Claudio Leal
Coordenador jurídico da campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT), o deputado federal José Eduardo Cardozo afasta da candidata a obrigação de se explicar sobre as denúncias contra a sua substituta na Casa Civil, a ministra Erenice Guerra. "Isso é uma questão que o governo tem que apurar, tem que avaliar. Vamos continuar fazendo campanha. Não cabe a nós ter uma iniciativa", afirma Cardozo.
A revista Veja relata que Erenice teria atuado para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de seu filho, Israel Guerra.
Cardozo endossa uma crítica recorrente entre os petistas ao que se qualifica como postura parcial dos meios de comunicação a favor do oponente de Dilma, José Serra (PSDB). O secretário-geral do PT se nega a julgar a cobertura midiática da eleição presidencial, mas ataca uma parcela da imprensa: "Eu acho que a população está madura para perceber quem age com parcialidade, criando factoides, tentando induzir o leitor com manchetes para serem utilizadas no dia seguinte no programa eleitoral de um candidato... Seguramente estes pagarão com preço de seu descrédito perante a opinião pública".
José Eduardo Cardozo conversou com o Terra depois do debate na Rede TV!, em Osasco (SP), na noite deste domingo (12).
Terra - Como Dilma se saiu no primeiro debate em que houve um confronto mais duro com Serra?
José Eduardo Cardozo - A ministra Dilma foi muito bem. Ela foi firme, completa nas respostas, uma argumentação muito clara, sem se perder em nenhum momento. E vi contrário: o candidato Serra bastante perdido em algumas respostas.
Terra - Em qual momento?
Coordenador jurídico da campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT), o deputado federal José Eduardo Cardozo afasta da candidata a obrigação de se explicar sobre as denúncias contra a sua substituta na Casa Civil, a ministra Erenice Guerra. "Isso é uma questão que o governo tem que apurar, tem que avaliar. Vamos continuar fazendo campanha. Não cabe a nós ter uma iniciativa", afirma Cardozo.
A revista Veja relata que Erenice teria atuado para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de seu filho, Israel Guerra.
Cardozo endossa uma crítica recorrente entre os petistas ao que se qualifica como postura parcial dos meios de comunicação a favor do oponente de Dilma, José Serra (PSDB). O secretário-geral do PT se nega a julgar a cobertura midiática da eleição presidencial, mas ataca uma parcela da imprensa: "Eu acho que a população está madura para perceber quem age com parcialidade, criando factoides, tentando induzir o leitor com manchetes para serem utilizadas no dia seguinte no programa eleitoral de um candidato... Seguramente estes pagarão com preço de seu descrédito perante a opinião pública".
José Eduardo Cardozo conversou com o Terra depois do debate na Rede TV!, em Osasco (SP), na noite deste domingo (12).
Terra - Como Dilma se saiu no primeiro debate em que houve um confronto mais duro com Serra?
José Eduardo Cardozo - A ministra Dilma foi muito bem. Ela foi firme, completa nas respostas, uma argumentação muito clara, sem se perder em nenhum momento. E vi contrário: o candidato Serra bastante perdido em algumas respostas.
Terra - Em qual momento?
Cardozo - O momento em que eu fiquei mais impressionado foi a pergunta que foi feita pela jornalista Patrícia Zorzan sobre a presença do presidente Lula no programa dele. Foi uma resposta incompreensível. Rigorosamente incompreensível.
Terra - Ele disse que, se fosse necessário, mostraria mais que cinco segundos...
Cardozo - É, foi incompreensível! Nesse quadro, para nós, o resultado foi extremamente positivo. E é uma boa lição para aqueles que, com arrogância, diziam que uma mulher, uma ministra, não teria condições de enfrentar um debate em condições de êxito, em condições de vitória. A ministra Dilma honrou as mulheres, honrou nosso partido, honrou os partidos que a apoiam, porque foi indiscutivelmente a vencedora do debate.
Terra - Qual a estratégia da campanha para enfrentar as denúncias contra Erenice Guerra, na Casa Civil?
Cardozo - A campanha, não. Isso é uma questão que o governo tem que apurar, tem que avaliar. Vamos continuar fazendo campanha. Não cabe a nós ter uma iniciativa. O governo vai fazer uma apuração e é muito importante ser colocado para a sociedade o seu resultado.
Terra - E o teor da denúncia? Qual a conclusão que o senhor tirou, a partir da leitura dos jornais e das revistas?
Cardozo - Eu acho que é algo a ser apurado. Não gosto de comentar fatos sem a apuração. Tem que ser apurado. O governo seguramente vai apurar. E se tiver a responsabilidade de quem quer que seja, por fatos que sejam indevidos, seguramente estarão recebendo a punição.
Terra - A ministra já se referiu em duas ocasiões a uma "bala de prata" contra a candidatura dela, pra alterar o rumo da eleição. Há um movimento nesse sentido? O que seria essa "bala de prata"?
Cardozo - Acho que nossos adversários estão fazendo de tudo pra que você não tenha uma eleição com propostas. Denúncias, vinculações absurdas, irrazoáveis, sem provas... Então, eu acredito que, infelizmente, alguns candidatos não desejam fazer, nesse momento, uma discussão propositiva.
Terra - O senhor identifica um tratamento desigual entre os dois candidatos na imprensa?
Cardozo - Não vou nem comentar, tá certo? Eu acho que os eleitores estão vendo os órgãos de imprensa que tratam tudo com imparcialidade e aqueles que constroem manchetes, constroem matérias beneficiando claramente um candidato. Eu acho que a população está madura para perceber quem age com parcialidade, criando factoides, tentando induzir o leitor com manchetes para serem utilizadas no dia seguinte no programa eleitoral de um candidato... Seguramente estes pagarão com preço de seu descrédito perante a opinião pública .Terra.
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