quarta-feira, 22 de junho de 2016

Janot apresenta denúncia ao STF contra o deputado Dudu da Fonte

 Deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) se reúne com aliados na Câmara (Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)Eduardo da Fonte é acusado de intermediar negociação que freou investigações da CPI da Petrobras em 2009  (Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)

Ex-líder do PP é acusado de atuar em negociação que freou CPI da Petrobras.

 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta quarta-feira (22), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), conhecido como "Dudu da Fonte" por corrupção passiva. O parlamentar do PP é suspeito de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Além de pedir a condenação do parlamentar pernambucano, Janot solicitou que a Suprema Corte determine a perda do mandato de Dudu e cobre R$ 10 milhões que teriam sido pagos como propina para atrapalhar as investigações da comissão de inquérito.

Ex-líder do PP na Câmara, Dudu da Fonte é acusado pelo Ministério Público de ter intermediado uma negociação entre o ex-presidente do PSDB e ex-senador Sérgio Guerra, que morreu em 2014, e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para barrar, em 2009, as investigações da CPI da Petrobras no Senado. 

A PGR teve acesso a um vídeo, gravado no Rio de Janeiro, em 21 de outubro de 2009, que mostra uma reunião entre Dudu da Fonte, Sérgio Guerra, Paulo Roberto Costa e empreiteiros da Queiroz Galvão e da Galvão Engenharia.

Um dos delatores da Lava Jato, Paulo Roberto Costa contou aos procuradores da República que, na conversa, o ex-presidente do PSDB pediu R$ 10 milhões para agir no sentido de que a CPI "não tivesse resultado efetivo". O dinheiro, segundo o ex-diretor da Petrobras, foi obtido com empresas que participavam do cartel que dividia entre si contratos da estatal do petróleo.

Integrante da bancada do PP na Câmara, Dudu, segundo os investigadores, tinha "pleno conhecimento" do esquema criminoso que atuava na Petrobras. O PP era o partido que bancava a permanência de Paulo Roberto Costa na diretoria da petroleira.

Na denúncia apresentado ao Supremo, o procurador-geral da República afirma que Dudu da Fonte participou "ativa e diretamente" da negociação e acerto do pagamento da propina para evitar investigações da CPI.

Janot relata na denúncia que Sérgio Guerra e Paulo Roberto Costa se encontraram, ao menos, três vezes no Rio de Janeiro em 2009. Dudu da Fonte participou de todas reuniões, acompanhando o então presidente do PSDB, acusa o Ministério Público.

Reunião gravada
No encontro de outubro de 2009, Dudu, Guerra e Costa discutiram a necessidade de concluir as investigações da CPI da  Petrobras de 2009 “preferencialmente com um relatório ‘genérico’, sem responsabilizar ninguém.

O vídeo obtido pela PGR mostra que também participaram do encontro o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, o então presidente da Queiroz Galvão, Idelfonso Colares Filho, e Erton Medeiros, representante da Galvão Engenharia na negociação.

O que disseram os supeitos
Em nota enviada ao G1, Eduardo da Fonte afirmou que a denúncia da PGR "será respondida, no tempo e forma devidos, perante o Supremo Tribunal Federal". Ele ressaltou ainda que a CPI da Petrobras, de 2009, entregou ao Ministério Público 18 representações pedindo a investigação de supostas irregularidades identificadas durante os trabalhos da comissão (leia ao final da reportagem a íntegra da nota de Dudu da Fonte).

Também por meio de nota, a Queiroz Galvão informou que não comenta investigações em andamento.

Ao G1, o advogado José Luis de Oliveira Lima, responsável pela defesa de Erton Medeiros, afirmou que seu cliente já prestou "todos os esclarecimentos devidos" e está à disposição das autoridades competentes.

A reportagem procurou a direção nacional do PSDB, mas até a última atualização desta reportagem não havia obtido resposta.

O G1 não conseguiu contato com a assessoria da Galvão Engenharia e com as defesas de Fernando Baiano e Idelfonso Colares Filho.

Leia a íntegra da nota divulgada por Dudu da Fonte:

A denúncia do Ministério Público Federal será respondida, no tempo e forma devidos, perante o Supremo Tribunal Federal.

Anota-se, todavia, desde logo, que os membros da CPI, que hipoteticamente, se teria desejado encerrar, ofereceram, no 25/11/2009, com a CPI em andamento, 18 representações a esse mesmo Mistério Público acusador, diretamente ao seu chefe solicitando à adoção das providências necessárias à apuração das notícias de crime identificadas no decorrer dos trabalhos da Comissão, em especial as pertinentes às obras da refinaria Abreu e Lima. GI

Mais turbulência:Por contas na Suíça, Cunha se torna réu no STF pela 2ª vez

 
 
 
Em julgamento nesta quarta-feira (22) da denúncia contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo suposto recebimento de propina em contas secretas na Suíça, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu ação penal e tornou o deputado réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica com fins eleitorais.
 
Por unanimidade, os onze ministros da Corte aceitaram a denúncia. Esta é a segunda ação em que Cunha se torna réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
 

A decisão do Supremo pode reduzir o apoio político a Cunha, que tenta escapar de um processo de cassação na Câmara que também trata das contas suíças do deputado.
 
O Supremo analisou hoje a denúncia da Procuradoria-Geral da República de que Cunha teria utilizado contas na Suíça para receber propina relativa à aquisição, pela estatal brasileira, de um campo de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011, por US$ 34 milhões.
 
As investigações apontaram que uma conta ligada a Cunha teria recebido 1,3 milhão de francos suíços após o negócio ser fechado, o equivalente à época a 1,5 milhão de dólares. O repasse foi feito, segundo a Lava Jato, por João Augusto Rezende Henriques, operador que representaria os interesses do PMDB no esquema.
 
"Está documentalmente provado, e esse processo foi transferido da Suíça para a Justiça brasileira, de que as contas são de titularidade do acusado e que a origem dos recursos, ao menos nesse juízo de recebimento de denúncia, é absolutamente espúria", disse o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
 
Em seu voto, o relator, ministro Teori Zavascki, destacou que a forma como Cunha recebeu os repasses reforçaram as suspeitas contra ele. Segundo a denúncia da PGR, o operador João Augusto Henriques fez depósitos, com origem em uma conta na Suíça, para um trust de propriedade de Cunha. "Em suma, a análise dos autos revela a existência de indícios robustos para recebimento da denúncia".Continue lendo

Turbulência no blog Terror do Nordeste

Pessoal, muito antes da Operação Turbulência, que flagrou gigantesco esquema de propina no governo Eduardo Campos, eu já estava com dificuldade de acessar e postar no blog. Por isso, parei de atualizar o blog. Estou tentando resolver a bronca.

Turbulência no ninho das pombinhas:Campos e Bezerra Coelho receberam propina de dono do avião



Do G1 
O empresário João Carlos Lyra de Melo Filho é o proprietário do avião que caiu em Santos (SP) com Eduardo Campos durante a campanha presidencial de 2014 e entregou propina da empresa Camargo Corrêa ao ex-governador de Pernambuco e ao senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), segundo conclusão do Ministério Público Federal (MPF). [Veja vídeo acima]
De acordo com o inquérito da Polícia Federal, ao qual o G1 teve acesso, ex-funcionários da construtora reconheceram o empresário como sendo a pessoa responsável pelo pagamento do dinheiro ilegal. Na terça-feira, os policiais federais prenderam quatro pessoas dentro do Operação Turbulência - Eduardo Freire Bezerra Leite, Arthur Roberto Lapa Rosal e Apolo Santana Vieira, além de Mello Filho.
“João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho foi reconhecido pelos ex-empregados da Camargo Corrêa como sendo a pessoa encarregada de entregar a propina devida por aquela empreiteira ao ex-governador Eduardo Campos e ao senador Fernando Bezerra Coelho em virtude das obras na refinaria Abreu e Lima. Apresenta-se formalmente como único adquirente do avião PR-AFA, embora tal transação não tenha sido formalizada”, diz o inquérito.
A denúncia da Polícia Federal faz referência a trechos de um inquérito do Supremo Tribunal Federal do ano passado que investiga o desvio de dinheiro público na construção da Refinaria Abreu e Lima. Baseado em depoimentos de ex-empregados da Camargo Correa, o MPF afirma que é "clara a atuação do investigado João Carlos Lyra na condição de operador financeiro de numerários recebidos clandestinamente para abastecer ou pagar dívidas decorrentes da campanha eleitoral do falecido ex-governador Eduardo Campos", referindo-se à campanha de reeleição para o Governo de Pernambuco em 2010.
O inquérito aponta ainda o envolvimento do empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho com o senador Fernando Bezerra Coelho, que, em 2010, era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco no governo de Eduardo Campos. O STF se refere a uma possível interferência do senador "junto a operadores do esquema de pagamento de propina a partidos políticos decorrentes de contratos com a Petrobras, visando a obtenção de ajuda ilícita à campanha de seu então correligionário".
O senador Bezerra Coelho foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma e é pai do atual ministro das Minas e Energia do governo Michel Temer, Fernando Bezerra Filho.
OAS
A construtora OAS Ltda. também é citada no inquérito, como a empresa responsável por repassar o montante de R$ 18.858.978,16 para a conta da Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem. O documento afirma que "chama a atenção" o repasse de recursos milionários de quase R$ 19 milhões para "uma empresa fantasma, a qual possui 'laranjas' confessos em sua composição societária, o que representa um claro indicativo de lavagem de dinheiro".
A Câmara & Vasconcelos é considerada pelos policiais como uma das empresas usadas pela organização criminosa investigada na Operação Turbulência, e os repasses feitos a ela teriam o propósito de dissumular os recursos usados não só na compra do avião, mas também no pagamento de dividas de campanha de Campos.
De acordo com o inquérito, Paulo Cesar de Barros Morato é o "verdadeiro responsável pela empresa Câmara & Vasconcelos". O mandado de prisão contra o empresário, que é considerado foragido, foi o único não cumprido pela Operação Turbulência.
O texto ressalta ainda que a OAS foi alvo da Operação Lava Jato e os seus principais executivos foram condenados por corrupção ativa e desvio de recursos públicos na execução das obras de duas refinarias: a de Abreu e Lima, em Pernambuco, e a Getúlio Vargas, no Paraná.
A investigação aponta que, devido ao envolvimento com as empreiteiras OAS e a Camargo Correa, o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho seria a ligação entre as duas operações: Lava Jato e Turbulência. Pelo esquema de lavagem de dinheiro na compra do avião, o empresário recebeu R$ 3,6 milhões. A Justiça Federal de Pernambuco determinou o bloqueio de R$ 8,5 milhões das contas dele.Continue lendo

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Aécio Neves, o guloso, recebeu propina de R$ 1 milhão e comprou 50 deputados, diz delator

 
 
 
Em mais um trecho bombástico da delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais defensores do impeachment, é acusado de ter recebido R$ 1 milhão ilegal em dinheiro em 1998 e comprado o apoio de 50 deputados para se eleger presidente da Câmara.
 
Segundo Machado, que na época era líder do PSDB no Senado, o dinheiro saiu de um fundo criado por ele junto com Aécio e o então presidente do PSDB, senador Teotonio Vilela, a fim de financiar a bancada do PSDB na Câmara e no Senado. O plano era "eleger a maior bancada federal possível na Câmara para que pudessem viabilizar a candidatura de Aécio Neves à presidência da Câmara no ano 2000".
 
Segundo Sérgio Machado, a divisão resultaria "entre 100 mil e 300 mil a cada candidato" (cerca de 50 deputados) e "a maior parcela dos cerca de R$ 7 milhões de reais arrecadados à época foi destinada ao então deputado Aécio Neves, que recebeu R$ 1 milhão de reais em dinheiro". O tucano "recebia esses valores através de um amigo de Brasília que o ajudava nessa logística", informou ainda o delator.
 
Dos R$ 7 milhões arrecadados, R$ 4 milhões vieram da campanha de Fernando Henrique Cardoso à presidência – que se reelegeu em 1998 – e o restante de empresas. Parte do dinheiro também veio do exterior, de acordo com Machado. O ex-presidente da Transpetro também disse na delação que parte do dinheiro da campanha que viabilizou a eleição de Aécio à presidência da Câmara veio de propina em Furnas.

Leia aqui o trecho da delação que cita Aécio Neves e a compra de 50 deputados, publicado no blog de Fausto Macedo.

Portalões e jornalões distorcem o conteúdo da delação de Sérgio Machado

 
 
 
Esses portalões e jornalões de merda pensam que que o povo é burro.
 
A Reuters, que foi uma das agências de notícia que apoiou abertamente as condenações de petistas no Mensalão, volta à carga  a apoiar o golpe contra Dilma, e blindar Temer no esquema do Transpetrão.
 
Ao publicar matéria que Sérgio Machado que, na delação, citou propina a Temer, a Reuters colocou na primeira página de seu portal de notícia:Machado diz em delação que Temer pediu recursos ilícitos para campanha de Chalita
 
Ilícitos um caralho. O corrupto se referiu à propina mesmo. Até aonde vai o PiG nesse poder que tem de mudar as chamadas conforme os interesses dos patrões? Nem essas porcarias de fora respeitam a verdade factual. Quando o envolvido é do PT, aí não se chama de recursos ilícitos, chamam de propina mesmo. Agora, quando a propina é recebida por políticos do PMDB, DEM, PSDB, PSB é chamada de recurso ilícito, de fraude na prestação de conta e por aí vai.
 
 
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado disse em delação premiada que o presidente interino Michel Temer pediu recursos ilícitos para a campanha de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo em 2012, segundo documento tornado público nesta quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
 
"O contexto da conversa deixava claro que o Michel Temer estava ajustando com o depoente era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro na forma de doação oficial para a campanha de Chalita", disse o termo de colaboração divulgado nesta quarta-feira pelo STF.
 
"Que ambos acertaram o valor, que ficou em 1,5 milhão de reais; que a empresa que fez a doação --no valor ajustado-- foi a Queiroz Galvão."
 
 
Machado disse também que durante a sua gestão na subsidiária da Petrobras foram repassados ao PMDB pouco mais de 100 milhões de reais em comissões pagas ilicitamente de empresas contratadas pela Transpetro.
 

sábado, 11 de junho de 2016

Para o PiG, Cerveró só é bom quando fala mal do PT

Só tem santo e santa

Afinal, quem não tem imparcialidade e decoro: Janot ou Beiçola?

 
 
 
Este blog, de vez em quando, tece alguns elogios ao senhor Rodrigo Janot, mas, pelas "decisões" que ele toma a cada denúncia  que faz contra membro da oposição, a cada crítica que faz a certos ministros do STF, não tenho como não criticá-lo. E a vítima de Janot é sempre Lula.Pois bem.No mesmo dia que Lula diz em São Paulo que a "direita mais o provoca, mais ela “corre o risco” de ser candidato a presidente", Janot, na maior bajulação, na maior subserviência às Organizações Globo, manda para o Jornal Nacional uma petição sigilosa, na qual pede que o STF remeta o processo de Lula a Moro. Outra coisa:Num dia, Janot critica Gilmar Mendes por o ter acusado de ter vazado o pedido de prisão dos graúdos do PMDB, no outro, incorre na mesma falta de decoro que incorreu, segundo ele, Gilmar Beiçola.
 
Novo vazamento da PGR contraria discurso de Janot
 
No mesmo dia (10/06) em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, condenou e negou publicamente o uso de vazamentos ilegais por parte do Ministério Público, o ex-presidente Lula foi novamente vítima dessa prática criminosa.
Quase simultaneamente à fala do procurador-geral, mais um documento sigiloso assinado por Janot chegava à TV Globo.
Foi mais um movimento  claramente direcionado a indispor o ex-presidente Lula com a opinião pública e a constranger o Supremo Tribunal Federal.
Exatamente o que o chefe maior do Ministério Público condenou em seu discurso aos procuradores eleitorais.
O objeto do crime, desta vez, foi a manifestação do PGR no inquérito 4.170, solicitando sua remessa à vara do juiz Sergio Moro em Curitiba. Trata-se do inquérito que investiga a suposta “compra de silêncio” do réu Nestor Cerveró – no qual não há um fiapo de prova contra o ex-presidente Lula.
A petição do PGR ao Supremo, com base em delação caluniosa, é datada de 23 de maio e foi rebatida pela defesa do ex-presidente Lula em 27 de maio.
Passadas duas semanas, a manifestação do procurador Janot foi vazada (ilegalmente, repita-se) para a Globo, mas não a manifestação da defesa.
O vazamento de documentos da PGR contra Lula já se tornou sistemático: em 3 maio, foi a denúncia (infundada) contra o ex-presidente no caso Delcídio do Amaral; em 18 de maio foram os anexos a essa denúncia, e em 26 de maio a manifestação do procurador-geral sobre as gravações ilegais de conversas entre Lula e a presidenta Dilma Rousseff.
O combate à corrupção e à impunidade – fortemente impulsionados no Brasil pelos governos Lula e Dilma – não justifica as práticas arbitrárias que estão se tornando corriqueiras nos tempos recentes.
De todas essas práticas, uma das mais daninhas ao estado de direito é a cumplicidade entre setores da imprensa e do Ministério Público, promovendo o chamado trial by media (julgamento pela imprensa).
O vazamento de ontem soa como um desafio ao discurso de Rodrigo Janot. O procurador-geral deveria voltar a público e esclarecer mais um episódio direcionado contra o ex-presidente Lula.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Que papel triste o da Tia Eron

 
 

Bem assim

 

Impagável essa cena


Para quem não viu a entrevisa de Dilma

Rodrigo Janot chama Gilmar Beiçola às falas

Foto de Maria Lourdes Moreno.
 
 
 
Não gostando nadinha da maldosa insinuação de Gilmar Beiçola, Rodrigo Janot achou bom bem chamá-lo às falas, taxando-o de leviano, coisa que ninguém neste país ousou chamar, mesmo o presidente Lula, no auge de sua altíssima popularidade.
 
Em entrevista a TV Estadão, Janot fez menção direta à divulgação recente dos pedidos de prisão contra quatro os principais nomes do PMDB - os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, além do ex-presidente José Sarney e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha - e chamou de "levianas" as acusações de que o vazamento teria saído da própria Procuradoria-Geral da República (PGR) como forma de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a mandar prender os políticos. Ele apontou que a teoria foi disseminada por "figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter o decoro".
 
Pois é, Bem feito! Curioso que Beiçola é tão covarde que até agora não deu um pio sobre a acusação de Janot.E nem vai dar, porque, de fato, ele é leviano mesmo.

Gilmar Beiçola é um monstro moral

 
 
Foto de Paulo Nogueira.
    Como bem disse o jornalista Paulo Nogueira, Gilmar Beiçola é um MONSTRO moral.Reparem como ele trata dois fatos iguais. Só um país feito o Brasil tem um ministro da tipo Gilmar Mendes, o cara não tem moral para nada. É um verdadeiro ser abjeto.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

FABRICANTE DA MÁSCARA DO “JAPONÊS” NÃO SABE O QUE FAZER COM ESTOQUE





Portal Vermelho


 - Insuflado pela mídia, o agente da polícia federal Newton Ishii, conhecido como Japonês da Federal, se transformou no ícone das manifestações pelo golpe e da chicana contra o ex-presidente Lula. Nesta quarta (8), com o anúncio da prisão do policial federal por participação em esquema de de corrupção, a empolgação com o japonês se transformou em decepção.
 
Newton Ishii ganhou notoriedade porque fazia questão de aparecer nas fotos em que investigados da Operação Lava Jato eram presos. Ele virou até tema de marchinha de carnaval em concurso promovido pelo Rede Globo. Sua imagem está tão massificada que sua máscara foi campeã de vendas da fábrica Condal, a principal do Rio, em São Gonçalo. Segundo reportagem do G1, no total, 25 mil unidades da fantasia do "Japonês da Federal" foram vendidas.
Segundo o diretor comercial da empresa e um dos donos da Condal, Albert Paris, nenhuma outra figura política foi tão visada em fevereiro e março, e até nos protestos pelo impeachment.
"As pessoas acreditavam que ele fazia o bem, mas surge um caso de corrupção. É triste. Acho que todos nós ficamos um pouco surpresos com esta notícia", disse.
"Era ele quem prendia as pessoas da Lava Jato e era esta a motivação para as pessoas comprarem, para elogiar. Neste momento, as vendas não devem aumentar. Vamos ver como o mercado assimila esta notícia", completou.
No entanto, o ícone da Globo e dos golpistas é investigado desde 2003, por conta de um esquema de contrabando que contava com a participação de policiais federais. Ele já havia sido condenado na Operação Sucuri, mas recorreu. Nesta terça, o "Japonês da Federal" foi preso (leia mais).


Forró dos golpistas corruptos

FORRÓ DO GOLPISTA - Música de Marco Vilane e Magno Mello Sou um sujeito golpista, Mas vamos ver no que dá Ao lado de nobres Ministros Henrique Alves e Jucá Eu conto com meu Partido, Com Renan, Cunha e Cabral Com Geddel Vieira Lima e toda a galera do mal Eu sou golpista, vamos ver no que dá Eu to na pista sem nem saber guiar Mendonça e Blairo Maggi também jogam no meu time Jungmann, Araújo e Barros e outros suspeitos de crime Eu mesmo fui apontado recebedor de propina Mas falo bom português e o povo quer é coisa fina Eu sou golpista, vamos ver no que dá Eu to na pista sem nem saber guiar Minha mulher dá exemplo Bela, recatada e ‘do lar’ Não almeja ministérios, ela sabe o seu lugar A cultura vai pro lixo Direitos Humanos também Alexandre de Moraes, que o diga nessa terra de ninguém Eu sou golpista, vamos ver no que dá Eu to na pista sem nem saber guiar Governo pelos meus filhos, por Deus e minha família E ainda pelos amigos, que fazem parte da quadrilha Sinto muito pela Dilma, Essa foi a maior falha Me chamar para ser Vice Sendo eu esse canalha Eu sou golpista, vamos ver no que dá Eu to na pista sem nem saber guiar E agora veja que lindo, que sina, que belo presente, Eu que era decorativo, Me tornei o Presidente Eu sou golpista, vamos ver no que dá Eu to na pista sem nem saber guiar.

Cunha desafia STF

 

A prisão do ‘Japonês da Federal’ e o fracasso de um país em busca de heróis

 

Mário Magalhães
No Carnaval 2016, máscaras com o rosto do agente Newton Ishii – Foto Julio Cesar Guimarães/UOL

Não compartilho a convicção de quem identifica pobreza existencial nas nações que buscam ou cultivam heróis.
 
Meu problema é com os heróis de fancaria, celebrados a cada estação e esquecidos na temporada seguinte.
 
Esquecidos porque constituíam engodo ou careciam de mérito para serem heróis autênticos.
 
O Brasil, os brasileiros somos pródigos em eleger heróis breves.
 
Corremos atrás deles como um headhunter à procura urgente do executivo mais qualificado.
 
Mal aparece em cena, agarramos o candidato a herói ou heroína pelo cangote e o aclamamos.
 
Um deles, o agente da Polícia Federal Newton Ishii, acaba de ir em cana.
 
No mesmo prédio da PF, em Curitiba, onde trambiqueiros da política e dos negócios estão presos.
 
Ishii ganhou fama como “Japonês da Federal'' ao escoltar detidos na Operação Lava Jato.
 
Ele já havia tido rolos com a Justiça em 2003, suspeito de facilitar contrabando.
 
Suas alegadas falcatruas apareciam somente no pé das reportagens, como as letrinhas pequenas das advertências de bula de remédio.
 
Poucos viram, é claro. O herói Ishii virou máscara e marchinha de Carnaval.
 
Ele lembra o marinheiro do livro “Relato de um náugrafo''. Em meados da década de 1950, o protagonista sobrevivera a um naufrágio e fora consagrado herói na Colômbia.
 
Ao entrevistá-lo, o repórter Gabriel García Márquez descobriu que a embarcação afundara porque o marinheiro e seus companheiros a haviam sobrecarregado com mercadorias contrabandeadas. Um falso herói. Um herói que retratou uma época.
 
Como o “Japonês da Federal'' retrata fracassos e frustrações do Brasil de hoje.