sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

CNBB CONDENA PARCIALIDADE DE GILMAR MENDES

CNBB defende MST contra parcialidade de Gilmar Mendes
27/02/2009


Porta-voz da Confederação Nacional dos Bispo do Brasil (CNBB), o padre Nelito Dornelas, criticou as reações públicas contra o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no conflito que resultou nas mortes de quatro seguranças das fazendas Jabuticaba e Consulta em Pernambuco. Diante do caso, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, combateu o financiamento público às entidades que promovem ocupações ilegais.


Nesta quinta (26), depois de condenar as ocupações em Pernambuco durante o carnaval, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) elogiou a posição do presidente do STF. O mesmo fez o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para quem Gilmar Mendes prestou um grande serviço ao Brasil.


A igreja fica indignada com essa parcialidade. Por que a Justiça é tão ágil para se posicionar contra os movimentos sociais, mas não para julgar os latifundiários? Somos radicalmente contra a morte, mas essa parcialidade nos entristece?, disse o padre Dornelas em entrevista ao Jornal do Brasil.


Segundo ele, a CNBB espera que o caso seja apurado rapidamente e que os culpados sejam punidos, mas criticou as reações públicas contra o movimento. O padre informou que os advogados da Comissão Pastoral da Terra já estão acompanhando o caso. Ele diz que o MST não é um movimento marginal e nem terrorista.


O padre Dornelas exemplificou como parcialidade a não condenação do fazendeiro acusado de matar a missionária Doroty Stang em Anapu (PA), caso que completou quatro anos na última quinta (12). O mandante do crime, fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi absolvido pela Justiça do Pará no ano passado.


Em nota, o MST afirmou que os acusados de matar os quatro seguranças em Pernambuco agiram em legítima defesa para evitar um massacre. Segundo o movimento, desde sábado pistoleiros e milícias armadas rondavam os acampamentos. Eles entraram no local e agrediram um trabalhador. O tumulto começou quando um dos segurança sacou uma arma.



De Brasília,

Iram Alfaia
Comentário.
Bem, ou o Congresso Nacional(o povo) derruba Mendes ou Mendes derruba a República do Brasil. Impeachment já!

Um comentário:

Anônimo disse...

é complicado religiao se metendo na politica, a igreja tem muita propriedade por que ela nao começa a dar o exemplo?