O blecaute que atingiu 18 Estados e o Distrito Federal na noite de quarta-feira (11) e início da madrugada de ontem, afetando diretamente a vida de milhões de pessoas, deixou perguntas sem respostas e foi mais um gerador de fatos com consequências ainda sem melhor compreensão. O Ibope, em São Paulo, entre eles.
No momento do “apagão”, 22h13, a TV Globo registrava 30,3 pontos. Se a pane atingiu todos os lares, inclusive aqueles – presume-se – dotados do peoplemeter, aparelho que mede a audiência, presume-se que a queda deveria ser imediata. Considerando-se o residual, alguma coisa como 2 ou 3 minutos depois. Mas não foi isto que aconteceu. Só às 22h30, a Globo foi dar 0,9.
Chamado a se manifestar, o Ibope, através da sua Assessoria de Imprensa, enviou a nota:
"Diante da pane elétrica ocorrida em diversos estados do Brasil na noite de ontem (10/11), informamos que:
- Em todas as regiões onde o Ibope Mídia afere eletronicamente o consumo regular de TV, a coleta de dados é realizada via Peoplemeter e a transmissão é feita através do módulo de telefonia celular (de uso exclusivo para o envio) por meio da internet;
- O Ibope Mídia conta com uma estrutura preparada para o recebimento das informações coletadas, independente da ausência de energia elétrica, uma vez que possui geradores próprios de energia em sua central;
- Porém, diante do ocorrido, os domicílios que fazem parte da amostra não tiveram capacidade de transmitir os dados a partir das 22h20;
- O Ibope Mídia está trabalhando na análise das informações que foram recuperadas, para garantir que as mesmas sejam disponibilizadas hoje ao mercado, seguindo o padrão de qualidade da empresa."
O que mais se comentou nos bastidores da TV nesses últimos dois dias, foram os números de terça-feira divulgados pelo Ibope, referentes ao período em que houve falta de energia na Grande São Paulo, base da pesquisa, além de outros tantos lugares.
A audiência apresentada, percebe-se, apenas reforçou a desconfiança das demais redes em relação à sua leitura.
Ainda há uma estranheza muito grande com os 9 pontos de média alcançados pelo “Casseta”, que teve 95% do seu tempo dentro do apagão.
Isto, no campo das possibilidades, conduziu muita gente a imaginar que o registro desses índices saiu de residências com geradores próprios e que grande parte da amostra pode estar concentrada nas classes mais elevadas.
Outro exemplo, segundo dirigentes dessas emissoras – que evidentemente não querem ser identificados, foi o fato de, no auge da escuridão, um flash do Jornal da Globo, às 23h57, com 19 minutos de duração, fazer a emissora subir de 2 para 3 pontos, que acabou sendo a média do Profissão Repórter, exibido entre 23h57 e 0h34.
Fonte: Luis Nassif Online (http://colunistas.ig.com.br/luisnassif)
No momento do “apagão”, 22h13, a TV Globo registrava 30,3 pontos. Se a pane atingiu todos os lares, inclusive aqueles – presume-se – dotados do peoplemeter, aparelho que mede a audiência, presume-se que a queda deveria ser imediata. Considerando-se o residual, alguma coisa como 2 ou 3 minutos depois. Mas não foi isto que aconteceu. Só às 22h30, a Globo foi dar 0,9.
Chamado a se manifestar, o Ibope, através da sua Assessoria de Imprensa, enviou a nota:
"Diante da pane elétrica ocorrida em diversos estados do Brasil na noite de ontem (10/11), informamos que:
- Em todas as regiões onde o Ibope Mídia afere eletronicamente o consumo regular de TV, a coleta de dados é realizada via Peoplemeter e a transmissão é feita através do módulo de telefonia celular (de uso exclusivo para o envio) por meio da internet;
- O Ibope Mídia conta com uma estrutura preparada para o recebimento das informações coletadas, independente da ausência de energia elétrica, uma vez que possui geradores próprios de energia em sua central;
- Porém, diante do ocorrido, os domicílios que fazem parte da amostra não tiveram capacidade de transmitir os dados a partir das 22h20;
- O Ibope Mídia está trabalhando na análise das informações que foram recuperadas, para garantir que as mesmas sejam disponibilizadas hoje ao mercado, seguindo o padrão de qualidade da empresa."
O que mais se comentou nos bastidores da TV nesses últimos dois dias, foram os números de terça-feira divulgados pelo Ibope, referentes ao período em que houve falta de energia na Grande São Paulo, base da pesquisa, além de outros tantos lugares.
A audiência apresentada, percebe-se, apenas reforçou a desconfiança das demais redes em relação à sua leitura.
Ainda há uma estranheza muito grande com os 9 pontos de média alcançados pelo “Casseta”, que teve 95% do seu tempo dentro do apagão.
Isto, no campo das possibilidades, conduziu muita gente a imaginar que o registro desses índices saiu de residências com geradores próprios e que grande parte da amostra pode estar concentrada nas classes mais elevadas.
Outro exemplo, segundo dirigentes dessas emissoras – que evidentemente não querem ser identificados, foi o fato de, no auge da escuridão, um flash do Jornal da Globo, às 23h57, com 19 minutos de duração, fazer a emissora subir de 2 para 3 pontos, que acabou sendo a média do Profissão Repórter, exibido entre 23h57 e 0h34.
Fonte: Luis Nassif Online (http://colunistas.ig.com.br/luisnassif)
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