28/2/2009
Por Redação - de São Paulo
Presidente do STF, Mendes é acusado de agir em favor do provável candidato tucano, José SerraCoordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stedile classificou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de "Berlusconni tupiniquim" e defensor de "militares da ditadura". Segundo Stedile, Mendes "desde que assumiu (no STF), (...) ataca os povos indígenas, os quilombolas, os direitos dos trabalhadores, dos operários".
Ainda segundo o militante do MST, a (revista) Carta Capital acertou “na mosca” ao identificar a vinculação das críticas de Gilmar com a administração de José Serra. Segundo ele, a região do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado, tem um passivo de conflito agrário que persiste há décadas. “Lá existem 400 mil hectares de terras públicas estaduais e há sentenças determinando que o governo recolha essas terras e pague os fazendeiros pelas benfeitorias realizadas”, disse, em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim.
No entanto, "o programa de reforma agrária estadual foi paralisado pela administração Serra", denuncia Stedile. O mais recente confronto entre militantes e o governo ocorreu por conta do Carnaval Vermelho, série de invasões promovidas por José Rainha, líder sem-terra que saiu do MST e atua com seu próprio movimento. Ao deflagrar as invasões, Rainha enfatizou que visava pressionar o governo estadual.
– Então o José Serra, bem articulado com a imprensa brasileira, assim como na semana passada acionou o Jarbas Vasconcelos para bater no Sarney, agora ele tem se articulado com o senhor Gilmar Mendes para colocar a sua trupe em defesa da situação de São Paulo. Lamentavelmente, os problemas da terra ficarão de novo marginalizados. Daqui até outubro de 2010 seremos vítimas dessa disputa eleitoral pelo Palácio do Planalto que já está instalada pelo senhor José Serra. Enfim, a direita brasileira já tem o seu Berlusconi tupiniquim – disse Stedile, na entrevista concedida por telefone.
Investigação
Stedile também refutou as acusações de Gilmar Mendes sobre a utilização supostamente irregular de recursos federais pelas entidades do movimento sem-terra.
– Isso não passa de um jogo de palavras – disse.
Segundo ele, durante o governo FHC uma série de funções que originalmente pertenciam ao Estado, como a contratação de agrônomos para oferecer assistência técnica aos agricultores e a alfabetização rural, foram repassadas para Organizações Não Governamentais, criadas com incentivo da administração federal.
Ao final do governo FHC, pontua Stedile, o uso dos recursos pelas entidades ligadas ao movimento sem-terra também havia sido questionado.
– Foi uma paranóia. Eles investigaram exaustivamente conta por conta e nada encontraram – afirmou.
O coordenador do MST questionou ainda a inexistência de críticas sobre a ONG Alfabetização Solidária, criada pela ex-primeira-dama Ruth Cardoso que, segundo ele, recebeu R$ 330 milhões dos cofres públicos.
– Provavelmente, foi o programa de alfabetização de adultos mais caro do mundo – concluiu.
Às 13h04, o CdB tentou, sem sucesso, localizar o presidente do STF, Gilmar Mendes, para as possíveis manifestações dele acerca das denúncias.
Por Redação - de São Paulo
Presidente do STF, Mendes é acusado de agir em favor do provável candidato tucano, José SerraCoordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stedile classificou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de "Berlusconni tupiniquim" e defensor de "militares da ditadura". Segundo Stedile, Mendes "desde que assumiu (no STF), (...) ataca os povos indígenas, os quilombolas, os direitos dos trabalhadores, dos operários".
Ainda segundo o militante do MST, a (revista) Carta Capital acertou “na mosca” ao identificar a vinculação das críticas de Gilmar com a administração de José Serra. Segundo ele, a região do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado, tem um passivo de conflito agrário que persiste há décadas. “Lá existem 400 mil hectares de terras públicas estaduais e há sentenças determinando que o governo recolha essas terras e pague os fazendeiros pelas benfeitorias realizadas”, disse, em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim.
No entanto, "o programa de reforma agrária estadual foi paralisado pela administração Serra", denuncia Stedile. O mais recente confronto entre militantes e o governo ocorreu por conta do Carnaval Vermelho, série de invasões promovidas por José Rainha, líder sem-terra que saiu do MST e atua com seu próprio movimento. Ao deflagrar as invasões, Rainha enfatizou que visava pressionar o governo estadual.
– Então o José Serra, bem articulado com a imprensa brasileira, assim como na semana passada acionou o Jarbas Vasconcelos para bater no Sarney, agora ele tem se articulado com o senhor Gilmar Mendes para colocar a sua trupe em defesa da situação de São Paulo. Lamentavelmente, os problemas da terra ficarão de novo marginalizados. Daqui até outubro de 2010 seremos vítimas dessa disputa eleitoral pelo Palácio do Planalto que já está instalada pelo senhor José Serra. Enfim, a direita brasileira já tem o seu Berlusconi tupiniquim – disse Stedile, na entrevista concedida por telefone.
Investigação
Stedile também refutou as acusações de Gilmar Mendes sobre a utilização supostamente irregular de recursos federais pelas entidades do movimento sem-terra.
– Isso não passa de um jogo de palavras – disse.
Segundo ele, durante o governo FHC uma série de funções que originalmente pertenciam ao Estado, como a contratação de agrônomos para oferecer assistência técnica aos agricultores e a alfabetização rural, foram repassadas para Organizações Não Governamentais, criadas com incentivo da administração federal.
Ao final do governo FHC, pontua Stedile, o uso dos recursos pelas entidades ligadas ao movimento sem-terra também havia sido questionado.
– Foi uma paranóia. Eles investigaram exaustivamente conta por conta e nada encontraram – afirmou.
O coordenador do MST questionou ainda a inexistência de críticas sobre a ONG Alfabetização Solidária, criada pela ex-primeira-dama Ruth Cardoso que, segundo ele, recebeu R$ 330 milhões dos cofres públicos.
– Provavelmente, foi o programa de alfabetização de adultos mais caro do mundo – concluiu.
Às 13h04, o CdB tentou, sem sucesso, localizar o presidente do STF, Gilmar Mendes, para as possíveis manifestações dele acerca das denúncias.
Fonte:Correio do Brasil.
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