Apesar de o governo sugerir que fatores climáticos provocaram o apagão desta terça-feira (10) em 18 Estados do país, a causa pode ser mais complexa, de acordo com o engenheiro eletricista da Copel (Companhia Paranaense de Energia) Rogério Tuma.
Na opinião de Tuma, o problema pode estar no modelo econômico atual adotado pelo governo federal para o mercado do setor elétrico. Para ele, este modelo, que impõe competição num setor em que isto não é viável e mistura os setores estatal e privado, favorece os interesses individuais das empresas envolvidas no processo em detrimento ao sistema elétrico como um todo.
Como as empresas de energia deixaram de ser estatais e passaram para as mãos de diferentes concessionárias espalhadas por todo o território brasileiro, para o engenheiro, a manutenção dos equipamentos ficou comprometida e o risco de apagões, potencializado.
"A obrigação das empresas, estabelecida pela legislação, consiste em "preservar" seus equipamentos, mesmo em situações em que o risco é conhecido e admitido. Por outro lado, esta mesma legislação complexa, contraditória e equivocada estimula a falta de manutenção em equipamentos e leva os elementos do sistema elétrico ao limite, expondo a população ao risco de apagões elétricos e energéticos", explica.
Para o engenheiro, não há dúvidas de que o modelo competitivo, adotado no Brasil, contribuiu decisivamente para a ocorrência das últimas perturbações que resultaram em apagões. A competição induziu as empresas - tanto as privadas, quanto as estatais - a uma redução de custos, sem uma análise profunda das consequências na confiabilidade do SIN (Sistema Interligado Nacional). "Some-se a isto, reduções e postergações sistemáticas em investimentos de instalações, enfraquecendo o sistema e deixando-o à beira de um colapso", completa Tuma.
O governo atribui as causas do apagão a um forte temporal na região Sul, que teria atingido três linhas de transmissão: duas delas ligam Ivaiporã, no centro do Paraná, a Itaberá, em São Paulo. A terceira liga Itaberá à subestação de Tijuco Preto, também em São Paulo.
Na opinião de Tuma, o problema pode estar no modelo econômico atual adotado pelo governo federal para o mercado do setor elétrico. Para ele, este modelo, que impõe competição num setor em que isto não é viável e mistura os setores estatal e privado, favorece os interesses individuais das empresas envolvidas no processo em detrimento ao sistema elétrico como um todo.
Como as empresas de energia deixaram de ser estatais e passaram para as mãos de diferentes concessionárias espalhadas por todo o território brasileiro, para o engenheiro, a manutenção dos equipamentos ficou comprometida e o risco de apagões, potencializado.
"A obrigação das empresas, estabelecida pela legislação, consiste em "preservar" seus equipamentos, mesmo em situações em que o risco é conhecido e admitido. Por outro lado, esta mesma legislação complexa, contraditória e equivocada estimula a falta de manutenção em equipamentos e leva os elementos do sistema elétrico ao limite, expondo a população ao risco de apagões elétricos e energéticos", explica.
Para o engenheiro, não há dúvidas de que o modelo competitivo, adotado no Brasil, contribuiu decisivamente para a ocorrência das últimas perturbações que resultaram em apagões. A competição induziu as empresas - tanto as privadas, quanto as estatais - a uma redução de custos, sem uma análise profunda das consequências na confiabilidade do SIN (Sistema Interligado Nacional). "Some-se a isto, reduções e postergações sistemáticas em investimentos de instalações, enfraquecendo o sistema e deixando-o à beira de um colapso", completa Tuma.
O governo atribui as causas do apagão a um forte temporal na região Sul, que teria atingido três linhas de transmissão: duas delas ligam Ivaiporã, no centro do Paraná, a Itaberá, em São Paulo. A terceira liga Itaberá à subestação de Tijuco Preto, também em São Paulo.
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