quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O QUE ESPERAR DE UM SUJEITO MENTIROSO COMO JOSÉ SERRA?

31/12/2008

Dobradinha Serra-Kassab não cumpriu metade das promessas

EVANDRO SPINELLI
CONRADO CORSALETTE
da Folha de S.Paulo

José Serra (PSDB) fez 161 promessas na eleição de 2004. Está documentado em seu programa de governo. Elegeu-se prefeito. Gilberto Kassab (DEM) conclui hoje o mandato herdado após a renúncia do tucano em 2006 para ser candidato a governador do Estado.

Após um ano e três meses de Serra e dois anos e nove meses de Kassab, 87 promessas não foram cumpridas --54,04% do total. Só 28 (17,4%) foram integralmente cumpridas. Outras 46 (28,57%), parcialmente.

A lista das promessas foi entregue à assessoria do prefeito no dia 5 de dezembro com pedido para que fosse contestada a avaliação item por item. Não houve resposta.

Anteontem (29), em balanço que fez da gestão, o prefeito relacionou uma série de itens positivos da gestão, mas não se referiu às promessas da campanha.

O programa de governo da chapa Serra-Kassab tinha 84 páginas. Na introdução, dizia-se que bons projetos para a cidade não faltam. "O que tem faltado (...) é capacidade de selecioná-los e tirá-los do papel."

Entre as propostas listadas, a criação de um "Disque-Trânsito 24 horas" recebeu muitos elogios de técnicos. A idéia era criar um serviço com orientações sobre vias congestionadas e dicas de alternativas.

O projeto, porém, não foi implantado. O sistema existente, por meio de painéis eletrônicos, dá informações inúteis ao motorista como o percentual de vias com lentidão. Sobre o trânsito, aliás, das 12 promessas, seis não foram cumpridas.

Outra promessa importante não cumprida foi a de "acabar" com o déficit de vagas em creches. Segundo a prefeitura, foram criadas 42 mil vagas, mas ainda faltam 80 mil. Kassab repete o compromisso agora.

Na saúde, foram dez promessas, quatro cumpridas e seis totalmente descumpridas. Um exemplo é o plano de erguer "hospitais de bairro" (de pequeno porte, com 50 leitos, associadas a um hospital de referência). Não foi feito nenhum, embora tenham sido concluídos os dois hospitais de médio porte anunciados --M'Boi Mirim e Cidade Tiradentes.

Se descumpriu mais da metade das promessas da eleição, Kassab fez realizações que não constavam do programa. O Cidade Limpa, as AMAs (unidades de saúde intermediária entre posto e hospital, sem leitos) e as "viradas" cultural e esportiva são os melhores exemplos.

Para o prefeito, uma coisa compensa a outra pois, para ele, o importante são "os avanços extraordinários" da gestão.

Discurso e prática

Outras duas promessas-chave usadas à exaustão na eleição de 2004 ficaram no meio do caminho. A primeira: entregar 32 km do Fura-Fila (que se arrasta desde Pitta, há dez anos). A segunda: renegociar os contratos bilionários de limpeza urbana.

No primeiro caso, houve algum avanço com a entrega de 8 km, mas a realidade ficou bem longe da promessa. A meta refeita por Kassab é entregar o que resta (mais 24 km) nos próximos quatro anos.

No caso dos contratos do lixo, sobre os quais Serra jogou suspeitas de corrupção na campanha de 2004, houve redução de 17,31% nos valores.

Mas às custas do atraso nos investimentos previstos contratualmente das duas concessionárias que fazem os serviços de coleta no município (em coleta de lixo porta a porta em favelas, coleta seletiva e construção de aterros, entre outros).

Para cientistas políticos, na prática, não há relação entre a retórica da eleição e a realidade administrativa. "Programa de governo é, antes de tudo, uma peça de campanha e, portanto, peça retórica", diz Fernando Azevedo, professor da Universidade Federal de São Carlos.

Carlos Melo, professor do Ibmec-SP, tem a mesma opinião. "Qual é o custo de não cumprir? Qual é a penalidade? O eleitor se lembra das promessas feitas? Há um mecanismo legal que o obrigue a cumprir?"

Para ele, sem punições os políticos se sentem desobrigados de fazer o que prometeram. "A culpa não está exatamente nos políticos, mas na sociedade, que não cobra as promessas, não acompanha seu cumprimento e não estabelece sanções", afirma.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

SE FOR DEPENDER DE CRISE, A POPULARIDADE DE LULA NÃO VAI CAIR NUNCA

Só crise ameaça popularidade de Lula, diz cientista político

Apesar de Lula, Fábio Wanderley Reis vê dificuldades na manutenção da candidatura de Dilma
para 2010

Daiene Cardoso e Guilherme Meirelles, da Agência Estado


SÃO PAULO - Em meio à mais grave crise econômica de seus dois mandatos como presidente da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve manter seu prestígio em alta em 2009. É o que prevê o cientista político Fábio Wanderley Reis, doutor pela Universidade Harvard e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Acho que seria preciso que o País fosse afetado pela crise de maneira profunda e continuada para que Lula viesse a ter uma queda mais acentuada em relação ao prestígio popular de hoje", afirma o cientista. Em entrevista à Agência Estado, Reis analisa o cenário político em 2009, prevê uma relação instável entre PT e PMDB (principal partido da base aliada do governo) e dificuldades na manutenção da candidatura de Dilma Rousseff para 2010. Quanto à oposição, o cientista não vê futuro na candidatura de Aécio Neves à Presidência e, na hipótese de José Serra ser o candidato tucano em 2010, ele aposta em Gilberto Kassab como herdeiro de Serra no governo paulista. Independente dos nomes que despontarem em 2009 como candidatos à sucessão de Lula, se a crise econômica mundial não atingir profundamente a economia brasileira o presidente certamente terá um papel fundamental na escolha de seu sucessor, acredita.


Com a crise econômica, alguns governadores já pedem o adiamento da reforma tributária, com medo de perda de receitas. Como o governo deverá se comportar frente a este novo quadro? Ceder às pressões políticas ou seguir em frente em um caminho desenvolvimentista?

Não há como deixar de reconhecer que é preciso ter em conta as limitações trazidas pela crise, o que, com o ineditismo das proporções e do alcance dela, envolve uma avaliação técnica muito complicada sobre a qual não me parece haver ninguém muito seguro. O desejável é que o governo consiga separar esse aspecto técnico do aspecto correspondente a pressões de motivação meramente política, usando todo o espaço disponível para avanços no desenvolvimento sem correr riscos que eventualmente viessem a comprometer justamente a continuidade do desenvolvimento. Mas não creio que o projeto de reforma tributária em andamento deva ser percebido como envolvendo tais riscos, até pelo apoio obtido de entidades empresariais.

Até o momento, o presidente Lula tem se mantido imune a todas as crises políticas, principalmente graças ao "momento exuberante" da economia e ao aumento do poder de compra do brasileiro. Com a restrição ao crédito, o prestígio do presidente Lula corre risco de perder pontos junto à população? O discurso simplista e cheio de metáforas usado até agora continuará funcionado em um período continuado de crise?

Certamente isso vai depender de até onde chegue a imersão do Brasil na crise mundial. Apesar de me parecer claro que o prestígio de Lula tem um importante componente de "imagem" popular e de identificação pessoal do eleitorado popular com ele, os benefícios que as pessoas têm, vindos de uma economia dinâmica e das políticas sociais (diminuição do desemprego, aumento de renda, acesso ao crédito, Bolsa Família), são também, naturalmente, parte importante da explicação da alta popularidade. De todo modo, acho que seria preciso que o País fosse afetado pela crise de maneira profunda e continuada para que Lula viesse a ter uma queda mais acentuada em relação ao prestígio popular de hoje.

O senhor acredita ser possível haver uma reforma política já para 2010? Uma reforma que contemple financiamento público de campanha, fidelidade partidária e lista partidária, por exemplo? Seria um avanço para o País?

Não tenho dúvida de que seria um avanço ou, pelo menos, de que as medidas indicadas correspondem a experiências que o País deveria fazer. Apesar da novidade representada pela democratização do financiamento privado conseguido por Barack Obama nos EUA, com recurso à internet (que provavelmente seria difícil reproduzir aqui por enquanto, com o eleitorado mais pobre e o acesso menos difundido à internet), sou em princípio inteiramente favorável ao financiamento público de campanhas como forma de eventualmente neutralizar o peso do acesso desigual a recursos privados (o direito de votar está assegurado igualmente para todos, mas o mesmo não se pode dizer do direito de ser votado) e o fator de corrupção que se tem aí. Por outro lado, seria necessário combinar o financiamento público com o voto em lista para que, com a responsabilidade dos partidos, e não de cada candidato, se pudesse ter fiscalização eficaz. Acho que não há razão para que as "oligarquias partidárias" (de que se fala sempre quando o assunto é este) fossem mais temidas com o voto em lista do que nas condições atuais e pode-se tratar, além disso, de criar legislação adequada a respeito das convenções partidárias e seus processos de decisão sobre candidaturas e composição de listas. Também acho bom que se estabeleçam regras que estimulem a fidelidade partidária, apesar de ter reservas sobre a maneira como o TSE e o próprio STF têm agido a respeito, que me parece inconsistente. Mas a questão de saber se vamos ter uma reforma nesses termos até 2010 é outra história. A experiência recente com o bom projeto proposto pela comissão chefiada pelo deputado Ronaldo Caiado é desanimadora.

O sucesso de uma possível candidatura Dilma está diretamente relacionado ao andamento das obras do PAC. Havendo uma retração no cronograma, e levando-se ainda em conta a baixa popularidade da ministra, qual seria o caminho a ser tomado pelo presidente Lula? Buscar outro nome próprio ou tentar uma coligação com um nome palatável ao governo?

Minha impressão é que Dilma seria uma candidata difícil de "vender" ao eleitorado mesmo com bom andamento do PAC. Creio que a participação do PT na disputa da Presidência em 2010 é um problema complicado e em aberto, mesmo na hipótese de que Lula mantenha o forte apoio que tem hoje.

As eleições municipais de 2008 fortaleceram o PMDB, que agora reivindica mais espaço no governo e a presidência da Câmara e do Senado. Considerando o assédio tucano visando 2010, como o presidente Lula deve lidar com o PMDB para garantir a presença do partido no palanque de Dilma?

Acho que com o PMDB a única coisa a fazer é barganhar, se for mesmo preciso, e confiar desconfiando.

Em recente reunião com tucanos no Congresso, o governador de Minas Aécio Neves fez críticas duras ao governo Lula, acusando-o de "por a ética sob o tapete". O senhor acredita que, com uma estratégia mais crítica em relação ao governo Lula, Aécio terá mais chances de se consolidar como candidato do PSDB ao Planalto?

Não sei. Minha impressão é que a movimentação de Aécio tem sido inconsistente. Acho que a idéia da aproximação PSDB-PT num campo social democrático (tentada por ele e Pimentel na disputa da Prefeitura de BH) faz perfeitamente sentido em abstrato, apesar do enfrentamento a que os dois partidos foram levados circunstancialmente e das dificuldades que isso cria na realidade da política cotidiana. Mas Aécio combinou esse experimento com contatos muito mais variados, e agora experimenta também dar pancada em Lula. Acaba passando ao eleitor um recado confuso (que provavelmente foi uma das razões das dificuldades que de repente surgiram na campanha de Márcio Lacerda), e não sei até que ponto o recado é também confuso, e talvez pouco crível, para seus companheiros de partido.

O DEM foi o grande derrotado nas eleições municipais de 2008. A derrota só não foi maior porque o partido conquistou a Prefeitura de São Paulo (com a grande ajuda do tucano José Serra). Considerando que o partido vem sendo nos últimos anos o grande parceiro dos tucanos, que papel terá o DEM nas eleições de 2010?

Não creio que a conquista da Prefeitura de São Paulo por Kassab possa ser realmente vista, nas circunstâncias em que se deu, como um feito do DEM. O papel do partido em 2010 será provavelmente modesto.



Caso Serra seja confirmado candidato do PSDB à Presidência da República, quais seriam os candidatos com reais chances de substituí-lo no governo paulista? O senhor acredita que Marta Suplicy teria chances de ser governadora após duas derrotas na Prefeitura de São Paulo?

Acho pouco provável que Marta Suplicy consiga se viabilizar como candidata a governadora, depois de duas derrotas sucessivas para a Prefeitura. Mas não me parece que se possa falar tampouco de outros candidatos com chances claras a esta altura. Talvez o próprio Kassab (à parte seu compromisso de ficar na Prefeitura), que se beneficiou da identificação com Serra e do antipetismo na capital e poderia vir, quem sabe, a penetrar eleitoralmente o interior do Estado.



Os resultados das últimas eleições mostraram que o presidente não tem conseguido transferir votos aos seus aliados como se esperava. Qual deverá ser a estratégia de Lula para garantir que seu sucessor seja um aliado?

Acho que, quanto à questão da eficácia do apoio de Lula, as condições da disputa da Presidência são diferentes das que tivemos na eleição municipal. Se Lula mantiver a popularidade de agora, ele provavelmente terá um peso importante, ainda que não seja o caso de aderir sem mais à tese do "poste" ou de que ele elegeria quem quer que fosse. Quanto à questão de estratégia, o problema de 2010 para o PT, sem um candidato "natural" e com resistências a composições mais amplas (eventualmente com uma chapa liderada por gente de outros partidos), me parece complicado e em aberto.
Comentário.
Simplesmente porque não ocorerá crise no Brasil.

EXEMPLO DE SOLIDARIEDADE

30/12/2008

Brasil vai enviar medicamentos para Faixa de Gaza


Por Redação, com ABr - de Brasília


O governo brasileiro vai enviar medicamentos para os palestinos atingidos nos ataques israelenses à Faixa de Gaza, segundo informou o Ministério da Relações Exteriores. Mais de 320 palestinos morreram nos três primeiros dias da ofensiva e outros 1.400 ficaram feridos.
A ajuda brasileira atende a um pedido do embaixador da Autoridade Nacional Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, que esteve nesta terça-feira no Itamaraty para entregar uma lista com os medicamentos cuja necessidade é mais urgente.

De acordo com a agência de notícias BBC Brasil, a Cruz Vermelha Internacional considerou “caótica” a situação nos hospitais da região, com os grupos médicos “pressionados ao limite”.

A ofensiva israelense começou no sábado (27). De acordo com as autoridades de Israel, o bombardeio foi uma resposta aos ataques de militantes do grupo palestino Hamas, que vinham lançando foguetes contra o sul do país.

EM DEFESA DOS EXCLUÍDOS

Pobres não vão pagar a conta da crise financeira, afirma Lula

No discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que 2008 foi um ano 'excepcional' para o Brasil

Agência Brasil

BRASÍLIA - No último compromisso oficial de 2008, pouco antes de iniciar um período de recesso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta terça-feira, 30, em Recife (PE), a primeira etapa de um parque que leva o nome de sua mãe, Dona Lindu.


No discurso, ele afirmou que 2008 foi um ano "excepcional" para o Brasil e, ao falar sobre a crise financeira mundial, disse que os pobres não irão sofrer as conseqüências. "Os pobres não pagarão a conta da crise nesse país, não vamos travar a economia por conta da crise, não queremos que os empresários deixem de fazer investimentos."

Na presença de seus irmãos e parentes de Pernambuco, o presidente inaugurou a primeira etapa do Parque Dona Lindu, no Bairro de Boa Viagem. O espaço foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e a primeira etapa inclui brinquedos para crianças, quadra de esportes, pistas para caminhada e espaço para ginástica. A previsão é de que a obra seja concluída em março de 2009.

Na ocasião, foi inaugurado também o Memorial dos Retirantes, um conjunto de esculturas do artista plástico pernambucano Abelardo da Hora, que representa Dona Lindu e seus filhos. As esculturas buscam homenagear pessoas que, a exemplo da família do presidente Lula, deixaram suas casas em busca de oportunidades em outros cidades. As esculturas estão fixadas no terreno do parque, de frente para o mar.

Comentário.

Quem me conhece sabe que sou natural de Barreiros-PE, cidade de onde estou postando hoje. Quem me conhece sabe também que desde 1985 resido na cidade do Recife.Assim, mereço também ser homenageado no Memorial dos Retirantes. Que vocês acham?

TUCANO CORRUPTO TEM OS BENS BLOQUEADOS

30/12/2008


Justiça Federal bloqueia bens do prefeito de Cascavel (CE)

da Folha Online

A Justiça Federal do Ceará bloqueou os bens do prefeito de Cascavel (CE), Eduardo Florentino Ribeiro (PSDB), que responde a quatro ações de improbidade administrativa. Ribeiro não foi localizado pela reportagem nesta terça-feira para comentar a decisão.

Segundo o Ministério Público Federal no Ceará, o prefeito também é réu em processos cíveis e criminais na Justiça Estadual por supostos atos ilícitos que teria praticado no exercício do cargo.

Com a decisão, o prefeito fica impedido de alienar ou transferir bens e valores no limite de R$ 1.032.865,56, enquanto não transitar em julgado a ação civil pública de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público.

Na ação, a Procuradoria também havia pedido o afastamento do prefeito do cargo, a Justiça não acatou a solicitação.

FELIZ ANO-NOVO A TODOS



Amigos e amigas, vou dar uma parada. Logo mais vou estar viajando para o interior do estado de Pernambuco. Se der para postar por lá, vou continuar postando, se não, até domingo.


Um feliz Ano-Novo a todos. E ótimo ano novo.


Fiquem com a voz linda da bela Teresa Salgueiro.

PESCOÇO DE GANSO SUMIU DO MAPA


E Marco Maciel não apareceu. Cadê Maciel?
terça-feira, 30 de dezembro, 2008

O senador, ex-vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso, ex-governador de Pernambuco Marco Maciel já sabia que não seria bem-vindo na inauguração improvisada que o prefeito João Paulo e o presidente Lula fizeram do Parque Dona Lindu, na zona sul do Recife.

O parque é obra de Oscar Niemeyer e Marco Maciel é presidente da Fundação Oscar Niemeyer.

Mas ninguém queria Maciel por lá. Certamente seria vaiado durante a solenidade.

Como presidente da Fundação, um dos papéis de Maciel é difundir as obras do arquiteto. Porém, o partido dele, o DEM, ataca sem trégua a construção do parque, inclusive com críticas duras ao volume de concreto aplicado na obra.

Maciel nunca deu uma palavra sobre o projeto, nem contra nem a favor…

Segundo o prefeito João Paulo, ele foi convidado, mas como senador e não como presidente da Fundação. O prefeito gostaria que estivesse lá para lançar, diante do senador, as críticas que fez à oposição.

Amigo de Maciel, até Niemeyer bateu nos adversários da obra. Veja o vídeo abaixo:



Blog do César Rocha .

Comentário.

Marco Maciel sendo presidente da Funda Oscar Niemeyer é o fim do mundo.

LULA REBATE OPOSIÇÃO INVEJOSA


Lula: Se o busto fosse de um aristocrata, não haveria protesto
30 DE Dezembro DE 2008


O presidente Lula foi taxativo ao rebater as críticas que o Parque Dona Lindu vem recebendo. "Em vez de busto de uma mulher retirante, se você [João Paulo] tivesse colocado um aristocrata da elite pernambucana não haveria protestos", afirmou o presidente, falando ao prefeito do Recife, no discurso nesta manhã desta terça, em Boa Viagem.

O tom das críticas foi o mesmo usado pelo prefeito, em sua fala, que acusou a "direita atrasada, que trabalhou contra o projeto [do Dona Lindu]".

Ontem, véspera da inauguração, um grupo de militantes do DEM realizou protesto diante do parque.

TUCANO ESPERTO SIFU

Licitação irregular

Prefeito eleito de Avaré, em São Paulo, não tomará posse

O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral, negou pedido de Joselyr Benedito Silvestre (PSDB) que queria assegurar sua diplomação e posse no cargo de prefeito de Avaré (SP) por meio de uma Reclamação.

Em agosto de 2008, Silvestre foi cassado e se tornou inelegível por três anos, devido a um documento que não foi entregue em um processo de licitação. Mesmo impugnado, concorreu às eleições de 2008 com recurso, tendo mais de 64% do total de votos.

Segundo o ministro, a Reclamação não é o meio correto de tentar cassar a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de não diplomar o prefeito eleito. Para Henrique Neves, a Reclamação não pode servir como “supressão de instância”.

Silvestre sustenta que a sua candidatura foi indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, mas o TSE restabeleceu a sentença de primeiro grau, que deferiu seu pedido de registro. Acrescenta que, por isso, caberia o ajuizamento de Reclamação em defesa da decisão do TSE.

Conforme prevê o Regimento Interno do TSE, a Reclamação destina-se a preservar a competência da corte Superior, ou garantir a autoridade de suas decisões.

Rcl 608

Revista Consultor Jurídico, 30 de dezembro de 2008

EL PARIS:LULA É UM ESTADISTA DE PORTE EUROPEU

Terça, 30 de dezembro de 2008

'El País': fora da disputa, Lula quer ser estadista de porte europeu
Da BBC Brasil


As recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartando a possibilidade de disputar um terceiro mandato consecutivo fazem dele um estadista de porte europeu, afirma um artigo publicado nesta terça-feira no jornal espanhol El País.

"Lula não quer ser comparado com as veleidades populistas e perturbadoras de outros líderes da América Latina. Quer parecer mais com um estadista de porte europeu", afirma o El País.

Para o jornal, Lula é um dos políticos com o "melhor olfato" da situação e, apesar de sua popularidade recorde de 83% após seis anos no governo e das fortes pressões do PT, decidiu ficar fora da disputa.

O jornal destaca que as eleições de 2010, as primeiras em 20 anos em que Lula não aparecerá como candidato, apresenta três cenários possíveis.

O primeiro é a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já defendida publicamente pelo presidente.

O jornal salienta, no entanto, que a candidatura de Dilma não virá "sem problemas". "Dilma não é a candidata defendida pelo PT, no qual nunca ocupou nenhum cargo e onde é vista como tecnocrata. E, sobretudo, ela não tem carisma pessoal", diz o El País.

"Para remediar este inconveniente, seus assessores de imagem já começaram a trabalhar: substituíram os óculos por lentes de contato, mudaram a cor de seu cabelo e a submeteram recentemente a uma cirurgia plástica facial."

De acordo com o diário espanhol, o segundo cenário seria a vitória de José Serra, candidato da oposição derrotado por Lula no segundo turno em 2002. "A vitória de Serra seria uma verdadeira alternativa de poder e a mais temida pelo PT".

E a última hipótese seria a defesa, por parte do presidente, de um candidato de fora do PT, pertencente a um dos 11 partidos da base aliada do governo.

"Um cenário que seria muito difícil de ser digerido pelos colegas do partido e que conta com a dificuldade de não existir um candidato capaz de fazer frente a Serra, que, hoje, tem 46% de intenções de voto".

BBC Brasil

EM BUSCA DA ABSOLVIÇÃO

Tenho certeza que o STF vai me absolver, diz José Dirceu
Ao 'Estado', ex-ministro e deputado cassado no auge do escândalo do mensalão diz ter direito à anistia

Ana Paula Scinocca, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Três anos depois te ter seu mandato como deputado cassado - no auge do escândalo do mensalão -, o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, afirma ter convicção de que será absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Avalia que sua substituta no posto de “braço direito” de Lula, a ministra Dilma Rousseff, tem “grande” chance de emplacar como candidata do PT à Presidência em 2010, e que os tucanos agem como se o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) - principal pré-candidato da oposição -, já tivesse sido eleito. “Essa história está distante da realidade. O Serra tem que conquistar Minas e o Rio, porque o Norte e Nordeste ele não vai conquistar. E Minas e São Paulo serão os Estados mais afetados pela crise”, afirma, em entrevista ao Estado. As respostas de Dirceu foram dadas por e-mail.

Leia a íntegra da entrevista:

Estado - Três anos depois de ser cassado, o senhor ainda pensa na possibilidade de anistia?

José Dirceu - Depende. A rigor eu tenho direito à anistia, porque a Câmara dos Deputados me cassou sem provas. Fez uma cassação política, mas não no sentido que os deputados dão, de que uma cassação sempre é política. É lógico que é política, mas no meu caso, formou-se uma maioria, independentemente de eu ser culpado ou não, o que evidentemente é inaceitável. É uma ilegalidade e a Constituição me garante a verdade, a presunção da inocência, a não culpabilidade. Então, eu poderia sim pedir a anistia. Mas tomei a decisão de não fazê-lo até ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. E tenho certeza que a absolvição vai acontecer. Não tenho medo do julgamento e espero ser julgado o mais rápido possível para que eu possa pedir a minha anistia. Se o STF der sinais ou provas que só vai julgar em 2013 ou 2014, ou seja, 8 ou 9 anos depois que fui acusado de chefe de quadrilha e corrupto, evidente que vou pedir anistia. Até porque acredito que tenho esse direito.

Estado - Qual seu projeto para retomar suas atividades políticas?

José Dirceu - Faço atividade política, nunca deixei de fazer. Faço ou para me defender, ou para participar como militante da vida interna do PT, ou ainda como cidadão, como profissional. Participo do debate político do País com o meu blog (http://www.zedirceu.com.br/), com entrevistas, palestras. Trabalho como advogado e consultor, sempre tendo em vista um projeto de desenvolvimento para o País. Não trabalho como advogado e consultor olhando só a minha atividade profissional e a minha sobrevivência. Gostaria de voltar plenamente à atividade política, mas não tenho projetos sobre o que vou fazer. O meu projeto agora é me defender, provar minha inocência.

Estado - Durante a Satiagraha, o senhor reclamou de grampo e de invasão em seu escritório. Ainda acha que seus passos estão sendo monitorados por órgãos do governo?

José Dirceu - Meu caso - e agora tenho a visão de tudo o que aconteceu esse ano - é escabroso, um case mais do que um caso. No começo do ano, soube pela imprensa que o sigilo do meu telefone tinha sido, por autorização judicial de um juiz (Fausto de Sanctis), interceptado a pedido do promotor público do caso Satiagraha. Era o mesmo promotor do caso MSI Corinthians, como também o delegado é o mesmo na Satiagraha e no caso MSI Corinhians (Protógenes Queiroz). Pois bem, até hoje - e basta olhar o inquérito para ver - não há nenhuma fundamentação legal para interceptação telefônica. Mas houve a interceptação, e não só a minha, como a do meu advogado, do assessor que faz a minha agenda, do advogado do escritório a mim associado em Brasília, de um outro assessor meu em Brasília e da Evanise Santos, minha companheira. Essas interceptações telefônicas estão caracterizadas como abuso de autoridade. Eu, infelizmente, não representei contra o juiz no Conselho Nacional de Justiça naqueles meses de abril e maio, quando isso veio a público. Fiquei sabendo pela imprensa, e basta ler o inquérito do MSI Corinthians, para ver que não há nenhuma razão. Na verdade, o objetivo deles já era a Operação Satiagraha. Não sei por que razão, mas toda a investigação da Satiagraha demonstra isso. Inclusive, não há uma única vez a citação do meu nome, e olha que é quase um ano e meio de investigação. No relatório do inquérito eu sou citado naquilo que é uma verdadeira fraude do delegado. Então, o HD, os e-mails e o relatório (da investigação) mostram que havia um objetivo pré-determinado, e depois se procurava encaixar os fatos ao objetivo de me prender e transformar num grande evento sensacionalista a minha prisão. Isso quando eu não tenho nada a ver com a Operação Satiagraha, com o Oportunity e nem com o Daniel Dantas. A própria investigação deles prova isso. Tenho a meu favor que todas as investigações feitas até agora a meu respeito me inocentam.

Estado - Qual a sua relação com o presidente Lula? Se falam, se visitam? Quando foi a última vez que conversaram?

José Dirceu - Minha relação com o presidente Lula é de companheiro, de amigo e de um ex-ministro, ex-presidente e ex-deputado do PT. Não é a mesma relação que eu tinha antes com ele, uma relação de trabalho, de dia-a-dia, de construção de um projeto. Eu encontro o presidente quando ele sente que existe necessidade. Não o tenho visto com freqüência.

Estado - É verdade que políticos, governadores e integrantes do próprio PT procuram o senhor para discutir assuntos de interesse do governo?

José Dirceu - Não diria que me procuram. Mas diria ser natural, porque nunca parei de atuar e militar politicamente. Para entender as relações que mantenho com governadores, parlamentares, senadores, deputados, prefeitos e dirigentes do PT é preciso lembrar que militei no partido de 1980 a 2008. São 28 anos, não é pouca coisa. É mais do que natural que eu continue militante. Não é porque não sou mais deputado, nem ministro e porque sou acusado injustamente de corrupto ou chefe de quadrilha, que deixo de ser militante. Não se pode apagar 40 anos de vida política. No fundo, essa questão se eu mantenho ou não mantenho relações políticas com vários políticos é um jogo dos próprios setores da direita, da mídia, para me manter interditado, para eu não fazer política.

Estado - Qual a possibilidade, na sua avaliação, de a ministra Dilma Rousseff emplacar como candidata do PT em 2010?

José Dirceu - Grande. Ela, na verdade, a cada mês que passa, conquista a adesão de militantes e dirigentes do PT. Cada dia é mais conhecida no País. É a candidata do presidente Lula, do PT e tem grandes chances de ir para o 2ª turno. As pesquisas já estão mostrando isso. O mais provável é que nas próximas pesquisas, depois do Carnaval, a Dilma esteja já com a mesma votação do Ciro Gomes (PSB) e do Aécio Neves (PSDB). Eu acredito que uma candidata apoiada pelo PT e pelo Lula, por uma coalizão que inclua o PSB, PC do B, PTD, o PR - a legenda que indicou José Alencar para ser o vice do Lula duas vezes - e o PMDB tem grandes chances para ir ao 2º turno. Os tucanos se comportam como se o Serra (o governador de São Paulo José Serra) já estivesse eleito, mas essa história está distante da realidade. Primeiro, o Serra tem que disputar com o Aécio; segundo tem que conquistar Minas e o Rio, porque o Nordeste e o Norte ele não vai conquistar; terceiro, São Paulo e Minas, portanto o Serra, serão tão ou mais afetado do que o País pela crise em nível nacional. Minas será afetada por causa da indústria siderúrgica, de mineração e automobilística, e São Paulo pelo serviço financeiro, comércio, serviços gerais, e construção civil. Esse raciocínio de que "o Lula vai ser afetado pela crise", é um jogo da mídia, um jogo de palavras. Por que o Lula vai ser afetado e os governadores não? Não vão ser afetados porque a mídia vai protegê-los e atribuir ao Lula a responsabilidade pela crise? Com esse raciocínio é isso que estão dizendo. Porque fato por fato todos serão afetados pela crise: prefeitos, governadores e presidente da República. A arrecadação vai cair para todos, os investimentos vão ser menores para todos, o desemprego vai valer para todos - a não ser que a responsabilidade - e tudo indica, é o que quer a imprensa - seja só do Lula e não dos governadores e dos prefeitos. Eu não vejo por que nós não possamos vencer essas eleições de 2010. Na verdade, nós estamos no governo. Eles é que têm de ganhar a eleição. E o provável é que nós vençamos e não eles.

Estado - O senhor vai participar na campanha?

José Dirceu - Não posso dizer o que farei em 2010. O que posso dizer é que vou dedicar todo o meu tempo e esforços, toda a minha inteligência, energia e experiência para ajudar o PT e o Lula a continuar governando o Brasil. Como vou fazer, com qual intensidade e em que nível, depende das circunstâncias e da conjuntura política.

Estado - O senhor acha que o Gilberto Carvalho é o melhor nome para presidir o PT?

José Dirceu - Seria uma excelente solução. O Gilberto já militou no PT, foi secretário nacional do partido, já ocupou cargos de sua direção em vários níveis, militou no movimento popular, e nas Comunidades Eclesiais de Base. E tem essa experiência extraordinária de governo, de ter sido secretário do presidente nos últimos seis anos. Ninguém melhor, nem mais do que ele está preparado para ser presidente nacional do PT. É um nome excepcional, seria uma grande solução.

Estado - O senhor acredita que a disputa em 2010 será polarizada entre Dilma e o governador José Serra?

José Dirceu - Não necessariamente. Hoje não se pode afirmar isso de maneira definitiva. A tendência é essa - o Serra ser candidato pelo PSDB, DEM, PP, PPS e talvez o PV; e a Dilma ser a candidata pelo menos do PT, talvez do bloco PC do B - PDT - PSB (se o Ciro não sair candidato por esse último) com apoio, talvez, do PMDB. Outra possibilidade é de o PMDB ficar neutro, ou ter uma candidatura própria. E candidaturas outras têm a do Ciro Gomes e a do Aécio Neves. A do Aécio tudo indica que não se viabilizará no PSDB. A do Ciro Gomes está com dificuldades para se viabilizar. E tem a Heloísa Helena que pode ser candidata pelo PSOL, mas é uma candidata sem idéia, e como sua candidatura mostrou na eleição de 2006, é uma candidata que tende a ir perdendo os votos, redistribuídos durante o debate e o processo eleitoral, quando o eleitor toma outras decisões.

Estado - A crítica que se faz a esses dois (Dilma e Serra) é que seriam candidatos para assumir e administrar o Estado, mas não capazes de unir a sociedade e o Estado, como o fizeram FHC e Lula. Como avalia isso?

José Dirceu - Essa pergunta leva a uma só solução: teremos que dar um terceiro mandato ao Lula. Por ela, o Lula e o Fernando Henrique têm de ser candidatos. Não é assim. Evidentemente, o Serra tem história e lastro para ser presidente da República. Uma coisa é eu não votar nele e querer eleger a Dilma Rousseff , outra é ele e a Dilma terem ou não lastro para saírem candidatos. E isso eles têm. Os dois têm lastro para serem candidatos.

Estado - De que o senhor vive hoje? Quais são seus rendimentos?

José Dirceu - Dos mesmos rendimentos dos quais vive a jornalista que me pergunta. Eu trabalho como ela trabalha, 8, 10, 12 horas por dia como advogado e consultor. São profissões como é a de jornalista, não há nenhuma diferença. Trabalho, às vezes, inclusive, nos fins de semana. E eu não mudei o meu padrão de vida. A minha vida continua absolutamente igual todos esses anos.

Estado - Acha que o presidente Lula mudou muito desde que chegou a Brasília e assumiu o poder?

José Dirceu - Mudou. Muito. Primeiro, porque é presidente da República. Segundo, porque é um líder internacional, um estadista. O mundo reconhece isso. Terceiro, porque ele adquiriu experiência na Presidência da República. Ninguém passa seis anos por esse cargo em vão.

Estado - O senhor se considera um ministro sem pasta?

José Dirceu - Não. Primeiro, eu não detenho poder nenhum. Eu tenho experiência, relações, solidariedade, companheiros, liderança ainda no PT, apoio no País. Todos sabem que se eu fosse candidato a um cargo eletivo, dificilmente eu não me elegeria. Agora, eu não tenho poder, nem sou membro do governo, nem sou mais dirigente do PT, nem mais membro do Parlamento. Eu não sou um ministro sem pasta. Sou o José Dirceu e na medida em que represento uma parte da história da esquerda brasileira, da luta contra a ditadura, da resistência armada, da luta na clandestinidade, uma parte da construção do PT, nesse sentido eu tenho uma representatividade para participar da vida política do país e ajudar o PT, o governo e a esquerda. Isso não significa que eu tenho poder.

MAIS UM ANO SE VAI ... OU SE ESVAI?



Ricardo Giuliani Neto

O ano começa a se despedir, e cá vamos estruturando balanços do acontecido e indagando, do futuro, as previsões do porvir.

Na verdade, acabamos racionalizando os nossos próprios desejos; terminamos por, finalmente, encontrar as razões capazes de nos levar à compreensão de realizações e frustrações. Quando projetamos o futuro, não fazemos nada que não seja expressar nossos desejos.

Já falei por aqui algum dia: o conto está no contado e o contado, no contador. Alguém disse isso, nunca consegui descobrir quem foi. Importa é que penso assim. Só posso falar do mundo a partir das minhas próprias vivências, ou seja, a partir das minhas próprias condições de possibilidade.

Ano trepidante: no mundo do direito, parece que o STF (Supremo Tribunal Federal), como se fala nas minhas bandas, “saiu detrás do toco”. Assumiu posições de uma Suprema Corte. Não importa muito minha opinião sobre a correção do que tenha feito. Importa é que decidiu. Súmulas vinculantes, células tronco, greve nos serviços públicos, habeas corpus pro Dantas, enfrentamento com a Polícia Federal e com o Ministério da Justiça. Decidiu. Certo ou errado, decidiu!

No Senado da República, nepotismos e tropelias a parte, devolveu-se uma medida provisória ao presidente da República e ... acho que foi só isso...

Na Câmara dos Deputados, as tais CPIs, renderam mostra pública sobre os serviços de (des)inteligência no Brasil. Atividades sempre dedicadas ao submundo dos donos do poder ganharam necessários holofotes. A violência das escutas clandestinas passaram a receber debate público e os arapongas selecionados por concurso público foram expostos a um ridículo incapaz de ser medido.

Nas eleições municipais, uma vitória acachapante do presidente Lula e de sua base de apoio no Congresso Nacional. E, é claro, um monte de chiliques dos que detestam o Lula: 80% de popularidade é pra dar chiliques em qualquer um.

O governo federal, de marola em tsunami, surfa como nenhum outro, sustentado numa sólida política econômica e numa postura bonapartista que o presidente da República ostenta para continuar a dispensar a mediação dos partidos políticos com a sociedade.

O PT, atinge seu limite institucional enquanto o PSDB procura descobrir o que é um limite institucional. O PSOL, tomou Protógenes para si e, a cada dia, se udeniza mais; e o PMDB, continua a ser a noiva mais cobiçada do universo brasileiro. A Direita brasileira busca uma cara. A esquerda, em alguma medida, até a cara perdeu.

Em suma, pro meu gosto, tudo bem. Continuamos construindo a democracia brasileira. Muitos e muitos percalços. Muitas e muitas esperanças. Mas há a certeza de que o futuro chegou e chegou para ficar.

Os irmãos do norte elegeram o primeiro negro presidente e Lula é o 18º homem mais influente do planeta. Mais chiliques!!!

Lá vai mais um chilique: mais de 30 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza. Bah! É de tremer na base!

O capitalismo de face financeira morreu!

Ou não morreu?

O certo é que o Estado, apesar das tormentas de tinta saboreando suas crises, continua forte e visível. A crise do subprime chama à reflexão sobre o futuro capitalismo... É tão certa sua sobrevivência quanto certo é que continuamos pagando a conta pela sua não-morte.

Então, grandes desafios. O maior deles é fazer com que nossas expectativas não se transformem nas expectativas do mundo. Elas são somente nossas. E o mundo poderá ir bem ou mal apesar de nós. Eu quero estar nesse barco hoje e nos próximos 50 anos. O que não quero é me frustrar porque os outros não compartilham o que penso sobre o mundo.

Ter opinião, quase todos temos, mas há um grande desafio a ser vencido, aprender a respeitar a opinião dos outros.

Sugestão de Leitura: De Profundis. Oscar Wilde.

Segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

MANIFESTO DE GANDHI SOBRE OS JUDEUS NA PALESTINA


M. K. Gandhi

Harijan, 26 de novembro de 1938



In M.K.Gandhi, My Non-Violence

Editado por Sailesh K. Bandopadhaya

Navajivan Publishing House

Ahmedabad, 1960


Recebi muitas cartas solicitando a minha opinião sobre a questão judaico-palestina e sobre a perseguição aos judeus na Alemanha. Não é sem hesitação que ouso expor o meu ponto-de-vista.(1)

Na Alemanha as minhas simpatias estão todas com os judeus. Eu os conheci intimamente na África do Sul. Alguns deles se tornaram grandes amigos. Através destes amigos aprendi muito sobre as perseguições que sofreram. Eles têm sido os "intocáveis" do cristianismo; há um paralelo entre eles, e os "intocáveis" dos hindus. Sanções religiosas foram invocadas nos dois casos para justificar o tratamento dispensado a eles. Afora as amizades, há a mais universal razão para a minha simpatia pelos judeus. No entanto, a minha simpatia não me cega para a necessidade de Justiça.

O pedido por um lar nacional para os judeus não me convence.

Por quê eles não fazem, como qualquer outro dos povos do planeta, que vivem no país onde nasceram e fizeram dele o seu lar?(2)

A Palestina pertence aos palestinos, da mesma forma que a Inglaterra pertence aos ingleses, ou a França aos franceses.

É errado e desumano impor os judeus aos árabes. O que está acontecendo na Palestina não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Os mandatos não têm valor. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico.

O caminho mais nobre seria insistir num tratamento justo para os judeus em qualquer parte do mundo em que eles nascessem ou vivessem. Os judeus nascidos na França são franceses, da mesma forma que os cristãos nascidos na França são franceses.

Se os judeus não têm um lar senão a Palestina, eles apreciariam a idéia de serem forçados a deixar as outras partes do mundo onde estão assentados? Ou eles querem um lar duplo onde possam ficar à vontade?(3)

Este pedido por um lar nacional oferece várias justificativas para a expulsão dos judeus da Alemanha. Mas a perseguição dos alemães aos judeus parece não ter paralelo na História. Os antigos tiranos nunca foram tão loucos quanto Hitler parece ser.

E ele está fazendo isso com zelo religioso. Ele está propondo uma nova religião de exclusivo e militante nacionalismo em nome do qual, qualquer atrocidade se transforma em um ato de humanidade a ser recompensado aqui e no futuro. Os crimes de um homem desorientado e intrépido, estão sendo observados sob o olhar da sua raça, com uma ferocidade inacreditável.(4)

Se houver sempre uma guerra justificável em nome da humanidade, a guerra contra a Alemanha para prevenir a perseguição desumana contra uma raça inteira seria totalmente justificável. Mas eu não acredito em guerra nenhuma. A discussão sobre a conveniência ou inconveniência de uma guerra está, portanto, fora do meu horizonte. Mas se não pode haver guerra contra a Alemanha, mesmo por crimes que estão sendo cometidos contra os judeus, certamente não pode haver aliança com a Alemanha. Como pode haver aliança entre duas nações que clamam por justiça e democracia e uma se declara inimiga da outra? Ou a Inglaterra está se inclinando para uma ditadura armada, e o que isso significa?

A Alemanha está mostrando ao mundo como a violência pode ser eficientemente trabalhada quando não é dissimulada por nenhuma hipocrisia ou fraqueza mascarada de humanitarismo; está mostrando como é hediondo, terrível e assustador quando isso aparece às claras, sem disfarces. Os judeus podem resistir a esta organizada e desavergonhada perseguição? Existe uma maneira de preservar a sua auto-estima e não se sentirem indefesos, abandonados e infelizes? Eu acredito que sim. Ninguém que tenha fé em Deus precisa se sentir indefeso, ou infeliz. O Jeová dos judeus é um Deus mais pessoal que o Deus dos cristãos, muçulmanos ou hindus, embora realmente, em sua essência, Ele seja comum a todos. Mas como os judeus atribuem personalidade a Deus e acreditam que Ele regula cada ação deles, estes não se sentiriam desamparados.

Se eu fosse judeu e tivesse nascido na Alemanha e merecido a minha subsistência lá, eu reivindicaria a Alemanha como o meu lar, do mesmo modo que um "genuíno" alemão o faria, e desafiaria qualquer um a me jogar na masmorra; eu me recusaria a ser expulso ou a sofrer discriminação. E fazendo isso, não deveria esperar por outros judeus me seguindo em uma resistência civil, mas teria confiança que no final estariam compelidos a seguir o meu exemplo.

E agora uma palavra aos judeus na Palestina:

Não tenho dúvidas de que os judeus estão indo pelo caminho errado. A Palestina, na concepção bíblica, não é um tratado geográfico. Ela está em seus corações. Mas se eles devem olhar a Palestina pela geografia como sua pátria mãe, está errado aceitá-la sob a sombra do belicismo britânico. Um ato religioso não pode acontecer com a ajuda da baioneta ou da bomba. Eles poderiam estabelecer-se na Palestina somente pela boa vontade dos palestinos. Eles deveriam procurar convencer o coração palestino. O mesmo Deus que rege o coração árabe, rege o coração judeu. Só assim eles teriam a opinião mundial favorável às suas aspirações religiosas. Há centenas de caminhos para uma solução com os árabes, se descartarem a ajuda da baioneta britânica.

Como está acontecendo, os judeus são responsáveis e cúmplices com outros países, em arruinar um povo que não fez nada de errado com eles.

Eu não estou defendendo as reações dos palestinos. Eu desejaria que tivessem escolhido o caminho da não-violência a resistir ao que eles, corretamente, consideraram como invasão de seu país por estrangeiros. Porém, de acordo com os cânones aceitos de certo e errado, nada pode ser dito contra a resistência árabe face aos esmagadores acontecimentos.(5)

Deixemos os judeus, que clamam serem os Escolhidos por Deus, provar o seu título escolhendo o caminho da não-violência para reclamar a sua posição na Terra. Todos os países são o lar deles, incluindo a Palestina, não por agressão mas por culto ao amor.

Um amigo judeu me mandou um livro chamado A contribuição judaica para a civilização(6), de Cecil Roth. O livro nos dá uma idéia do que os judeus fizeram para enriquecer a literatura, a arte, a música, o drama, a ciência, a medicina, a agricultura etc., no mundo. Determinada a vontade, os judeus podem se recusar a serem tratados como os párias do Ocidente, de serem desprezados ou tratados com condescendência.

Eles podiam chamar a atenção e o respeito do mundo por serem a criação escolhida de Deus, em vez de se afundarem naquela brutalidade sem limites.(7) Eles podiam somar às suas várias contribuições, a contribuição da ação da não-violência.
Colaboração da amiga Ieda Raro.

PREVISÃO ANIMADORA

29/12/2008

Lupi prevê criação de 1,5 milhão de empregos em 2009


Por Redação, com ABr - de Brasília


Depois de registrar em novembro a primeira queda mensal em cinco anos, o nível de emprego com carteira assinada subirá pouco em dezembro, janeiro e fevereiro para se recuperar somente em março.

A avaliação é do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que prevê a criação de 1,5 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no próximo ano, apesar do agravamento da crise financeira internacional.

Mesmo sendo uma estimativa inferior à de 2 milhões de postos criados em 2008, o ministro se disse otimista em relação ao desempenho do mercado de trabalho em 2009. Segundo ele, a posse de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos provocará a retomada do crescimento econômico no Brasil a partir do final do primeiro trimestre do próximo ano.

- Em 2009, deveremos ter um crescimento forte por causa do efeito Obama, a partir de março. Acho que os Estados Unidos já passaram pelo pior momento, e tudo o de pior que poderia acontecer para a economia brasileira já aconteceu - afirmou o ministro em um encontro com jornalistas nesta segunda-feira, em que apresentou as perspectivas para o mercado de trabalho no próximo ano.

Para o ministro, a expansão da economia brasileira em 2009 será de 4,5%. A estimativa é maior que os 4% projetados pelo Ministério da Fazenda e os 3,2% previstos no Relatório de Inflação divulgado na semana passada pelo Banco Central.

De acordo com o ministro, um dos indícios de que o crescimento está sendo retomado foram os dados do comércio durante o Natal, que constataram aumento real (descontada a inflação) de 3,5% nas vendas, na comparação com dezembro de 2007.

- É importante lembrar que o crescimento ocorreu em cima do melhor nível da história - destacou.

As liquidações do início do ano, acrescentou o ministro, contribuirão para que as vendas subam ainda mais nos próximos meses.

- Acredito que o crescimento vai chegar a 6% porque tem as liquidações agora, com muita gente comprando - concluiu Lupi

NUNCA SE FEZ TANTO PELA EDUCAÇÃO

29/12/2008 -

Lula assina lei dos Ifets que muda nome de escolas técnicas e promete mais vagas gratuitas

Da Redação
Em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (29) o projeto de lei dos Ifets (Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia).

Oficialmente, anuncia-se a criação de 38 institutos. Na prática, escolas técnicas e Cefets (Centro Federais de Educação Tecnológica) tiveram os nomes mudados e começarão 2009 sob nova denominação. Em São Paulo, por exemplo, o Cefet-SP passa a se chamar Ifet-SP.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), a nova organização facilitará a articulação entre as escolas técnicas, agrárias e o centros de educação tecnológica.

O ministro da pasta, Fernando Haddad, prometeu também ampliar para 311 as unidades de ensino tecnológico no país até 2010. Atualmente, há 168 em funcionamento. As vagas também deverão saltar de 215 mil para 500 mil, segundo o ministério.

Metade das vagas dos institutos será destinada ao ensino médio integrado ao profissional.

Na educação superior serão abertos novos cursos de engenharia e bacharelados tecnológicos, que contarão com 30% das vagas. Outros 20% serão destinados para licenciaturas em ciências da natureza, para suprir o déficit de professores nas áreas de física, química, matemática e biologia.

O projeto de lei também prevê cursos para 1.066 servidores e professores dos Ifets, ministrados pela UnB (Universidade de Brasília). As aulas abordarão desenvolvimento e registro de patentes.

Os Ifets fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e terão autonomia para criar e extinguir cursos e também registrar diplomas dos cursos oferecidos, nos limites de sua área de atuação territorial.

QUEM É O PAI DE PRISCILA KRAUSE(DEM-PE)?

O que Krause tem a ensinar a Jungmann?

Krause(E) e Jungmann(D), em charge da época em que eram ministros de FHC
e usavam jatinhos da FAB para viagens particulares

A assessoria do deputado federal Raul Jungmann, pré-candidato do PPS/PV à Prefeitura do Recife, divulgou que ele terá um encontro hoje pela manhã com o ex-prefeito e ex-governador Gustavo Krause (DEM). O encontro faz parte da série de entrevistas que Jungmann vem realizando com os ex-prefeitos da cidade. Mas fico me perguntando o que mesmo Jugmann imagina que pode aprender com Krause.

Krause certamente não tem como ensinar ninguém a ganhar eleição. Foi prefeito do Recife, é verdade. Mas sem ter sido eleito por voto popular, já que ganhou o cargo de presente da ditadura militar (entre 1979-1982). Governador só chegou a ser durante menos de um ano porque era vice de Roberto Magalhães, que renunciou para disputar o Senado em 1986 e, por sinal, levou bomba dos candidatos apoiados por Arraes, Mansueto de Lavor e Antônio Farias.

Krause também não deve dar muita contribuição sobre como gerir a cidade. Puxei o que pude pela memória e não lembrei de uma única obra ou programa lançados por ele como prefeito biônico ou governador tampão. Foi meu amigo Pierre Lucena que me lembrou da grande marca da gestão Krause: o estacionamento no complexo Joanna Bezerra, cuja funcionalidade dispensa maiores comentários. ESTE ESTACIONAMENTO, QUE HOJE CUSTARIA MAIS DE 30 MILHÕES DE REAIS, É UM VERDADEIRO REDUTO DE BANDIDO (Destaque nosso).

Enfim, um encontro que tende a ser inútil.

Pensando bem, tem um assunto que Jungmann pode conversar por horas com Krause: como conhecer o Brasil sem gastar um centavo. Ambos foram denunciados por uso dos jatinhos da FAB para fins particulares quando eram ministros de FHC (Reforma Agrária e Meio Ambiente, respectivamente). Pelo que eu saiba, não deu em nada.
Fonte:Acerto de Contas.
Comentário.
Pois bem, a grande inimiga do Parque Dona Lindu é Priscila Krause, filha de Gustavo Krause.Digam-me:Que moral tem essa patricinha para cobrar dos outros o bom uso dos recursos públicos?

BOA NOITE

RIDÍCULO!

Meia dúzia de gato pingado, tendo a frente a vereadora Priscila Krause(DEM-PE), participou, hoje à tarde, de uma manifestação contra a construção do Parque Dona Lindu, que será inaugurado amanhã, com a presença do estadista Lula. Segundo Priscila, a manifestação teve por objetivo paralisar as obras do citado parque que, no seu entendimento, custou caro para a sociedade recifense. Ora, ora esses DEMOS são ridículos. César Maia gastou R$ 600 milhões de reais com a Cidade da Música e esses corruptos ficaram caladinhos, não deram um pio.Agora, com uma obra que custou 20 vezes menos a da Cidade da Música, esses vagabundos querem reclamar.Ô bando de desocupados vão arranjar uma lavagem de roupa, vão!

EM BUSCA DE UM NOVO PAPEL



Redação CartaCapital


A crise que atinge o Brasil é a mesma que varre os mercados financeiros de todo o mundo, mas as medidas a ser adotadas não precisam mais seguir a cartilha neoliberal. Essa foi a conclusão unânime dos economistas reunidos em Curitiba no seminário Crise: Rumos & Verdades, entre 7 e 11 de dezembro. Reduzir a exposição às turbulências internacionais, estabilizar o câmbio, reforçar o consumo interno e os investimentos públicos foram algumas das medidas destacadas como fundamentais para o País emergir do cenário atual em condições de assumir um papel relevante na ordem econômica global.

“Temos de articular uma frente para manutenção dos investimentos públicos e privados, para empurrar o Brasil para a frente”, defendeu o ex-presidente do BNDES Carlos Lessa, um dos debatedores do evento. Para isso, ele propôs uma combinação entre projetos de infra-estrutura com o estímulo à exploração das novas reservas de petróleo, mesmo que seja necessário utilizar mais recursos fiscais. “O mundo globalizado em crise desmonta as muralhas tecnológicas. Temporariamente, é possível transpor uma série de barreiras e construir uma nação capaz de integrar os brasileiros aos benefícios da modernidade”, sugeriu.

O senador Aloizio Mercadante exibiu dados que mostram o Brasil mais bem preparado para enfrentar a atual crise, com reservas superiores a 200 bilhões de dólares, dívida pública abaixo de 40% do PIB e um sistema financeiro pouco alavancado. Ao mesmo tempo, a economia vem crescendo a um ritmo médio de 4,8% nos últimos quatro anos, com avanços na distribuição de renda. “O Brasil tem condições de amenizar os impactos da crise e sair na frente. Mas é preciso audácia”, concluiu.

As discussões receberam uma injeção de realidade ao abrir espaço para representantes de entidades da indústria e do comércio. O presidente da Gradiente, Eugênio Staub, lembrou que o Brasil, diante da crise iniciada com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929, redefiniu o modelo de desenvolvimento e iniciou o processo de industrialização. “O governo federal, com coragem, comprou sacas de café e queimou, quando o produto perdeu o valor. Equivaleria a destruir 1 milhão de carros hoje. É uma piada, mas mostra a importância de pensar livremente, aproveitar as oportunidades”, afirmou.

O presidente do Grupo Positivo, Oriovisto Guimarães, disse ser quase impossível gerir a fabricante de computadores com as atuais oscilações cambiais. “Vamos participar de uma licitação para fornecer 170 mil máquinas ao governo federal e temos de fechar o preço em reais. Como eu fecho essa conta, se os componentes são importados?”, provocou. A empresa, de acordo com o executivo, é dona de uma fatia do mercado nacional maior do que a soma das gigantes mundiais Dell e HP.

Lessa alertou para a formação de uma bolha interna no Brasil, a partir dos empréstimos e financiamentos concedidos a uma parcela da população que não tinha acesso ao crédito. “Esse movimento ocorreu em cima do crescimento do emprego e da renda, mas as famílias estão perto do limite do endividamento. Enquanto a economia cresce, vai tudo bem”, descreveu.

Para o diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), João Sicsú, a grande parcela carente da sociedade brasileira deve ser vista não como um risco adicional, mas como uma oportunidade de superar a crise. “O que nós temos de negativo pode se transformar em positivo. A saída para manter a economia brasileira em ritmo de crescimento no próximo ano é ampliar o valor e a cobertura dos programas sociais. Isso é dinheiro colocado na mão de quem tem alta propensão a consumir”, afirmou.

Sicsú destacou a velocidade dos investimentos e da geração de empregos no País nos últimos anos. Uma forma de mostrar que, se os custos trabalhistas não foram empecilho para as contratações em um momento de atividade aquecida, tampouco a redução de direitos dos funcionários deverá evitar as demissões caso a crise se agrave. “É preciso que a economia volte a se movimentar, e quem pode fazer isso acontecer é o governo, ao socorrer o setor privado”, defendeu.

O economista da UFRJ Reinaldo Gonçalves criticou o viés contracionista nos gastos do governo, apontando o encolhimento do Estado como uma atitude diametralmente oposta ao que tem sido feito no restante do mundo. “A taxa de juros baixou no mundo todo e aumentou na fonte no Brasil. O spread foi de 300 para quase 600 pontos. Além da covardia e incompetência, há políticas contrárias ao que um protocolo internacional de enfrentamento de crises recomenda”, afirmou.

“É uma ilusão pensar que é possível crescer e se desenvolver sem a presença decisiva do Estado”, completou o professor da Unicamp Wilson Cano. O professor afirmou que o momento é o ideal para dar início a um amplo plano de soberania nacional, de longo prazo, com ênfase na solução de deficiências em áreas como habitação, saneamento básico, transporte, saúde e educação. “Desenvolvimento econômico não é restrito ao campo da economia, pertence em grande parte à política”, acrescentou.

O papel do governo na adoção de medidas contra a crise também deu a tônica da participação do presidente do Ipea, Marcio Pochmann, no debate. O economista defendeu instrumentos capazes de ir além do aumento de gastos públicos e regulação propostos pelo modelo keynesiano. “Tais medidas não serão suficientes, como foram em 1929. Precisamos de ações que superem o espaço nacional, e nesse sentido o Brasil poderia ser protagonista de políticas no âmbito da América Latina. Espera-se que o País assuma esse papel, assim como outros presidentes tentam fazer noutras regiões do mundo”, afirmou.

Pelas projeções do Ipea, o Brasil não só escapará da recessão em 2009 como deverá fechar o próximo ano com crescimento de 2,8%, na esteira do avanço da economia acumulado em 2008. “Haverá efeitos sociais. Se crescermos abaixo de 4,5%, não vamos gerar empregos para os que chegam ao mercado, tampouco teremos condições de ocupar os 8,5 milhões de desempregados”, explicou Pochmann. O economista vê espaço para ações na área fiscal para amenizar o impacto da crise sobre a população. “Uma carga tributária menor para os mais pobres aliviaria o peso da crise.”

As discussões foram acaloradas e as idéias as mais variadas, mas o professor da Unicamp Ricardo Carneiro encontrou o ponto em comum nas mesas de debate. “Somos todos desenvolvimentistas”, afirmou. “Depois de fazer o esforço necessário para retomar o crédito e reduzir a especulação cambial, precisaremos pensar em frentes de expansão. Acabou, para além da ideologia, a idéia de que o setor privado vai levar o processo de desenvolvimento”, defendeu o economista. “Vamos enfrentar uma batalha comercial nos próximos anos, que terá como alvo os países com grande mercado interno.”

Totalmente transmitidas pela TV Educativa do Paraná e também via internet, as discussões do seminário prosseguem via internet, no site www.crise.pr.gov.br, aberto para idéias e sugestões relacionadas aos temas propostos. O cidadão comum também poderá enviar perguntas sobre finanças pessoais relacionadas à crise.

VOZ DA CORRUPÇÃO

Voz da oposição

Senador diz que irá questionar MP do Fundo Soberano

Em entrevista concedida para a Rádio Senado, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) confirmou que o seu partido junto com os Democratas deve entrar, nesta segunda-feira (29/12), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Medida Provisória 452/08 no Supremo Tribunal Federal. A MP autoriza a União a emitir títulos da dívida pública para compor o Fundo Soberano do Brasil. As informações são da Agência Senado.

Para o senador, a MP desrespeita decisão do Congresso Nacional, que excluiu a alocação de recursos para o FSB quando da votação do Orçamento para 2009. A MP, que prevê mecanismo para destinação de verbas ao Fundo, foi editada na última sexta-feira (26/12), mesmo dia da publicação no Diário Oficial da lei que criou o Fundo Soberano.

“O governo não conseguiu aprovar o Orçamento com o Fundo Soberano. Conseguiu, após muita disputa, aprovar a criação do Fundo, mas sem os recursos. Portanto, a MP é um abuso das prerrogativas do Executivo”, frisou Azeredo, ao condenar o excesso de Medidas Provisórias.

Azeredo lembra que o Fundo Soberano foi idealizado em uma situação diversa da atual, antes da crise financeira internacional, quando o país contava com recursos para compor poupança por meio do FSB. Para o senador, o próximo ano irá exigir a ampliação de investimentos públicos, conforme destinações previstas no Orçamento da União aprovado pelos parlamentares.

“A democracia pressupõe representação popular. Não podemos deixar que exista uma hipertrofia do Executivo em detrimento da representação exercida pelo Congresso”, disse Azeredo.

Conforme explicações de Azeredo, para a oposição é abusiva a edição da MP, que fere a Constituição.

Revista Consultor Jurídico, 29 de dezembro de 2008
Comentário.
É triste ver essa imprensa imunda dar voz para um corrupto como este Azeredo dizer besteira.E ainda tem o desplante de dizer voz da oposição. Voz da oposição uma ova, VOZ DA CORRUPÇÃO.

HUMILDADE É ISSO AI


Lula: Brasil em 2008 teve 'um ano bom'


Por Redação - de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira, que o governo anunciará em janeiro novas medidas para combater os efeitos da crise financeira global. Segundo o presidente, 2009 será um ano de muito trabalho, que exigirá muita disposição do governo, da sociedade e do empresariado. Lula reconheceu que a economia do país poderá crescer menos do que o previsto, mas destacou que o Brasil continuará avançando e gerando empregos.

A meta do Executivo é obter um crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), mas o Orçamento prevê uma alta de 3,5%. O mercado tem estimativas ainda menores.

– Até o dia 20 de janeiro nós deveremos apresentar outras propostas de incentivo ao crescimento econômico. Nós não vamos ficar esperando a crise abalar o Brasil. Nós vamos trabalhar para que essa crise não cause os efeitos perversos aqui no Brasil que está causando no Japão e nos Estados Unidos, com milhões de desempregados – disse Lula em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente.

Citando a força do mercado interno e a maior capacidade do país de enfrentar crises externas, o presidente sublinhou que os brasileiros precisam ter "fé" e "esperança", além de começar 2009 com a "cabeça erguida". Lula voltou a dizer que o Brasil deve encarar a crise como uma oportunidade para fazer o que ainda não realizou.

– O que o Brasil será em 2010 vai depender do que a gente tenha capacidade de fazer em 2009 – afirmou.

O presidente fez também um balanço de 2008. Para Lula, o saldo foi positivo, pois, apesar de enfrentar dificuldades no último trimestre devido à falta de crédito no mundo, a economia doméstica cresceu e gerou empregos.

– O Brasil teve um ano, eu diria, bom. Não vou dizer ótimo, mas um ano bom – concluiu.

Desabrigados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou ainda que o governo “fez tudo o que estava ao seu alcance” para atender às vítimas das enchentes e dos deslizamentos de terra em Santa Catarina, devido à chuva dos últimos meses. Até sábado, 136 pessoas morreram no Estado. Lula também garantiu que vai continuar trabalhando em parceria com governo estadual e com as prefeituras das cidades atingidas. O objetivo, segundo ele, é ajudar o povo catarinense a se reerguer e a “levantar a cabeça”.

– Temos que trabalhar mais fortemente para recuperar o estado de Santa Catarina e também os outros estados que foram vítimas de enchente – disse.

O presidente afirmou ainda que é preciso começar o ano de 2009 “de cabeça erguida e com disposição”.

– Acho que vai ser um 2009 de muito trabalho, de muita dedicação de todos os brasileiros, porque é o momento de nós entendermos que o Brasil depende única e exclusivamente da capacidade de seu governo, da capacidade de sua gente, da capacidade dos seus empresários. Se todos nós trabalharmos com essa convicção, teremos um bom 2009 – concluiu.

A OPOSIÇÃO AO BRASIL MERECE SER FUZILADA EM PRAÇA PÚBLICA


29/12/2008 -


Ideli critica oposição por tentar suspender os efeitos da MP do Fundo Soberano

Folha Online, em Brasília

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), criticou nesta segunda-feira a oposição por recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) na tentativa de suspender os efeitos da MP (medida provisória) do FSB (Fundo Soberano do Brasil). O DEM, PSDB e PPS preparam uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) questionando a liberação de R$ 14,2 bilhões via MP para o fundo.

"O fundo é um mecanismo importante em um momento como este que estamos vivendo de grave crise internacional. Portanto, a oposição, muito mais do que criar dificuldade deveria ter a concordância, a colaboração e a participação para que tenhamos todos os mecanismos necessários e suficientes para fazer com que o Brasil sofra o mínimo possível com a crise internacional", disse Ideli, após participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto.

Para a petista, a oposição sairá frustrada com a decisão da Suprema Corte em relação à Adin contra a MP do fundo. "A oposição tem legitimamente o direito de recorrer ao Supremo, mas não acredito que o Supremo dê guarida aquilo que a oposição quer fazer, mas temos que aguardar", disse Ideli.

O texto da MP define que o Tesouro Nacional poderá emitir títulos da dívida pública mobiliária federal para garantir recursos ao FSB. Segundo a medida, o governo deve de R$ 14,2 bilhões. Esse dinheiro deverá ser aplicado em infra-estrutura, além de saneamento básico.

Para a oposição, a medida é inconstitucional porque não indica de onde virão os recursos para formar o fundo. Os partidos de oposição também questionam a suposta descaracterização da MP do texto anterior aprovado pelo Congresso. Para os oposicionistas, um dos objetivos da medida é o Executivo se sobrepor ao Legislativo.

Comentário.

O que a oposição pretende fazer contra o Brasil não tem cabimento. Numa hora dessas esses políticos da oposição deveriam dar apoio ao governo Lula para preservar o Brasil dos efeitos drásticos dessa crise Mundial. Mas não, esses corruptos escolheram, para ferrar o Brasil, o caminho da oposição irresponsável, antipatriota, mesquinha.Esse bando de urubu merece ser fuzilado em praça pública.E não me venha dizer que o PT fazia a mesma coisa durante o governo FHC.É mentira! Se o PT fizesse o que a oposição faz ao governo Lula FHC não teria aprovado 37 Emendas à Constituição, dentre elas a Emenda da reeleição.Se o PT fizesse o que faz a oposição ao governo Lula FHC não teria abafado todas as CPIs que se tentou abrir durante seu nefasto e corrupto governo.

SUPERANDO O ASSISTENCIALISMO

Segunda-Feira, 29 de Dezembro de 2008

''Nós estamos superando o assistencialismo''

Patrus Ananias: Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; ministro rejeita tese de que o Bolsa-Família tem caráter eleitoreiro, mas reconhece que programa pode render votos

O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, reconhece que programas como o Bolsa-Família, que atende a 11 milhões de famílias e distribui cerca de R$ 11 bilhões por ano aos beneficiários, tem influência no resultado das eleições. "Bons programas rendem bons votos", diz o ministro. Ao mesmo tempo, porém, ele rechaça as insinuações feitas por partidos de oposição de que o programa tem caráter eleitoreiro.

Quem entra ou sai do programa, ressalta Patrus, o faz com base em critérios objetivos e transparentes, livres de qualquer interferência de natureza político-eleitoral. E o Ministério Público, diz ele, fiscaliza não apenas o Bolsa-Família, mas todos os programas sociais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro argumenta que, se antes o País enfrentava o coronelismo, agora o Estado concede um benefício "para as pessoas para que elas votem em quem e como quiserem". E assegura que nunca o governo fez nenhum contato político ou encaminhou uma única carta a qualquer dos beneficiários do programa.

O petista garantiu que a crise financeira internacional não vai prejudicar os investimentos do governo no Bolsa-Família. Mais do que isso, ele diz ver no programa uma ferramenta para enfrentar e superar essa turbulência, por contribuir para a formação de um "mercado interno de consumo forte".

Patrus revela ainda que, no País, persiste uma situação que contraria o conceito de cidadania, que é a da existência de 4 milhões a 5 milhões de pessoas que não têm a certidão de registro civil, o que significa dizer que legalmente não existem. "Essas pessoas não estão contabilizadas, não existem oficialmente", afirma o ministro.

Por não possuírem documento, elas não podem participar do Bolsa-Família. O governo sairá atrás delas.

Os partidos de oposição dizem que o Bolsa-Família reelegeu o presidente Lula, deu força à base, nas eleições de outubro, e certamente fortalecerá o candidato governista na eleição presidencial de 2010. O Bolsa-Família é eleitoreiro?

Claro que um governo que cumpre compromissos, que demonstra seriedade, competência, que melhora a vida dos pobres e, ao mesmo tempo, estimula, como fazemos, as atividades empresariais, tende a ter um reconhecimento da população mesmo. Vamos ser claros quanto a isso.

Então o senhor admite que o Bolsa-Família rende votos?

Qualquer coisa que você faça tem repercussão. Faz parte do processo democrático. Bons governos tendem a ser bem avaliados, receber bons votos. Mas não tem nada de eleitoreiro. A rede de proteção e de promoção social, a assistência social, a segurança alimentar e nutricional, a transferência de renda e a política de geração de trabalho e de renda e qualificação profissional colocam-se no campo das políticas públicas dos direitos. Estamos superando no Brasil o assistencialismo, o clientelismo, os pobres de cada um, o quem indica. Isso sim, é eleitoreiro. A imprensa divulgou logo depois das eleições que o Bolsa-Família não influenciou em nada na eleição de quem quer que seja. É um fato. As pessoas não entram nem saem do programa porque apóiam o governo. Elas entram e saem do programa segundo critérios juridicamente normatizados, objetivos, transparentes. Temos parceria com o Ministério Público para que a fiscalização ocorra em todos os municípios brasileiros em relação aos nossos programas, principalmente o Bolsa-Família. Há ações da Controladoria Geral da União e dos tribunais, trabalhamos com as prefeituras e governos estaduais, de todos os partidos. Nós estamos é avançando em relação à tradição no Brasil que conhecemos bem, que é a do voto de cabresto, do coronelismo, da troca de favores. Agora não, é o Estado dando benefício para as pessoas para que elas votem em quem e como quiserem. Nós nunca mandamos uma carta para um beneficiário do Bolsa-Família e nunca fizemos qualquer tipo de contato político. Os contatos são absolutamente legais com relação aos direitos e deveres do programa.

A crise econômica global pode afetar o Bolsa-Família?

Não. A rede de proteção e promoção social que estamos implantando no Brasil é importante para enfrentarmos e superarmos a crise. Porque, através dela, nós estamos ampliando no Brasil um mercado interno de consumo forte. Por intermédio de programas como o Bolsa-Família e outros é possível injetar recursos nas classes mais pobres, para pessoas que nunca compraram, ou compraram muito pouco. Elas estão consumindo bem em serviços básicos e, com isso, estimulando muito as economias locais, regionais, o comércio local, pequenas indústrias, arranjos produtivos locais, gerando empregos. Chama a atenção o fato de que acabaram as vendinhas do interior, elas foram substituídas por pequenos supermercados de periferia. As pessoas estão comprando mais material escolar, medicamentos, melhorando suas casas, condições de vida, comprando bens básicos, fogões, geladeiras, instrumentos necessários para garantir a segurança alimentar e nutricional. Nesse sentido, a rede de proteção social, além de suas dimensões éticas e humanas, que pressupõem o direito à alimentação com regularidade, tem também um efeito econômico e prático, que garante a sustentabilidade e o crescimento econômico do País.

Quantas pessoas são hoje atendidas pelo Bolsa-Família? E quanto é pago?

Atendemos em torno de 11 milhões de famílias. Ao todo, com todos os programas, 60 milhões de pessoas. Mensalmente, são R$ 915 milhões; anualmente, R$ 11 bilhões.

O Bolsa-Família já está universalizado?

Em linhas gerais, sim. Mas temos ainda algumas margens. Hoje temos um problema sério, que é o número significativo de pessoas que não têm registro civil. Elas não existem civilmente. Portanto, não recebem benefícios a que teriam direito.

Quantos são?

Alguns falam em 4 milhões, 5 milhões de pessoas. É um cálculo aproximado. Estas pessoas não estão contabilizadas. Não existem oficialmente.

E como será resolvida a situação dessas pessoas?

Estamos trabalhando com a Secretaria dos Direitos Humanos para levar o registro a todas as pessoas. É uma ação integrada, com a participação dos ministérios da Justiça, da Saúde, da Educação, da Defesa, porque estamos envolvendo o Exército, para ver se a gente consegue descobrir onde estão e quem são essas pessoas que ainda vivem nessa situação. Além disso, há pessoas que têm todos os documentos, mas o acesso a elas é difícil. Na Amazônia, por exemplo.

Há críticas quanto ao fato de o Bolsa-Família não ter uma proposta clara para que os beneficiários possam melhorar a renda e sair do programa.

Uma de nossas prioridades é a política de geração de emprego e renda. Fazer com que as pessoas que estamos atendendo, às vezes comunidades inteiras, como os quilombolas, possam ir ganhando gradativamente a sua autonomia.

E o que tem sido feito?

Estamos trabalhando em conjunto com a Câmara Brasileira da Construção Civil para capacitar 185 mil beneficiários do Bolsa-Família para as oportunidades que estão sendo geradas pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Vão trabalhar nas capitais, nas regiões metropolitanas. Hoje, com nosso cadastro único, temos o mapeamento da pobreza no Brasil. Atualizamos constantemente esse cadastro. Estamos desenvolvendo, no cadastro, as características das famílias, como escolaridade, condições de moradia, o maior número possível de dados. Isso nos possibilita identificar, pelo cadastro, quais as pessoas que, acionadas, podem aproveitar o mais rapidamente possível as oportunidades que estão surgindo com o PAC. Também vamos fazer convênios com grandes empresas para capacitar pessoas. Já temos convênio com a Norberto Odebrecht para capacitar famílias que vão trabalhar na hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. Ela vai custear a capacitação. E não vai exigir que as pessoas sejam vinculadas à empresa. Capacitará pessoas que possam eventualmente trabalhar em outras empresas também. Também trabalhamos para a formação de micro e pequenos empreendedores, integração das pessoas com as atividades vinculadas às cadeias produtivas locais e regionais.


Quem é:
Patrus Ananias

Professor de Direito, mestre em Direito Processual pela PUC-MG e doutorando em Filosofia pela Universidade Complutense
de Madrid

Ex-prefeito de Belo Horizonte e o deputado mais votado
da história em Minas

ÓTIMA NOTÍCIA PARA FINDAR O ANO

29/12/2008 -

IGP-M recua 0,13% em dezembro

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,13% em dezembro e fechou o ano com alta de 9,81%, mostraram dados divulgados nesta segunda-feira.

A alta do ano ficou acima do registrado em 2007, quando o IGP-M subiu 7,75%. Em novembro, o IGP-M teve alta de 0,38%.

De acordo com os dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo cálculo do indicador, o Índice de Preços por Atacado (IPA) caiu 0,42% em dezembro, depois de ter subido 0,3% no mês anterior.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 0,58%, ante ganho de 0,52% em novembro, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,22%, uma desaceleração frente ao avanço de 0,65% apurado no mês anterior.

O IGP-M de dezembro foi calculado com base na variação dos preços entre os dias 21 de novembro e 20 de dezembro.

(Reportagem de Renato Andrade)

domingo, 28 de dezembro de 2008

CINCO MESES DO TERROR DO NORDESTE



Hoje o Terror completou pouco mais de cinco meses de existência.

A primeira postagem do Terror foi publicada no dia 26 de julho de 2008.

Cinco meses de vida. Quase 29 mil acessos, isso é muita coisa, gente! Mesmo tirando meus 28 mil acessos, ainda assim é muita coisa. Com a ajuda de vocês hei de de chegar a meta traçada por mim: 5 milhões de acessos, nem que para isso eu viva mais três gerações.Reinaldo Azevedo, Ricardo Nobalt que se cuidem!

Fui duro chegar aqui. É muito difícil conciliar o trabalho com a atualização do blog. Para enfrentar este desafio me socorro de uma frase que li, faz muito tempo, tanto tempo que esqueci o nome do autor, que dizia mais ou menos assim: FALTA DE TEMPO É A DESCULPA DAQUELE QUE NÃO TEM TEMPO POR FALTA DE MÉTODO.

Com base nesse ensinamento, ganho força e vou tocando o blog, quase todos os dias. E, como disse meses atrás, só paro de escrever (bobagem ou não) aqui no que dia que o Google mandar o valor da fatura para eu pagar a utilização do espaço ou no dia que eu não confiar nos homens públicos e nos partidos que hoje confio, principalmente em Lula e no PT.Enquanto estes fatos não vêm, segue o baile.

É prazeroso falar mal de tucanos, DEMOS e suas linhas auxiliares: o PPS e o PV. Sempre é bom repercutir matéria não vista no PIG, dá destaque a uma matéria publicada no rodapé dos sites do Imprensalão. Nada melhor que garimpar notícia na net dos partidos envolvidos com corrupção. Quando é do PT não tenho trabalho, pois a matéria sai em letras garrafais, inclusive com a filiação parentesca do petista envolvido, sai o nome do pai, mãe, filho, avô, neto, avó. Mas quando é da oposição, pense no trabalhão!

É imprescindível dizer que este blog não seria nada se não fosse a participação de meus quase 100 amáveis leitores, que não arredam o pé, que acreditam numa mídia independente, como a que é feita aqui. Pode-se acusar o Terror de tudo, menos que ele é parcial, longe de mim este comportamento.

Também é imprescindível dizer que esse blog não seria nada se não fosse o apoio de Oni Presente, Desabafo Brasil, Saraiva, Língua de Trapo, Cloaca News, o PTrem das Treze, Por Um Novo Brasil, Brasil Mostra a Tua cara, Eu quero Falar, o Esquerdopata, Blog do Jurandi, Blog do Espaço Interesse Nacional, Blog do Anselmo Raposo, Briguilino, Tribuna Petista, Blog do Magrello, blog do Magno, Blog Comando Jovem Petista, Blog Exército Comunista, John Cutrim, o Correio da Elite, República Vermelha, que se encontra, no momento, fora do ar, mas que em breve voltará.

É importante destacar também o esforço dos meus colaboradores exclusivos Nancy Lima e João Sérgio, que, por sinal, anda desaparecido. Vai ver que ele está correndo o Brasil todo com o abaixo-assinado contra o projeto de lei do senador Eduardo Azeredo.Sem eles, certamente, este blog não sobreviveria.

Por fim, obrigado a todos.

Um abraço bem grande do Terror.

LULA VEM AO RECIFE INAUGURAR PARQUE

Lula volta ao Recife para inauguração do Parque Dona Lindu




Do JC OnLine , 28/12/2008

O presidente Lula volta ao Recife nesta terça-feira (30) para participar da solenedidade de inauguração da primeira etapa do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A obra foi batizada com o apelido pelo qual a mãe do presidente, Eurides Melo, já falecida, era chamada. Depois do evento, Lula segue com uma pequena comitiva – formada por familiares e assessores – para a Ilha de Fernando de Noronha, onde vai passar o Réveillon e descansar até o dia 2. Em seguida, vai para Aratu, na Bahia.

A inauguração do parque sofreu alteração no horário, que mudou das 14h30 para as 10h, em função da agenda de Lula. Ele desembarca na capital às 9h30 e segue direto para o parque. A primeira etapa da obra entregará à população brinquedos infantis, pistas de skate, cooper e caminhada, equipamentos para ginástica e quadra esportiva. Até março de 2009, a prefeitura promete o restante - dois prédios onde funcionarão o teatro e a sala para eventos. Alceu Valença, o maestro Forró, da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, e a violonista Diana Paiva, 15 anos, são as atrações confirmadas para a festa.

POLÊMICA - O parque é assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, 101 anos, e tem 27 mil metros quadrados de área. Desde o início do projeto, a obra, que custou R$ 29 milhões à prefeitura, gerou polêmica e foi usada como arma pela oposição para criticar a gestão do prefeito João Paulo (PT).

Comentário.

O que o PIG não disse.

"O projeto de Niemeyer inclui ciclovia, pistas para cooper e skate, quadra poliesportiva, playground, áreas para descanso e ginástica. Haverá também teatro, pavilhão para exposições, restaurante, sanitários, fraldário e central técnica.

O Parque Dona Lindu ocupará um terreno cedido pelo Governo Federal, no governo Lula, e situado entre as avenidas Boa Viagem e Visconde de Jequitinhonha. O local, antes pertencente à Aeronáutica, estava destinado à construção de mais espigões na orla de Boa Viagem.

Agora, a área terá, além de gramado, 3 mil espécimes vegetais, entre elas palmeiras, coqueiros, ipês roxos, paus-brasil, acácias cubanas, craibeiras, felícios, lagestromias, paus-de-formiga, mororós, jasmins, filodendronias, guiambês, orelhas de onça, clúsias, ciças, lírios, panamás vermelho e rosa, ixoras, açucenas e barras de serpente. Os 60% de área verde equivalem a 16.300,20 m², enquanto que a área construída chega a 6.280.65 m².

O Parque Dona Lindu abrigará também um moderno teatro coberto, com capacidade para 540 espectadores e palco reversível, com paredes que poderão abrir para a área externa. Em outra construção, o Parque terá dois salões de exposições, sendo um no térreo e outro no mezanino. Um restaurante completa o centro de lazer e cultura contido no Parque Dona Lindu. O pátio que envolve as construções será entrecortado com faixas de grama, aumentando a área verde e evitando a impermeabilização do solo.

Haverá 327 vagas para estacionamento. No orçamento, estão incluídos a instalação dos equipamentos do teatro, como toda parte cênica, sonorização e tratamento acústico, poltronas e plataformas para garantir a acessibilidade das pessoas com necessidades especiais. Também está incluída toda a rede de proteção do parque, além do circuito fechado de TV que fará a segurança do local".

CAINDO JUNTO COM SEU GOVERNO


28/12/2008

Cesar Maia cai na festa de inauguração da Cidade da Música



Rio - Nesse sábado, durante a festa inaugural da Cidade da Música, Cesar Maia subiu ao palco da Sala Maestro José Siqueira para fazer um discurso e defender a construção da polêmica obra.Ao final, diante da platéia de convidados, o prefeito sofreu um tombo e ficou constrangido.


"Esse tombo foi programado para os fotógrafos. Assim eu posso sair de novo nas primeiras páginas dos jornais", justicou aos jornalistas, sem esconder o embaraço.

O prefeito encerra o seu terceiro mandado, deixando ao sucessor a missão de concluir as obras do projeto, que já custou R$ 518,4 milhões aos cofres púlbicos. A Cidade da Música é um espaço com sala para concertos e óperas, além de uma sala de música de câmara com 500 lugares, três cinemas, lojas, café, restaurante, sete salas de ensaio e mais dez salas de aulas.

Estima-se que para concluir o projeto a prefeitura deva investir mais R$ 40 milhões.

BOA NOITE

TRILHA SONORA DA CRISE E DA DECEPÇÃO AMERICANA



'Screw you Yahoo', a trilha sonora da crise e da decepçao americana16:46 Michelle Chappel é uma cantora, compositora e consultora para o mercado de internet que fez trabalhos para o Yahoo e agora resolveu desabafar através da música - "Screw you Yahoo" ("Dane-se, Yahoo") é um resumo do que vem acontecendo nos EUA e da decepçao das pessoas que perceberam que as ponto com americanas sao tao influenciáveis quanto qualquer outra corporaçao. Veja o vídeo, abaixo, em que Michelle vai mostrando as placas com os números de demissoes, entre outras informaçoes sobre a situaçao. Do Valleywag. 22/12 Luciana van Deursen Loew .Fonte:Blue Blus.