
"Recentemente, autorizei o início do projeto Família de Blindados, de produção nacional. Até 2030, serão entregues ao Exército cerca de três mil blindados", afirmou Lula em discurso o almoço de fim de ano com oficiais-generais.
O chamado projeto Guarani, no qual o Exército trabalha desde 2007 para substituir seus veículos de combate por modelos de uma nova família desenvolvida e fabricada no país, só dependia da autorização da Presidência para sua execução.
Inicialmente conhecido como Urutu 3, o projeto prevê um investimento de R$ 6 bilhões em 20 anos, explicou no mês passado o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em outra cerimônia militar.
Os blindados Guarani serão produzidos na fábrica da montadora Iveco em Sete Lagoas (MG).
A Iveco, que apresentou em abril uma maquete de tamanho real do novo modelo de blindado, é uma subsidiária para a produção de veículos pesados da italiana Fiat, empresa que em 2007 venceu a concessão para desenvolver o novo veículo em associação com engenheiros do Exército.
O anúncio da compra dos blindados para o Exército ocorre três meses depois de Lula ter assinado com a França um acordo para adquirir cinco submarinos para a Marinha, um deles de propulsão nuclear, e no momento em que o Governo prepara-se para anunciar o vencedor da licitação para a compra de 36 novos aviões caça para a Força Aérea Brasileira (FAB).
"Ainda na semana passada, tive a satisfação de saber que o Exército está recebendo o primeiro lote de 34 viaturas blindadas de combate Leopard-1A5", disse Lula hoje, ao referir-se a outros veículos para o Exército adquiridos na Alemanha.
"É com muito orgulho que acompanho o programa nuclear da Marinha, e acompanhei a formalização, este ano, dos contratos para a construção de um estaleiro, uma base de submarinos, um submarino com propulsão nuclear e quatro submarinos convencionais", acrescentou o presidente.
Segundo as previsões do Ministério da Defesa, o primeiro dos novos veículos blindados será concluído no ano que vem pela Iveco, que fabricará outras 16 unidades do novo modelo para testes até 2011.
O Guarani, que substituirá os Urutu e os Cascavel, também fabricados no Brasil, contará com maior proteção blindada, mais mobilidade e mais capacidade de superar trincheiras do que seus antecessores.
Trata-se de um veículo de combate de 18 toneladas de peso, equipado com motor diesel, tração 6x6, capacidade anfíbia e capaz de transportar até onze militares.
Lula acrescentou que será anunciada no início de 2010 a decisão sobre a compra dos novos aviões de combate para a FAB.
Participam dessa licitação a França, com o caça Rafale; os Estados Unidos, com o F-18 Super Hornet; e a Suécia, com o Gripen.
"Estamos, assim, tornando realidade o nosso compromisso de continuar modernizando e reaparelhando as três Forças", afirmou Lula no discurso. EFE.
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