Terça, 9 de junho de 2009
Carolina Oms
Especial para Terra Magazine
Policiais Militares e estudantes em greve se enfrentaram no campus da USP (Universidade de São Paulo), durante um ato realizado por funcionários e alunos nesta terça-feira, 9, na zona oeste de São Paulo. O clima é de desespero na cidade universitária.
O diretor do Sindicato dos Funcionários da USP, Claudionor Brandão, foi preso durante o confronto.
Estudantes não atendem a celulares. Atletas se refugiam no Crusp (Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo), tossindo em decorrência da fumaça de bombas de gás lacrimogênio lançadas pelo Batalhão do Choque.
A polícia empregou bombas de efeito moral em, no mínimo, três pontos: no portão principal, na Praça do Relógio e na Av. Prof. Luciano Gualberto, conhecida como Rua dos Bancos.
O ato - que incluia funcionários da USP, Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) - transcorria pacificamente, até o momento em que os estudantes e funcionários foram, em passeata, até a reitoria.
A confusão começou quando os estudantes notaram que estavam sendo escoltados por cerca de cinco policiais desarmados; eles tentaram encurrular os PMs para fora do campus.
O Batalhão do Choque foi acionado, e começou a jogar bombas de lacrimogênio contra os manifestantes. Não houve dispersão, e alguns estudantes e funcionários reagiram atirando pedras nos policiais.
Os manifestantes reivindicam a reabertura de negociações salariais com o Conselho de Reitores das Universidades Paulistas (Cruesp), paralisadas no último dia 25, além de reajuste salarial de 16%, e o fim de processos administrativos contra servidores e alunos que participaram de greves anteriores.
Terra Magazine
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