28/02/2009
MP Eleitoral pede apuração sobre supostos vídeos denunciados pelo PSOL
MP Eleitoral pede apuração sobre supostos vídeos denunciados pelo PSOL
Autoridades pedirão informações ao MPF
O Ministério Público Eleitoral vai pedir à Polícia Federal (PF) uma apuração sobre a veracidade das provas que o PSOL diz existirem sobre arrecadação de caixa 2 na campanha da governadora Yeda Crusius.
O procurador regional eleitoral, Vitor Hugo Gomes da Cunha, pretende se reunir nos próximos dias com a PF para fazer a solicitação.
O objetivo é verificar se há provas de possíveis crimes eleitorais que teriam ocorrido durante a campanha de 2006.
– Se os vídeos citados pelo partido existem, ainda é preciso ver o conteúdo, saber se realmente deixam as situações claras – explicou Vitor Hugo.
Em outubro, o procurador já havia solicitado aos federais a abertura de uma nova investigação para propiciar uma releitura das provas coletadas na Operação Rodin – que desvendou a fraude do Detran. A reanálise visava a verificar possíveis indícios de crimes eleitorais no contexto da fraude que lesou a autarquia em pelo menos R$ 40 milhões. Sem entrar em detalhes, o procurador afirmou que a investigação segue sendo feita.
No último dia 19, o PSOL apresentou em entrevista coletiva uma lista de nove episódios que comprovariam irregularidades na campanha de Yeda e durante sua gestão no governo. A deputada Luciana Genro (PSOL) sustentou que os nove itens integram uma lista de 28 denúncias feitas pelo empresário e lobista Lair Ferst em um processo de delação premiada ao Ministério Público Federal. Lair é réu no caso Detran e, segundo a parlamentar, teria colaborado com as autoridades a fim de obter benefícios no processo.
Conforme o PSOL, Lair gravou os episódios em áudio e vídeo. É a existência desse material que o Ministério Público Eleitoral quer verificar.
A delação de Lair teria envolvido na investigação federal o ex-representante do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante. Ele apareceria em algumas das cenas supostamente captadas por Lair e, por isso, estaria para ser ouvido pelas autoridades e também teria um processo de delação premiada em andamento. Um dos procuradores que atuam na força-tarefa da Operação Rodin, Adriano Raldi, negou ter conhecimento das gravações citadas pelo PSOL e também disse desconhecer que Cavalcante prestaria depoimento.
Mas como não houve, até hoje, uma manifestação oficial do MPF sobre o caso, autoridades pretendem buscar informações a respeito das denúncias nos próximos dias.
O subprocurador-geral para assuntos institucionais do Ministério Público, Eduardo de Lima Veiga, e o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino, já anunciaram que irão procurar o órgão para saber sobre as gravações que o PSOL sustenta estarem em poder do MPF.
Fonte: ZERO FORA.
Coloboração da amiga Nancy Lima.
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