20/02/2009
Gasolina ficará mais barata
Ministro de Minas e Energia afirma que redução de preço aos consumidores é só uma questão de tempo, levando em conta que o custo do barril de petróleo desabou nos mercados externos
Andréa Machado
Rio - O preço da gasolina no mercado brasileiro vai cair este ano, segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ele afirmou que isso será possível, “se o preço do petróleo continuar como está”. No mercado internacional, a cotação da matéria-prima vem registrando quedas seguidas desde setembro do ano passado, quando explodiu a crise financeira mundial. Em meados de 2008, o preço médio do barril de petróleo chegou a US$ 131,22 — em julho, o barril atingiu o pico de US$ 147. Este mês, a média está em US$ 41,85. Ontem, pelo Índice Nymex, de Nova Iorque, o contrato do petróleo para março foi cotado a US$ 39,48.
O ministro explicou que ainda é cedo para dizer se a redução de preço pode acontecer já neste primeiro semestre. Mas acredita que a cotação internacional do petróleo deva se estabilizar em patamares “mais realistas”.
Lobão lembrou ainda que, do mesmo modo como o preço do combustível demorou para subir quando o petróleo teve uma escalada de alta, até o ano passado, os motoristas ainda não foram beneficiados com a diminuição do preço da gasolina, mesmo com a forte redução do petróleo. O ministro destacou que a Petrobras já vem reduzindo o preço do Querosene de Aviação (QAV).
DECISÃO FUTURA
Na quarta-feira, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, admitiu que é possível reduzir os preços da gasolina e do diesel no País, mas que essa é uma decisão a ser tomada futuramente. De acordo com Gabrielli, a estatal ainda precisa se recuperar de perdas anteriores, quando manteve preços mais baixos durante o aumento das cotações do petróleo nos últimos anos.
Para se proteger das flutuações nos preços dos combustíveis, o bancário Diego Maurell, 22 anos, optou por ter no seu veículo mais de uma opção. Além de contar com carro flex, Diego tem o kit-gás. Ele diz que, devido ao alto preço da gasolina, abastece mais com GNV e álcool. “O gás é mais econômico, mas perde na potência. Quando vou para destinos mais longos, uso o álcool”. Sobre a possível queda no preço da gasolina, Diego é cético: “Não deve haver queda significativa. Se baixar, não será superior a 5%”.
Petrobras garante gás no País
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, descartou nesta semana qualquer possibilidade de falta de gás no País. “Construímos dois terminais de regaseificação e aumentamos a produção. O que precisamos é ampliar a capacidade de oferta”, afirmou. Para tanto, serão construídos mais dois terminais: “Um deles será flexível, também poderá liquefazer, de tal maneira que nós poderemos até exportar gás”.
Gabrielli explicou que a empresa está trabalhando em um ciclo de montagem do sistema de abastecimento de gás que deverá ser concluído até 2011. “Com isso, serão mais de 9 mil quilômetros de gasodutos, com entrega acima de 70 milhões de metros cúbicos/dia no País. Está clara a capacidade de entrega de gás no mercado nacional”, garantiu.
Testes provam qualidade de combustíveis
Clientes da Rede Forza vão poder conferir a qualidade do combustível vendido nos postos. Na tentativa de transmitir transparência no abastecimento, técnicos passarão a visitar duas vezes por mês os estabelecimentos do grupo com equipamentos específicos para aferições dos tanques e bombas.
A estratégia foi adotada após a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) ter flagrado irregularidades em vários postos do Rio. No Dia da Qualidade, nome dado à campanha, haverá também uma equipe de funcionários do Forza distribuindo folhetos explicativos e brindes para os consumidores que participarem dos testes.
Com o serviço, será possível assistir a todas as análises de combustíveis (densidade, temperatura, teor alcoólico) e verificar a procedência através das notas fiscais. O programa é uma extensão do Combustível Legal, que incentiva o consumidor a assumir o papel de fiscal no recebimento e na armazenagem do produto.
O programa Combustível Legal foi criado em 2000. Até o mês de dezembro, mais de 20 mil clientes presenciaram os testes que certificam as condições para a comercialização dos combustíveis. A medida tem o objetivo de diferenciar o grupo Forza e atestar a qualidade dos produtos. A idéia é permitir que consumidores tenham segurança na hora de abastecer os veículos.
‘BOLSA-GELADEIRA’: DEFINIÇÃO SAIRÁ LOGO DEPOIS DO CARNAVAL
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que o programa que prevê incentivos para a troca de geladeiras — apelidado de Bolsa-Geladeira — será debatido em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo depois do Carnaval. Segundo Lobão, a idéia é substituir, num período de 10 anos, 10 milhões de refrigeradores por modelos que consomem menos energia.
Famílias de baixa renda poderão usar as geladeiras antigas como uma espécie de “entrada”, financiando o restante em longas prestações, que seriam subsidiadas pelo governo. O ministro confirmou que as geladeiras velhas serão vendidas ao setor de metalurgia.
Lobão afirmou que o programa poderá, quando implementado, gerar economia no consumo de energia equivalente a uma usina de 550 megawatts (MW): “E uma usina desse porte exigiria investimentos de R$ 2 bilhões”. Ele afirmou que as geladeiras terão o Selo Procel, de conservação de energia, o que vai significar 48% menos na conta de luz.
O plano foi discutido no início do mês em reunião no Palácio do Planalto. De acordo com Lobão, nesse novo encontro após o Carnaval, deverão ser definidos os detalhes do programa.
Em palestra a integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o ministro reconheceu que já pensou em pôr em prática um plano amplo para incentivar o consumo mais racional de energia elétrica. No entanto, segundo ele, desistiu da idéia, pelo menos por enquanto, por temer que o plano fosse interpretado como um sinal de que o País pudesse correr risco de apagão(O Dia).
Gasolina ficará mais barata
Ministro de Minas e Energia afirma que redução de preço aos consumidores é só uma questão de tempo, levando em conta que o custo do barril de petróleo desabou nos mercados externos
Andréa Machado
Rio - O preço da gasolina no mercado brasileiro vai cair este ano, segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ele afirmou que isso será possível, “se o preço do petróleo continuar como está”. No mercado internacional, a cotação da matéria-prima vem registrando quedas seguidas desde setembro do ano passado, quando explodiu a crise financeira mundial. Em meados de 2008, o preço médio do barril de petróleo chegou a US$ 131,22 — em julho, o barril atingiu o pico de US$ 147. Este mês, a média está em US$ 41,85. Ontem, pelo Índice Nymex, de Nova Iorque, o contrato do petróleo para março foi cotado a US$ 39,48.
O ministro explicou que ainda é cedo para dizer se a redução de preço pode acontecer já neste primeiro semestre. Mas acredita que a cotação internacional do petróleo deva se estabilizar em patamares “mais realistas”.
Lobão lembrou ainda que, do mesmo modo como o preço do combustível demorou para subir quando o petróleo teve uma escalada de alta, até o ano passado, os motoristas ainda não foram beneficiados com a diminuição do preço da gasolina, mesmo com a forte redução do petróleo. O ministro destacou que a Petrobras já vem reduzindo o preço do Querosene de Aviação (QAV).
DECISÃO FUTURA
Na quarta-feira, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, admitiu que é possível reduzir os preços da gasolina e do diesel no País, mas que essa é uma decisão a ser tomada futuramente. De acordo com Gabrielli, a estatal ainda precisa se recuperar de perdas anteriores, quando manteve preços mais baixos durante o aumento das cotações do petróleo nos últimos anos.
Para se proteger das flutuações nos preços dos combustíveis, o bancário Diego Maurell, 22 anos, optou por ter no seu veículo mais de uma opção. Além de contar com carro flex, Diego tem o kit-gás. Ele diz que, devido ao alto preço da gasolina, abastece mais com GNV e álcool. “O gás é mais econômico, mas perde na potência. Quando vou para destinos mais longos, uso o álcool”. Sobre a possível queda no preço da gasolina, Diego é cético: “Não deve haver queda significativa. Se baixar, não será superior a 5%”.
Petrobras garante gás no País
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, descartou nesta semana qualquer possibilidade de falta de gás no País. “Construímos dois terminais de regaseificação e aumentamos a produção. O que precisamos é ampliar a capacidade de oferta”, afirmou. Para tanto, serão construídos mais dois terminais: “Um deles será flexível, também poderá liquefazer, de tal maneira que nós poderemos até exportar gás”.
Gabrielli explicou que a empresa está trabalhando em um ciclo de montagem do sistema de abastecimento de gás que deverá ser concluído até 2011. “Com isso, serão mais de 9 mil quilômetros de gasodutos, com entrega acima de 70 milhões de metros cúbicos/dia no País. Está clara a capacidade de entrega de gás no mercado nacional”, garantiu.
Testes provam qualidade de combustíveis
Clientes da Rede Forza vão poder conferir a qualidade do combustível vendido nos postos. Na tentativa de transmitir transparência no abastecimento, técnicos passarão a visitar duas vezes por mês os estabelecimentos do grupo com equipamentos específicos para aferições dos tanques e bombas.
A estratégia foi adotada após a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) ter flagrado irregularidades em vários postos do Rio. No Dia da Qualidade, nome dado à campanha, haverá também uma equipe de funcionários do Forza distribuindo folhetos explicativos e brindes para os consumidores que participarem dos testes.
Com o serviço, será possível assistir a todas as análises de combustíveis (densidade, temperatura, teor alcoólico) e verificar a procedência através das notas fiscais. O programa é uma extensão do Combustível Legal, que incentiva o consumidor a assumir o papel de fiscal no recebimento e na armazenagem do produto.
O programa Combustível Legal foi criado em 2000. Até o mês de dezembro, mais de 20 mil clientes presenciaram os testes que certificam as condições para a comercialização dos combustíveis. A medida tem o objetivo de diferenciar o grupo Forza e atestar a qualidade dos produtos. A idéia é permitir que consumidores tenham segurança na hora de abastecer os veículos.
‘BOLSA-GELADEIRA’: DEFINIÇÃO SAIRÁ LOGO DEPOIS DO CARNAVAL
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que o programa que prevê incentivos para a troca de geladeiras — apelidado de Bolsa-Geladeira — será debatido em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo depois do Carnaval. Segundo Lobão, a idéia é substituir, num período de 10 anos, 10 milhões de refrigeradores por modelos que consomem menos energia.
Famílias de baixa renda poderão usar as geladeiras antigas como uma espécie de “entrada”, financiando o restante em longas prestações, que seriam subsidiadas pelo governo. O ministro confirmou que as geladeiras velhas serão vendidas ao setor de metalurgia.
Lobão afirmou que o programa poderá, quando implementado, gerar economia no consumo de energia equivalente a uma usina de 550 megawatts (MW): “E uma usina desse porte exigiria investimentos de R$ 2 bilhões”. Ele afirmou que as geladeiras terão o Selo Procel, de conservação de energia, o que vai significar 48% menos na conta de luz.
O plano foi discutido no início do mês em reunião no Palácio do Planalto. De acordo com Lobão, nesse novo encontro após o Carnaval, deverão ser definidos os detalhes do programa.
Em palestra a integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o ministro reconheceu que já pensou em pôr em prática um plano amplo para incentivar o consumo mais racional de energia elétrica. No entanto, segundo ele, desistiu da idéia, pelo menos por enquanto, por temer que o plano fosse interpretado como um sinal de que o País pudesse correr risco de apagão(O Dia).
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