A Comissão de Relações Exteriores da Câmara vai debater a situação gerada pelo vazamento de documentos secretos da diplomacia norte-americana no site WikiLeaks. O deputado Dr. Rosinha (PT-PR), vice-presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul), defendeu uma análise detalhada do problema pelo colegiado. “O vazamento dos documentos é um fato extraordinário, que mexe com a hegemonia política dos EUA e põe em xeque o imperialismo norte-americano”, diz o parlamentar.
“Mas é preciso cautela, para separar o que é achismo e o que é fato real, como a atuação dos EUA para desestabilizar regimes ou pessoas públicas que contrariem ou questionem os interesses de Washington”, disse o parlamentar.
O site WikiLeaks divulgou 251.287 documentos secretos que revelam os bastidores das diplomacia dos EUA. Entre os arquivos, pelo menos 1.947 referem-se ao Brasil, com base em informações enviadas pela embaixada dos EUA no país.
Há, no conjunto do material, despachos de embaixadas e consulados, transcrições de conversas entre autoridades, ordens internas e outros registros. O vazamento histórico foi condenado pelo governo norte-americano, que acusou o site de “colocar em risco vidas de americanos e aliados” do país.
Golpe em Honduras
O deputado Dr. Rosinha chamou a atenção para o fato de que um dos documentos revela que Washington não tem dúvida de que em Honduras, em junho de 2009, houve um golpe de Estado contra o então presidente, Manuel Zelaya.
Diz um trecho que “os militares, a Corte Suprema e o Congresso Nacional conspiraram no dia 28 de junho no que constituiu um golpe ilegal e inconstitucional contra o Executivo”. “Não há dúvida de que deste nossa perspectiva de que a chegada ao poder de Roberto Micheletti foi ilegítima”. Em outro trecho, “…os argumentos apresentados por Micheletti e pelos militares e políticos golpistas “não tem nenhuma validez substancial” e agrega que “algumas são abertamente falsas”.
O parlamentar do PT assinalou que o vazamento deixou clara a legitimidade da condenação do golpe em Honduras pelo governo Lula , que foi criticado pela mídia e pela oposição brasileira, além de seus aliados direitistas da América Latina e dos EUA. “Como é que ficam esses setores agora, diante de uma informação importante como esta?”, questionou Dr. Rosinha.
No caso do Brasil, conforme publicou a Folha de S. Paulo, um dos documentos diz que a Polícia Federal “frequentemente prende pessoas ligadas ao terrorismo, mas os acusa de uma variedade de crimes não relacionados a terrorismo para evitar chamar a atenção da imprensa e dos altos escalões do governo”. O trecho do documento secreto é de 8 de janeiro de 2008 e foi escrito pelo então embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Clifford Sobel.
Para o vice-presidente do Parlasul, o vazamento poderá mudar a história da diplomacia mundial. “O debate sobre essa enorme quantidade de documentos poderá ter implicações na forma diplomacia e na política externa dos EUA, a depender da extensão e comprovação do teor dos documentos”, disse o deputado.
Site Vermelho
“Mas é preciso cautela, para separar o que é achismo e o que é fato real, como a atuação dos EUA para desestabilizar regimes ou pessoas públicas que contrariem ou questionem os interesses de Washington”, disse o parlamentar.
O site WikiLeaks divulgou 251.287 documentos secretos que revelam os bastidores das diplomacia dos EUA. Entre os arquivos, pelo menos 1.947 referem-se ao Brasil, com base em informações enviadas pela embaixada dos EUA no país.
Há, no conjunto do material, despachos de embaixadas e consulados, transcrições de conversas entre autoridades, ordens internas e outros registros. O vazamento histórico foi condenado pelo governo norte-americano, que acusou o site de “colocar em risco vidas de americanos e aliados” do país.
Golpe em Honduras
O deputado Dr. Rosinha chamou a atenção para o fato de que um dos documentos revela que Washington não tem dúvida de que em Honduras, em junho de 2009, houve um golpe de Estado contra o então presidente, Manuel Zelaya.
Diz um trecho que “os militares, a Corte Suprema e o Congresso Nacional conspiraram no dia 28 de junho no que constituiu um golpe ilegal e inconstitucional contra o Executivo”. “Não há dúvida de que deste nossa perspectiva de que a chegada ao poder de Roberto Micheletti foi ilegítima”. Em outro trecho, “…os argumentos apresentados por Micheletti e pelos militares e políticos golpistas “não tem nenhuma validez substancial” e agrega que “algumas são abertamente falsas”.
O parlamentar do PT assinalou que o vazamento deixou clara a legitimidade da condenação do golpe em Honduras pelo governo Lula , que foi criticado pela mídia e pela oposição brasileira, além de seus aliados direitistas da América Latina e dos EUA. “Como é que ficam esses setores agora, diante de uma informação importante como esta?”, questionou Dr. Rosinha.
No caso do Brasil, conforme publicou a Folha de S. Paulo, um dos documentos diz que a Polícia Federal “frequentemente prende pessoas ligadas ao terrorismo, mas os acusa de uma variedade de crimes não relacionados a terrorismo para evitar chamar a atenção da imprensa e dos altos escalões do governo”. O trecho do documento secreto é de 8 de janeiro de 2008 e foi escrito pelo então embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Clifford Sobel.
Para o vice-presidente do Parlasul, o vazamento poderá mudar a história da diplomacia mundial. “O debate sobre essa enorme quantidade de documentos poderá ter implicações na forma diplomacia e na política externa dos EUA, a depender da extensão e comprovação do teor dos documentos”, disse o deputado.
Site Vermelho