20 DE FEVEREIRO DE 2009
'Indignado' com demissões, Lula pedirá explicações à Embraer
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou ''indignado'' com as 4.200 demissões na Embraer e vai convocar o presidente da empresa para uma reunião em Brasília, o mais rápido possível, para pedir explicações. O relato sobre a reação do presidente foi feito aos jornalistas pelo presidente da CUT, Arhur Henrique da Silva Santos, que na noite de quinta-feira (19) esteve com Lula no Palácio do Planalto.
Manifestação de protesto em São José dos Campos Segundo Artur Henrique, a indignação de Lula é enorme porque a Embraer, nos últimos anos, foi ''amplamente capitalizada'' com recursos do BNDES. O banco estatal de fomento aplicou cerca de US$ 7 bilhões na empresa desde sua privatização em 1995.
''Eles não poderiam tem feito isso''
''É um absurdo que uma empresa que recebeu recursos do BNDES, ao longo dos últimos anos, ao primeiro sinal de problemas, promova este enorme corte, sem uma única conversa com ninguém do governo, sem nos procurar. Isso é um absurdo'', desabafou Lula, conforme relato do sindicalista. ''Eles preferiram a política do fato consumado. Eles não poderiam tem feito isso sem falar antes com a gente'', desabafou Lula.
Os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e da Comunicação Social, Franklin Martins, também participaram da reunião. José Lopez Feijoó, da Executiva da CUT, que esteve no encontro no Planalto, contou que a Embraer havia marcado para ontem uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. ''Eles marcaram e não apareceram'', disse Feijoó.
De acordo com os sindicalistas, Lula quer analisar a situação com a empresa. ''A conversa será dura'', afirmou Feijoó, dizendo não saber se a convocação dos dirigentes da Embraer pelo presidente pode levar a empresa a voltar atrás nas demissões.
Ainda na quarta-feira, quando começaram os rumores sobre demissões na Embraer, os sindicalistas começaram a se mobilizar e pediram audiência a Lula nesta quinta-feira. Artur Henrique disse que em 2008 a Embraer vendeu 205 aeronaves, quando o planejamento estratégico previa a venda de 194. No comunicado desta quinta-feira, a Embraer reduz de 270 para 242 aeronaves a sua meta de produção para 2009.
Trabalhadores protestam
Os Sindicatos dos Metalúrgicos das bases atingidas pelas demissões – São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto – mais a Conlutas e a Força Sindical pretendem entrar com uma ação judicial no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas (SP) contra a Embraer na próxima quarta-feira (dia 25). De acordo com nota divulgada hoje, as entidades pedirão que o TRT reconheça a ilegalidade da dispensa coletiva.
Na manhã desta sexta-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos parou os ônibus que levavam os funcionários do primeiro turno da principal unidade da Embraer, naquela cidade. A polícia foi chamada para reforçar a segurança mas não houve conflito. Na véspera os sindicalistas foram para a porta da empresa propor uma paralisação do terceiro turno em protesto contra as demissões.
Maior facão em 40 anos da empresa
'Indignado' com demissões, Lula pedirá explicações à Embraer
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou ''indignado'' com as 4.200 demissões na Embraer e vai convocar o presidente da empresa para uma reunião em Brasília, o mais rápido possível, para pedir explicações. O relato sobre a reação do presidente foi feito aos jornalistas pelo presidente da CUT, Arhur Henrique da Silva Santos, que na noite de quinta-feira (19) esteve com Lula no Palácio do Planalto.
Manifestação de protesto em São José dos Campos Segundo Artur Henrique, a indignação de Lula é enorme porque a Embraer, nos últimos anos, foi ''amplamente capitalizada'' com recursos do BNDES. O banco estatal de fomento aplicou cerca de US$ 7 bilhões na empresa desde sua privatização em 1995.
''Eles não poderiam tem feito isso''
''É um absurdo que uma empresa que recebeu recursos do BNDES, ao longo dos últimos anos, ao primeiro sinal de problemas, promova este enorme corte, sem uma única conversa com ninguém do governo, sem nos procurar. Isso é um absurdo'', desabafou Lula, conforme relato do sindicalista. ''Eles preferiram a política do fato consumado. Eles não poderiam tem feito isso sem falar antes com a gente'', desabafou Lula.
Os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e da Comunicação Social, Franklin Martins, também participaram da reunião. José Lopez Feijoó, da Executiva da CUT, que esteve no encontro no Planalto, contou que a Embraer havia marcado para ontem uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. ''Eles marcaram e não apareceram'', disse Feijoó.
De acordo com os sindicalistas, Lula quer analisar a situação com a empresa. ''A conversa será dura'', afirmou Feijoó, dizendo não saber se a convocação dos dirigentes da Embraer pelo presidente pode levar a empresa a voltar atrás nas demissões.
Ainda na quarta-feira, quando começaram os rumores sobre demissões na Embraer, os sindicalistas começaram a se mobilizar e pediram audiência a Lula nesta quinta-feira. Artur Henrique disse que em 2008 a Embraer vendeu 205 aeronaves, quando o planejamento estratégico previa a venda de 194. No comunicado desta quinta-feira, a Embraer reduz de 270 para 242 aeronaves a sua meta de produção para 2009.
Trabalhadores protestam
Os Sindicatos dos Metalúrgicos das bases atingidas pelas demissões – São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto – mais a Conlutas e a Força Sindical pretendem entrar com uma ação judicial no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas (SP) contra a Embraer na próxima quarta-feira (dia 25). De acordo com nota divulgada hoje, as entidades pedirão que o TRT reconheça a ilegalidade da dispensa coletiva.
Na manhã desta sexta-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos parou os ônibus que levavam os funcionários do primeiro turno da principal unidade da Embraer, naquela cidade. A polícia foi chamada para reforçar a segurança mas não houve conflito. Na véspera os sindicalistas foram para a porta da empresa propor uma paralisação do terceiro turno em protesto contra as demissões.
Maior facão em 40 anos da empresa
O facão anunciado ontem suprime 4.272 postos de trabalho das unidades de São José dos Campos, Gavião Peixoto, Botucatu, além de Estados Unidos, França e Cingapura. É a maior demissão em massa na história da empresa, que completará 40 anos em 2009 e tem um histórico de drásticos cortes de pessoal.
Em 1990, pouco menos de 4 mil funcionários foram demitidos por causa de uma crise financeira. Em 1992, 2.468 foram dispensados durante o processo de privatização da Embraer. Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, a retração no transporte aéreo fez 1.800 trabalhadores da Embraer perderem o emprego.
Da redação, com agências .
Comentário.
Lula tem que ser duro demais com esses pilantras exploradores.Esses sanguessugas safados só pensam em mamar nas tetas do governo, sem querer dar nenhuma contrapartida.
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