Taxa avançou 4,9% em junho ante mesmo mês de 2009, mas ainda não atingiu o patamar pré-crise
Alessandra Saraiva, da Agência Estado
RIO - O emprego industrial mostrou alta de 4,9% em junho ante mesmo mês do ano passado, quinta taxa consecutiva e a mais elevada desde o início da série histórica, em janeiro de 2001, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 10, em sua Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes). Apesar disso, o dado ainda não recuperou o patamar do cenário pré-crise global, iniciada em 2008.
"Se compararmos o nível de ocupação em junho deste ano com o registrado em setembro de 2008, o emprego industrial foi 2,5% inferior, em junho de 2010", ressalta o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. Em junho ante maio, o emprego industrial mostrou avanço de 0,5%.
Outro ponto destacado por Macedo foi o uso de uma base de comparação baixa, referente ao ano de 2009, época em que a indústria sentiu os efeitos mais agudos da crise global. "Temos, é claro, o uso de uma base de comparação baixa, referente ao ano passado; mas se observarmos o índice de média móvel trimestral de junho (usado para mensurar tendências), o emprego industrial tem mostrado trajetória de recuperação desde julho de 2009", comentou.
Na análise do IBGE por setores, Macedo observou que as indústrias que puxaram para cima o emprego industrial em junho estão entre as que mais sofreram com a crise global iniciada em 2008. "Estas indústrias, como as de máquinas e equipamentos, apresentaram recentemente bons desempenhos de produção industrial, e isso se refletiu no emprego", comentou.
São Paulo, que representa em torno de 35% do emprego industrial no País e cerca de 40% do parque industrial brasileiro, foi o local que mais impulsionou os aumentos no pessoal ocupado da indústria em junho, em todas as comparações. "O peso de São Paulo foi muito expressivo em junho, e o bom desempenho do local acabou favorecendo o cenário nacional", disse.
Sobre as perspectivas do emprego industrial para os próximos meses, o economista foi cauteloso e lembrou que o IBGE não faz previsões. "Vamos aguardar os próximos resultados da produção industrial para saber como o mercado de trabalho [na indústria] vai reagir", afirmou.
Folha da pagamento
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 3,3% em junho contra maio, na série com ajuste sazonal - após ter acumulado recuo de 0,8% nos dois últimos meses imediatamente anteriores.
Na comparação com iguais períodos do ano anterior, o valor da folha de pagamento real em junho aumentou 8,3% em relação a junho de 2009. No primeiro semestre deste ano, a folha de pagamento acumula alta de 4,6%. Porém, no acumulado em 12 meses o valor da folha ainda mostra queda, de -0,1% até junho. O IBGE ressaltou, entretanto, que até maio o acumulado em 12 meses da folha de pagamento mostrava queda mais intensa, de -0,9%.
Número de horas pagas cresce pelo 5º mês consecutivo
O número de horas pagas na indústria em junho subiu 0,3% ante maio, na série livre de efeitos sazonais, a quinta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação.
Na comparação com junho do ano passado, o número de horas pagas na indústria subiu 5,7% em junho deste ano. Esta foi a quinta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação, e a maior desde o início da série histórica. Ainda segundo o instituto, no acumulado no primeiro semestre do ano, o crescimento no número de horas pagas na indústria foi de 3,5%. Mas em 12 meses, o número de horas pagas ainda registra recuo até junho, com queda de 1,1% até junho.
Alessandra Saraiva, da Agência Estado
RIO - O emprego industrial mostrou alta de 4,9% em junho ante mesmo mês do ano passado, quinta taxa consecutiva e a mais elevada desde o início da série histórica, em janeiro de 2001, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 10, em sua Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes). Apesar disso, o dado ainda não recuperou o patamar do cenário pré-crise global, iniciada em 2008.
"Se compararmos o nível de ocupação em junho deste ano com o registrado em setembro de 2008, o emprego industrial foi 2,5% inferior, em junho de 2010", ressalta o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. Em junho ante maio, o emprego industrial mostrou avanço de 0,5%.
Outro ponto destacado por Macedo foi o uso de uma base de comparação baixa, referente ao ano de 2009, época em que a indústria sentiu os efeitos mais agudos da crise global. "Temos, é claro, o uso de uma base de comparação baixa, referente ao ano passado; mas se observarmos o índice de média móvel trimestral de junho (usado para mensurar tendências), o emprego industrial tem mostrado trajetória de recuperação desde julho de 2009", comentou.
Na análise do IBGE por setores, Macedo observou que as indústrias que puxaram para cima o emprego industrial em junho estão entre as que mais sofreram com a crise global iniciada em 2008. "Estas indústrias, como as de máquinas e equipamentos, apresentaram recentemente bons desempenhos de produção industrial, e isso se refletiu no emprego", comentou.
São Paulo, que representa em torno de 35% do emprego industrial no País e cerca de 40% do parque industrial brasileiro, foi o local que mais impulsionou os aumentos no pessoal ocupado da indústria em junho, em todas as comparações. "O peso de São Paulo foi muito expressivo em junho, e o bom desempenho do local acabou favorecendo o cenário nacional", disse.
Sobre as perspectivas do emprego industrial para os próximos meses, o economista foi cauteloso e lembrou que o IBGE não faz previsões. "Vamos aguardar os próximos resultados da produção industrial para saber como o mercado de trabalho [na indústria] vai reagir", afirmou.
Folha da pagamento
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 3,3% em junho contra maio, na série com ajuste sazonal - após ter acumulado recuo de 0,8% nos dois últimos meses imediatamente anteriores.
Na comparação com iguais períodos do ano anterior, o valor da folha de pagamento real em junho aumentou 8,3% em relação a junho de 2009. No primeiro semestre deste ano, a folha de pagamento acumula alta de 4,6%. Porém, no acumulado em 12 meses o valor da folha ainda mostra queda, de -0,1% até junho. O IBGE ressaltou, entretanto, que até maio o acumulado em 12 meses da folha de pagamento mostrava queda mais intensa, de -0,9%.
Número de horas pagas cresce pelo 5º mês consecutivo
O número de horas pagas na indústria em junho subiu 0,3% ante maio, na série livre de efeitos sazonais, a quinta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação.
Na comparação com junho do ano passado, o número de horas pagas na indústria subiu 5,7% em junho deste ano. Esta foi a quinta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação, e a maior desde o início da série histórica. Ainda segundo o instituto, no acumulado no primeiro semestre do ano, o crescimento no número de horas pagas na indústria foi de 3,5%. Mas em 12 meses, o número de horas pagas ainda registra recuo até junho, com queda de 1,1% até junho.
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