Por Tarso Genro e Vinícius Wu
Ao completar 30 anos de existência, o PT já pode orgulhar-se de ter escrito uma das mais importantes páginas da história recente da esquerda mundial. Basta analisarmos (e compararmos) a trajetória dos demais movimentos e agremiações partidárias que, mundo afora, mobilizavam energias, esperanças e utopias à época da fundação do PT, para atestarmos esta afirmação.
Muros e certezas se dissolveram ao longo destas três décadas, e nosso partido, ainda que atravessado por inúmeras contradições, permanece a encarnar, com vigor, o sonho de um Brasil democrático e socialmente justo. Apenas para efeito de comparação tomemos como exemplo três importantes experiências que, nos idos de 1980, animavam os debates da esquerda no Brasil e no mundo: as guerrilhas centro-americanas; a URSS; e o Solidariedade da Polônia.
No primeiro caso, a derrota sofrida por alguns dos agrupamentos armados teve um sabor amargo para a esquerda latino-americana. O cerco à Nicarágua e a derrota da revolução sandinista, por exemplo, lançou a FSLN numa complexa trajetória de deformação moral-ideológica, que resultou na adesão de parte daquele movimento a uma prática política que parece afastada dos ideais democráticos de justiça e igualdade. Outras experiências também caminharam em um sentido parecido. De toda aquela energia renovadora e sonhos transformadores, que impulsionaram sacrifícios inenarráveis, pouco restou de suas idéias originárias.
O caso da URSS é mais conhecido. Ainda nos anos oitenta, muitos partidos de esquerda, mundo afora, identificavam naquele país a ?pátria mãe? do socialismo. Os regimes do leste não resistiram à estagnação econômica e aos anseios de liberdade e participação democrática que evoluíram com uma força irresistível nos últimos anos da década de oitenta.
O próprio progresso econômico e cultural proporcionado por aquelas revoluções gerou grupos sociais que passaram a exigir mais progresso e um sistema democrático de participação política. Regimes que pareciam eternos ruíram como um castelo de cartas e os acontecimentos posteriores reforçaram a leitura de que aqueles regimes haviam, desde muito tempo, se distanciado dos ideais humanistas e solidários do século das luzes e da esquerda moderna.
Já o sindicato Solidariedade, que parecia encarnar o sonho de uma profunda renovação democrática das utopias do século XX, logo abandonou qualquer compromisso com a justiça social e com os valores de esquerda, transformando-se em fiador de uma restauração capitalista selvagem, que se tornou corrente nas transições dos regimes do leste. Lech Walessa, hoje, é apenas uma figura melancólica de um passado recente, mas sem nenhum apelo político no presente.
Aliás, caberia a comparação entre as trajetórias de Lula, Walessa e Gorbachev. Os dois últimos deixaram inscritos seus nomes na história do século XX, sem dúvida. Mas é Lula quem desponta como referência de uma esquerda aberta e renovada em construção neste início de século.
O Presidente Lula e o PT realizam, hoje, a mais bem sucedida experiência de governo da esquerda contemporânea. Ao combinar desenvolvimento econômico, inclusão social e democracia, oferecemos um exemplo ao mundo, através da renovação da esperança em um mundo pós-neoliberal. Está em curso, na verdade, uma verdadeira Revolução Democrática no Brasil. Do seu aprofundamento poderá emergir um país justo, solidário e sujeito ativo na construção de uma nova ordem global mais equilibrada e pacificada.
A humanidade sempre foi movida, no que de mais nobre ela gerou em termos culturais e econômicos, por sonhos e esperanças. As utopias generosas, que não são perigosas se experimentadas na democracia, tem a capacidade de gerar novos desafios à inteligência. O PT é um partido que contribui com o ressurgimento da esperança e da solidariedade neste inicio de século. PT.
Muros e certezas se dissolveram ao longo destas três décadas, e nosso partido, ainda que atravessado por inúmeras contradições, permanece a encarnar, com vigor, o sonho de um Brasil democrático e socialmente justo. Apenas para efeito de comparação tomemos como exemplo três importantes experiências que, nos idos de 1980, animavam os debates da esquerda no Brasil e no mundo: as guerrilhas centro-americanas; a URSS; e o Solidariedade da Polônia.
No primeiro caso, a derrota sofrida por alguns dos agrupamentos armados teve um sabor amargo para a esquerda latino-americana. O cerco à Nicarágua e a derrota da revolução sandinista, por exemplo, lançou a FSLN numa complexa trajetória de deformação moral-ideológica, que resultou na adesão de parte daquele movimento a uma prática política que parece afastada dos ideais democráticos de justiça e igualdade. Outras experiências também caminharam em um sentido parecido. De toda aquela energia renovadora e sonhos transformadores, que impulsionaram sacrifícios inenarráveis, pouco restou de suas idéias originárias.
O caso da URSS é mais conhecido. Ainda nos anos oitenta, muitos partidos de esquerda, mundo afora, identificavam naquele país a ?pátria mãe? do socialismo. Os regimes do leste não resistiram à estagnação econômica e aos anseios de liberdade e participação democrática que evoluíram com uma força irresistível nos últimos anos da década de oitenta.
O próprio progresso econômico e cultural proporcionado por aquelas revoluções gerou grupos sociais que passaram a exigir mais progresso e um sistema democrático de participação política. Regimes que pareciam eternos ruíram como um castelo de cartas e os acontecimentos posteriores reforçaram a leitura de que aqueles regimes haviam, desde muito tempo, se distanciado dos ideais humanistas e solidários do século das luzes e da esquerda moderna.
Já o sindicato Solidariedade, que parecia encarnar o sonho de uma profunda renovação democrática das utopias do século XX, logo abandonou qualquer compromisso com a justiça social e com os valores de esquerda, transformando-se em fiador de uma restauração capitalista selvagem, que se tornou corrente nas transições dos regimes do leste. Lech Walessa, hoje, é apenas uma figura melancólica de um passado recente, mas sem nenhum apelo político no presente.
Aliás, caberia a comparação entre as trajetórias de Lula, Walessa e Gorbachev. Os dois últimos deixaram inscritos seus nomes na história do século XX, sem dúvida. Mas é Lula quem desponta como referência de uma esquerda aberta e renovada em construção neste início de século.
O Presidente Lula e o PT realizam, hoje, a mais bem sucedida experiência de governo da esquerda contemporânea. Ao combinar desenvolvimento econômico, inclusão social e democracia, oferecemos um exemplo ao mundo, através da renovação da esperança em um mundo pós-neoliberal. Está em curso, na verdade, uma verdadeira Revolução Democrática no Brasil. Do seu aprofundamento poderá emergir um país justo, solidário e sujeito ativo na construção de uma nova ordem global mais equilibrada e pacificada.
A humanidade sempre foi movida, no que de mais nobre ela gerou em termos culturais e econômicos, por sonhos e esperanças. As utopias generosas, que não são perigosas se experimentadas na democracia, tem a capacidade de gerar novos desafios à inteligência. O PT é um partido que contribui com o ressurgimento da esperança e da solidariedade neste inicio de século. PT.
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