Jornal do Brasil - 03/06/2009
Ministro do Meio Ambiente volta a criticar ruralistas e promete montanha de ações judiciais
O desmatamento na Amazônia entre fevereiro e abril foi responsável pela perda de uma área de pelo menos 197 quilômetros quadrados de florestas, de acordo com relatório do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Inpe registrou 1.992 quilômetros quadrados de desmatamento, houve queda de 90%.
No entanto, por causa da alta cobertura de nuvens na região no período, o instituto reconhece que a "representatividade da análise é reduzida", ou seja, a devastação pode ter sido muito maior. De acordo com o instituto, por causa das nuvens, os satélites só conseguiram observar cerca de 20% da Amazônia entre fevereiro e abril deste ano.
"O baixo índice de áreas de alerta detectadas deve-se à pouca oportunidade de observação devido à presença de uma extensa cobertura de nuvens sobre a região durante o trimestre, chegando a cobrir mais 88% da região no mês de março", ressalta o relatório. A maior parte do desmatamento – 143 quilômetros quadrados – foi verificada em fevereiro, quando a cobertura de nuvens era de 80%.
Os 197 quilômetros quadrados de desmate foram registrados em Mato Grosso, Rondônia, Roraima e no Pará. De acordo com o Inpe, os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Tocantins e Maranhão não foram monitorados devido à alta proporção de cobertura de nuvens no trimestre.
Mato Grosso foi responsável por mais de 56% do desmatamento no período, com 111,8 quilômetros quadrados de floresta a menos no estado em três meses. O Pará vem em seguida, com cerca de 25% – 50,9 quilômetros quadrados. Roraima aparece em terceiro, com 20,9 quilômetros quadradros de desmate – 10,6% do total registrado no trimestre.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou ontem que o governo pretende entrar com 70 ações civis públicas contra grandes desmatadores. No ano passado, foram impetradas 100 ações civis públicas desse tipo, que tiveram entre os alvos empresários, políticos e fazendeiros.
– Vai ter uma intensificação brutal das operações em junho e julho. Vamos cair com tudo em cima – prometeu o ministro. Minc disse ainda que no próximo dia 19 de junho o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma comitiva de ministros visitarão municípios da Amazônia Legal para participar da Operação Arco Verde, que dará alternativas para pequenos produtores que até então viviam do desmatamento da floresta, entre elas linhas de crédito, regularização fundiárias, piscicultura e outros.
– É um complemento obrigatório das operações (da Polícia Federal) Arco de Fogo e dos Guardiões )de combate ao desmatamento), senão estamos enxugando gelo – completou.
Minc voltou a criticar duramente os produtores rurais que questionam seu trabalho à frente do ministério.
– O fato de os ruralistas estarem preocupados com a minha permanência do ministério me faz achar que estou no caminho certo – disse o ministro. – Podem me insultar e pedir minha cabeça que vou continuar governando, vou continuar coibindo os vossos crimes ambientais.
– Impedimos eles (os ruralistas) de esquartejar a legislação brasileira e conseguimos refazer o acordo histórico entre a agricultura familiar e os ambientalistas. A CNA (Confederação Nacional da Agricultura) perdeu uma margem que ela tinha de manobra, eles estão desesperados e querem me tirar do governo – analisou Minc – Que me conste, o Brasil é comandado pelo presidente Lula, e não pelos ruralistas. Alias, se tivesse sendo comandado pelos ruralistas, não ia ter Bolsa Família, ia ter Bolsa Latifundiário.
3 comentários:
Esta corja de latifundiários que não produz nada para colocar na mesa da população, só plantam soja e milho transgênicos, ou seja, as tais comodities que vão engordar o gado dos ianques e europeus, agora piraram de vez, querem mandar no governo, o tasso o doidão do Ceará, e katia Abreu, usam a tribuna do Senado para ameaçar o ministro Minc. Esta cambada conseguem se eleger a peso de Ouro. estão começando a darem com os burros n´água. O minc tem ido lá e conversado diretamente com os pequenos produtores, conscientisando-os, mostrando a verdadeira face desta gente, vem daí os discursos raivosos destes fazendeirões.
RBM- GOVERNADOR VALADARES MG
Exatamente.
POLITICA DE COTAS NAS UNIVERSIDADES.
Sou contra a politica de cotas, no entanto é preciso fazer-mos uma reflexão,em mais de quinhentos anos de existência do Estado Brasileiro,foi no governo Lula que efetivamente tivemos uma mobilidade na pirâmide social,Nos governos anteriores,praticava-se a "politica do pão e circo",a fim de manter o cabresto eleitoral,reconheço que dar conhecimento ao povo para classe dominante,lesa pátria entreguista que segue a orientação da CIA através da Fundação Ford,é um perigo. Com o povo esclarecido esta oligarquia que domina o congresso,fala em nome do povo e efetivamente trabalha para as elites,"sofreria um baque"é o caso do Dep estadual Bolssonaro.O que êle propôe em troca,nada ,desta forma as universidades públicas que deveriam priorisar alunos das escolas públicas,ficam a mercê dos alunos dos super e caríssimos colégios particulares.O Brasil precisa urgente de um PAC do ensino,urge estabelecer um ensino integral em todos os níveis,gratuito,não podemos esperar pelo Pré Sal,temos em nosso pais uma jogatina clandestina que só serve para 'alimentar "a corrupção,creio que deveríamos tornar o jogo legal,taxa-lo e empregar toda a arrecadação no ensino integral.O colonialismo cultural alienante é praticado sútilmente a serviço do império(EUA),nossas elites são apátridas.Para entendermos o seu aliciamento recomendo os livros'QUEM PAGOU A CONTA?" E O LIVRO " A REVOLUÇÃO CIVIL E MILITAR 40 ANOS DEPOIS".Você ficará estarrecido.Luiz Martins da Rocha(lmartinsrocha@hotmail.com)
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