quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

É ASSIM QUE TUCANO CUIDA DA EDUCAÇÃO

19/02/2009

Em Alagoas, alunos têm rodízio de aula e sentam no chão por falta de mesas e cadeiras em escolas

Uma visita do Ministério Público de Alagoas (MPE) flagrou alunos de uma escola da rede estadual em Maceió assistindo a aulas no chão por falta de mesas e cadeiras. O flagrante desta quarta-feira (18) faz parte de uma análise que o Ministério Público faz em escolas do Estado para averiguar denúncias de infraestrutura precária.


O Ministério Público de Alagoas flagrou alunos de uma escola estadual assistindo aulas no chão por falta de mesas e cadeiras .Após a vistoria, a promotora do caso visitou o depósito da Secretaria de Educação e encontrou um amontoado de carteiras sem uso. Relatório do MP aponta drogas, "sumiço" de professores e evasão nas escolas em Alagoas

Na terça-feira (17), foi a vez da direção de uma escola municipal de Maceió denunciar que alunos são obrigados a fazer "rodízio" de aulas para não assistirem aulas sentados no chão. Na escola municipal Antônio Semeão Lamenha Lins, um grupo de mais de 1.000 alunos se reveza em dias diferentes da semana desde 2007. Às segundas, quartas e sextas-feiras, as aulas acontecem para os alunos das 2ª e 4ª séries; já as terças e quintas-feiras são reservadas para os estudantes da 1ª e 3ª séries. O MPE acredita que os casos são uma constante na rede pública de educação do Estado e dos municípios.

No caso do Estado, a visita foi à escola estadual Rosalva Pereira Viana, que fica no bairro do Tabuleiro do Martins, periferia da capital alagoana. A investigação do MPE faz parte de um processo administrativo instaurado sobre a falta de condições de funcionamento da escola. No momento da visita, várias crianças assistiam às aulas sentadas no chão. Além disso, as poucas cadeiras no local estavam em condições precárias de uso.

Segundo a promotora da Vara da Fazenda Pública, Cecília Carnaúba, a situação encontrada é "vergonhosa". "Foi de doer o coração ver uma cena destas", lamentou, dizendo que o Ministério Público vai cobrar, de imediato, condições dignas para os estudantes. "Se houver prova de irresponsabilidade do gestor, o fato pode gerar até mesmo uma ação de improbidade administrativa", advertiu a promotora.

Para ela, a Secretaria da Educação do Estado não poderia deixar a situação chegar a esse limite, e os gestores podem responder pela omissão. "As condições de funcionamento jamais deveriam ter chegado a um ponto onde tirasse a dignidade. Esse desabastecimento da rede ofendeu o princípio da eficiência garantido e exigido por lei", afirmou.

A promotora visitou também o depósito da secretaria estadual e encontrou um amontoado de carteiras sem uso. "A secretaria disse que essas carteiras do depósito têm finalidade certa. Mas recomendei que que elas sejam mandadas logo para esse destino. O que não vou aceitar é essa situação permanecer", disse.

A falta de carteiras não é exclusividade de uma escola, afirma a promotora, que estuda ingressar com uma ação civil pública nos próximos 15 dias.


Outro lado

A Secretaria da Educação do Estado informou que o problema da falta de cadeiras e mesas escolares deve ser resolvido de forma rápida. Nesta quinta-feira (19), o Estado informou que vai receber 50 mil novas carteiras escolares "depois do Carnaval", sem data específica, que serão destinadas às escolas que necessitem de peças.

De acordo com o coordenador especial de gestão administrativa da secretaria, Teógenes Café, foram compradas 200 mil novas carteiras escolares que "devem chegar aos poucos" , nos próximos dois anos, ao custo de R$ 40 milhões com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Um lote de 50 mil deve entrar na primeira etapa da distribuição. "Todo esse montante será distribuído ao longo dos próximos dois anos", declarou, sem estabelecer prazos detalhados.

Café informou também que 4.168 conjuntos de mesas e cadeiras escolares adquiridos com recursos próprios começaram a ser distribuídos desde janeiro.

Ainda segundo Café, as novas carteiras serão utilizadas por alunos dos ensinos fundamental e médio. "Parte da estrutura desses móveis é de PVC de alta resistência. Logo depois do Carnaval começaremos a fazer a distribuição dessa primeira leva", disse.
Comentário.
Mas não é só em Maceió que isso ocorre esse tipo de coisas.Em São Paulo, administrado há mais de duas décadas pela dupla DEMO-TUCANO, também ocorre isso, conforme noticiou o PIG:
"Escola estadual de SP adota rodízio para 300 alunos. A escola estadual Professor Francisco Alves Mourão, em Pedreira (zona sul de SP), está adotando desde anteontem, início do ano letivo, um rodízio de aulas para cerca de 300 alunos da 3ª e 4ª séries. As aulas, segundo relato de pais de alunos, acontecem em uma sala multiuso apertada, que tem capacidade para cerca de 50 pessoas, mas está sendo usada por 80 crianças"(Folha Online).

3 comentários:

necolima disse...

Meu Terrível Geografo

Alagoas, pela proximidade de Barreiros, não podia mesmo ser boa coisa....

PS- Não fale mal da terra do Companheiro Renan!!!!

Lingua de Trapo disse...

Caro Terror, e você pensa que por aqui é diferente? Estou só aguardando a chegada de um CD que me foi enviado pelo SindUTE-MG. A descrição do conteúdo do mesmo está ai em baixo. Desculpe-me pelo excesso de informação. Quero ver se o Aécio segura a nossa língua.

Radiografia da Educação Mineira

Este é o nome da revista que o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) lançou nessa sexta-feira (13.2). Trata-se da primeira de uma série de atividades que vão marcar as comemorações dos 30 anos de luta do Sindicato em 2009.

Representantes da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT), dos movimentos social e sindical, da categoria e alunos estiveram presentes à solenidade de lançamento, que aconteceu no Sindicato dos Jornalistas, à Av. Álvares Cabral, 400, centro da capital mineira.

Produzida pelo Sindicato em edição especial, a publicação é assinada pela jornalista Daniela Arbex, que percorreu três regiões do Estado de Minas Gerais e a capital mineira, visitando escolas públicas estaduais para colher depoimentos que subsidiaram a redação da ‘Radiografia da Educação Mineira’.

A reportagem comprova o que o Sind-UTE/MG há muito denuncia no Estado: um completo descaso do governo de Minas para com a educação.

Na oportunidade, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Inez Camargos destacou a importância de relatar o cotidiano que os trabalhadores vivem nas escolas de Minas Gerais. “A violência e a falta de condição de trabalho ficam mascaradas por um projeto do governo estadual que privilegia algumas escolas, e apenas os bons exemplos aparecem nos meios de comunicação”, afirmou.

Para divulgar a realidade da educação mineira a publicação foi distribuída gratuitamente como encarte aos assinantes do jornal O Tempo neste domingo. Para ampliar a divulgação a revista também está disponível no site da entidade: www.sindutemg.org.br.

De acordo com a direção do Sind-UTE/MG, a idéia é fazer este debate com a sociedade, alunos, pais e educadores para, conjuntamente, discutir e garantir melhores condições para todas as escolas do estado. Assim, a direção acredita que irá avançar nas conquistas, pois só através da luta entende que se implanta, de fato, uma educação pública de qualidade social – direito este de todos os cidadãos.

Assessoria de Imprensa Sind-UTE/MG: Eficaz Comunicação
(31) 3047-6122 / 9968-0671
ira, 13.

O TERROR DO NORDESTE disse...

Caro blogueiro, fique à vontade no uso deste espaço para falar mal de DEMO e tucano.