ao vivo, em uma emissora de rádio da cidade. A jovem, de apenas 19 anos, trabalhava como cabo eleitoral do candidato, ao lado de uma irmã, Ana Paula Wonsoski, de 24 – esta, sim, responsável pela denúncia.Ao tentar explicar o mal-entendido a Chico Mendes, em um comício realizado um dia antes, 13 de setembro, conforme o registro policial, alegou ter sido abordada por gente do grupo do candidato e avisada: “Tome cuidado”. Em 17 de outubro do mesmo ano, 32 dias depois de ter feito o BO, Andréa Wonsoski resolveu participar de um protesto político.Ela e mais um grupo de estudantes foram para a frente do Fórum de Diamantino manifestar contra o abuso de poder econômico nas eleições municipais. A passeata prevista acabou por não ocorrer e Andréa, então, avisou a uma amiga, Silvana de Pino, de 23 anos, que iria tentar pegar uma carona para voltar para casa, por volta das 19 horas. Naquela noite, a estudante desapareceu e nunca mais foi vista. Três anos depois, em outubro de 2003, uma ossada foi encontrada por três trabalhadores rurais, enterrada às margens de uma avenida, a 5 quilômetros do centro da cidade. Era Andréa Wonsoski.A polícia mato-grossense jamais solucionou o caso, ainda arquivado na Vara Especial Criminal de Diamantino. Mesmo a análise de DNA da ossada, requerida diversas vezes pela mãe de Andréa, Nilza Wonsoski, demorou outros dois anos para ficar pronta, em 1º de agosto de 2005. De acordo com os três peritos que assinam o laudo, a estudante foi executada com um tiro na nuca. Na hora em que foi morta, estava nua (as roupas foram encontradas queimadas, separadas da ossada), provavelmente por ter sido estuprada antes.
Chamado a depor pelo delegado Aldo da Costa, o prefeito Chico Mendes declarou ter sido puxado pelo braço “por uma moça desconhecida”. Segundo ele, ela queria, de fato, se explicar sobre as acusações feitas no rádio, durante o horário eleitoral de outro candidato. Mendes alegou não ter levado o assunto a sério e ter dito a Andréa Wonsoski que deixaria o caso por conta da assessoria jurídica da campanha.
CartaCapital tentou entrar em contato com o ministro Gilmar Mendes, mas o assessor de imprensa, Renato Parente, informou que o presidente do STF estava em viagem oficial à Alemanha. Segundo Parente, apesar de todas as evidências, inclusive fotográficas, a participação de Mendes no processo de implantação do Bertin em Diamantino foi “zero”. Parente informou, ainda, que a participação do ministro nas campanhas do irmão, quando titular da AGU, foram absolutamente legais, haja vista ser Mendes, na ocasião, um “ministro político” do governo FHC. O assessor não comentou sobre os benefícios fiscais concedidos pelo irmão à universidade do ministro.A reportagem da Carta também procurou o prefeito Chico Mendes. O chefe de gabinete, Nélson Barros, prometeu contatar o prefeito e, em seguida, viabilizar uma entrevista, o que não aconteceu.
Essa é a marca de José Serra
Revista distribuída em estações do Metrô e da CPTM ataca o PT; edição é apreendida em Mauá (SP)
Toda eleição que José Serra participa há baixaria.Você, amigo leitor, deve estar lembrado da questão do aborto trazida por Serra e sua comparsa, a assassina de criancinha Mômica Serra, na última eleição presidencial.Agora, José Serra, em conluio com bandidos ligados à administração de Geraldo Alckimn, manda distribuir panfletos contra o PT no metrô de São Paulo.Esses filhos da puta que distribuem tal tipo de panfleto deveriam cobrar para que os metrôs de São São Paulo, administrados há mais de 20 anos por eses tucanos corruptos, não entrem mais em greve, como ocorreu na semana passada.Essa é a marca desse sanguessuga Serra.
A revista semanal "Free São Paulo", de distribuição gratuita nas estações de Metrô e trens de São Paulo -- empresas sob gestão do governo estadual paulista, governado pelo PSDB desde 1995 -- traz na edição desta quinta-feira (31) reportagem sobre um suposto esquema de corrupção do PT que teria ligação com o assassinato de Celso Daniel, em 2002, quando ele era prefeito de Santo André (ABC).
A capa da publicação traz o símbolo do PT e a chamada "Muito além da morte".
A reportagem faz um apanhado do caso do assassinato de Daniel, em janeiro de 2002, e aponta o atual prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, como "o novo gerente do esquema" que "ainda funciona para garantir a permanência do Partido dos Trabalhadores no poder".
A reportagem traz também uma foto do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, com a legenda "Em SP, Haddad não faz frente aos planos de Marinho".
Revistas apreendidas
Exemplares da revista foram apreendidos em Mauá (Grande São Paulo), cidade administrada pelo PT, de acordo com o publisher da revista, Luciano Maciel.
De acordo com ele, foram recolhidos no centro de Mauá 535 exemplares da publicação e ainda a Kombi que transportava o material, por volta das 12h30 de quinta (31). A equipe, composta por um motorista e mais quatro distribuidores, já tinha espalhado o restante dos 10 mil exemplares.
Ainda de acordo com Maciel, a abordagem foi feita por um tenente da PM (Polícia Militar) que disse estar "cumprindo ordens" e na delegacia teria havido intervenção pessoal do secretário de Segurança Pública de Mauá, Carlos Wilson Tomaz, e da Guarda Municipal.
A secretaria de Segurança Pública confirmou a apreensão e informou que a ação foi amparada numa lei municipal que proíbe a distribuição de qualquer tipo de material gráfico em vias públicas sem a autorização da Prefeitura de Mauá.
Maciel disse que a revista não é ligada a nenhum partido ou político.
Histórico de críticas
A revista "Free São Paulo" tem histórico de reportagens políticas em que confronta o PT e o PSDB.
A edição número 25, do dia 12 de abril, traz como matéria de capa "O ano das comparações" afirmando que "analistas políticos asseguram que o tucano (Fernando Henrique), com menos recursos que Lula, fez muito mais para o País".
O editorial menciona a disputa "polarizada" entre PT e PSDB à Prefeitura de São Paulo.
A edição número 14, do dia 12 de janeiro da revista, traz uma capa sobre o "descontentamento por parte das instituições de ensino superior em relação à gestão do ministro Fernando Haddad" e pergunta, em editorial, “Como um desconhecido de maior parte dos paulistanos, sem nunca antes ter disputado uma eleição , pode conseguir desbancar nomes favoritos, de partidos como PSD, PSDB ou DEM, no comendo do Executivo paulistano?”
As assessorias de imprensa do PT e do pré-candidato Fernando Haddad, até agora, não comentaram a edição da revista.
Metrô e CPTM
Tanto o Metrô quanto a CPTM são empresas sob gestão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, governada pelo PSDB desde 1995.
As duas empresas, por meio das assessorias de imprensa, afirmaram ao UOL que não têm relação com a revista e que a distribuição é feita sempre do lado de fora das estações, por isso sem necessidade de qualquer tipo de autorização ou convênio.
A reportagem do UOL recebeu a revista a poucos metros da entrada da estação Barra Funda do Metrô. O expediente da revista indica uma tiragem de 100 mil exemplares e "distribuição gratuita em todas as estações do Metrô + 4 CPTM".
Na semana passada, depois de uma greve de metrô na cidade de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin e o pré-candidato à prefeitura pelo PSDB, José Serra, declararam que a decisão do sindicato dos metroviários tinha motivação eleitoral. Serra disse também que problemas técnicos nos trens têm sido causados por sabotagem.
"Apolíticos"
O publisher confirma que não existe nenhum convênio com o Metrô e a CPTM e que a revista já começa a ser distribuída também em outros pontos, na região do ABC paulista.
Luciano Maciel declarou ainda que a revista não tem compromissos partidários e que sua equipe é "apolítica". "A proposta da revista é sair com um conteúdo forte e diversificado. Quando tivermos algo contra o PSDB também vamos publicar, e posso dizer que vamos provar isso em uma ou duas semanas", afirmou.
Folha, Colaboraram Mário Rossit e Thomaz Molina
Gilmar Mendes apronta mais uma
Messias Pontes *
O ministro Gilmar Mendes, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, – também conhecido por Gilmar Dantas – apronta mais uma das suas contra a democracia, corroborando outra vez com o grande jurista Dalmo de Abreu Dallari que, em artigo publicado em 08 de maio de 2002, na Folha de São Paulo, alertava a nação para o perigo que representava a sua indicação para a mais alta Corte de Justiça do País.
O responsável por essa nefasta indicação foi o Coisa Ruim (FHC) que deixou o governo como o pior presidente de toda a História republicana brasileira. Além de ter institucionalizado a corrupção e ter praticado o maior crime de lesa pátria com o desmonte do Estado, ele deixou essa herança maldita para atentar contra a verdade, os movimentos sociais e sobretudo a democracia.
Esse ministro do STF se notabilizou como o maior defensor de bandido de colarinho branco, e o caso mais emblemático foi a concessão de dois habeas corpus a favor do banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunyt, numa celeridade nunca vista na história do Judiciário brasileiro; também foi o responsável, para atender ao baronato da mídia, pelo fim da obrigatoriedade do diploma de curso superior para o exercício do jornalismo; também tem se notabilizado pela criminalização dos movimentos sociais e pela defesa dos agentes do Estado que praticaram crimes de lesa humanidade – sequestros, prisões ilegais, torturas, ocultamento de documentos oficiais e de corpos de democratas que lutaram contra a tirania da ditadura militar que durante 21 anos infelicitou a vida da esmagadora maioria dos brasileiros.
O ex-presidente do STF ainda não absorveu mais uma derrota do seu candidato José Serra – o Zé Bolinha de Papel, à presidência da República, e por isso busca se vingar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gilmar Mendes passou oito anos tramando contra o governo do presidente Lula, tendo armado com o hoje desmascarado senador Demóstenes Torres (ex-Demo de Goiás) a farsa do grampo (até hoje o áudio não apareceu) em seu gabinete, em conluio com a revista Veja, e que levou o presidente Lula, com a ajuda do quinta coluna Nelson Jobim, a cometer uma das maiores injustiças do seu governo ao destituir o delegado federal Paulo Lacerda do comando da ABIN e afastar o delegado Protógenes Queiroz do comando da Operação Satiagraha da Polícia Federal. Tudo para vingar o banqueiro-bandido Daniel Dantas que foi preso duas vezes por Protógenes, hoje deputado federal pelo PCdoB de São Paulo.
Ao dizer que o ex-presidente Lula o chantageou ao sugerir o adiamento do julgamento do mensalão em troca de blindá-lo na CPMI do Cachoeira, Mendes jogou por terra o pouquinho de credibilidade que ainda poderia desfrutar. Ele tinha como testemunha Nelson Jobim (seu amigo-irmão), mas este desta vez ficou do lado da verdade e negou peremptoriamente que Lula tenha feito essa imoral proposta. Com esse desmentido, também fica desmascarada, mais uma vez, esse lixo do jornalismo brasileiro, também conhecido por detrito sólido de maré baixa, a revistar Veja, cujo diretor da sucursal de Brasília, Policarpo Júnior, está atolado até o pescoço com o contraventor Carlinhos Cachoeira, ou seja, com o crime organizado. Segundo o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE), a revista da famiglia Civita é o próprio crime organizado.
Já o fiz algumas vezes neste espaço e repito agora o que disse Dalmo de Abreu Dallari naquele artigo de maio de 2002 sobre a indicação do então advogado-geral da União, Gilmar Mendes “... Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estão correndo sério risco a proteção aos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. Por isso é necessário chamar a atenção para alguns fatos graves, a fim de que o povo e a imprensa fiquem vigilantes e exijam das autoridades o cumprimento rigoroso e honesto de suas atribuições constitucionais, com a firmeza e transparência indispensáveis num sistema democrático...”
Dalmo Dallari conclui o seu artigo enfatizando que “A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha notoriamente inadequada, contribuindo, com sua omissão, para que a arguição pública do candidato pelo Senado, prevista no artigo 52 da Constituição, seja apenas uma simulação ou ‘ação entre amigos’. É assim que se degradam as instituições e se corrompem os fundamentos da ordem constitucional democrática”.
Lula jamais faria uma proposta indecorosa, e, se o fizesse, jamais seria a Gilmar Mendes, seu inimigo, até porque este não tem mais o poder de procrastinar mais nada na mais alta Corte de Justiça do País. É imperioso desmascarar de vez esse ministro indo fundo na CPMI do cachoeira/Veja e, provado o seu envolvimento com o senador Demóstenes Torres e com o contraventor Carlinhos Cachoeira, pedir o seu impeachment ao Senado.
* Diretor de comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, e
membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado
do Ceará e do Comitê Estadual do PCdoB.
Impeachment para Gilmar Mendes
Raul Longo
“Admito que o ex-presidente pudesse
estar preocupado com a realização do julgamento no mesmo semestre das eleições.
Isso aí é aceitável. Primeiro, porque é um leigo na área do Direito. Segundo,
porque integra o PT. Portanto, se o processo envolve pessoas ligadas ao PT,
obviamente, se ocorrer uma condenação, repercutirá nas eleições
municipais.”
A avaliação, simples mas correta, foi do
ministro Marco Aurélio Mello, que sempre considerei o mais lúcido dos
integrantes do Supremo Tribunal Federal.
Sim, é da natureza humana tentarmos
convencer juízes a tomarem as decisões que nos convêm. O destrambelhado Gilmar
Mendes só teria motivos para fazer a tempestade em copo d’água que
fez:
– se Lula o tivesse procurado para
tentar influir na sentença do processo do mensalão;
– se Lula lhe houvesse oferecido alguma forma de recompensa ou feito alguma ameaça, para tangê-lo a aceitar a postergação do julgamento para depois das eleições municipais.
Ora, nem em suas declarações mais
furibundas à imprensa Mendes ousou acusar Lula de estar pressionando pela
absolvição dos réus.
E, mesmo se acreditarmos na versão que
Mendes deu do encontro e ninguém confirmou, a referência de Lula a (mais) uma
ligação perigosa do seu interlocutor é insuficiente para caracterizar uma
ameaça. Lula não disse nada parecido com “a militância do PT trombeteará dia e
noite que é o Carlinhos Cachoeira quem custeia vossas viagens”, mas, apenas,
sugerido que convinha ao próprio Mendes deixar esses assuntos melindrosos para
mais tarde.
É inadequado alguém falar nestes termos a um ministro do Supremo? Sem dúvida! Mas, o que Mendes esperava, ao aceitar um encontro a portas fechadas com Lula sem ter nada de pertinente a tratar com ele?
Se Mendes é tão sensível a hipotéticas
insinuações, certamente não as ouvirá atendo-se à liturgia do cargo.
Como explica Joaquim Falcão, professor
de Direito Constitucional da FGV/RJ:
“…no STF há hoje dois perfis distintos.
De um lado ministros mais discretos, que não se pronunciam, exceto nas
audiências, e que mantêm distância de Executivo, Legislativo e representantes de
interesses em julgamento. Vida pessoal recatada.
Por outro lado há ministros que se
pronunciam fora dos autos, estão diariamente na mídia, mantêm contatos
políticos, participam de seminários e reuniões com grupos de
interesses.
A questão crucial, dizem uns, não é se o
ministro deve falar fora dos julgamentos, estar na mídia ou se relacionar social
e politicamente. A questão é haver transparência antes, durante e depois dos
relacionamentos. E que não faça política. As agendas, os encontros, as
atividades dos ministros deveriam ser publicados de antemão.
Em alguns países o juiz não recebe uma
parte sem a presença da outra, tão grande é a preocupação com a imparcialidade.
O que alguns ministros praticam aqui no STF. Ou grava-se a conversa para
assegurar a fidelidade do que ocorreu e proteger o ministro de propostas
inadequadas”.
Mendes é o pior exemplo de ministro pop star: pronuncia-se o tempo todo fora dos autos, só falta pendurar uma melancia no pescoço para aparecer mais na mídia, mantém contatos políticos a torto e direito, não recusa convites para eventos de poderosos que têm óbvio interesse em decisões do STF.
Pior, FAZ POLÍTICA (e sempre com viés
direitista) –como quando produziu irresponsável alarmismo acerca de um estado
policial que nem remotamente se configurava, ou quando contrapôs à frase da
então ministra Dilma Rousseff, de que “tortura é crime imprescritível”, a
estapafúrdia afirmação de que “terrorismo também é” (esquecendo não só a
diferença jurídica entre terrorismo e resistência à tirania, como também o fato
de que a imprescritibilidade do terrorismo só viria a ser introduzida nas leis
brasileiras depois dos anos de chumbo)
E nunca tem gravações para apresentar,
que comprovassem suas denúncias delirantes e bombásticas.
O veterano jornalista Jânio de Freitas (vide íntegra
aqui) nos brinda com uma constatação explícita e uma sugestão
implícita:
“O excesso de raiva e a aparente perda
de controle em Gilmar Mendes talvez expliquem, mas não tornam aceitável, que um
ministro do Supremo Tribunal Federal faça, para a opinião pública, afirmações
tão descabidas
…Com muita constância, somos chamados a
discutir o decoro parlamentar. Não são apenas os congressistas, no entanto, os
obrigados a preservar o decoro da função”.
Eu não insinuo, afirmo: já passou da hora de Gilmar Mendes ser submetido a impeachment.
Menos pela comédia de pastelão que está
encenando agora e mais por haver, em duas diferentes ocasiões, privado da
liberdade Cesare Battisti em função não das leis e da jurisprudência existentes,
mas da esperança que nutria de as alterar
Quando o ministro da Justiça Tarso Genro
concedeu refúgio ao escritor italiano, cabia ao presidente do STF suspender o
processo de extradição e colocá-lo em liberdade, como sempre se fizera. Mas
decidiu mantê-lo preso, confiante em que convenceria seus colegas ministros a
detonarem a lei e a instituição do refúgio, passando por cima do Legislativo e
usurpando prerrogativa do Executivo. Conseguiu.
Da segunda vez, quando o então
presidente Lula negou a extradição, exatamente como o Supremo o autorizara a
fazer, o relator Mendes e o presidente Cezar Peluso apostaram de novo numa
virada de mesa legal… E PERDERAM
O desfecho do caso os tornou
responsáveis pelo SEQUESTRO de Battisti durante os cinco meses seguintes –e nada
existe de mais grave para um magistrado do que dispor tendenciosamente da
liberdade alheia, cometendo abuso gritante de autoridade.
Se Mendes sofrer o impeachment agora,
Deus estará escrevendo certo por linhas tortas.
* jornalista, escritor e ex-preso político. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com
Uma opinião sensata no PiG
"O excesso de raiva e a aparente perda de controle em Gilmar Mendes talvez expliquem, mas não tornam aceitável, que um ministro do Supremo Tribunal Federal faça, para a opinião pública, afirmações tão descabidas.
Nem o próprio Supremo é poupado no ataque atual de Gilmar Mendes, que assim o define em entrevista ao "Globo": "Já é um Poder em caráter descendente". Não há por que duvidar desse sentimento particular de Gilmar Mendes, mas também não há como atribuir a tal afirmação, feita de público e plena gratuidade, um qualquer propósito respeitável.
Ali demolidor, pelo método da implosão, é também deste ministro, no mesmo dia, porém à Folha, a atribuição deste motivo para o que diz ter ouvido de Lula: "Dizer que o Judiciário está envolvido numa rede de corrupção", para "melar o julgamento do mensalão".
A afirmação sobre o Supremo, com provável sinceridade; a outra, uma ficção sem sequer um indício em seu favor. Lula, o PT e os réus do mensalão nada ganhariam com uma investida contra o Judiciário. Sabem disso na mesma proporção em que a imaginação ficcionista não sabe.
Na sua exaltação, o ministro Gilmar Mendes ainda não reparou que tem municiado quem queira atacá-lo. Já deu, por exemplo, três versões para o custeio da viagem em que se encontrou, na Europa, com Demóstenes Torres. A tal viagem das suas sensibilidades tocadas pelo que "pareceram insinuações" de Lula.
Na primeira referência feita (estão todas impressas e gravadas), disse haver respondido a Lula que viajou "com recursos próprios". Na segunda, fez viagem oficial, custeada pelo Supremo, para um evento na Espanha, e dali à Alemanha pagou ele mesmo. Na terceira (ainda na entrevista ao "Globo"): "Fui a Berlim em viagem oficial. Por conta do STF".
Afinal, não se sabe como a viagem foi paga nem isso está em questão. Mas é compreensível que estivesse em boatos. Como amanhã pode estar a história de que Lula planejava denunciar o Judiciário como uma rede de corrupção. Por haver boato sobre a viagem, e indagar a respeito, é "gangsterismo, molecagem, banditismo, a gente está lidando com gângsteres", como disse Gilmar Mendes? Não, não disse: vociferou, iradíssimo.
Com base em que fatos um ministro do Supremo Tribunal Federal faz a acusação pública de que Lula -no caso, importa sobretudo serem um ex-presidente da República e um magistrado- é "a central de divulgação" dos boatos infamantes? Acusação de tal ordem não precisa nem indícios, é só emiti-la?
O Congresso foi poupado da reação de Gilmar Mendes graças à falta, na inquirição de Demóstenes Torres, de uma pergunta que, normalmente, não faltaria. Logo no primeiro lote de telefonemas gravados de Carlos Cachoeira, apareceu o pedido do senador de que o contraventor pagasse os R$ 3.000 de um táxi aéreo. Gilmar Mendes, negando ter usado avião de Carlos Cachoeira, disse que foi a Goiás convidado por Demóstenes Torres, para um jantar. Foi "de táxi aéreo".
Ninguém perguntou a Demóstenes que voo seria pago por Cachoeira. Ninguém perguntou se Gilmar Mendes e outros ministros estavam no voo dos R$ 3.000. Nada demais se estivessem, nem poderiam saber quem viria a pagar pelo voo. Apesar disso, a encrenca resultante já estaria engatilhada, com a imagem institucional do Supremo a aguentar suas manifestações.
Com muita constância, somos chamados a discutir o decoro parlamentar. Não são apenas os congressistas, no entanto, os obrigados a preservar o decoro da função." Janio de Freitas
Quem te viu quem te vê
Dia desses Demóstenes Cachoeira usava desse mesmo expediente para massacrar parlamentares do PT.
Hoje, para o bem da Nação, é desmascarado.Melhor ainda:sendo chamado de hipócrita, chefe da organização Cachoeira, ex-senador e mentiroso.Não tem preço ver esse corrupto sendo humilhado.Pimenta no cu dos outros é refrescoToma aí, bandido, corrupto!
José Serra não tem escrúpulo
José Serra não tem o menor escrúpulo.Na eleição passada, o meliante do Zé Chirico Serra ligou para Gilmar Mentes com o fim de paralisar o processo da representação do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de
votar.
A manobra foi logo descoberta e até hoje Sera não quis se explicar.Mendes, como um bom tucano, atendeu e paralisou a sessão para falar com Zé Bolinha.Já dia desses, José Serra ligou para o ex-ministro Nelson Jobim para pedir a ele que falasse com a revista “Veja”.Foi só então daí que Jobim soube da reportagem sobre Lula e o ministro Gilmar Mendes. Como se vê, Serra não só usou os serviços sujos de Gilmar Mentes para derrotar o PT e Dilma, Serra também usou os serviços sujos da Veja. Depois vem esse vagabundo safado, corrupto(no dizer de seu ex-amigo Fávio Flores) dizer que Lula interferiu no Supremo Tribunal Federal.Que moral tem esse filho da puta, privateiro para dizer uma coisa dessas?Agora, convenhamos, muito mais safado que Serra é o cabeção Reinaldo Azevedo.Esse sujeito-que vive dizendo que não defende bandido- é tão sem ética que, no afã de defender José Serra, critica uma colega de profissão, como criticou a jornalista Mônica Bérgamo, da Folha, que publicou a matéria.Reinaldo Azevedo diz textualmente que a mencionada jornalista está do lado de Lula só porque é amiga de José Dirceu e ex-namorada de seu advogado, José Luís de Oliveira Lima.Veja a que ponto chegou esse brandidão.Mais:muito mais safado que Reinaldo Cabeção Azevedo é a ombusdman da Folha de São Paulo que, para não ser também acusada de jornalista chapa-branca, sequer tem coragem de defender a sua colega de redação.Sinceramente, não dá mais para Dilma adiar a regulamentação da mídia.Digo sem medo de errar, o PiG já não é mais o quarto poder, o PiG agora é o primeiro.
O que incomoda Gilmar Mendes: a amizade com Demóstenes ou com Perillo?
Cerimônia da formatura de Marconi Perigo
Açodamento de Gilmar Mendes e suas constantes aparições na mídia ameaçam desfigurar STF, transformando-o numa versão togada do Big Brother Brasil
Marcus Vinícius
As intempestivas manifestações de açodamento do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes causam estranheza no mundo político e jurídico.
Não é de se esperar que um ministro de uma Corte Suprema seja dado a entrevistas e a esboçar pontos de vista. O STF é o que o nome diz: Supremo, portanto, seus pares devem ser módicos no falar, pois o que dizem ecoa por todo o Judiciário. A um juiz – e principalmente um juiz supremo -, não é facultada verborragia. O que ele diz tem consequência. Recomenda-se a moderação a um julgador.
Nos Estados Unidos os ministros da Corte Suprema são, na sua maioria, ideologicamente ligados a um dos partidos do establishment. Ou são Democratas, como o presidente Barak Obama, ou são Republicanos, como o ex-presidente George W. Bush. Nem por isto se veem ministros saracoteando de redação em redação, de estúdio em estúdio a opinar sobre a vida política dos EUA.
Do magistrado, seja de primeira instância ou do STF o que se almeja é conhecimento, respeito e obediência às Leis. O conceito de Justiça é muito mais amplo que o de Ideologia. O cidadão – seja ele de esquerda, direita ou centro -, quando vai a julgamento espera que seu julgador seja, antes de tudo, justo, que se atenha aos autos do processo. Espera que o magistrado se atenha ao devido processo legal.
Há aqueles que querem fazer crer que a Justiça possa ser pautada pelos humores da massa como se fossem os juízes similares ao apresentador Pedro Bial, que conduz o Big Brother Brasil. A torcida destes setores mais inconsequentes da política e da mídia é para que os ministros do Supremo julguem o Mensalão tal qual ocorre no mencionado reality show.
Talvez não tenha sido boa a ideia de transmissão ao vivo das sessões do STF pela TV Justiça. A Corte Suprema perdeu a circunstância, a solenidade e a liturgia que deve ter, a exemplo de seus pares do Norte. Registre-se que nem fotos são disparadas nos julgamentos nos EUA, não são permitidas transmissões de radio ou TV. Sobre a transmissão dos julgamentos no Brasil, iniciados em 2002, fica alerta do ex-ministro Eros Graus, em entrevista do Conjur: ““essa prática de televisionar as sessões é injustificável”, uma vez que “tem que se dar publicidade à decisão, não ao debate que pode ser envenenado de quando em quando. Acaba se transformando numa sessão de exibicionismo”. (Matéria: A publicidade das sessões da Suprema Corte - http://migre.me/9iABR )
Voltemos ao episódio envolvendo o ministro Gilmar Mendes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Nelson Jobim. Considerando-se tudo que foi citado neste artigo, volta a estranheza, do porquê, um mês depois do encontro, o Meritíssimo disparou crítica ao ex-mandatário do país.
1 – A reunião ocorreu no dia 26 de abril, no escritório de Nelson Jobim. Porquê, passados mais de 30 dias, Mendes trouxe o assunto a baila?
2 – A motivação veio da transcrição dos grampos da Operação Monte Carlo, que mostram uma relação próxima entre o ministro e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM)?
3 – O açodamento é por conta da revelação de uma carona no avião do contraventor Carlos Cachoeira? (http://migre.me/9iBke )
4 – Preocupa o ministro suas relações com o governador Marconi Perillo (PSDB-GO), tendo inclusive participado da colação de grau deste, ao lado de Demóstenes Torres? (http://youtu.be/moy7zYxOihY )
O açodamento do ministro Gilmar Mendes e suas constantes aparições na mídia ameaçam desfigurar o STF e transformar a Corte Suprema do Brasil numa versão togada do Big Brother Brasil. Não é este triste destino que dele se espera. Não é o que o STF e o povo brasileiro merecem.
A presidenta Dilma Rousseff conduz o país com correção, respeito à institucionalidade e a independência dos Poderes. Sob sua batuta o país avança na consolidação da cidadania, com a sanção da Lei de Acesso à Informação e a criação da Comissão da Verdade.
Transparência, sobriedade, equilíbrio e trabalho. São estes os conceitos que contam para o Brasil neste século XXI.
Marcus Vinícius edita o www.marcusvinicius.blog.br.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
O sanguessuga defende o gangster
Serra no lançamento de obra realizada pela Delta
Serra é muito cara-de-pau.O safado, que telefonou para um gangster com o objetivo de interromper um processo no STF, agora afirma que
qualquer pressão ou interferência no Supremo Tribunal Federal é "indevida". José Serra, ao invés de ficar defendendo Gilmar Mentes, deveria explicar porque entrou pobre na política e saiu rico.
Recordar é viver:Após ligação de Serra, Gilmar Mendes para sessão sobre documentos para votar
Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.
Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha.
No fim da tarde, Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT).
Serra fala ao celular com o ministro Gilmar Mendes em auditório onde se reuniu com entidades de servidores
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A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menor nível de escolaridade.
Após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens. O funcionário o informou que o ministro do STF estava do outro lado da linha.
Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório onde ocorria o encontro. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"
Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.
Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.
Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.
O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.
Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.
À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
Antes da interrupção, foi consenso entre os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título.
Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.
Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto.
"A apresentação do título de eleitor não é tão indispensável quanto a do documento com fotografia", afirmou Ellen Gracie.
O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha consigo seu título de eleitor. "Procurei em minha residência o meu título", disse. "Felizmente, sou minimamente organizado."
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral.
O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções.
O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um "excesso". "Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança", disse.
Colaboraram FELIPE SELIGMAN e LARISSA GUIMARÃES, da Sucursal de Brasília
Gilmar Mendes é leviano e mentiroso
Paulo Lacerda: ‘Gilmar Mendes está exaltado, sem controle
Em setembro de 2008, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes procurou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva – hoje acusado por ele de sugerir ajuda na CPI do Cachoeira em troca do adiamento do mensalão – para denunciar o suposto uso de grampos ilegais pela Abin (Agencia Brasileira de Inteligência). Leia mais clicando AQUI.
Para “provar” a irregularidade, a revista Veja publicou uma irrelevante conversa entre Mendes e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
A suspeita, jamais confirmada, provocou estragos: derrubou o ex-delegado Paulo Lacerda da chefia da Abin e enterrou as provas da Operação Satiagraha, que pouco antes havia levado para a prisão o banqueiro Daniel Dantas.
Quase quatro anos depois, Mendes voltou à carga contra Lacerda, acusando-o de espalhar informações falsas sobre ele para o ex-presidente Lula. Entre as “informações falsas” estaria a suspeita de que o ministro foi até Berlim em viagem paga pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, pivô da CPI que investiga a relação de políticos e empresários com o jogo do bicho.
Nesta quarta-feira 30, Lacerda reagiu. Em entrevista ao site Terra Magazine, o ex-diretor-geral da Polícia Federal afirmou que, se Mendes realmente fez tal afirmação, “ele foi leviano e mente”.
Lacerda negou proximidade com o ex-presidente Lula, disse que não o vê há anos, e lembrou que hoje trabalha numa associação de empresas de segurança privada. Negou também conhecer o araponga Idalberto Matias Araújo, braço direito de Cachoeira – e que, segundo Mendes, era homem de confiança de Lacerda.
“Não trabalho com nada, nada de investigação, e quem me conhece e à minha vida hoje sabe disso.”
Lacerda se disse espantado com o “tipo de informações” recebidas pelo ministro, que segundo ele deram base à crise toda. “Se as informações que ele diz ter recebido são dessas mesmas fontes, se foram essas fontes e informações que o levaram a dizer o que anda dizendo nos últimos dias, tá explicado porque ele está dizendo essas coisas e dessa forma. Ele, de novo, mais uma vez, está totalmente mal informado.”
E completou: “impressiona e é preocupante como um ministro do Supremo não se informa antes de dizer esses absurdos”.
Para Lacerda, o ministro do STF está “exaltado, sem controle”.
O ex-delegado afirmou ainda que a CPI do Cachoeira será uma “ótima oportunidade” para esclarecer o caso dos grampos ilegais jamais provados que derrubaram a Satiagraha.CartaCapital
Lula:Preciso tomar cuidado com quem não gosta de mim’
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou nesta quarta-feira 30 sobre a polêmica com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que o acusa de oferecer apoio na CPI do Cachoeira em troca do adiamento do julgamento do mensalão.
Sem entrar em detalhes, Lula usou sua popularidade para responder ao ministro publicamente: afirmou que precisa ter cuidado com uma minoria que não gosta dele. A declaração foi feita ao chegar ao púlpito onde proferiu palestra em um evento da ONU em Brasília.
Segundo o relato da Folha de S.Paulo, Lula afirmou: “Vou falar de pé, porque senão podem dizer que eu estou doente. Pra evitar esses pequenos dissabores [...] Você sabe que tem muita gente que gosta de mim, mas tem algumas que não gostam. Eu tenho que tomar cuidado contra essas. São minoria, mas estão aí, né, no pedaço”, afirmou.
Em nota divulgada no começo da semana, o ex-presidente havia manifestado indignação com a versão apresentada por Gilmar Mendes à revista Veja – segundo a qual, informado que o ministro poderia se complicar na CPI em razão de uma viagem supostamente paga por Cachoeira, Lula o teria chantageado. Mendes apresentou documentos na terça-feira mostrando que pagou as viagens com dinheiro próprio.
O ex-presidente argumenta ter nomeado boa parte dos ministros do Supremo (Mendes não é um deles) e que jamais interferiu nas questões do Judiciário em oito anos de governo.
A guerra de versões monopoliza a cobertura política da mídia há quatro dias, com direito a editoriais bancando o relato de Veja e acusando uma suposta crise institucional.
A história, estranha até agora, segue com perguntas até então não respondidas, como por exemplo o fato de Gilmar Mendes ter levado quase um mês para dar publicidade à “oferta”.CartaCapital
Veja como se faz baixo jornalismo
A revista Veja, pouco confiável por ser useira e vezeira em editar matérias que não se sustentam, desta vez fez alarde com uma acusaçao do Ministro Gilmar Mendes, segunda a qual o ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva teria lhe proposto o adiamento do julgamento do chamado mensalão.
O encontro entre Mendes e Lula, no escritório de Nelson Jobim, ocorreu há um mês e só agora o ministro revelou o suposto pedido. O adiamento proposto por Lula, ainda segundo a revista Veja, se daria em troca do silêncio da Comissão Parlamentar de Inquérito mista sobre Cachoeira em relação ao próprio ministro, que se encontrou com o senador Demóstenes Torres em Berlim.
Há denúncias de que Cachoeira de lama pagou as passagens e estadas tanto de Mendes como do senador que ditava regra sobre moralidade e por debaixo do pano fazia o jogo sujo de Carlos Cachoeira de lama. Mendes garante que ele mesmo custeou a viagem e volta e meia vai a Berlim visitar a filha, que la reside.
Se o Ministro poder provar que pagou a passagem daquela vez (ninguém pediu), afinal a denúncia é grave, encerraria de uma vez por todas com a dúvida. Por enquanto vale apenas a palavra de Mendes, considerada bastante questionável.
A notícia divulgada pela Veja, como sempre acontece, foi repercutida na Folha de S. Paulo, em O Globo e no Jornal Nacional. Lula negou que tenha feito a proposta.
A matéria da revista Veja com a denúncia de Mendes deve ser encarada com reserva e se for melhor analisada não se sustenta. Por que Lula faria o pedido quando a mídia de um modo geral está em cima dos minstros do STF exatamente para apresssar o julgamento do mensalão? Com a experiência que tem como ex-Presidente por que ele se exporia dessa forma tão grosseira?
Jobim também desmentiu a matéria da revista Veja, uma publicação sob suspeita de prática de baixo jornalismo. O esquema é conhecido. Os repórteres saem em campo já com a pauta determinada e dirigida para chegar a uma conclusão. Seja o que for falado por alguém alvo dos Civitas, a matéria conclusiva está pronta antes mesmo de ser elaborada. Os inimigos não serão poupados.
Desta vez, Gilmar Mendes se superou. Ele já esteve envolvido em outras matérias no mínimo discutíveis, uma delas a de ter concedido habeas corpus a Daniel Dantas e na tentativa de desmoralizar o então delegado Protógenes Queiroz, que conduzia o inquérito contra o referido banqueiro acima de qualquer suspeita.
Se Lula tivesse mesmo feito o pedido seria uma demonstraçao de incompetência política, algo que até seus inimigos admitem que não corresponde aos fatos. Seria até um expediente prejudicial aos próprios implicados no mensalão que está para ser julgados nas próximas semanas.
Vários Ministros do STF, entre eles Ricardo Lewandovsky, já disseram que nunca foram pressionados por Lula quando ele exercia a Presidência da República.
Seria absolutamente descabido e pouco inteligente, o que não é uma característica de Lula, reconhecido até pelos inimigos como um político hábil e inteligente, que agora sem mandato pressionasse Gilmar Mendes. E uma pressão, diga-se de passagem, prejudicial aos próprios petistas, entre os quais José Dirceu e Jose Genoino, que serão julgados antes das eleições.
Não se exclui a possiblidade de que este novo apronto da sujísima Veja com Mendes tenha se destinado a retirar dos holofotes algumas questões vinculadas à Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso sobre as ligações de Cachoeira de lama com o mundo político e mesmo midiático.
A Veja foi pautada pelo melitante Cachoeira e nestes dias ganhou uma defensora de peso, a Senador Katia Abreu, agora no PSD de Gilberto Kassab, que escreveu artigo tomando as dores da revista que lhe dá grande acolhida. Usou os mesmos argumentos que outros defensores da publicação, como o imortal Merval Pereira, ou seja, que a convocação de Policarpo Júnior seria um atentado à liberdade de imprensa.
Quanto ao Prefeito Kassab, a revista Isto É e o Ministério Público o acusaram de estar também envolvido em falcatruas, juntamente com um funcionário que recebeu de propina 106 aparamentos ao liberar obras irregulares na capital paulista. Nenhuma linha em o Globo ou na TV do mesmo nome.
A Veja pratica um jornalismo que lhe vale a denominação de sujíssima. Para se ter uma ideia, recentemente um repórter da revista tentou invadir o quarto de um hotel em Brasília onde estava hospedado o ex-Ministro José Dirceu para possivelmente espionar alguma material que o incriminasse ou mesmo instalando algum microfone oculto. A camareira impediu que a transgressão acontecesse. Corre até uma investigaçao policial sobre o fato e o público não vem sendo informado a respeito.
Não se trata de defender José Dirceu, um dos responsáveis pela atual praxis fisiológica do PT em nome da governabilidade, mas de se repudiar uma prática que depõe verdadeiramente contra o jornalismo. E a corrida a qualquer custo para incriminar o ex-Ministro Chefe da Casa Civil é sintomática.
Policarpo Júnior, chefe da sucursal da Veja em Brasília, tem culpa no cartório no mencionado episódio. Além disso, foi pautado por Cachoeira de lama, como demonstra cristalinamente vídeo apresentado pela TV Record, no ar também no youtube. O jornalista está sendo blindado para não comparecer na CMPI.
Assim caminha a mídia de mercado. O mais recente apronto da Veja e Gilmar Mendes está realmente inserido no contexto enlameado do baixo jornalismo. E toda vez que se contesta a revista da família Civita, que para muitos forma uma gang, convoca entidades e colunistas para protestar conta o que eles alegam ser perseguição à liberdade de imprensa.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) já deve estar de prontidão para qualquer emergência que porventura venha a envolver a sujíssima Veja na CMPI.
Em tempo: depois de na semana passada cancelar a reunião, o Ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, voltou a convocar familares de desaparecidos políticos citados no livro Memórias de uma guerra suja sobre o depoimento do ex-delegado Claudio Guerra revelando, entre outras coisas, a incineração de dez combatentes contra a ditadura em um forno de uma usina de açucar em Campos.
Mário Augusto JakobskindÉ correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE .Direto da Redação
Gilmar Mendes e Roberto Gurgel atacam Lula para se safar da CPMI e proteger seus aliados
Por
Davis Sena Filho — editor do Portal do Blog da Dilma — Blog Palavra
Livre
Dois
pesos e duas medidas. O ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso que
vendeu o Brasil em uma privatização que se tornou a maior da América Latina, bem
como, posteriormente, serviu de material para o famoso livro “A Privataria
Tucana”, que jamais foi repercutido na imprensa comercial e privada e muito
menos serviu de material informativo para o senhor procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, apresentar representação ao Ministério Público
Federal contra os neoliberais FHC e José Serra, entre outros tucanos emplumados
que venderam o que não construíram e muito menos o que não é deles e, sim, da
Nação.
Por
causa da pressão que tem recebido por prevaricar no caso da Operação Vegas da
Policia Federal, que investigou a quadrilha de Cachoeira, que tomou conta do
Estado de Goiás e se ramificou pelas três esferas de governo, Gurgel usa como
estratégia para se defender de sua irresponsabilidade o Mensalão, como forma de
se blindar e acusar seus adversários, que hoje preferem ver o diabo a vê-lo à
frente da Procuradoria Geral, a cruzar os braços e a fazer ilações, no mínimo,
precipitadas e sem base alguma no que concerne ao Mensalão.
A
verdade é que os assuntos que se tratam são as operações Vegas, Monte Carlo e as
gravações que indicam que o senador Demóstenes Torres, o herói da imprensa de
negócios, o governador de Goiás, Marconi Perillo e os jornalistas da Veja,
Policarpo Jr., e da Época, Eumano Silva, entre muitas outras pessoas, estão
envolvidos com o esquema do bicheiro Cachoeira. Gurgel, como afirmou o senador
Fernando Collor, prevaricou. Além disso, o condestável da República, que atende
pelo nome de Gilmar Mendes, adiantou-se, ao que parece, à possível divulgação de
seu nome nesse escândalo, e passou a atacar virulentamente o ex-presidente Lula,
o político mais popular da história do Brasil.
Gilmar
Mendes é um escárnio à boa conduta e ao cargo que ocupa. Ele envergonha o
Judiciário e o povo brasileiro. Ele deveria ser, urgentemente, chamado às falas
pelos seus colegas de Tribunal e pelo seu presidente, ministro Ayres Britto,
porque seu comportamento, a sua conduta é de um homem que tomou à frente do
processo da CPMI do Cachoeira/Demóstenes para evitar que o PSDB, o DEM e seus
aliados Veja e Globo não sejam investigados ou chamados às falas, como ele disse
uma vez quando pretendeu interpelar o presidente Lula.
Gilmar
Mendes tem medo do quê? Por que somente depois de um mês de se encontrar com
Lula o tal ministro abriu a boca e, para a surpresa de ninguém, falou à Veja, a
revista porcaria, que não tem credibilidade, além de estar no olho do furacão
por ter se envolvido com a quadrilha de Cachoeira e seus arapongas, que estão
presos. Gilmar agride o Lula como se o ex-presidente fosse do nível dele e por
isso não merecesse respeito.
Gilmar
Mendes foi desmentido pelo ex-presidente do STF, Nelson Jobim, no que concerne a
conversa que supostamente teve com Lula e mesmo assim continua a agredi-lo sem
se importar com a sua posição de ministro da Corte mais importante do País. Fala
pelos cotovelos e não mede consequências, pois visivelmente não se importa em
criar uma crise institucional no País. Gilmar é, irremediavelmente, apoplético,
falta-lhe senso, pois acometido de rancores e ressentimentos que fariam o diabo
ser o seu aprendiz. Juristas já afirmam na imprensa que a
postura de Gilmar Mendes pode impedi-lo de julgar.
Concomitantemente
ao Gilmar Mendes, temos o procurador Roberto Gurgel, que representou contra Lula
no MPF. Não há provas contra o maior político do País. E mesmo assim o senhor
Gurgel, que prevaricou, toma uma atitude política como essa, sem, no entanto,
jamais representar contra o neoliberal FHC, cujo governo foi denunciado com
provas e documentos pelo livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury
Ribeiro. Dois pesos e duas medidas.
O
que se discute no Brasil é o mega escândalo Cachoeria/Demóstenes/Veja/Globo. Só
que o Gilmar e o Gurgel deram um jeito de o Lula se tornar alvo de ataques — via
Mensalão — e com isso desviar a atenção da Nação para o que ocorre no Congresso
Nacional, que, por meio da CPMI, abrir-se-á a caixa de Pandora do PSDB, do DEM e
quiçá de certas autoridades que usam capa preta, trocaram seus afazeres do
Judiciário para fazer política de oposição e partidária, bem como pensam que são
intocáveis e acima da lei.
A
Veja, revista que pratica o verdadeiro jornalismo de esgoto, chafurda no mau
cheiro. E a TV Globo e o O Globo repercutem o que não foi comprovado, o que
ninguém ouviu e que foi desmentido, categoricamente, pelo ex-ministro Nelson
Jobim, testemunha ocular e auditiva da conversa entre o juiz Gilmar e o
ex-presidente Lula. Eles realmente querem melar a CPMI. A imprensa burguesa
nunca precisou tanto deles. E eles, dela. É isso aí.
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