domingo, 28 de dezembro de 2008

CUBA ESTIMA CRESCIMENTO DE 6% EM 2009


sábado, 27 de dezembro de 2008

HAVANA (Reuters) - A economia de Cuba vai crescer 6 por cento no próximo ano, depois de ter vivido em 2008 um dos piores anos na história recente, disse neste sábado o ministro da Economia de Cuba, José Luis Rodríguez.

Ministros do governo, em discurso em uma reunião de fim de ano da Assembléia Nacional, admitiram que o prognóstico otimista para 2009 se baseou em planos que contêm mais estimativas do que o normal por causa da crise financeira que mergulhou a economia global na recessão.

Eles pediram disciplina fiscal para ajudar o país, de regime comunista, a atravessar dificuldades econômicas desencadeadas por um crescente déficit na balança comercial, causado pela elevação dos custos de importação e três furacões que infligiram ao país danos avaliados em 10 bilhões de dólares.

"O ano que está se encerrando foi sem dúvida um dos mais difíceis desde o início do período especial", disse Rodríguez, referindo-se aos anos de crise econômica que se seguiram ao colapso em 1991 da União Soviética, o principal benfeitor de Cuba.

Apesar das dificuldades, afirmou ele, a economia de Cuba cresceu 4,3 por cento em 2008 -- cerca de metade dos 8 por cento previstos pelo governo.

Os pontos altos incluem um aumento de 9,3 por cento no número de turistas, que passaram a 2,35 milhões de pessoas, e uma elevação de 7,2 por cento nas exportações de mercadorias e serviços. As autoridades também disseram que a produção de gás e petróleo cresceu 1,6 por cento.

Do lado negativo, os preços do níquel, principal produto de exportação de Cuba, caíram 41 por cento, o que custou à ilha a perda de 250 milhões de dólares em rendimentos previstos. Além disso, os preços dos produtos importados subiram 53 por cento, disse Rodríguez.

O déficit orçamentário para 2008 cresceu para um nível mais alto do que esperado, de 6,7 por cento sobre o PIB, disse a ministra das Finanças, Georgina Barreiro Fajardo.

Ao contrário de anos recentes, Rodríguez deu poucos detalhes sobre expectativas para 2009 e não especificou por que o governo prevê crescimento de 6 por cento.

"As perspectivas econômicas internacionais para 2009 apresentam características de grande complexidade", afirmou ele. "Consequentemente, o plano para 2009 foi esboçado com um alto nível de incertezas."

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