Jornal da Tarde
O Ministério Público paulista investiga, desde outubro de 2008, os contratos da Secretaria Estadual de Saúde com a distribuidora de medicamentos Hospfar, que tem como um de seus sócios Marcelo Reis Perillo, primo do senador Marconi Perillo (PSDB-GO). Outro sócio da empresa, Moisés de Oliveira Neto, integra quadro societário da Linknet, acusada pela Polícia Federal de abastecer o mensalão do DEM, em Brasília.
Reportagem do JT publicada ontem mostra que a Hospfar recebeu, desde 2008, mais de R$ 63 milhões da gestão José Serra/Alberto Goldman (PSDB), que nega irregularidades. “Os técnicos estão analisando cada um dos contratos para ver se há algo ilegal”, disse o promotor Celso Fróes Brocchetto. A empresa não respondeu as ligações da reportagem.
Contas no exterior
Perillo, que disse pela assessoria que tem parentesco distante com o sócio da Hospfar, está sendo investigado pelo Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI) do Ministério da Justiça por movimentações bancárias suspeitas em paraísos fiscais.
O processo teve origem em relatório apócrifo, produzido originalmente em inglês, com tarja de ‘top secret’. Nele, há extratos das supostas contas, registradas em nome da Aztec Group, offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Os documentos apontam Perillo como um dos dirigentes da empresa. Um dos papéis, com timbre do banco suíço UBS, diz que o Aztec Group tinha na instituição uma aplicação de 200 milhões de euros – o equivalente, à época, a R$ 667,5 milhões.
Perillo nega ter movimentado dinheiro no exterior e pediu ajuda ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB), para que a Corregedoria da Casa apure falsificação de documentos que teriam sido usadas na abertura das contas.
2 comentários:
Terror, um sujo pedindo favor a outro SUJO.
Maria, isso mesmo.
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