Líder do PSB diz à Justiça que imaginar existência do mensalão é um absurdo
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), afirmou nesta terça-feira que é um "absurdo" imaginar a existência do mensalão --suposto esquema que envolveu integrantes de partidos da base aliada do governo para corromper congressistas.
Em depoimento à Justiça Federal como testemunha, Albuquerque disse que nunca testemunhou nenhuma negociação envolvendo compra de votos no Congresso.
"Nunca houve compra de votos na relação do governo com a Câmara dos Deputados. Nunca testemunhei isso, desconheço qualquer tipo de ralações de negócios em relação a votos. [...] Acho até absurdo que se possa imaginar que possa ter havido compra de votos na Câmara dos Deputados", disse.
Albuquerque afirmou que o governo não teria necessidades de comprar votos porque tinha uma base ampla de apoio no Congresso.
"A única coisa que sempre testemunhei foi um debate do ponto de vista político. Nunca me passou pela cabeça que tenha havido negociação com deputados em relação a votos. Seria algo desnecessário de se fazer. O governo sempre teve uma base ampla", afirmou.
O vice-líder disse que não conhecia o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, nem teve nenhum contato pessoal com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que são réus no processo do mensalão. Questionado sobre a relação financeira do PSB com petistas, o deputado afirmou que desconhecia "relações entre partidos antes e agora".
Albuquerque reconheceu que conhecia o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, mas disse que teve uma relação institucional pela ligação entre a Casa Civil e a liderança do governo.
"Todas as relações que tivemos sempre foram institucionais no âmbito das relações do governo e nunca testemunhei, estive presente ou ouvi falar sobre esse assunto que foi estampado pela mídia brasileira. Casa Civil sempre foi uma referência de debates e encaminhamento de soluções para questões do governo. Desde a sanção de um projeto até um veto era tratado com a Casa Civil", disse. Uol.
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