terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Policia de Cabral e de José Serra mata mais que a dos EUA


Relatório indica 1.534 mortes em confrontos nas duas cidades em 2008, contra 371 dos EUA

Do R7, com Agência Estado e Agência Brasil.


Relatório elaborado pela ONG (Organização Não Governamental) americana Human Rights Watch sobre a violência policial no Rio de Janeiro e em São Paulo mostra que as duas polícias mataram 1.534 pessoas em supostos confrontos em 2008. O número é superior ao da África do Sul, que registrou 468 mortes em situação semelhante; e dos Estados Unidos, 371.


..Em 2008, enquanto a polícia fluminense prendeu 23 pessoas para cada morto, São Paulo prendeu 348 e a polícia americana, 37.351.

O relatório da ONG também concluiu que "parte significativa" das mortes em suposto confronto com a polícia são, na verdade, "execuções extrajudiciais".

- Os policiais são autorizados a usar a força letal como o último recurso para se protegerem ou protegerem outros. Mas a noção de que esses homicídios seriam cometidos em legítima defesa ou seriam justificados pelos altos índices de criminalidade é insustentável - afirmou o diretor da divisão das Américas da ONG, José Miguel Vivanco, em nota.

A causa dos extermínios extrajudiciais, aponta o documento da Human Rights, são os sistemas de justiça penal nos dois estados. Eles dependem de membros das próprias corporações para investigar os crimes e acabam não conseguindo responsabilizar os policiais por assassinato.

- Enquanto couber às polícias investigar a si mesmas, essas execuções continuarão. E os esforços legítimos de combater a violência serão enfraquecidos - completou Vivanco.

O estudo também chama atenção para as mortes cometidas por policiais fora do expediente, "frequentemente quando agem como membros de milícia no Rio ou em grupos de extermínio em São Paulo".

Pesquisadores analisaram, durante dois anos, 51 mortes em autos de resistência. Eles encontraram evidências de que as vítimas receberam tiros à queima-roupa e na nuca, e que provas testemunhais foram ignoradas pelos investigadores.

As secretarias de Segurança Pública dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro ainda não haviam se manifestado oficialmente sobre o relatório até a publicação desta reportagem.

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