terça-feira, 7 de setembro de 2010

Armação tucana


O sabujo Josias de Souza, assim como o casal do JN( quem apresentou, ontem, foi Eraldo Pereira, o mesmo que recebeu grana do Instituto de Direito Público de Gilmar Mendes para mnistrar uma aula), teve que se render aos fatos e noticiar mais um escândalo no governo de Yeda Cruzes.A verdade é que tanto Josias quanto Globo só estão comentando esse caso porque dentre as pessoas que tiveram o sigilo quebrados estava Yeda Cruzes, o que invalidaria a tese que a quebra se deu por encomenda da governadora.Não é verdade.Os mafiosos sempre agem assim, o negócio deles é não deixar pista.Foi o caso do assessor de Yeda, o bandido acessou os dados da governadora com a sua autorização, tão-somente para mostrar que o alvo da quebra do sigilo não era Tarso Genro, que havia mais gente a ter a vida vasculhada, inclusive a governadora trambiqueira.

Caso de espionagem derruba auxiliar de Yeda no RS

Sob investigação do Ministério Público, o tenente-coronel da reserva Frederico Bretschneider Filho viu-se compelido a deixar o governo gaúcho. Estava lotado na Casa Militar havia cerca de um ano. Ostentava o título de “coordenador de assessoria” da governadora Yeda Crusius (PSDB).

Na rotina do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, Frederico recepcionava os visitantes. Exonerou-se do posto nesta segunda (6). Havia sido intimado a depor em inquérito que investiga um megaesquema de espionagem que operava sob Yeda.

Chama-se Amilcar Macedo o promotor que deseja colher o depoimento do auxiliar da governadora. Frederico não compareceu à audiência. O promotor conduz no Ministério gaúcho um inquérito em cujas páginas misturam-se dois malfeitos: extorsão de criminosos e espionagem política.

Iniciadas há três meses, as investigações levaram à prisão, na última sexta (3), um sargento da Brigada Militar gaúcha: César Rodrigues de Carvalho. Antes de ser preso, também trabalhava na assessoria de Yeda. Cuidava da segurança da governadora.

A exemplo de Frederico, César estava lotado na Casa Militar. Respondia diretamente ao chefe do órgão, o tenente-coronel Marco Antônio Oliveira Quevedo. Foi à garra sob a acusação de extorquir contraventores que operam máquinas caça-níqueis.

Uma das vítimas do sargento o denunciara ao Ministério Público. E o promotor Amilcar, lotado na cidade de Canoas, passara a monitorar-lhe os calcanhares. No curso da investigação, descobriu-se que, além de exigir dinheiro de bandidos, o sargento César tornara-se, na definição do promotor, um “superespião”.

César dispunha de uma senha que lhe dava acesso irrestrito a uma base de dados chamada “Sistema de Consultas Integradas”, da Secretaria de Segurança. Em levantamento preliminar, o Ministério Público constatou que, entre 2008 e 2009, o sargento realizou mais de 10 mil acessos no tal sistema.

Nesta segunda (6), o promotor Amilcar divulgou uma primeira lista de pessoas bisbilhotadas pelo auxiliar de Yeda. Anota 34 nomes. Entre eles políticos (oposicionistas e aliados), desafetos da governadora, jornalistas, advogados, delegados, investigadores e até a própria Yeda Crusius.

Manuseando o mouse de seu computador, César acessava um banco de dados que lhe permitia descobrir a ficha completa de seus alvos: endereço, telefone, placas de automóveis, nomes e fotos dos parentes, crimes cometidos, inquéritos abertos e investigações em curso.

Não tenho dúvidas de que o investigado não está sozinho. Agia a mando de alguém”, disse, em entrevista, o promotor Amilcar.

A curiosidade do sargento Cesar era ampla e diversificada. Apalpou, por exemplo, os dados do ex-ministro Tarso Genro, candidato do PT ao governo gaúcho. Xeretou a ficha do senador Sérgio Zambiasi (PTB), aliado político de Yeda. Perscrutou os dados da deputada estadual petista Stela Farias.

No caso de Stela, ferrenha adversária de Yeda na Assembléia Legislativa, a bisbilhotagem estendeu-se aos filhos –dois adultos e uma criança. “Isso vai muito além da política”, reagiu Stela.

“A questão que paira é: a mando de quem agia o sargento e para quê? Para que montar dossiês com a rotina de uma criança e de jovens filhos de parlamentares?”

Outro personagem cuja ficha foi varejada pelo sargento foi o empresário Lair Ferst. Ex-coletor das arcas de campanha de Yeda, Ferst virou inimigo da governadora. É um dos réus da ação penal que resultou do inquérito sobre as fraudes praticadas no Detran gaúcho. Coisa de R$ 44 milhões.

E quanto ao tenente-coronel Frederico? Por que se afastou da Casa Militar? Ouvido pelo jornal Zero Hora, ele se disse “surpreso”. Mas se negou a revelar os motivos que o levaram à demissão. Tampouco quis falar sobre as razões que inspiraram o Ministério Público a intimá-lo.

O caso gaúcho constrange o PSDB federal. Explode num instante em que José Serra acusa o PT e o comitê de Dilma Rousseff de violar o sigilo fiscal de tucanos. No twitter, Yeda, que concorre à reeleição, lamentou: “Não precisávamos do caso do sargento preso”.

Informou: “Determinei que fossem dadas todas as informações sobre nossas ações para melhorar o sistema. Não pode ser um bigbrother”.

Sobre a analogia com o fiscogate, anotou: “Não há como comparar o que acontece na Receita com caso do sargento. Os dados do Sistema de Consultas Integradas é organizador”. Como assim? Yeda escreveu, agora em letras maiúsculas: “NÃO CONTÉM DADOS SIGILOSOS”.

O promotor que cuida do caso tem entendimento diverso: “A Casa Militar pode usar os acessos à rede com a finalidade de proteger a governadora e seus familiares. Fora disso, é ilegal”, disse Amilcar. Ele diz que não descarta nenhuma linha de investigação.

Sobre os acessos aos dados de aliados do governo trabalha com duas hipóteses. Numa, acha que o sargento pode ter recorrido ao sistema para saber se havia investigações contra os amigos. Noutra, supõe que o próprio governo pode ter requisitado os dados.

2 comentários:

xafurdei disse...

Agora tá explicado, a fascista tem a cara do PSDB, é baixa, é conivente pra não dizer que é a mandante de atos insanos. E agora Yeda, a casa caiu, vai fechar o mandato com chave de ouro? Sem falar que está sendo prcessada por fraude na compra da casa...

O TERROR DO NORDESTE disse...

Xafurdei, é isso aí.