quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

MÃE DO PAC É RECEBIDA COM FESTA POR SINDICALISTAS

18/02/2009
Dilma é recebida com festa por sindicalistas em São Paulo

No mesmo dia em que PSDB e DEM protocolaram ação na Justiça Eleitoral contra o suposto uso de eventos do governo federal para divulgar a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial, a ministra foi recebida com festa em evento da Força Sindical em São Paulo.

Convidada para falar sobre o PAC (Plano de Aceleração da Campanha) na sede da central sindical, Dilma foi a única dos convidados a ser aplaudida de pé pela plateia de sindicalistas, que lotou o auditório para ver a ministra.


Nas paredes, ao menos dez faixas de agradecimentos à Dilma em nome de sindicatos e políticos ali presentes. "Agradecemos a ministra pelos empregos criados pelo PAC", dizia uma das faixas. Também convidado para o encontro, o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), ganhou apenas duas faixas de agradecimentos.

Na sucessão de discursos que anteciparam a palestra de Dilma, a fala de Elza Pereira, mulher do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e tesoureira do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, foi a única a mencionar a possível candidatura de Dilma em 2010. "O Brasil está pronto para eleger uma mulher para comandar este país", disse.

Já Paulinho tentou amenizar o tom eleitoreiro lembrando o tempo que ainda falta para as eleições. "Muitos vão dizer que a ministra veio aqui para fazer campanha política, mas nós ainda estamos a dois anos da eleição", disse o deputado.

Ao final do encontro, a ministra disse não ser possível controlar as manifestações de apoio. "Eu não policio ninguém, eu vivo uma democracia, as pessoas tem o direito de se manifestar", afirmou.

Ação

A ministra também sugeriu haver um cerceamento do direito de a população se manifestar ao comentar a ação da oposição que questiona sua participação em encontro com prefeito. O DEM e o PSDB sustentam, na ação, que o encontro na semana passada foi usado para divulgar a pré-candidatura da petista ao Palácio do Planalto.

"Sou da época em que música era crime contra a segurança nacional, sou da época em que não se podia ir a teatro, em que greve era punida com prisão, eu sei perfeitamente o valor de uma manifestação [...]. Acho estranho que essas tentativas sempre ocorram quando há políticas do governo sendo implantadas e políticas que beneficiam o Brasil", disse Dilma.
Folha Online.

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