quinta-feira, 8 de abril de 2010

Questão de inversão de prioridade


Muito se fala das enchentes que causaram o caos e tragédias no Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro.


Os administradores(prefeito, governador) de ambos os estados arranjam sempre desculpas para tudo isso.


Uns puseram(e põem) a culpa em São Pedro; outros, puseram( e põem) a culpa na população.Ambos, culparam os dois: São Pedro e o povo.É verdade que o povo tem sua parcela de culpa, mas nada que se compare com o descaso dos governantes.


Na verdade, a culpa das tragédias e do caos ocorridos nos Estado do Rio e de São Paulo é dos prefeitos e dos governadores dos estados citados.


Nenhum deles tem compromisso com a cidade, com a população, principalmente o povo pobre que mora em área de risco.Enfim, tudo é questão de inversão de prioridade.São Paulo, por exemplo, preferiu gastar milhões de reais numa obra superfaturada(Rouboanel) a investir nas áreas dos morros, notadamente as mais atingidas com a chuva.


Recife, nos dois governos de Jarbas Vasconcelos(PMDB-PE), nos dois de Joaquim Francisco(DEM-PE), no de Roberto Magalhães(DEM-PE), viveu o mesmo drama que hoje vive o Rio e São Paulo.Eram tragédias mais tragédias, morriam centenas de recifenses em decorrência das chuvas, principalmente a população carente, sempre a primeira a ser chamada para pagar a conta, com a vida.


O ex-prefeito João Paulo(PT-PE), no primeiro ano de sua gestão, criou um programa de excepcional relevância social:o Programa Guarda-Chuva.


o Programa Guarda-Chuva monitora, o ano todo, as áreas de riscos do Recife, realoca moradores, inclusive, com auxílio da Procuradoria Judicial, que ajuíza ação contra os moradores recalcitrantes, paga pouco mais de R$ 150 reais(Auxílio-Moradia) para quem deixa a moradia, distribui lonas para cobrir as áreas de morros.


Como resultado do referido Programa, nos dois mandatos de João Paulo, só morreu uma pessoa em decorrência da queda de barreira.Só uma.


João da Costa(PT-PE) está dando o mesmo tratamento às áreas dos morros do Recife, inclusive, ampliou o Programa Guarda-Chuva.Nesses quase dois anos de mandatos de João da Costa não morreu nenhuma pessoa.Nenhuma.


É verdade que o Recife ainda sofre com os efeitos das chuvas, mas nada que se compare com os prefeitos do passado, uns verdadeiros inimigos do povo carente desta cidade.


De modo que tudo é questão de inversão de prioridade. O resto é conversa fiada.




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