22/02/2009
Pivô da crise no RS trocou colunas sociais pela política
Folha de S.Paulo
Até se converter no pivô da crise que abala o governo do Rio Grande do Sul desde o final de 2007, Lair Antonio Ferst, 51, era conhecido como empresário bem-relacionado, assessor político com trânsito em governos e frequentador de colunas sociais.
Na semana passada, voltou aos noticiários com a acusação do PSOL --que ele nega-- de que teria entregue à Justiça Federal vídeos e áudios que mostram a prática de caixa dois na campanha do PSDB ao governo e o envolvimento direto da governadora Yeda Crusius no desvio de R$ 44 milhões do Detran. Ferst é réu na ação sobre fraudes na autarquia.
Nascido na região central do Estado, Ferst se tornou conhecido como empresário do setor calçadista no Vale dos Sinos. Foi parar nas colunas sociais ao se casar, em 1989, com a ex-Miss Brasil Deise Nunes.
Nos anos 90, a proximidade com ex-deputado federal Nelson Marchezan o levou para a política. Assessor do parlamentar, morto em 2002, Ferst era conhecido pela habilidade política e bons relacionamentos. Marchezan saiu do PPR em 1995 para, mais tarde, juntar-se ao PSDB. Ferst o seguiu.
Como principal assessor do deputado no Estado, teve embates com Carlos Crusius, então articulador político e marido da atual governadora. Yeda, deputada tucana, rivalizava com Marchezan. Entre os embates de Brasília e a coordenação informal da campanha de Yeda, em 2006 --confirmada pelo vice-governador Paulo Feijó (DEM), Ferst passou pela liderança da bancada tucana na Assembleia e integrou o diretório estadual do PSDB.
No governo anterior, de Germano Rigoto (PMDB), as empresas de Ferst --que estão em nome de familiares-- já mantinham contratos com o Detran. Desfiliado do PSDB, Ferst tenta desde abril acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Em troca de informações envolveriam políticos com foro privilegiado, quer ser liberado das acusações.
Comentário.
Interessante, esse ex-tucano começou a roubar no Governo Germano Rigotto, do PMDB de Simon e Jarbas.A propósito, até hoje Simon não deu um pio sobre a roubalheira no governo Yeda.
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