segunda-feira, 30 de abril de 2012

Eu tento me livrar de FHC, mas ele não deixa

Eu tento me livrar de FHC, mas esse safado não deixa.Quase todos os dias o PiG abre suas páginas para ele escrever merda.
Pois bem.Fernando Henrique Cardoso disse à Folha que a corrupção aumentou em relação ao que havia em seu governo. Em sua "faxina", a presidente Dilma Rousseff talvez não avalie o risco político que corre, afirma.

Só sendo brincadeira desse corno manso.

O Governo FHC foi o governo mais corrupto da história do Brasil.Foi no governo FHC onde ocorreram os mais maiores casos de roubo do dinheiro público, a começar pela privatização das teles, da Vale.O que foi roubado, via PROER( R$ 111,3 bilhões) do povo brasileiro não se encontra paralelo na história deste país.Some-se a isso, a roubalheira no antigo DNER, na SUDAM, na SUDENE. FHC  comprou vários deputados para aprovar a Emenda à Reeleição, teve seu governo envolvido até a medula com o TRT do bandido Lalau.FHC teve seu filho  filho, Paulo Henrique Cardoso, denunciado pelo Ministério Público de participação no epísódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.

E veja que tudo isso ocorreu mesmo sem seu governo ter sido investigado.


Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou uma falsa Controladoria-Geral da União, que não controlava nada, órgão que se especializou em abafar denúncias.

Mas não para por aí. O governo FHC não havia o Portal da Transparência, não havia uma Polícia Federal independente, havia um Procurador Geral da República que não apurava nada contra o governo, não havia uma CGU na forma como é hoje, que é implacável com os corruptos.

A despeito de tudo isso, ainda vem esse safado dizer que no seu governo houve menos corrupção.Menos corrupção uma ova! Ao contrário, como já dito, seu foi o governo mais corrupto da história do Brasil, muito mais que o governo Collor.O cara é tão ridículo que critica a faxina de Dilma, esquecendo que o lixo da corrupção no seu governo era jogado para baixo do tapete.Confira:

A CPI do Cachoeira e a credibilidade do Legislativo

Por Leonardo Avritzer


A instalação pelo Congresso Nacional da CPI para investigar os negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira com o sistema político e também outros atores privados é bem-vinda e pode significar um papel ativo do Legislativo no processo de combate à corrupção no Brasil. No entanto, dado o histórico das CPIs é interessante tomar alguns cuidados para que, ao final, ela não signifique mais um episódio de desgaste do Legislativo. Nas duas pesquisas sobre corrupção feitas pelo Centro de Referência do Interesse Público da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o CRIP, apareceram dois dados preocupantes em relação ao papel do Congresso Nacional no combate ao problema.


Quando perguntamos aos entrevistados se conheciam as iniciativas de combate à corrupção do Congresso, 61% responderam positivamente. Elas eram mais conhecidas, por exemplo, que as ações do Judiciário e de órgãos de controle como a Controladoria Geral da União (CGU). Mas quando perguntamos sobre a efetividade das ações do Legislativo no combate à corrupção, elas ocupavam o último lugar, atrás da Polícia Federal, Judiciário e da CGU. A percepção da opinião pública sobre as investigações de corrupção do Congresso Nacional é que as CPIs não são efetivas.


Quando nos perguntamos qual é o motivo desta disparidade entre conhecimento das CPIs e a baixa credibilidade da opinião pública quanto à sua efetividade, a resposta que parece expressar melhor esta atitude seria a da parcialidade das CPIs, constituídas pelo Congresso Nacional com base na representação dos partidos na Câmara e no Senado. Até aí nada de errado, na medida em que o princípio da soberania e do voto da maioria constitui o Legislativo e não se poderia esperar que não houvesse maiorias e minorias nas CPIs. No entanto, o problema das CPIs é que, em vez de investigar escândalos relevantes e apresentar relatórios bem fundamentados à opinião pública para propiciar a punição de malfeitos, elas rapidamente se transformam em espaços de disputas de poder entre governo e oposição. O governo quer investigar a oposição e a oposição quer investigar o governo. Além disso, há um insuportável processo de vazamento de informações que, frequentemente, atrapalha as investigações ainda em curso. No final, o Congresso tem a sua credibilidade manchada por estes comportamentos.


Este é o risco da CPI do Cachoeira. O que a opinião pública espera, é que ela utilize os instrumentos da legislação, a convocação, a quebra de sigilo bancário e até mesmo o uso de dados coletados pela Policia Federal, para explicar duas coisas: a influência do crime organizado no Congresso Nacional e a triangulação entre escutas telefônicas, imprensa e tráfico de influência em Brasília. Estes são os dois objetos que se espera sejam apurados em todas a sua extensão pela CPI. É verdade que a grande imprensa já apontou um outro foco para a comissão, a relação específica entre alguns políticos do governo e da oposição e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Limitar a CPI a este foco certamente terá consequências bastante deletérias para a reputação do Congresso Nacional.


A primeira delas é despertar um movimento de defesa e ataque entre governo e a oposição no momento em que forem examinadas as situações de políticos como Demóstenes Torres (ex-DEM, agora sem partido), de um lado, e Agnelo Queiroz (PT) de outro. Essa é a falsa polarização que a grande imprensa gostaria que ocorresse. De um lado, essa polarização dará visibilidade à CPI, mas às custas da perda ainda maior de credibilidade do Congresso. De outro lado, há em parte da grande imprensa a tentativa de retirar as relações entre a revista Veja e Carlinhos Cachoeira do foco da CPI. Acho extremamente importante evitarmos a polarização entre governo e oposição para não perdermos o foco da CPI. A verdadeira questão desta comissão de inquérito é como o crime organizado se articula, em especial, quais são os seus tentáculos no Congresso Nacional. Sabemos muito pouco sobre a relação entre o crime organizado e sistema político no Brasil, ainda que seja bastante comentada a informação de que o crime organizado é um dos grandes financiadores de campanhas pelo sistema político. É preciso investigar a veracidade destas informações e tornar o Legislativo menos vulnerável às incursões do crime organizado.


Em segundo lugar, interessa à opinião pública e à democracia no Brasil saber quais eram (ou são) as relações entre a revista semanal Veja e o esquema de escutas ilegais em Brasília. Interessa à opinião pública saber se esse era um lobby, se o lobby era apenas político ou também econômico. Interessa saber se escutas que foram publicadas pelo semanário paulista e que derrubaram administradores públicos que cobravam da construtora Delta revisões em obras mal feitas foram ou não remuneradas pela mesma construtora. E, se foram remuneradas, quem foi pago. A resposta a esta questão irá determinar a maneira como se entenderá a relação entre imprensa, transparência e democracia no Brasil. Se o Legislativo for capaz de responder a essas perguntas com coerência e transparência, ele tem toda a condição de recuperar parte da sua credibilidade e da credibilidade das CPIs.CartaCapital.


Para não esquecer:arapongagem da Veja foi obra de Cachoeira


Esse caneta da Veja vale muito menos que uma BIC falhando.Que cabra bandido da gota serena.



No ano passado, a revista Veja alardeou em uma matéria de capa a suposta interferência do ex-ministro José Dirceu, afastado do Planalto sob o impacto do “mensalão”, no governo Dilma Rousseff. A reportagem, que mostrava integrantes do governo em reuniões extra-oficiais com o ex-ministro no Hotel Nahoum, em Brasília, virou caso de polícia quando alguém questionou de que maneira as imagens do circuito interno haviam sido captadas.


O repórter “investigativo” foi acusado de tentar invadir o apartamento onde Dirceu estava hospedado. Os métodos criminosos para obter “o furo” davam indícios de que algo cheirava mal no reino da editoral Abril. Um ano depois, com a revelação do inquérito da Operação Monte Carlo, a origem da fumaça começa a ser explicada.

As investigações sobre a atuação do bicheiro Carlinhos Cachoeira para preservar seus interesses em Brasília apontam com todas as letras o envolvimento de políticos e jornalistas com a quadrilha. É o caso de Policarpo Júnior., chefe da sucursal da Veja em Brasília, citado em diálogos do inquérito policial.

Abaixo, os detalhes sobres os métodos pouco ortodoxos utilizados pela revista na tentativa de constranger o governo. O diálogo, publicado no blog de Luis Nassif (leia clicando AQUI), foi obtido a partir do documento disponibilizado pelo site Brasil 247, que teve acesso ao relatório.
Confira:
1) 2 DE AGOSTO 2011- Araponga Jairo diz a Cachoeira que vai almoçar com “Caneta” (Policarpo Junior). Depois do almoço, relata que Policarpo quer as imagens gravadas no Hotel Naoum.

TELEFONE NOME DO ALVO
316010027450207 Jairo Martins de Souza – MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
JAIRO X CARLINHOS (PLX)
DATAlHORA rNlCIAL DATA/HORA FrNAL DURAÇÃO
0210812011 12:03:39 02/08/2011 12:04:13 00:00:34
ALVO rNTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
316010027450207 316010027445095 316010027445095 R
RESUMO

CANETA – MATERIA
DIÁLOGO
( … )
JAIRO: Deixa eu te falar. Tem uns 15 minutinhos, o caneta me ligou aqui, ta Pra mim almoçar com ele 15 pra OI. A respeitodaquela, daquela matéria la, ta. Que ta pronta. Que so fala comigo.
CARLINHOS: Ha, excelente. Ai se me posiciona ai. Brigado, JAIRO!

(DESPEDEM-SE)
(ENCERRADA)

INTERLOCUTORES/COMENT ÁRIO
JAIRO X CARLINHOS (PLX)
DATA/HORA INICIAL DATNHORA FINAL DURAÇÃO
02/08/2011 14:30:50 02/08/2011 14:33:06 00:02:16
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
3 16010027450207 3 I 60 10027445095 3160 I 0027445095 R


RESUMO


JAIRO.”CANETA” QUER USAR AS IMAGENS DAS PESSOAS DO HOTEL.
JD RECEBENDO O PESSOAL E COMEMORANDO A QUEDA DO OUTRO. TODO MUNDO VEM PEDIR A BENÇÃO
DELE.


DIÁLOGO


CARLINHOS: E ai, JAIRO, o que que cIe queria?

JAIRO: Como sempre queriam fuder a gente, né? É, diz que tem uma puta de uma matéria, né ? Pra daqui a duas semanas, que naquele período que ele me pediu, o cara recebeu 25 pessoas lá, sendo que 5 pessoas assim importantissima, mas pra sustentar amatéria dele. ele tem que usar a<; imagens, entedncu? Que era o combinado era não usar, né?

CARLINHOS: As imagens lá do hotel ?

JAIRO: É, as imagens das pessoas entendeu?

CARLlNHOS:É, se ele combinou tem que cumprir, né?
( … )

JAIRO:Ai cle quer que eu tente cu convencer o amigo lá, a deixar usar, usar de uma maneira que não complique, né?

CARLlNI-IOS: É mas ai, pra tentar convencer o amigo, você tcm que falar, ai é o meu caso, entendeu? “Ó, você tem queconversar com ele, porque ele pelo menos é o dono lá, do pessoal de lá”.

JAIRO: Ah, fechou, fechou, fechou então.

CARLINHOS:Põe ele pra pedir pra mim, tá.

JAIRO: TA, eu vou pedir ele pra pedir pra você
( … )

CARLINHOS: E o que que é basicamente. é o JD recebendo o pessoal lá e comemorando a queda do outro?

JAIRO: É, a importânci, a influência dclc,nos momentos de crise ( … ) todo mundo vem pedir a benção dele.
( … )
ENCERRADA

2) 11 de agosto de 2011. Cachoeira conta a Demostenes que Policarpo pediu autorização para divulgar fitas do Hotel Naoum.

INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
CARLINHOS X DEMOSTENES(PLX)
DATAlHORA INICIAL DATA/HORA FINAL DURAÇÃO
11/08/201120:05:52 11/0812011 20:06:45 00:00:53
ALVO INTERLOCUTOR
316010027445095 3160 I 0027449459
ORIGEM DA LIGAÇÃO
316010027449459 R
TIPO

RESUMO
DEMOS TENS fala que o primeiro assunto está com o estrangeiro e o segundo tem reunião. CARLINHOS diz que o assunto do ZÉ vai estremece o partido .

DIÁLOGO


CARLINHOS: Fala Doutor.

DEMOSTENES: E ai professor. tô aqui … aquele assunto … o primeiro tá sendo tratado pelo estrangeiro, certo? E o segundo

já tem uma reunião marcada aqui.

CARLINHOS: Excelente. Amanhã cê lá vindo á tarde?

DEMOSTENES: Vou à tarde aí. Na hora que Chegar nós falamos. Tem alguma novidade aí?

CARLINHOS: Tem nada. Nada de nada. Tive com o POLICARPO ontem, não sabe nada, nem (ininteligívcl) assunto morto praele. Foi pedir permissão para o trem lá do ZÉ é feio viu, aquele que eu te contei. Aquilo lá vai dar uma estremicida, viu. É umabomba dentro do partido.

ENCERRADA

1) 11 de agosto. Demóstenes diz a Cachoeira que fitas do Naoum podem motivar uma CPI do PT

TELEFONE NOME DO ALVO
316010027445095 CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS – MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
CARLlN~IOS X DEMOSTENES(PLX)
DATA/HORA INICIAL DATA/HORA FINAL DURAÇÃO
11/08/2011 20:06:48 11I08/20t 120:07:15 00:00:27
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
316010027445095 316010027449459 316010027445095 R

RESUMO

CARLINHOS diz que viu cenas e DEMOSTENES diz que é bom pois eles podem fazer a CPI do PT
DIÁLOGO

CARLINHOS: Eu vi, eu vi as cenas lá, viu?

DEMOSTENES: Isso é bom, hein. Isso é bom que dá um tiro direto neles aí né, c a gente faz a CPI do PT.

CARLINHOS: Exatamente. Bcle7.a.

DEMOSTENES: Falou Mestre. um abraço.

CARLINHOS: Outro doutor. Tehau .
ENCERRADA
2) 15 de agosto Cachoeira autoriza Jairo a negociar entrega das fitas a Policarpo

TELEFONE NOME DO ALVO
316010027445095 CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS – MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
CARLINHOS X JAIRO(PLX)
DATA/HORA INICIAL DATA/HORA FINAL DURAÇÃO
15/08/2011 10:12:29 15/08/2011 10:13:07 00:00:38
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
3 16010027445095 3160 I 0027450207 316010027450207 R

RESUMO

CARLlNHO orienta JAIRO sobre conversa com POLICARPO. Diz que eles tem que pedir aquele assunto pra ele.

DIÁLOGO

JAIRO: Oi.

CARLINHOS: JAIRO. Nós temos que matar a conversa com o POLICARPO aI… cê sempre deixa pra mim decidir, tá? Quem vai ter a decisão mesmo é ele. Não fala que cê já falou com o cara, que já tá tudo liberado, não, tá bom? Que nós temos que pedir aquele assunto pra ele.
JAIRO: Tá beleza, beleza Devo falar com ele logo mais, aí eu te falo, te chamo.
Despedem-se

ENCERRADA

3) 21 de agosto – Cacheoira antecipa a Demostenes todo o conteúdo da matéria que Veja publicará com base nas fitas do Naoum

TELEFONE NOME DO ALVO
316010027445095 CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS – MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
CARLINHOS X DEMOSTENES(PLX)
DATNHORA INICIAL DATNHORA FINA-L DURAÇÃO
021081201121:03:35 02/08/201121:06:25 00:02:50
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
316010027445095 3160 I 0027449459 316010027449459 R

DIÁLOGO

CARLINHOS: Ó DOUTOR, DEMÓSTENES: Fala PROFESSOR, e ai? Tranquilo o
CARLINHOS: Beleza novidade ai?


DEMÓSTENES: Uai, nada. liguei fiquei o dia inteiro fora do ar ai, saber se. tem alguma coisa
CARLINHOS: Não, s6 o POLlCÁRPIO que vai estourar ai, o JAIRO arrumou uma fita pra ele lá do hotel lá, onde o DIRCEU,
DIRCEU, é, recebia o pessoal na época do tombo do PALOCCI ai, ai ele vai demonstrar, mas não vai ser esse final-de-semana

não, tá? Vai ser umas duas vezes ai pra frente, que ele planejou a queda do PALOCCI também, recebia só gente graúda lá:, tá?

Isso quer dizer que os momentos importantes da República, o DIRCEU que comanda.

DEMÓSTENES: Exatamente, ai é bom de mais, uai, o que que é isso?

CARLINHOS: É vai sair ai, já falou com o JAIRO, hoje almoçou com o JAIRO, e perguntou com o JAIRO se podia, quando forestourar. por, por a fita na veja online c o JAIRO veio perguntar pra mim. ai eu falei pra ele: “não, deixa não. manda ele pedir pramim”.

DEMÓSTENES: Exatamente, é claro ué. Ai não, né ? Ai ninguém guenta, né ?

CARLINHOS: É mas ai vai mostrar muita coisa, viu? Ai vai por fogo ai na REPÚBLICA, porque vai jogar o PALOCCI contra

ele, porque ai vai vir cenas né? Dos nego procurândo o DIRCEU no hotel.

DEMÓSTENES: Exatamente, ai é ótimo, fantástico.

( … )
ENCERRADA


Fonte:CartaCapital

O “Ermitão” derrotou Marconi

A crise política que assola o Palácio das Esmeraldas, no governo Marconi Perillo do PSDB, não deve acabar tão cedo se o tucano não “Pedir para sair” como gritou os milhares de jovens do Movimento Fora Marconi, nas ruas de Goiânia. A CPMI deve colocá-lo para fora do palácio ou em 2014 o povo goiano se encarregará de fazer nas eleições. Mas diante todas as denúncias contra o atual governo, como podemos analisar a queda tão repentina de quem sonhava ser reeleito em 2014? Quem foi culpado pela derrocada do menino de Palmeiras?


Desde 1998, quando Marconi derrotou Iris Rezende pela primeira vez, o tucano sempre tripudiou sobre o dono do PMDB de Goiás. Com a máquina estadual nas mãos, atropelou Iris, Maguito e ainda elegeu seu sucessor Alcides Rodrigues. Durante todo esse tempo, Marconi sempre deus as cartas, mas em seu caminho estava Alcides Rodrigues, que logo de cara deu um chega pra lá no tucano.


Isso causou um imenso abalo no ego de Marconi Perillo, que não aceitava de maneira alguma que o seu vice, na época governador, não obedecesse cegamente suas ordens. Foi assim o início da queda marconista, porque desde então o PMDB, pior inimigo dele, nunca tinha abalado o poderio do tucano. O rompimento de Alcides e Marconi foi fundamental para a situação que o inquilino do Palácio das Esmeraldas chegasse ao fundo do poço atualmente.


Mas como assim o Alcides derrotou Marconi? O Plano eraperfeito, Alcides foi eleito com apoio de Marconi, assumiria todas as orgias feitas com a viúva nos primeiros governos marconistas. E estenderia um tapete vermelho para a volta de Marconi em 2010. Só que para o bem de Goiás, Alcides não topou a parada. Mostrou para Goiás o rombo que Marconi fez nas contas do Estado e apoiou as candidaturas de Vanderlan e Iris no segundo turno.


Com esse chega pra lá de Alcides, pra não se ver por baixo e continuar achando que era o imperador de Goiás, Marconi foi obrigado a vender a alma pro diabo (ops Cachoeira), fazendo uma campanha milionária nunca vista antes na história da política goiana. Hoje está explicado como Marconi venceu as máquinas dos governos: federal, estadual, da capital e das maiores cidades do Estado. Ele não tinha as máquinas governamentais, mas máquinas do Cachoeira. A vitória de 2010, por pouco mais de 200 mil votos, foi uma vitória do Cachoeira. Como ele mesmo disse: “Eu coloquei o Marconi lá”.


Então graças ao “Ermitão” (apelido pejorativo que os marconistas deram para o ex-governador Alcides Rodrigues) Marconi Perillo está na lama politicamente e isso não tem nada a ver com vingança do presidente Lula e outras lorotas que os tucanos tentam explicar a grana do Cachoeira na campanha. Alcides Rodrigues sim fez o primeiro Fora Marconi, ao proibir que o tucano continuasse a orgia com viúva. Graças a esse ato de Alcides, o povo goiano conheceu Marconi Perillo como o pior governador a história do Estado de Goiás.


Alexandre Braga é jornalista

Tucano aliado da Veja diz que é vítima do Governo do DF

Esse tucano é tão sujo, tão ridículo, tão imbecil, tão safado que, só para sair bem na fita, se diz vítima do governo do Distrito Federal.Ora, larga se ter canalha, tucano maldito! Daqui a pouco o safado do Reinaldo Azevedo aparece para defender a Veja e seu aliado na trama para derrubar o governo Agnelo Queiroz.

Francischini, da CPI, se diz ameaçado de morte

Nesta manhã, o 247 publicou mais um furo de reportagem relacionado à Operação Monte Carlo: o de que, num grampo telefônico entre o espião Dadá e o bicheiro Carlos Cachoeira, o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR), integrante da CPI, era citado como um aliado da quadrilha. Mais: como alguém que estaria disposto a “f...” o governador Agnelo Queiroz, do PT, e até a transferir seu título de eleitor para o Distrito Federal, onde concorreria ao GDF.



Francischini falou ao 247, onde disse não temer qualquer tipo de pressão. “Não tenho medo de ninguém”, disse ele. “Já prendi os traficantes Juan Carlos Abadia e Beira-Mar”. Mais tarde, o deputado anunciou uma entrevista coletiva pela Twitter e prometeu apresentar provas de que teria sido grampeado pelo governo do Distrito Federal.


Na coletiva, ele reiterou a acusação contra Agnelo Queiroz, mas não apresentou provas. Apenas disse que vem sendo ameaçado de morte pelo Twitter. "Isso constrangeu a minha família, mas não me constrangeu. Estou acostumado a mexer com grandes traficantes. Não são políticos borra-botas e de colarinho branco que vão me constranger", afirmou o deputado. Ele disse que está sendo vítima de perseguição por ser protagonista de uma série de fiscalizações. "É óbvio que o algoz sempre tenta desqualificar o acusador", justificou.Brasil247

Quanto mais puxa o novelo aparece tucano graúdo na cachoeira da corrupção

“Vítimas” de arapongas eram os espiões do DF


“Vítimas” de arapongas eram os espiões do DF


É incrível a capacidade da Veja em promover escândalo. E sempre tem um tucano corrupto no meio.No ano retrasado foi Álvaro Botox Dias, durante a CPI dos Cartões Corporativos,  quem se prestou a se aliar a Veja para sangrar  Dilma e Lula. Agora é esse tucano-delegado que é acusado de se aliar à Veja, à araponga e a  contraventor para derrubar o governo Agnelo.A CPI tem que ouvir Civita e sua gangue, sob pena de ser desmoralizada.

Inquérito revela íntimo relacionamento entre o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR) e o sargento Dadá; parlamentar tucano, que pediu a prisão de Agnelo Queiroz, em razão do escândalo da arapongagem, pretendia até trazer seu título de eleitor para o DF, onde concorreria ao Buriti

Não faltará assunto para a CPI da Arapongagem, instalada no Distrito Federal, para investigar um suposto Watergate que teria sido montado no Palácio do Buriti, por aliados do governador Agnelo Queiroz, para investigar políticos, empresários e jornalistas.

Na noite deste domingo, reportagem do 247 revelou que um dos supostos alvos da arapongagem, o vice-governador do Distrito Federal, o peemedebista Tadeu Filipelli, tramava contra o governador. E, segundo o inquérito, remunerava jornalistas, como Mino Pedrosa e Edson Sombra, para provocar o impeachment de Agnelo Queiroz. A mesada de Mino, segundo uma conversa gravada do sargento Idalberto Matias, o Dadá, seria de R$ 100 mil.

Agora, surgem fatos novos, ainda mais estarrecedores, que envolvem outra autointitulada vítima da arapongagem: o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR). Em 16 de abril deste ano, quando Veja publicou a reportagem “Espiões vermelhos”, sobre o suposto núcleo de arapongagem no DF, Francischini anunciou que pediria a prisão do governador Agnelo Queiroz.

O que o inquéritto revela, no entanto, é bem mais grave. Francischini, que é membro da CPI do Cachoeira, mantinha íntimo relacionamento com os espiões da quadrilha de Carlos Cachoeira – a mesma que, associada à construtora Delta, pretendia se infiltrar no Distrito Federal.

No anexo 7 do inquérito (leia mais aqui), há várias menções ao nome de Francischini – e todas elas, anteriores à publicação da reportagem de Veja sobre os “espiões vermelhos”.

No dia 31 de janeiro, Dadá faz referência a uma mensagem enviada por Francischini. Dadá se refere ainda a um contrato na Polícia Civil do Distrito Federal e a um encontro com o parlamentar tucano.

No dia 4 de fevereiro, Dadá telefona para o bicheiro Carlos Cachoeira e revela que vem sendo ajudado por Francischini. Diz até que o parlamentar tucano estaria trazendo seu título de eleitor do Paraná para o Distrito Federal, onde tentaria ser candidato a governador.

- Quem me falou foi um cara que tá ajudando a gente... é, montando um escritório aí, com aquele delegado Francischini, bancando pra fuder o governador... e o Francischini tá trazendo – é deputado federal que é delegado – tá trazendo o título dele para ser candidato a governador.

No dia 16 de abril, Veja publicou a reportagem sobre os espiões vermelhos. No dia 17, Francischini representou à procuradoria-geral da República, solicitando a prisão de Agnelo Queiroz alegando que o governador teria promovido uma devassa em sua vida. Só não contou que, três meses antes, reunia-se com o araponga Dadá, que espionava o Buriti.

Leia, abaixo, a reportagem “Espiões Vermelhos”, publicada por Veja em 16 de abril deste ano.
VEJA: Espiões vermelhos


16/04/2012


O Ministério Público descobre que o governo petista de Brasília criou uma repartição para investigar aliados, adversários políticos, promotores e jornalistas


Rodrigo Rangel



Desde que assumiu o cargo, no ano passado, o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, vive enredado em denúncias. Já vieram à tona irregularidades dos tempos em que era ministro do Esporte do governo Lula, acusações de cobrança de propina quando era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, agora, conluio entre seu gabinete e os negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira. Agnelo é investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em todos os casos, ele jura inocência e repete que tudo não passa de perseguição política, porque estaria tentando livrar a capital do país de uma rede de corrupção montada por antecessores. O esforço do governador para se afastar dos problemas, no entanto, parece ter extrapolado muito qualquer tática defensiva. Agnelo resolveu investigar clandestinamente seus acusadores, um velho hábito do PT para tentar se safar de denúncias de corrupção a partir da destruição do acusador. Estão no rol do governador políticos, promotores e jornalistas.


A ação ilegal de arapongas a serviço do governador está sob investigação do Ministério Público do Distrito Federal. Policiais militares formalmente lotados no palácio do governo, a poucos metros de seu gabinete, violaram sistemas oficiais de informações, inclusive da Receita Federal, para levantar dados sobre alvos escolhidos pelo gabinete do governador. A bisbilhotagem, até onde os investigadores já descobriram, começou no fim do ano passado e teve como vítima o deputado Federal Fernando Francischini, do PSDB do Paraná. Delegado da Polícia Federal, Francischini tornou-se inimigo de Agnelo depois de defender publicamente a prisão do governador com base em documentos que comprovariam uma evolução patrimonial incompatível com os vencimentos do petista. A partir daí, começaram a circular em Brasília dossiês com detalhes da vida privada do deputado, que registrou queixa na policia. O Ministério Público, então, passou a investigar a origem das informações que constavam nos dossiês. Para identificar os responsáveis, foram feitos pedidos de informações a órgãos que gerenciam os bancos de dados oficiais.


As primeiras respostas vieram do Ministério da Justiça, que mantém sob sua guarda o Infoseg, sistema que reúne informações sobre todos os brasileiros - desde números de documentos pessoais até endereços e pendengas com a Justiça. Abastecido pelas Polícias do país e protegido por sigilo, o sistema só pode ser aberto por funcionários autorizados em investigações formais. Cada acesso deixa registrada a senha de quem fez a consulta. Seguindo esse rastro, os investigadores descobriram o nome de dois policiais militares de Brasília que haviam consultado informações sobre o deputado Francischini no fim do ano passado, justamente no período em que o parlamentar fez as denúncias contra o governador. Responsáveis pela arapongagem, o subtenente Leonel Saraiva e o sargento Itaelson Rodrigues estavam lotados na Casa Militar do Palácio do Buriti, a sede do governo do Distrito Federal. Detalhe: as consultas haviam sido feitas a partir de computadores do governo localizados dentro do palácio.


Identificados os dois militares, o passo seguinte foi conferir no sistema as outras fichas consultadas por eles. Descobriu-se que os policiais haviam violado informações sobre mais de vinte indivíduos, todos desafetos do governador. Uma das vítimas foi o promotor de Justiça Wilton Queiroz de Lima, coordenador do Núcleo de Inteligência do Ministério Público de Brasília e responsável por algumas das principais investigações que envolvem a gestão de Agnelo. A lista inclui jornalistas cujas reportagens descontentaram o governador. Para surpresa dos investigadores, os arapongas violaram dados até de aliados, como os do vice de Agnelo, o peemedebista Tadeu Filippelli. A mesma sorte teve o chefe de Polícia da capital, Jorge Xavier, que foi seguido e filmado pelos arapongas. No caso do deputado Francischini, a investigação indica que as violações se estenderam aos sistemas da Receita Federal. Dados cadastrais do parlamentar guardados nos arquivos do Fisco foram consultados, no mesmo período, a partir de uma senha de uso exclusivo do governo do Distrito Federal.


Na quinta-feira, VEJA localizou um dos arapongas em pleno expediente no palácio. Ao ser indagado sobre a função que exerce no governo, o subtenente Saraiva silenciou. Sobre os dados pesquisados ilegalmente, saiu pela tangente: "Eu nem tenho acesso a isso". Já o sargento Itaelson não foi localizado. Coube a outro policial militar, lotado numa das entradas do palácio e conhecido dos arapongas, a confidência sobre a real atividade da área em que trabalham: "É o setor de inteligência". Os dois militares foram nomeados no fim do ano passado, em atos assinados pelo próprio Agnelo para cargos comissionados na Subsecretaria de Operações da Casa Militar do governo. Eles obedecem ao comando do coronel Rogério Leão, especialista em inteligência, que trocou a área de segurança da Presidência da República pelo governo do Distrito Federal assim que Agnelo tomou posse. O coronel Leão é apontado pelos investigadores como um dos chefes do grupo de espionagem, ao lado de Cláudio Monteiro, agente aposentado da Polícia Civil que era chefe de gabinete de Agnelo até terça-feira. Monteiro foi afastado após virem a público suspeitas de que ele mantinha relações heterodoxas com o grupo de Carlinhos Cachoeira.


A VEJA, o coronel Leão admitiu que foram feitas pesquisas sobre Francischini e as atribui uma norma que ele próprio baixou: "A ordem aqui é para levantar informações sobre todas as pessoas, independentemente de quem sejam, que atentam contra a integridade do governador". O coronel diz que, no caso do deputado, os dados foram levantados porque ele teria convocado uma manifestação contra Agnelo num shopping de Brasília. "A gente pesquisa pessoas e não sabe se é deputado ou não. Afinal, são mais de 500 deputados federais em Brasília. Nesse caso, não havia informação de que ele é deputado", afirmou. Ele negou ter conhecimento de relatórios sobre promotores e, a respeito de jornalistas, disse saber apenas de algumas "pesquisas" acerca de Edson Sombra, um dos pivôs da queda de José Roberto Arruda e titular de um blog com críticas ferrenhas a Agnelo. O vice-governador Filippelli disse que nunca soube da existência do grupo de inteligência e que pedirá "esclarecimentos oficiais" sobre o assunto. Já o governador Agnelo declarou que nunca foi informado sobre pesquisas envolvendo políticos, promotores e jornalistas. O governador afirmou ainda que, se houve violação das normas dos serviços de inteligência, ele tomará as providências cabíveis.Brasil247

Brizola Neto é o novo ministro do Trabalho do governo Dilma

Brizola Neto merece esse  cargo.Dá-lhe, Briza!


O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) é o novo titular do Ministério do Trabalho, anunciou nesta segunda-feira (30) a Presidência da República, em nota oficial. A posse deve ser na quinta-feira, às 11h.


"A presidenta manifestou confiança de que Brizola Neto, ex-secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal pelo PDT, prestará grande contribuição ao país", diz o texto oficial.


Brizola Neto é o mais novo entre todos os ministros: aos 33 anos, assume o cargo deixado pelo presidente de seu partido, Carlos Lupi, afastado após uma série de denúncias de corrupção na pasta. A decisão foi tomada na véspera do 1º de maio, para resolver um impasse que se estendia desde o fim do ano passado. Antes de convidar Brizola Neto, Dilma conversou com o Lupi e acertou a nomeação.
O novo ministro foi convidado pela presidente Dilma apesar de resistências dentro de sua própria legenda, além da Força Sindical e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Até mesmo o antecessor no cargo, Paulo Roberto dos Santos Pinto, cogitava não aceitar retornar ao posto de secretário-executivo do Ministério sob o comando do neto de Leonel Brizola (1922-2004).


Apesar de ter sido eleito pelo Rio de Janeiro, ele é mais um membro da ampla cota gaúcha no governo. É o oitavo nascido no Rio Grande do Sul entre 41 integrantes com status de ministro. São Paulo, mesmo incluindo ministros com carreira fora do Estado, como Paulo Bernardo (Comunicações) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), tem sete no primeiro escalão.


Brizola Neto está em seu segundo mandato de deputado federal e ganhou a atenção da presidente por sua capacidade de mobilização com os jovens – em especial graças a seu blog “Tijolaço”. Depois de trabalhar como secretário do avô, conseguiu seu primeiro mandato em 2004, como vereador no Rio de Janeiro.Uol

 

domingo, 29 de abril de 2012

A caminho da verdadeira abolição

Algumas vezes me manifestei aqui a respeito do Supremo Tribunal Federal, para mencionar procedimentos no mínimo discutíveis, nem sempre ajustados com os interesses da sociedade, no seu clamor por justiça. Em alguns momentos, coloquei mesmo em dúvida – como ainda coloco – não só a forma de escolha de seus membros como a natureza vitalícia dos cargos. Muito recentemente, um dos seus ministros, referindo-se ao presidente do STF que acabara de deixar o cargo máximo da Corte, acusou-o de tentativas de manipulação das decisões lá prolatadas, algo tão inadmissível como o bate-boca que então se instaurou a respeito do assunto...


Felizmente, porém, nem tudo são espinhos nessa área. Trago agora novamente o STF aqui para o meu texto, mas com outro objetivo, que é de enaltecimento de uma das suas mais dignas e justas decisões. Refiro-me àquela que considerou válido o sistema de reserva de vagas (conhecidas como “cotas”) para o ingresso dos afrodescendentes em nossas universidades, em julgamento provocado por ação impetrada pelo DEM – e não por acaso... – que arguia a ilegalidade da medida, por uma série de “inconstitucionalidades” invocadas, com argumentos vários, como a desvalorização da meritocracia, o risco da/ afirmação de uma visão racista, o desrespeito à autonomia universitária, e diversos outros que, no fundo, escondem a hipocrisia ancestral de confundir letras mortas da lei com a realidade, “presumindo” igualdades cuja negação a prática do nosso cotidiano denuncia a cada instante.


A causa em questão não é apenas a causa de um grupo étnico historicamente penalizado e discriminado em nosso país. É uma luta de profundo sentido ideológico, um embate de cidadania, que envolve princípios de afirmação da diversidade e de respeito humano à alteridade. É mais um capítulo dessa saga que, partindo da ignomínia da escravidão, ainda espalha cicatrizes odiosas nos direitos mais fundamentais devidos aos componentes da sociedade humana.


Foi em nosso país que, nas Américas, a escravatura experimentou o maior período de duração. Fomos o último dos países americanos que a extinguiu. E como as razões utilitárias de sua extinção não passaram por preocupações que buscassem então, paralelamente, as indispensáveis possibilidades de integração dos alforriados à sociedade, o que se vê, de lá para cá, é a disfarçada perpetuação de um desnível social degradante, que – alguém já o disse – transformou os “escravos do senhor” em “escravos do sistema”.


Argumentar com algo que nos remete à discutível tese do “homem cordial brasileiro” para afirmar que inexiste o preconceito racial no país, ou que as oportunidades são iguais para todos, ou que a etnia branca não deve responder pelo problema dos negros, que já teriam vindo da África como escravos (tese defendida, por exemplo, pelo Senador Demóstenes Torres), parece ser discurso de quem ou não quer ver a realidade circundante com os olhos da verdade (os ingênuos, os alienados, os desinformados), ou, pior, de quem gostaria de que ela permanecesse como é (visão etnocêntrica, elitista, opressora, racista – pode-se escolher o adjetivo).    

 

O sistema de cotas faz parte do que se deve reconhecer como ações afirmativas, políticas de Estado eficazes que se destinam a corrigir ou remediar desvantagens sociais provocadas por estigmas preconceituosos. Tem como belíssimo fundamento a constatação de que, para corrigir - sem verborragias paliativas, mas com atitudes concretas - distorções que só podem envergonhar a nossa sociedade – e que saltam aos olhos- é preciso dar tratamento desigual para os desiguais. E de forma até radical (para quem quiser entender assim), porque essa é uma situação que nos lembra, analogicamente, a frase de Betinho,cunhada nos anos 90: “Quem tem fome tem pressa”.


As cotas não são as melhores opções, não são soluções mágicas e são conjunturais . Bem melhor seria que já dispuséssemos de todos os mecanismo de igualdade e de inclusão que as tornassem desnecessárias . Elas são, porém, um auspicioso episódio no longo percurso ainda a trilhar, em que não se devem esquecer, além dos afrodescendentes, todos os outros segmentos desvalidos na sociedade, que estão a exigir outras medidas de implantação da democracia plena. Não se pode deixar de considerar, porém, para que se perceba o que está em jogo em ações como essa, que, no segmento dos 10% dos brasileiros mais pobres, 75% deles são negros ou pardos.


Para terminar, um argumento trazido ao pleito pelos estudantes do Diretório Acadêmico da UERJ (primeira universidade que instituiu as cotas entre nós), e confirmado por autoridades educacionais que se debruçam sobre a matéria: já decorridos 10 anos da aplicação do critério, a percepção é de que, além de possibilitar um ambiente universitário mais democrático (a Universidade pública é do povo), a presença dos cotistas revela, objetivamente, que esses estudantes têm sabido aproveitar as oportunidades que lhe foram concedidas, com desempenhos de superação que os colocam no mesmo nível dos não cotistas, quando não em patamar superior a estes.


A decisão do STF é para ficar nos anais da história desse país, que, mesmo às vezes a passos vagarosos, vai buscando caminhos para a superação de suas gritantes injustiças sociais.

Rodolpho Motta LimaAdvogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.Direto da Redação.


A Cachoeira da corrupção chega em Beto Richa



O PiG, que é tão diligente quando tem um petista envolvido em falcatrua, não age da mesma forma quando o envolvido é um tucano.Ninguém vê Fernando Rodrigues, Josias de Souza, Merval Pereira, Cláudio Humberto, Élio Gaspari, Guilherme Fiúza, José Neumâne Pinto, Dora Kramer e outros saubujos, escreverem uma linha sobre as falcatruas dos tucanos.Todos ficam caladinhos, com o rabo entre as pernas.


Pois bem.O Terror do Nordeste, que não é jornalista, só foi dar uma folheada no inquérito da Polícia Federal(Monte Carlos) para descobri que a ligação entre Cachoeira e os tucanos é muito mais do que se pensava.Até o momento, só vieram à tona os nomes de Perillo, Leréia, Vilela.Mas tem mais tucano envolvido.

O mais recente nome envolvido no esquema de Carlinhos Cachoeira é o governador do Paraná, o tucano Beto Richa.

Trechos de grampos da Polícia Federal, se não provam esse envolvimento, mostram que merece ser bem apurada, na CPI do Cachoeira, a ligação entre Beto Richa e Carlinhos Cachoeira.

Vejamos parte do grampo que mostra um tal de MARRULA(a gangue de Cachoeira é pródiga em ter apelido, é Poli, é Gordinho, é MARRULA, MITSU) tentando fazer a aproximação entre Carlinhos Cachoeira e Beto Richa.

MARRULA:(31")- Falei com o CARLINHOS agora, o pessoal quer marcar para ver se a gente vai aí em SALVADOR, para conversar com aquela TURMA, a minha DICA pro CARLINHOS foi a seguinte:ele entra com a gente no PARANÁ, pra gente abranger o ESTADO inteiro, entendeu Lenine? Porque MEU PRIMO é muito(cortada) VICE-GOVERNADOR do Estado de lá, sabe? E quer levar o CARLINHOS CACHOEIRA para conhecer o BETO RICHA lá, e a gente pode aproveitar alguma coisa nisso, você concorda?

LENINE:Certo.Inclusive o MITSU me ligou hoje, né? para mim marcar com ele, daí eu liguei pro pessoal lá em SALVADOR, né? E eles não confirmaram ainda se eles estão vindo essa semana aqui na semana que vem, um dos dois lá, são dois irmãos que são donos Iné? MARCOS E JOÃO tá no Rio, o MARCOS tá lá em Salvador, aí tô aguardando a resposta deles para saber se eles vem aqui em BRASÍLIA, porque geralmente uma vez por semana eles vem a Brasília, né? Se não vier profissional a única coisa que eles não baixam é aquele preço deles né?

MARRULA:Não, entendi, porque eles são pequenino sabe? Só que eles estão com a faca e o queijo na mão porque o pessoal de lá, o SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA do Estado lá, NÓS QUE COLOCAMOS, o cara tem 37 anos, secretário da PF de lá e é GENTE DE MINHA CASA, GENTE DO MEU PRIMO.

Como se percebe, a ligação entre Carlinhos Cachoeira e Beto Richa é patente.Cachoeira não só manda no governo de Goiás, governado pelo tucano Marconi Perillo, como também manda no governo do Paraná, governado por Beto Richa, tanto é que nomeou o SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DE GOIÁS E DO PARANÁ.

Cabe a CPI do Cachoeira investigar essa denúncia a fundo.Vislumbra-se um final infeliz para o tucanato.


O tiro de misericórdia na Veja


 
Se o que já foi publicado até aqui, por este e outros bogs, ainda não é suficiente para provar a relação mais que incestuosa  entre Veja, Poli, Gordinho(é assim que Cachoeira chama Demóstenes), Cachoeira, o blog Margem Esquerda dá o tiro de misericórdia  na Veja sobre esta questão. É por demais esclarecedor a "investigação" realizada pelo autor do citado blog.

"Vamos facilitar a vida dos jornalistas, expremidos entre a escassez de "fontes" e/ou condenados a liberdade de concordar com o seu patrão ou perder o emprego. Abaixo apresento todas as gravações transcritas que comprovam o envolvimento criminoso, ou no mínimo suspeito, da revista Veja com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira retirados do inquérito do STF. Disponível na íntegra em http://migre.me/8RUQy.

No primeiro diálogo se percebe a predileção da dupla pela leitura da Veja. Que mal poderia haver em um quadrilheiro acompanhar atentamente uma revista? Com certeza, nenhum!Continue lendo a íntegra do artigo.


 

sábado, 28 de abril de 2012

Reinaldo Azevedo tenta negar o óbvio

A última diatribe de Reinaldo

Reinaldo Azevedo, aquele vagabundo  que hospeda um blog na Veja online, na tentativa de fazer com que os membros da CPI não convoquem o dono da Editora Abril e o repórter Poli para depor na CPI do Cachoeira, seleciona parte do inquérito da Policia Federal que, segundo ele, é a prova  que a Veja nada tem a ver com o Cachoeiraduto.Diz Azevedo:"o que sai de relevante do inquérito no que diz respeito à VEJA é o esforço de Carlinhos Cachoeira para abafar reportagem da revista sobre a Delta. Sempre a Delta — a construtora que os petistas não querem investigar. Petistas, sempre os petistas — aqueles que, confessadamente, receberam R$ 1 milhão pelo caixa dois de Carlinhos Cachoeira.Reinaldo Azevedo, com esse argumento frágil, só convence seus leitores idiotas.E mais ninguém.

Não é preciso fazer grandes esforços interpetrativos para perceber que Veja e Poli estão envolvidos até à cloaca com o Esquema de Cachoeira.Só uma pessoa demente, como Reinaldo Azevedo, não enxerga isso.Quem lê parte do inquérito vai constatar que em várias passagens do mesmo há provas contundentes da ligação entre Veja, Poli e Cachoeira.Por exemplo, à folha 136 do Processo Cautelar de Interceptação Telefônica, está claro  que o envolvimento entre Poli, Veja e Cachoeira é real, não é nenhum delírio, como insinua Reinaldo Azevedo.Senão, vejamos:

"Carlinhos Cachoeira, além de utilizar parte da imprensa de Anápolis de forma direta, demonstra, pelos áudios interceptados, conseguir "emplacar" reportagens DE SEU INTERESSE em outros órgãos da mídia.Destaca-se a ligação com dois jornalistas importantes, RENATO ALVES, do Correio Brasiliense, e POLICARPO JÚNIOR, editor-chefe da revista Veja em Brasília".

Já na fl.  147, diz o inquérito:Carlinhos Cachoeira utiliza-se de meio de comunicação, como o Skyp e VIBER, com intuito de de tentar dificultar uma possível interceptação.Além de toda essa rede de contato, demonstra ter influência direta ou indireta na imprensa, não só no seu Estado, mas também de mídias de âmbitos nacional, como A REVISTA VEJA E  JORNAL CORREIO BRASILIENSE".

Na  fl 148:Por sua vez, Cachoeira utiliza seu CONTATO COM POLICARPO JÚNIOR para passar INFORMAÇÕES QUE OBTÉM, que levam a reportagens da revista Veja que  venham FAVORECER SEUS INTERESSES POLÍTICOS"

"Carlinhos teria liberado utilização de filmagens EM TROCA DE UMA FUTURA REPORTAGEM QUE GOSTARIA QUE POLICARPO fizesse semelhante àquela veiculada pelo Correio Brasiliense sobre BINGO ONLINE.Essa reportagem feita por Poli se refere a invasão do hotel onde Dirceu estava hospedado.

Afora isso, há inda trechos, ainda não diponibilizados, não sei por qual razão, do inquérito que mostram a montagem do video de Valdomiro Diniz e de Cláudio Marinho, além das 200 ligações recebidas por Policarpo Júnior via Cachoeira.

Com todos esses indícios, que provam cabalmente a relação entre Veja, Policarpo e Cachoeira, ainda me vem esse vagabundo safado, defensor de corruptos, dizer que não há nenhuma prova contra Policarpo Júnior.


A CPI do Cachoeira tem que ouvir essa corja toda da Veja:Policarpo Júnior, Eurípedes, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes e Roberto Civita.Esses vagabundos têm que sentar no banco do réu. Do contário, a CPI vai sair totalmente desmoralizada.

Resta à Veja fazer de Policarpo o seu bode expiatório


Se existia dúvida quanto à inclusão da revista Veja no rol dos que serão investigados pela CPI do Cachoeira, a partir do vazamento na internet do inquérito que foi enviado ao Congresso pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, tal duvida virou pó.

Por Eduardo Guimarães

Quem deu o furo foi o controverso site Brasil 247, que tem comprado briga com a Veja, com blogs progressistas, reacionários e que, entre seus colunistas, conta com figuras antagônicas como o petista José Dirceu e o tucano Artur Virgílio.

A importância do furo é tão grande e o conteúdo do inquérito tão explosivo que o Jornal Nacional citou a fonte, de onde eclodiu uma cachoeira de acusações contra o já exangue Demóstenes Torres e o governador Marconi Perillo, que mantém ar impoluto apesar da lama que já lhe chega à cintura.

E é aí que entra a revista Veja, apesar de, por enquanto, continuar de fora dos telejornais. A publicação aparece mal na fita, ou melhor, nas fitas das gravações da Polícia Federal que figuram no inquérito.

Em um dos trechos largamente divulgados na internet, Cachoeira e companhia aparecem decidindo em que seção da revista deverão ser publicadas informações que passaram ao editor Policarpo Jr., informações que a quadrilha pretendia que prejudicassem seus adversários nos “negócios”.

Como se não bastasse, a transcrição das escutas revela que as imagens do ex-ministro José Dirceu se encontrando com membros do governo federal em um hotel de Brasília que Veja publicou, foram fornecidas pelo esquema de Cachoeira.

E essas são só algumas das muitas garimpagens que estão sendo feitas por uma legião de internautas no material divulgado pelo 247, que ainda não inclui os contatos do editor da Veja com a quadrilha apesar de ele e a publicação aparecerem nos diálogos, o que sugere que ainda há material oculto.

Torna-se impossível, assim, que a CPI deixe de convocar, se não o dono da Veja, Roberto Civita, ao menos o seu editor Policarpo Jr. a fim de dar explicações, pois o que já vazou deixa claro que a mera relação fonte-repórter que a revista alega era muito mais do que admite.

Diante da confirmação de maior envolvimento da Veja no escândalo, parece lícito especular que, se a chapa esquentar, Policarpo pode receber uma proposta do patrão: assumir sozinho ônus dessa relação inexplicável que fez de Cachoeira uma espécie de ghost-editor da revista.

Esse tipo de proposta se baseia em pagamento de alta soma e apoio jurídico integral. Como o bode expiatório, supõe-se, não tem passagens pela polícia, torna-se réu primário, ou seja, não vai para a cadeia. E, depois de ultrapassado o desgaste do processo, sai rico dele.

A Veja sairia chamuscada, mas sem responsabilização criminal. É o que está acontecendo na Inglaterra, no caso Murdoch. Ele diz que “não sabia” de nada e empurra a culpa para os funcionários.



Só que não está funcionando. Mas isso é na Inglaterra e estamos no Brasil.


Publicado no Blog da Cidadania

Veja nomeia Álvaro Dias como seu porta-voz


Veja nomeia Álvaro Dias como seu porta-voz


Site da Abril diz que divulgação do relatório derruba a tese do conluio entre a quadrilha de Cachoeira e a revista Veja, amparando-se no senador tucano; não é piada


 
Aparentemente, os editores de Veja não leram o inquérito divulgado pelo 247 sobre a Operação Monte Carlo ou o fizeram de forma apressada.  Não leram mesmo, pois se tivessem lido iriam perceber que a relação entre Policarpo Júnior, Demóstenes e Cachoeira era mais de que uma simples fonte jornalística.No site de Veja, a principal matéria informa que o “discurso anti-imprensa perde força”, ancorando-se em declaração do senador Álvaro Dias, transformado em porta-voz informal da empresa. De acordo com Veja, grupos hostis à liberdade de expressão estariam dispostos a colocar em risco o jornalismo investigativo. Não, Roberto Civita. Não, Fábio Barbosa. Não se trata de jornalismo investigativo, mas de jornalismo que mereça ser investigado – como no caso da invasão do Hotel Naoum para colocar fogo na República, a pedido de um bicheiro. Leia, abaixo, o texto de Veja:


Discurso anti-imprensa 'perde força', diz Alvaro Dias

Vazamento do inquérito da operação Monte Carlo derruba tese dos que pretendiam usar a CPI do Cachoeira para atacar o jornalismo investigativo



O vazamento do inquérito da operação Monte Carlo comprova que o suposto conluio entre a imprensa e a quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira nunca passou de uma invenção de grupos hostis à liberdade de expressão – o que inclui setores do PT e seus aliados. A íntegra das investigações reforça o óbvio: o jornalismo investigativo cumpriu o seu papel sem se sujeitar à máfia.
Em um dos trechos interceptados pela Polícia Federal, o senador Demóstenes Torres diz a Cachoeira que tentará esvaziar os efeitos de uma reportagem de VEJA sobre a empresa Delta, publicada há cerca de um ano. O senador diz que o assunto vai esquentar no Congresso. Afirma que alguns colegas, como Alvaro Dias (PSDB-PR), já tentavam levar os representantes da construtora para falar ao Congresso.



O trecho revela que a quadrilha e seu mais fiel aliado político foram atingidos pela denúncia contra a companhia, que atuava como um braço da máfia, e tentaram minimizar o estrago e esvaziar o discurso da própria oposição. Em uma segunda conversa, dias depois, Demóstenes afirma ter cumprido o objetivo. Eis a transcricão feita pela Polícia Federal: "Ah num deu em nada não cê viu né? Eu arrumei um… uma maneira de fragilizar o discurso".



O senador Alvaro Dias afirmou neste sábado ao site de VEJA que as revelações do inquérito devem amenizar o ímpeto dos parlamentares que pretendiam usar a CPI do Cachoeira para agredir a imprensa: "Agora esse discurso perde força. Mas que houve uma tentativa de avançar sobre a imprensa, houve". Ele chama de "fascista" a ofensiva sobre os meios de comunicação e diz que a explicação para o rancor está clara: "São os adeptdos do mensalão tentando se vingar dos algozes deles".

Líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR) também acredita que o vazamento do inquérito deve colaborar para desmoralizar o discurso anti-imprensa. "Da nossa parte, isso não vai prosperar. É um vezo autoritário, uma tentativa de constranger o jornalismo investigativo", afirma. O parlamentar diz que os ataques aos meios de comunicação são uma tentativa de tirar o foco do essencial: as ramificações políticas da quadrilha de Cachoeira.



Jogo duplo – Na conversa com o contraventor, Demóstenes revelou preocupação com a cobrança feita pelos oposicionistas depois da reportagem de VEJA: "Estou te ligando por isso, avisar o pessoal que está todo mundo em cima, Alvaro Dias, não sei que..."



Mencionado na conversa, o senador Alvaro Dias conta que, na época, a estratégia de Demóstenes não ficou clara. Mas ele diz ter notado, mais de uma vez, um comportamento intrigante no colega: "Ele avançava e recuava. Batia onde podia e recuava em outras situações. Agora é que a gente começa a entender", diz ele.


Da redação, com informações do Brasil247

Tucanos corruptos, sindicalistas vagabundos!


Esses tucanos corruptos são  estúpidos, cínicos. No ano passado, o PSDB entrou na Justiça contra Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo) e sua presidente, Maria Izabel Noronha, por causa de uma greve. Conseguiram a condenação na Justiça, o sindicato e a presidente foram condenados a pagar multa. Hoje, na maior cara-de-pau, usam a estrutura de um sindicato de pelego para dar apoio a José Serra.O pelego do Sindicato da Construção Civil é tão descarado, tão vagabundo que promete "doar" dois mil meiliantes à campanha de Serra.Ouça o que diz Aécio Neves, o rei do pó:"não queremos um sindicato que fique a serviço do governo, como ocorre, por exemplo, na relação entre a CUT e o PT.Só que, no final do vídeo, o pelego do sindicato diz totalmente o contrário que Aécio diz:.“Estamos formando dois mil militantes de canteiro de obras que irão trabalhar na sua campanha [do tucano José Serra).Ora, isso é ou não é o sindicato ficar a serviço de um partido, de um governo?  É pior:é o sindicato ficar a  serviço de um partido corrupto.

 


Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo) e sua presidente, Maria Izabel Noronha, por contrapropaganda eleitoral. O sindicato, que organiza uma paralisação no Estado, aproveita as manifestações da categoria para incitar palavras de ordem contra o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).


Na representação, o partido de Serra pede que a Apeoesp e sua dirigente sejam multados por uso eleitoral de palanques para coordenar a greve.

Para embasar o pedido de multa à entidade e sua dirigente, a Apeoesp anexou filmes que mostram Noronha perguntando para os professores se Serra será presidente. E, em coro, os manifestantes respondem que não. Em outro filmete, há uma música que diz: "Daqui a pouco tem eleição. No Planalto ele não chega não".



O advogado do partido, Ricardo Penteado, diz que o caso é passível de multa sem prejuízo de uma investigação sobre os recursos sindicais repassados para a Apeoesp.


Para a presidente da Apeosp, a ação é uma tentativa de desqualificação da entidade. "Eles podem usar todos instrumentos jurídicos deles, que eu vou usar os meus para me defender", disse Maria Izabel Noronha.


Ela afirmou que não é possível fazer reivindicações sindicais sem criticar o partido que está no governo. "Parece que estou vivendo em um sonho. Não estamos no estado democrático de direito."



Sindicato promete "doar" 2.000 operários para eleger Serra  



Demóstenes combina ‘bater’ em Gurgel, um ‘sem vergonha’




Em conversa com contraventor, parlamentar diz ser importante atacar procurador-geral, que arquivou representações da oposição contra Palocci.

Investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) chamou o procurador-geral, Roberto Gurgel, de “sem vergonha” durante o escândalo do caso Palocci, em 2011. Áudios obtidos pelo Estado mostram que, em conversa com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o parlamentar afirmou que tinha de “bater” em Gurgel para ele não se animar a investigá-lo.
Segundo a Polícia Federal, a interceptação foi feita na manhã seguinte a um pronunciamento no Senado em que Demóstenes criticava a atuação do procurador-geral, que arquivou a investigação contra o ex-ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, Antonio Palocci, por enriquecimento ilícito a partir de consultorias supostamente prestadas por sua empresa, a Projeto. A representação foi feita pelos partidos de oposição. Na ocasião, o senador foi um dos maiores críticos à postura de Gurgel.

“Se não der nele, ele (Gurgel) começa a pegar a gente também, você entendeu? Agora, se ele está cumprindo obrigação do governo, agora ele inocenta o governo e depois pega um da oposição. Isso é sem vergonha. Se não bater nele, ele anima”, disse Demóstenes, em conversa às 10h06 do dia 7 de junho de 2011. Cachoeira elogiou o discurso do parlamentar e ressaltou que o procurador ficou “desmoralizado” depois da fala do senador.

Na época em que Demóstenes criticava Gurgel, a PF já havia remetido ao procurador peças do inquérito da Operação Vegas, que demonstravam a proximidade entre o senador e Cachoeira. Nos grampos, o parlamentar pede dinheiro ao contraventor para pagar suas despesas. Contudo, mesmo de posse do material desde 2009, o procurador só pediu autorização ao STF para investigá-lo em 2012, após a crise provocada pela Operação Monte Carlo.

Na quarta-feira, dia da primeira sessão da CPI do Cachoeira no Congresso, o senador Fernando Collor (PTB-AL) propôs a convocação de Gurgel, mas o requerimento foi rejeitado. Questionado pela imprensa sobre por que não pediu autorização para investigar Demóstenes em 2009, Gurgel afirmou que o inquérito daquele ano dependia de informações que só viriam a ser obtidas na Monte Carlo, deflagrada há dois meses.
‘Fumaça’. As interceptações mostram que o senador e Cachoeira cogitavam representar ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra a recondução de Gurgel ao cargo. O procurador teria, segundo Demóstenes, deixado de cumprir sua obrigação funcional. “Seria uma ótima representar contra ele no Conselho,” diz o senador, animado com a proposta de Cachoeira de fazer um ato contra a recondução de Gurgel ao cargo.

Em 3 de agosto, durante a sabatina para a recondução, Demóstenes voltou a questionar o procurador sobre o arquivamento no caso Palocci. “Causou estranheza porque, para se iniciar uma investigação, bastam indícios, que são fumaças, e o que nós imaginávamos é que (ele) iria abrir um processo de investigação. Vossa excelência teve documentos a que nós não tivemos acesso, que são sigilosos, e há algumas situações muito estranhas. O Supremo já admitiu investigação a partir de matérias de jornal”, afirmou o senador.
Na época, Gurgel afirmou que não via indícios de crime e, por isso, decidiu arquivar as representações. “Não é possível concluir pela presença de indício idôneo de que a renda havida pelo representado (Palocci) como parlamentar ou por intermédio da Projeto adveio da prática de delitos, nem que tenha usado do mandato de deputado federal para beneficiar eventuais clientes de sua empresa perante a administração pública.”

Nesta sexta-feira, 27, a Procuradoria-Geral da República não comentou as críticas de Demóstenes relacionadas à atuação de Gurgel. Por meio de seu advogado, o senador informou que não comentaria os áudios da Monte Carlo.

Demóstenes chama Gilmar às falas. Por Cachoeira



Bom prá caceta !

Saiu no Estadão:

Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar afirma a Cachoeira que ter trabalhado junto com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para levar à máxima corte do país uma ação bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg). No diálogo, que durou pouco menos de quatro minutos e ocorreu no dia 16 de agosto de 2011, Demóstenes demonstra intimidade com o ministro ao tratá-lo apenas como “Gilmar”.


“Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar. Deu repercussão geral pro trem aí”, contou o senador, referindo-se a um instrumento processual que permite aos ministros escolherem os recursos que vão julgar de acordo com a relevância jurídica, política, econômica ou social.


Considerada por muitos políticos goianos má “caixa preta” do governo do Estado, a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca de R$ 6 bilhões. Demóstenes avaliou a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão judicial. “Dependendo da decisão dele, pode ser que essa Celg… essa Celg se salva (sic), viu?”, disse. “Eu acho que esse trem pode dar certo, viu?ele que consegue tirar uns dois… três bilhões das costas da Celg. Aí dá uma levantada, viu?”


Ao que Cachoeira responde: “Nossa senhora! Bom pra caceta, hein?”


Demóstenes e Gilmar Mendes foram motivo de polêmica quando, em 2008, a revista Veja publicou uma reportagem com uma suposta conversa entre ambos que teria sido grampeada ilegalmente. Os dois confirmaram a existência da conversa, mas a revista nunca publicou o áudio do diálogo.


A Celg foi motivo de m embate no Estado de Goiás quando, no fim de 2010, o então governador eleito Marconi Perillo (PSDB) anunciou, durante o período de transição, que não cumpriria um acordo costurado entre a gestão Alcides Rodrigues (PP) e o governo federal, que previa empréstimos da Caixa Econômica Federal (CEF) ao Estado de Goiás para tirar a companhia energética do atoleiro. A justificativa da equipe marconista era que o acordo continha cláusulas prejudiciais ao Estado. O governo Alcides viu motivação política na decisão da equipe de transição. Um ano depois, no fim de 2011, Marconi fechou um acordo com o governo federal para transferir à União o controle acionário da Celg, que foi federalizada.Conversa Afiada